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7 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS – 2570 TURMA: 06 RELATÓRIO NO 01 Título da aula prática: TEOR DE UMIDADE Acadêmicos: JOSÉ AUGUSTO RODRIGUES JUNIOR RA: LEONARDO CALOI DOS SANTOS RA: MARINGÁ, 19 de MAIO de 2016 1. OBJETIVO(S) O objetivo da prática deste relatório foi a determinação do teor de umidade de uma amostra de solo natural, utilizando alguns métodos. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Teor de umidade é um índice fisico de solo que relaciona a massa de água contida no solo e a massa dos solidos que compõem o solo. Termo adimensional largamente usado na mecânica dos solos e fundamental para a compactação em obras de terra. Tal índice é de total importância sendo uma das primeiras grandezas a serem aferidas no laboratório quando uma amostra de solo chega. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Teor de umidade da amostra de solo pelo método da estufa, do fogareiro e do Speedy. - Método da estufa: É o processo, normatizado pelo DNIT-ME 213/94 mais indicado para a obtenção de teor de umidade. Entretanto, devido a demora para a obtenção do resultado torna-se um procedimento não muito utilizado. Existem estufas com ventilação forçada que aceleram a obtenção do resultado, mesmo assim, essas estufas não são utilizadas, demoram em torno de duas horas tempo muito grande. - Método da frigideira: Método bastante empregado que consiste em “fritar” o solo. Uma pequena porção de solo úmido é colocado em uma frigideira que por sua vez é colocada sobre uma fonte de calor, vai-se revolvendo a amostra suavemente até a água evapore-se. Para certificar-se de que a água evaporou-se coloca-se uma placa de vidro sobre a frigideira e observe se existe vapor se formando na placa, caso contrário a amostra esta seca. - Método Speedy: Padronizado pela PMSP-ME-10 e pelo DER-SP m 161, é um método que utiliza um equipamento patenteado, mundialmente difundido denominado de Speedy. Através de uma reação química entre a água existente na amostra úmida e carbureto de cálcio, dentro de um recipiente hermético (Speedy), nessa reação ocorrerá uma pressão. Essa pressão que é função da quantidade de água existente na amostra é correlacionada com valores de uma tabela onde se obtém a umidade da referida amostra. O procedimento básico consiste em colocar uma quantidade conhecida de amostra úmida dentro do equipamento speedy, que é função do tipo de solo – argila ou silte ou areia, colocar a quantidade de cápsulas de carbureto de cálcio também função do tipo de solo – argila ou silte ou areia, colocar duas esferas de aço, fechar o speedy e agitar de maneira que as esferas de aço quebre as cápsulas de vidro de carbureto, fazendo com que o carbureto das cápsulas reajam com a água contida na amostra. MATERIAL – O solo Descrever o solo utilizado, procurando identificar sua procedência, tipo de amostra utilizada no ensaio (deformada ou indeformada), forma de preparo da amostra, características iniciais do corpo de prova ensaiado (quando for o caso), etc. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS No método da estufa foram-se utilizados capsulas de massa conhecida, balança digital, estufa e um dessecador. No método da frigideira utilizou-se uma frigideira literalmente, uma capsula para dimensionar a amostra de solo, um fogareiro á gás com tela de amianto como suporte, uma espátula para mexer o solo durante o processo, uma placa de vidro e uma balança digital. No método speedy utilizou-se uma balança, ampolas de carbureto de cálcio, aparelho “Speedy” e esferas de aço. MÉTODO(S) DE ENSAIO No método da estufa se pesa a amostra numa capsula em uma balança, feito isso se leva a estufa por 24 horas a uma temperatura de aproximadamente 106ºC, então retira-se a amostra na capsula e se insere a mesma num dessecador até esfriar sem contato com a umidade ambiente, após este procedimento afere-se a massa da amostra com a capsula, o teor de umidade será obtido subtraindo a massa inicial sem a massa da capsula pela a massa final sem a massa da capsula, logo após divide-se este valor pela massa final sem a massa da capsula. No método de frigideira, inicialmente tarou-se somente a frigideira, em seguida pesou-se a areia úmida. Em seguida colocou-se cuidadosamente sobre o fogareiro a frigideira. Mexeu-se o solo por um determinado período para evaporar a umidade, logo após, retirou-se a frigideira do fogo colocando-se uma superfície espelhada sobre