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Resenha do Livro V de Aristóteles " Ética a Nicômaco"

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Resenha 
Livro V de “Ética a Nicômaco” 
Aristóteles
Isabella Lara S. Oliveira -0016768
3° Período de Direito- Turma A
Professor Gilberto
Filosofia Jurídica 
O referente capitulo trata do tema JUSTIÇA, é uma abordagem onde Aristóteles fala sobre Justiça. Aristóteles defendia que a justiça era um justo meio, e para se atingir essa atitude mediana, que era entre o excesso e a falta, para ele ser justo era você não exceder as coisas e nem faltar com as coisas. Logo a justiça para Aristóteles não é pura matemática e não se aprende a ser justo pela matemática apesar desse pensamento acima parecer meio algébrico. 
 Assim para Platão e Sócrates, a justiça é uma virtude diz Aristóteles, ele quis dizer que a justiça faz parte da ética. E o que define a ética é o termo “ethos” que significa hábito,costume, logo ética é aquilo onde obedecemos a habitualidade é aquilo que faz parte do nosso dia a dia. Contudo vemos que a ética é um saber prático, por isso pode ser aprendida, logo o saber prático ele é interessante pois você só aprende fazendo, ele é como a filosofia você não aprende só assistindo tem que se praticar a filosofia. No entanto Aristóteles diz:
 “ A justiça é aquela disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir justamente e a desejar o que é justo.”
Vimos na citação a cima que, a justiça é um costume é um modo de ser, é o modo como você age perante a sociedade, ela diz respeito as pessoas, você é ensinado a fazer o que é justo e a desejar o justo.
 “ A justiça não é parte da virtude, mais a virtude inteira; nem o seu contrario, a injustiça, é parte do vício, mais o vício inteiro.”
O que ele quis dizer acima, que ser justo e ser um bom cidadão são a mesma coisa.
Aristóteles divide a justiça em dois grandes grupos;
O justo total, é o que foi dito acima, ele se simplifica em obedecer as leis Antenienses. Pois na época de Aristóteles, Atenas vivia uma democracia direta, onde é um sistema político onde todos aqueles que são cidadãos participam da administração da cidade. Isso implica em que todas as leis são feitas por todos os cidadãos. Essa cidadania Grega era restrita, onde excluía mulheres, estrangeiros, os escravos, era uma cidadania elitista. Porem o que é notório é que todos cidadãos faziam as leis que seriam aplicadas a eles próprios. Daí Aristóteles diz que ser justo é obedecer essas leis. Isso vem de uma idéia Socrática, é o primado do coletivo sobre o individual. Por isso que Sócrates bebe a cicuta, pois bebendo ele seria justo com suas leis. Essa obediência era um pressuposto da felicidade, e da manutenção da sociedade política.
 “ [...] chamamos justo os atos que tendem a produzir e preservar a felicidade e os elementos que à compõe para a sociedade política.”
O justo particular, é o desmembramento do justo total, que é a forma como justiça poderá ser percebida e poderá ser exercida. 
- A primeira a se abordar é a Justiça Distributiva, ela ocorre quando o soberano tem que distribuir bônus e ônus aos súditos. Ela tem três características; a subordinação ,é uma justiça proporcional, e por ultimo analisa o mérito de cada um.Ela quer saber quem esta envolvido na relação de justiça, para aplicar a justiça da melhor forma. Se eu tenho um talento, o estado vai aproveitar dele. Essa justiça analisa a pessoa em seu contexto social. 
 “ Devemos tratar os iguais igualmente, e os desiguais na media de suas desigualdades.”
Ele ainda argumenta que dependendo do regime político o que são ônus e bônus pode variar.
 “ Os democratas o identificam com a condiçao do homem livre , os partidários da oligarquia com a riqueza (ou a nobreza do nascimento) e os partidários da aristocracia com a excelência.”
 
