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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: Laboratório de Mecânica dos Solos – 2570 TURMA: 06 RELATÓRIO 03: Determinação da massa específica do solo ACADÊMICOS: Leonardo Caloi Santos R.A.: 90796 José Augusto Rodrigues Júnior R.A.: 90798 Maringá, 2 de junho de 2016 1. Objetivos O objetivo deste experimento consistiu na determinação da massa específica aparente do solo (𝜌) de uma amostra indeformada utilizando 3 processos: 1.1. Método da cubagem pela medida direta das dimensões geométricas com paquímetro; 1.2. Método da talhagem com auxílio do anel; 1.3. Método da balança hidrostática (NBR 10838/88). 2. Fundamentação teórica O solo é considerado heterogêneo por ter três fases: ar, água e sólidos. Resultado de intemperismos físicos e químicos que acontecem com as rochas. São constituídos de diversos minerais e matéria orgânica. Para determinar a massa especifica aparente do solo, usa-se amostras indeformadas ou deformadas que bem representam o solo em questão. Amostras indeformadas são preservadas a textura, a constituição mineralogia, a umidade e a estrutura do solo. Diferentemente da deformada que a estrutura não é preservada. A partir dessas amostras, podemos realizar vários estudos que nos fornecem alguns índices físicos do solo, sendo um deles a massa específica aparente do solo. A massa específica aparente do solo é o índice que relaciona o peso do solo e seu volume. Com esses métodos calcularemos a massa específica aparente de um solo utilizando a seguinte equação: 𝜌d = 𝑚solo 𝑉 3. Materiais e métodos 3.1. Materiais – O Solo O solo utilizado foi coletado a uma profundidade de 1,0 a 1,5 m. A amostra indeformada foi retirada do solo e envolta em parafina para preservar suas características até a chegada ao laboratório. 3.2. Materiais Utilizados Anel metálico com seção circular; Vaselina; Faca de cozinha ou estilete e pincel; Régua; Balança com resolução de 0,1 g e capacidade de 1,5 kg; Paquímetro; Cápsulas numeradas; Espátula; Estufa com temperatura entre 105ºC e 110ºC. Torno para talhagem do corpo de prova; “Berço”; Parafina com massa específica conhecida; Moldura e recipiente contendo água para pesagem do corpo de prova com película de parafina, imerso em água; Fogareiro para derretimento da parafina; Fio de Nylon; Contrapeso para imersão da esfera de parafina. 3.3. Procedimento de Ensaio 3.3.1. Cubagem pela medida direta das dimensões geométricas Na amostra compactada de solo, ou numa amostra indeformada deste, é retirado um corpo de prova inicial, que será posteriormente talhado; Esta amostra é levada para talhar até que atinja uma forma cilíndrica, com o topo e as laterais regularizadas; São tomadas seis medições do diâmetro deste cilindro com auxílio do paquímetro. Estas medições devem ser feitas no topo, na base, e no meio do corpo de prova. Em cada um destes são tiradas duas medidas do diâmetro, que devem ser perpendiculares entre si; São tomadas, também com auxílio do paquímetro, três medidas da altura deste corpo de prova, distando 120o uma da outra; O corpo de prova é pesado; Com o restante da amostra, ou com o material que compõe o corpo de prova já utilizado, deve-se fazer a determinação do teor de umidade do solo, segundo a NBR 6457. 3.3.2. Método da Talhagem com Auxílio do Anel Inicialmente tomaram-se as medidas do anel (o seu diâmetro interno e sua altura), com auxílio do paquímetro, sendo feitas medidas em locais diferentes e uma média dos valores utilizada para os cálculos. Estas medidas permitem o cálculo do volume do anel; Pesa-se o anel na balança, com precisão de duas casas decimais; Em função de reduzir o atrito do anel com o solo, e possibilitar que a amostra retirada seja menos deformada quanto possível, é passada uma camada de vaselina nas superfícies interna e externa do anel; Em um corpo de prova inicialmente compactado em laboratório, começa-se a talhar o topo deste, com