a mesma, com a finalidade de testar se realmente o solo estava seco, caso não esteja, coloca-se no fogo novamente até secar. No final, pesada a cápsula com o solo seco. Pelo método Speedy, então se é pesado a amostra de solo e colocados na câmara do aparelho “Speedy”. Introduzidas na câmara duas esferas de aço, seguidas da ampola de carbureto de cálcio, deixando-a deslizar pelas paredes da câmara com cuidado, para evitar que se quebre. Fechado o aparelho, agitado repetidas vezes de cima para baixo até a quebra da ampola, o qual foi constatado pelo surgimento da pressão assinalada no manômetro. Depois colocado o aparelho na posição horizontal e realizado um movimento rotativo, facilitando a mistura amostra-carbureto. Em seguida, agitado e rotacionado até o gás ter esfriado. Realizada a leitura da pressão manométrica após esta ter se apresentado constante, o que indicava que toda a água existente na amostra havia reagido com o carbureto de cálcio. Sendo que, o resultado demonstra a pressão em kgf/cm2. Verificada Tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica realizada junto com a massa da amostra utilizada, com o intuito de obter a percentagem de umidade em relação à amostra total úmida. No fim, aberto de forma vigorosa o aparelho de um só lado para descarregar o gás e depois aberto completamente e limpado a seco. 4. RESULTADOS Speedy: Fogareiro: Para determinar o teor de umidade em relação a massa do solo seco, foi necessário aplicar a fórmula a seguir, a qual se difere da fórmula da DNER-ME 088/94, pois alguns aparelhos da Norma não foram utilizados neste, como o suporte da cápsula. Contudo, o resultado nas duas fórmulas se apresentaria o mesmo. Onde: mbu = massa do solo úmido + massa da capsula em g mbs= massa do solo seco + massa da capsula em g m = massa da capsula . Por meio desta fórmula foi possível obter os resultados do teor de umidade em relação à massa do solo úmida. Para determinar o teor de umidade pelo método da estufa foi utilizado o equação demonstrada abaixo: mbu = massa do solo úmido + massa da capsula em g mbs= massa do solo seco + massa da capsula em g m = massa da capsula Teor de umidade NBR 6457/86 Local: Campus Sede da UEM Interessado: Aula Prática Mecânica dos Solos 2016 Amostra: 01 Profundidade: 1,7m Data: 05/05/2016 Estufa Cápsula nº 18 35 113 Massa da Amostra úmida + Cápsula (g) 96,27 87,03 87,95 Massa da Amostra seca + Cápsula (g) 85,55 76,16 76,62 Massa da Cápsula (g) 29,07 24,79 22,78 Massa de Sólidos (g) 55,48 51,37 53,84 Massa de água (g) 11,72 10,87 11,33 Umidade (%) 21,12 21,16 21,04 Umidade média (%) 21,10 Fogareiro Cápsula nº 116 117 118 Massa da Amostra úmida + Cápsula (g) 130,73 132,02 131,25 Massa da Amostra seca + Cápsula (g) 117,16 118,51 117,76 Massa da Cápsula (g) 56,22 55,96 55,01 Massa de Sólidos (g) 60,94 62,55 62,75 Massa de água (g) 13,57 13,51 13,49 Umidade (%) 22,36 21,59 21,49 Umidade média (%) 21,91 Speedy Speedy nº 36150 36150 36150 Massa da Amostra úmida (g) 10 10 10 Leitura do manômetro (kgf/cm²) 1,70 1,75 1,80 Umidade (%) 19,5 20,1 20,7 Umidade média (%) 20,1 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Como se pode ver diferentes métodos obtiveram diferentes valoresde umidade, sendo o mais confiável deles o método da estufa pois o tempo de estadia da amostra na estufa é grande o suficiente para eliminar totalmente a água, o método speedy depende da calibração do manômetro do equipamento podendo ocasionar erros caso haja uma descalibração. REFERÊNCIAS CALDERÓN, Victor J.V., Interpretação dos resultados de ensaios TDR para a determinação do teor de umidade dos solos. 2010. Monografia (Mestrado em Geotecnia) – Escola de Engenharia, Universidade de São Paulo, São Paulo. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA DE RODAGEM. DNER–ME 052/94Solos e agregados miúdos – determinação da umidade com emprego do “Speedy”.DNER, 1994. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA DE RODAGEM. DNER–ME 088/94 Solos – determinação da umidade pelo método expedito do álcool. DNER, 1994. ORTIGÃO, J.A.R.,Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. Terratek, 2007. NBR 6457 – Amostras de Solo: preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do "Speedy". M 145/60 - DER/SP – Método de Determinação de Umidade de Solos pelo “Speedy”; ME-64 - Método de Ensaio - Determinação do Teor de Umidade de Solos, da PCR; M 161 - DER/SP – Determinação do Teor de Umidade de Solos
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