Buscar

274 Concurseiro Social Direito Eleitoral Conceito e Fontes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

http://www.concurseirosocial.com.br 
 
 
Grupos de estudo e discussão 
Provas e apostilas para download 
Simulados e comentários 
Vídeo-aulas e compartilhamento de arquivos 
Notícias de concursos 
 
Venha estudar em grupo, discutir e se atualizar. 
GRÁTIS! 
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
10 
 
1. Direito Eleitoral. 
 1.1. Conceito. 
A conceituação de um ramo do Direito é campo de vastas 
discussões e subjetividades dos juristas. O Direito Eleitoral não é diferente. 
Cada doutrinar apresenta, a seu modo, o conceito que entende mais 
adequado. 
O Direito Eleitoral é o conjunto sistemático de normas e 
princípios que regulam o regime representativo moderno e a participação do 
povo na formação do governo. 
Por sua vez, Francisco Dirceu Barros ensina que “o Direito Eleitoral 
é o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos 
políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos 
titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado”. (BARROS, 2010, 
p. 1) 
Com outro raciocínio, Fávila Ribeiro, citada por Fernando Carlos 
Santos da Silva, assim define o Direito Eleitoral: 
“O Direito Eleitoral, precisamente, dedica-se ao estudo das normas 
e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do 
poder de sufrágio popular, de modo que se estabeleça a precisa 
equação entre a vontade do povo e a atividade governamental”. 
(SILVA, 2008, p. 13) 
A despeito de compreendermos os conceitos apresentados pelos 
doutrinadores, para que possamos responder com precisão a uma eventual 
pergunta a respeito do Conceito do Direito Eleitoral, é preciso que 
memorizemos os principais elementos que o estruturam. Abaixo, sistematizo 3 
elementos conceituais: 
1. RAMO DO DIREITO PÚBLICO – Em contraposição ao Direito 
Privado, que rege preponderantemente as relações particulares, 
o Direito Eleitoral faz parte do que a doutrina chama de Direito 
Público, que consiste, em breve resumo, nas regras jurídicas 
normatizadoras do Estado e de suas relações com a sociedade 
civil. Compõem o Direito Público os seguintes “Direitos”: 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
11 
Direito Administrativo, Constitucional, Tributário, Ambiental, 
Eleitoral, etc; 
2. DIREITOS POLÍTICOS – o Direito Eleitoral trata dos Direitos 
Políticos, que são o conjunto de regras que disciplinam as 
formas de atuação da soberania popular. Segundo José 
Afonso da Silva, “consistem na disciplina dos meios necessários 
ao exercício da soberania popular”. (SILVA, 2003, 344) Por sua 
vez, soberania popular é conceituada pela própria 
Constituição Federal no seu art. 1º, parágrafo único (“Todo o 
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. A 
soberania popular é um postulado normativo que implica na 
absoluta atribuição do poder político ao povo. Na vigência de um 
regime democrático (com soberania popular) não há espaço 
para as “Ditaduras”, Regimes de Exceção ou Tiranias, pois o 
povo é o “dono do poder”. A vontade do povo é respeitada, 
permitindo-se o exercício concreto da liberdade de participação 
no gerenciamento político do Estado. Com isso, o Direito 
Eleitoral rege os Direitos Políticos, que resguardam 
essencialmente a soberania popular. 
3. ELEIÇÕES – As eleições são a materialização do Princípio 
Democrático insculpido na soberania popular, ao facultar o 
poder de escolha ou opção dos chefes dos Poderes Executivos e 
dos membros dos Poderes Legislativos Federais, Estaduais e 
Municipais. O fim último do Direito Eleitoral é consolidar o 
regime democrático através da regulação e execução do 
sufrágio e do voto popular (Eleições). 
 
 
 1.2. Fontes do Direito Eleitoral. 
O que são “fontes” do Direito? 
Parece até algo complexo, difícil, mas não é. 
As fontes do Direito são apenas os suportes de onde emanam 
as normas jurídicas. São as formas como surge o direito. Ex: 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
12 
Constituição, Leis, Decretos, Resoluções, Decisões Judiciais, Jurisprudência, 
etc. 
Quanto ao Direito Eleitoral, para se saber quais são as suas fontes, 
basta perquirir: onde estão as normas jurídicas de natureza eleitoral? 
Listaremos abaixo, de forma didática, as principais fontes de direito 
eleitoral. A doutrina elaborou uma multiplicidade de classificações das fontes 
do Direito Eleitoral, como por exemplo, fontes primárias e secundárias, fontes 
próprias e subsidiárias, etc. Contudo, a forma como são colocadas, em sua 
maioria, não tem relevância para o nosso estudo, porque não são consideradas 
pelas bancas “concursais”. 
As Fontes ou normas jurídicas de natureza eleitoral podem ser 
assim sistematizadas: 
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 (CF-88) – Lei mãe de 
todas as leis. De qualquer ramo jurídico, a Constituição 
Federal sempre será fonte. Especialmente nos artigos 14 a 
17 e 118 a 121 da CF-88 residem as normas eleitorais 
constitucionais, ao estabelecer o constituinte os “Direitos 
Políticos”, “Partidos Políticos” e a organização da Justiça 
Eleitoral (“Dos Tribunais e Juízes Eleitorais”). Na CF-88 é 
que foi originado o Direito Eleitoral, onde estão fincados 
seus princípios basilares; 
 