auxílio de uma faca de cozinha ou espátula, de modo a reduzir o seu tamanho a um tamanho aproximado ao do anel, para que as tensões no cravamento sejam menores; O anel é cravado no corpo de prova, de forma a não deformar este. O processo é lento e gradual, a medida que a lateral do corpo de prova é talhada, o anel é sendo empurrado contra o corpo de prova, até que esteja totalmente incrustado na amostra; A partir disto, começa-se a desprender a superfície superior, onde o anel está localizado, do resto do corpo de prova “cortando” este a uma altura compatível. Após este estar solto, é iniciada a regularização da superfície; Para regularizar a superfície do anel o processo é iniciado com a faca, espátula ou estilete, e é finalizado com a régua, deixando somente o volume do corpo de prova preenchido por solo; Pesa-se e toma-se nota da massa do corpo de prova (com solo); Com a amostra restante, é determinado o teor de umidade do solo, segundo a NBR 6457. 3.3.3. Cubagem através da Balança Hidrostática Primeiramente, talha-se um corpo de prova que obtenha uma forma esférica de aproximadamente cinco centímetros de diâmetro. Usa-se uma faca de cozinha ou estilete; Amarra-se o corpo de prova, com o fio de nylon; A parafina deve ser previamente derretida em banho-maria, até atingir uma temperatura a qual não esteja nem superaquecida nem resfriada. Mergulha-se o corpo de prova nesta parafina sucessivas vezes, impermeabilizando o corpo de prova. Deve-se tomar cuidado especial com o topo do corpo de prova, onde está localizado o laço e também com seu fundo. Para impermeabilizar bem este ponto pode-se passar parafina com um pincel para evitar bolhas. Quando o corpo de prova secar, o conjunto é pesado; Determina-se o peso imerso do corpo de prova fixando-o na moldura da balança, e o colocando na água; Quando seco, retira-se o corpo de prova e a película de parafina. Deste corpo de prova retira-se uma amostra para a determinação do teor de umidade do solo, segundo a NBR 6457. 4. Resultados Massa específica do solo Método da cubagem pela medida direta das dimensões geométricas com paquímetro Local: Campus Sede da UEM Interessado: Aula Prática Mecânica dos Solos 2016 Amostra: 01 Profundidade: 1,0m a 1,5m Data: 19/05/2016 Determinação da massa específica de solo Corpo de prova nº 1 Massa do corpo de prova (g) 𝒎𝐂𝐏 306,06 Diâmetro médio do corpo de prova (cm) 𝑫𝐂𝐏−𝐦é𝐝𝐢𝐨 4,94 Altura média do corpo de prova (cm) 𝒉𝐂𝐏−𝐦é𝐝𝐢𝐚 9,96 Volume do corpo de prova (cm3) 𝑽𝐂𝐏 190,90 Massa específica (g/cm3) 𝝆 1,60 Massa específica aparente seca (g/cm3) 𝝆𝐝 1,21 Peso específico (gf/cm3) 𝜸 1,60 Peso específico aparente seco (gf/cm3) 𝜸𝐝 1,21 Determinação do teor de umidade Cápsula nº 23 Massa da amostra úmida + cápsula (g) 𝒎𝟏 98,14 Massa da amostra seca + cápsula (g) 𝒎𝟐 78,58 Massa da cápsula (g) 𝒎𝟑 17,58 Umidade (%) 𝒘 32,07 Dados do corpo de prova Medidas dos diâmetros (cm) 𝑫𝐂𝐏 4,95 5,01 5,02 4,93 4,87 4,85 Medidas das alturas (cm) 𝒉𝐂𝐏 9,95 9,97 9,96 Equações utilizadas 𝑉CP = ( 𝜋 ∙ 𝐷CP−médio 2 4 ) ∙ ℎCP−média 𝜌 = 𝑚CP 𝑉CP 𝑤 = 𝑚1 −𝑚2 𝑚2 −𝑚3 ∙ 100 𝜌d = 𝜌 1 + 𝑤 100 Massa específica do solo Método da talhagemcom auxílio do anel Local: Campus Sede da UEM Interessado: Aula Prática Mecânica dos Solos 2016 Amostra: 01 Profundidade: 1,0m a 1,5m Data: 19/05/2016 Determinação da massa específica de solo Anel nº 62 Massa do anel (g) 𝒎𝐀 44,32 Diâmetro médio do anel (cm) 𝑫𝐀−𝐦é𝐝𝐢𝐨 7,12 Altura média do anel (cm) 𝒉𝐀−𝐦é𝐝𝐢𝐚 2,00 Volume do anel (cm3) 𝑽𝐀 79,71 Massa do anel + solo (g) 𝒎𝐀+𝐒 170,06 Massa específica (g/cm3) 𝝆 1,58 Massa específica aparente seca (g/cm3) 𝝆𝐝 1,20 Peso específico (gf/cm3) 𝜸 1,58 Peso específico aparente seco (gf/cm3) 𝜸𝐝 1,20 Determinação do teor de umidade Cápsula nº 87 Massa da amostra úmida + cápsula (g) 𝒎𝟏 102,34 Massa da amostra seca + cápsula (g) 𝒎𝟐 82,05 Massa da cápsula (g) 𝒎𝟑 18,55 Umidade (%) 𝒘 31,95 Dados do anel Medidas dos diâmetros (cm) 𝑫𝐀 7,13 7,12 7,12 Medidas das alturas (cm) 