Assim como a justiça total, quem viola a racionalidade da justiça particular, termina por violar a justiça total e vem a ser injusto.
- A segunda é a Justiça Corretiva, ela se caracteriza por três coisas, á uma relação de coordenação, é uma justiça aritmética, é uma justiça formal. Ela é diferente da justiça distributiva, pois ela não olha o mérito, ela pressupõe entes iguais. Enquanto a justiça distributiva decorre do direito publico, a corretiva decorre do direito privado, onde os que se relacionam nessa questão de justiça são entes iguais. Onde um não é superior ao outro. Logo, não há apreciações subjetivas,pelo contrário é uma justiça objetiva. Porem Aristóteles divide essa justiça em dois momentos : - Voluntária, é que a pessoa entra na relação de justiça voluntariamente, ela quer entrar, ela deseja entrar nessa relação.
 “ É aquela que o sujeito tem liberdade de estipulação e de vinculação a cerca do conteúdo de justiça”. 
 
- Involuntária,é aquela que o ente é forçado a entrar nessa relação de justiça. Um grande exemplo é quando envolve o Direito Penal.
 “ o justo é intermediário entre uma espécie de ganho e uma espécie de perda.” 
- A terceira espécie é Justiça da Reciprocidade, ele no se confunde com nenhuma das duas citadas a cima, pois nessa justiça não há subordinação, não é aritmética, logo é uma justiça proporcional.
 “ A reciprocidade deve fazer-se de acordo com uma proporção e não na base de uma retribuição extremamente igual.”
Pois bem essa justiça tem tudo haver com as trocas humanas, inicialmente as trocas humanas eram feitas por escambo, e é isso q Aristóteles quer retratar na justiça da reciprocidade. Ele quer justificar como passamos dessa justiça de escambo, por produto para uma justiça que é feita plenamente de modo monetário, que é feita
Pelo direito enquanto é o representante comum das diversas espécies de mercadoria. Logo, o direito é a moeda, é a troca comum que representa todas as mercadorias. É um valor que valora as demais mercadorias. Em uma sociedade medida nenhum agrupamento social produz o que consome, eles produzem determinados produtos e trocam seus produtos por outros produtos, que são produzidos por outro agrupamento social. E é dessa troca que Aristóteles reflete esse justo da reciprocidade.
 “ Eis a razão pela qual todas as coisas que são objeto de troca devem ser comparáveis0020 de algum modo, e para essa finalidade foi instituído o dinheiro, o qual, em certo sentido, se torna um meio termo, visto que mede todas as coisas, e por conseqüência, também o excesso e a falta.”
Aristóteles sempre volta na questão de equilíbrio, onde a justiça é um ponto de equilíbrio entre o excesso e a falta, o ganho e a perda. 
Ainda cito uma distinção nesse texto onde não foi inventado por Aristóteles, pois os Pré- Socráticos já tinham essa noção, mais Aristóteles é o que elabora essa questão de forma mais formal. É também uma distinção trabalhada entre os juristas hoje em dia, que é a distinção entre JUSTO LEGAL X JUSTO NATURAL os gregos se referiam a NOMOS X PHYSIS. 
Physis, é aquilo que eram determinas coisas que eram certas, que existiam por natureza e o homem não tinha capacidade alguma de modificar essas coisas. JUSTO NATURAL.
Nomos, é uma palavra grega que designa regra ou norma, são determinados contextos que o homem cria, não são contextos naturais, são contextos que o homem cria. O homem interfere na sua criação. JUSTO LEGAL.
 Por fim, o ultimo detalhe do texto de Aristóteles é a questão da Equidade. Onde ela é a racionalidade, em que aquele que vai julgar que vai aplicar a lei, ele atenua os rigores da lei para ser mais justo no caso concreto. Ele faz uma metáfora onde diz que a Equidade deveria ser a RÉGUA DE LESBOS, onde era uma régua que era flexível. 
 “A equidade serve para atenuar os rigores das leis.”
É o caso da aplicação da lei, como se aplica uma lei geral em um caso particular. Aristóteles já tinha essa preocupação, ele sabia que as leis eram gerais,e abstratas. Ou seja, as leis não eram feitas por um sujeito especifico, logo elas tinham em vista o interesse geral, os interesses comuns onde variadas situações se encaixavam nesse interesse.Mais Aristóteles ele reconhece que é complicado aplicar o geral no particular e em alguns momentos ela é problemática. Em casos como o Furto Famélico, essa lei tem q ser atenuada, então ele cita q nesses casos q se usa a justiça da equidade. 
 “A Equidade é a justiça no caso concreto”.

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