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15/7/2013 1 Aula prática 2: Noções de Biossegurança Microbiologia I Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde Departamento de Biointeração UFBA Biossegurança “Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de perigos (biológicos, químicos, físicos) inerentes às atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico, produção, e prestação de serviços, para reduzir os riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”. Comissão de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz. In BIOSSEGURANÇA – Uma Abordagem Multidisciplinar. Teixeira, P.; Valle, S., p. 13, 1998. 15/7/2013 2 Classificação de micro-organismos infecciosos por grupo de risco Classificação de grupo de risco Guia do NIH envolvendo moléculas de DNA recombinante Manual de Biossegurança da OMS Grupo de risco I Agentes não associados com doença em adultos saudáveis. Micro-organismo improvável de causar doença em humanos ou animais (risco individual e comunitário ausente ou baixo) Grupo de risco II Agentes associados com doença humana raramente séria, cujas medidas preventivas ou intervenções terapêuticas estão disponíveis. Patógeno pode causar doença humana ou animal, raramente séria, a trabalhadores, comunidade ou ambiente. Exposição pode causar infecção séria, porém existe tratamento e medidas preventivas (risco individual moderado; e risco comunitário baixo). Grupo de risco III Agentes associados com doença humana séria ou letal, cujas medidas preventivas ou intervenções terapêuticas podem estar disponíveis. Patógeno que usualmente causa doença séria em animais ou humanos, mas que não dissemina de um indivíduo a outro, e existe tratamento e medidas preventivas (risco individual alto; e risco comunitário baixo). Grupo de risco IV Agentes que provavelmente vão causar doença humana séria e letal, cujas medidas preventivas e intervenções terapêuticas usualmente não estão disponíveis. Patógeno que geralmente causa doença séria em humanos ou animais, e são facilmente transmitidas de um indivíduo a outro (risco individual e comunitário elevado). Food and agriculture organization of the United Nation, Rome 2009. Níveis de Biossegurança � Condições nas quais os agentes podem ser manipulados com segurança. �Quatro Níveis de Biossegurança (NB), crescentes do menor para o maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção: • NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4 15/7/2013 3 Níveis de Biossegurança � NB-1: Possui baixo risco individual e coletivo. Micro- organismos que nunca foram descritos como agente causal de doenças para o homem e que não constituem risco para o meio ambiente. • Lactobacillus Níveis de Biossegurança � NB-2: Mostra risco individual moderado e risco coletivo limitado. Micro-organismos que podem provocar doenças no homem, com pouca probabilidade de alto risco para profissionais do laboratório. • Não transmissíveis pelo ar. • Há tratamento efetivo e medidas preventivas disponíveis. • O risco de contaminação é pequeno. � Cuidado extremo com agulhas contaminadas ou instrumentos pérfuro- cortantes. – Vírus da Hepatite B, Salmonella, Leptospira 15/7/2013 4 Níveis de Biossegurança � NB-3: Tem risco individual elevado e risco coletivo baixo, podendo causar enfermidades graves aos profissionais de laboratório. • Transmissíveis por aerossóis. • Alto risco individual. • Usualmente existem medidas de tratamento e prevenção. – Mycobacterium tuberculosis – Vírus da febre amarela Níveis de Biossegurança � NB-4: Agrupa os agentes que causam doenças graves para o homem e representam um sério risco para os profissionais de laboratório e para a coletividade. Possui agentes patogênicos altamente infecciosos, que se propagam facilmente, podendo causar a morte. • Alto risco individual. • Fácil transmissão por contato individual casual. • Não existem medidas preventivas e de tratamento para estes agentes. – Ebola Zaire 15/7/2013 5 Possíveis vias de penetração de micro- organismos • a) Via aérea. Inalação de aerossóis. Pode ocorrer durante a agitação de tubos de cultura e flambagem das alças de platina. • b) Via cutânea. Pode ocorrer durante a manipulação de agulhas e vidrarias quebradas. Possíveis vias de penetração de micro- organismos • c) Via oral. Pode ocorrer quando da ingestão de material contaminado. Deve-se evitar pipetar com a boca, evitar ainda fumar, fazer refeições ou levar a mão à boca enquanto estiver no laboratório. • d) Via ocular. Pode ocorrer através do lançamento de gotículas ou aerossóis de material infectante na mucosa conjuntival. Outra forma de contaminação é através do contato dos olhos com microscópios e outros aparelhos oculares. 15/7/2013 6 Normas de Biossegurança nas aulas práticas de Microbiologia �Uso obrigatório de jaleco. • Deve ser longo e com mangas longas. • Deve ser usado sempre abotoado. • Deve ser retirado ao sair da área do laboratório (não utilizar jaleco nos corredores). �Uso obrigatório de sapato fechado. Normas de Biossegurança nas aulas práticas de Microbiologia �Proibido fumar, beber e comer no laboratório. �Manter canetas, dedos e outros longe da boca. � Jamais pipetar com a boca. �Cabelo sempre preso. 15/7/2013 7 Normas de Biossegurança nas aulas práticas de Microbiologia � Evitar conversar durante a manipulação de cultura de microorganismos. � Não trabalhar com material patogênico se houver ferimento na mão ou pulso. � Não usar microscópios, caso esteja com conjuntivite. Normas de Biossegurança nas aulas práticas de Microbiologia �Desinfetar a bancada com álcool antes e após sua atividade; �Somente material necessário sobre a bancada; • Bolsas, casacos, livros – bancada lateral �Descartar material em lugar apropriado; �Manipular culturas sempre próximo a chama do Bico de Bunsen. �Manter regulada a chama do Bico de Bunsen. 15/7/2013 8 Normas de Biossegurança nas aulas práticas de Microbiologia � Derramamento de cultura: • Tente não entrar em pânico! • Notificar o professor. • Lavar bem as mãos com sabão. � Dentro do laboratório, manter atenção ao professor , ele é o responsável por sua segurança. � Em caso de dúvida, em qualquer situação, solicitar orientação do professor. EPI / EPC • Equipamentos de proteção individual • Equipamentos de proteção coletiva 15/7/2013 9 A lavagem frequente das mãos é a melhor proteção individual � Lavar SEMPRE suas mãos ao término da aula, antes de sair da sala. Lavagem das mãos 15/7/2013 10 Como lavar as mãos????
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