𝒉𝐀 2,00 2,00 2,00 Equações utilizadas 𝑉A = ( 𝜋 ∙ 𝐷A−médio 2 4 ) ∙ ℎA−média 𝜌 = 𝑚A+S −𝑚A 𝑉A 𝑤 = 𝑚1 −𝑚2 𝑚2 −𝑚3 ∙ 100 𝜌d = 𝜌 1 + 𝑤 100 Massa específica do solo Balança Hidrostática NBR 10838/88 Local: Campus Sede da UEM Interessado: Aula Prática Mecânica dos Solos 2016 Amostra: 01 Profundidade: 1,0m a 1,5m Data: 19/05/2016 Determinação da massa específica de solo Anel nº 1 2 Peso do corpo de prova (gf) 𝑷𝐂𝐏 107,07 106,37 Peso do corpo de prova com parafina (gf) 𝑷𝐂𝐏−𝐏 111,40 112,06 Peso do corpo de prova com parafina imerso (gf) 𝑷𝐂𝐏−𝐏𝐈 40,13 39,01 Peso específico da parafina (gf/cm3) 𝜸𝐩𝐚𝐫𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚 0,910 0,910 Peso específico da água (gf/cm3) 𝜸𝐰 1,000 1,000 Volume do corpo de prova (cm3) 𝑽𝐂𝐏 66,51 66,74 Peso específico do solo (gf/cm3) 𝜸 1,61 1,59 Peso específico aparente do solo seco (gf/cm3) 𝜸𝐝 1,22 1,20 Peso específico aparente do solo seco médio (gf/cm3) 𝜸𝐝−𝐦é𝐝𝐢𝐨 1,21 Massa específica do solo (g/cm3) 𝝆 1,61 1,59 Massa específica aparente do solo seco (g/cm3) 𝝆𝐝 1,22 1,20 Massa específica aparente do solo seco média (g/cm3) 𝝆𝐝−𝐦é𝐝𝐢𝐚 1,21 Determinação do teor de umidade Cápsula nº 1 2 3 Massa da amostra úmida + cápsula (g) 𝒎𝟏 150,50 155,55 147,93 Massa da amostra seca + cápsula (g) 𝒎𝟐 127,44 130,60 125,52 Massa da cápsula (g) 𝒎𝟑 55,29 53,40 54,30 Umidade (%) 𝒘 31,96 32,32 31,47 Umidade média (%) 𝒎𝐦é𝐝𝐢𝐚 31,92 Equações utilizadas 𝑉CP = 𝑃CP−P − 𝑃CP−PI 𝛾w − 𝑃CP−P − 𝑃CP 𝛾parafina 𝛾 = 𝑃CP 𝑉𝐶𝑃 𝑤 = 𝑚1 −𝑚2 𝑚2 −𝑚3 ∙ 100 𝛾d = 𝛾 1 + 𝑤 100 5. Análise e discussão dos resultados Foi determinada a massa específica do solo usando três métodos: o de cubagem pela medida direta das dimensões geométricas, com paquímetro; o de talhagem com o auxílio de anel e o da balança hidrostática. 5.1. Através do método da cubagem pela medida direta das dimensões geométricas, com paquímetro, foi calculado o diâmetro médio e a altura média. Calculando-se assim, o volume. Com esses cálculos realizados obtivemos um peso específico de 1,60 gf/cm³, um peso específico aparente seco de 1,21 gf/cm³ e um teor de umidade de 32,07%. 5.2. Pelo método da talhagem com o auxílio de anel foram realizados dois ensaios. Foi calculado o diâmetro médio e a altura média. Calculando-se assim, o volume. Então o peso específico aparente seco do ensaio foi de 1,20 gf/cm³ e o teor de umidade encontrado foi de 31,95%. 5.3. Por fim, pelo método da balança hidrostática foi encontrado o valor de 1,21 gf/cm³ para o peso específico aparente seco médio, pois foram realizados dois ensaios, cujo peso específico do primeiro foi de 1,22 gf/cm³ e do segundo foi de 1,20 gf/cm³. A umidade média do experimento foi de 31,92%. Visto que a diferença entre os valores obtidos em cada método foi baixa, pode-se considerar que os resultados foram satisfatórios. 6. Referências [1]. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6023: Informação e documentação: Referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002a. [2]. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10520: Informação e documentação: Citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002b. [3]. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6457: Amostras de solo: Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio de Janeiro, 1986. [4]. SOUZA PINTO, C. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. [5]. TERZAGHI, K.; PECK, R. B. Mecânica dos solos na prática da engenharia. Tradução da 1 ed. americana. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S.A., 1962. [6]. DAS, B. M. Fundamentos de engenharia geotécnica. Tradução da 6 ed. americana. São Paulo: Thomson, 2007. [7]. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10838: Solo: Determinação da massa específica aparente de amostras indeformadas, com emprego da balança hidrostática. [8]. BELINCANTA, A. Aula prática 3: Determinação da massa específica aparente do solo. UEM, Maringá, 2014.
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