2. LEIS FEDERAIS: 
• Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) – principal 
diploma normativo nacional do Direito Eleitoral. Lei 
Ordinária recepcionada como Lei Complementar pela 
CF-88. Possui mais de 380 artigos; 
• Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) – estabelece 
normas gerais sobre o processo eleitoral; 
• Lei Complementar nº 64/90 (Lei das 
Inelegibilidades) – estabelece hipóteses de 
inexigibilidade e prazos de cessação; 
• Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: TécnicoJudiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
13 
– estabelece a organização, funcionamento, finanças, 
acesso ao rádio e à TV dos Partidos Políticos; 
• Lei nº 9.996/2000 – disciplina a anistia de multas 
eleitorais; 
• Lei nº 10.408/2002 – alterou a Lei nº 9.504/97 (Lei 
das Eleições) para estabelecer normas para ampliar a 
segurança e a fiscalização do voto eletrônico; 
ATENÇÃO! 
Conforme preceitua a Constituição Federal no seu art. 22, inciso I, 
compete PRIVATIVAMENTE à UNIÃO legislar sobre Direito Eleitoral. In 
verbis: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, ELEITORAL, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
Mas você sabia que os ESTADOS podem legislar sobre DIREITO 
ELEITORAL? 
Como assim Professor? Eu aprendi em Direito Constitucional que 
Direito Eleitoral é matéria de competência legislativa privativa da União! 
Isto é verdade. Ocorre que, em decorrência da previsão contida no 
art. 22, inciso I, combinado com o parágrafo único, da CF-88, a União pode 
delegar aos Estados competência para legislar também sobre Direito Eleitoral! 
Denomina-se esta previsão constitucional de Delegação de competência da 
União para os Estados (art. 22, parágrafo unido da CF-88). Vejam: 
Art. 22 
(...) 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os 
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo (...DIREITO ELEITORAL...). 
CUIDADO! 
A Doutrina, no entanto, não encara as Leis Estaduais como 
fontes diretas do Direito Eleitoral, pois esta possibilidade reside apenas em 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
14 
tese no texto constitucional, não havendo registros de leis eleitorais estaduais 
ensejadores de sua inclusão no rol das fontes formais eleitorais. 
Para fins de provas de concurso, as Leis Estaduais ainda NÃO são 
fontes formais do Direito Eleitoral. Poderão vir a ser, mas a doutrina é 
quase unânime nesse sentido. 
Portanto, a delegação de competência legislativa da União aos 
Estados quanto à matéria Eleitoral, deve ser lembrada na prova de Direito 
Constitucional! 
 
3. RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL 
(TSE) – O Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), em seu art. 
1º, parágrafo único, e art. 23, inciso IX, prevê que o TSE 
expedirá instruções normativas. Destaca-se, também, a 
previsão contida no art. 105 da Lei nº 9.505/1997. O TSE o 
faz, principalmente, por meio de Resoluções. Elas são da 
maior relevância para a regulamentação do processo 
eleitoral, suprindo as lacunas e as necessárias especificações 
do Código Eleitoral e das Leis Federais. Uma das mais 
importantes Resoluções é a Resolução TSE nº 
21.538/2003, presente em mais 90% dos concursos dos 
Tribunais Eleitorais! 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) 
Art. 1º 
(...) 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá 
instruções para sua fiel execução. 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal 
Superior, 
(...) 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à 
execução deste Código; 
 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
15 
Lei nº 9.504/1997 
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal 
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem 
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das 
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções 
necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, 
em audiência pública, os delegados ou representantes dos 
partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
Ponto de grande relevo sobre as RESOLUÇÕES DO TSE, que, 
inclusive, é matéria quente a ser questionada em concursos públicos, é sobre a 
NATUREZA JURÍDICA da Resolução Eleitoral. Tecerei alguns comentários, 
apesar do assunto tocar a seara dos Direitos Administrativo e Constitucional. 
Segundo Francisco Dirceu Barros, as Resoluções do TSE podem ter 
2 naturezas jurídicas. Antes de indicar a classificação do autor, faço uma 
incursão sobre a diferença entre Ato Normativo Primário e Secundário. 
Ato Normativo Primário – tem por fundamento a própria 
Constituição Federal, podendo inovar no ordenamento jurídico como força 
primária. São atos que criam originalmente a norma, normatizam situação não 
regulada por outra norma legal. Ex: Leis Complementares, Leis Ordinárias, 
Medidas Provisórias, etc. Estão previstas no art. 59, caput, da CF-88: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Dos atos normativos primários, cabe Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADIN). 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
16 
 
Ato Normativo Secundário – regulamenta, interpreta e/ou 
executa o ato normativo primário. Regulamentam as “leis” em sentido amplo. 
Desses atos não cabe ADIN. 
Vamos então às 2 diferentes naturezas jurídicas das Resoluções 
do TSE: 
1. ATO NORMATIVO PRIMÁRIO – as Resoluções que 
normatizam as eleições, em decorrência do permissivo legal 
contido no citado art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm força 
de lei ordinária federal, com mesmo status normativo da 
citada lei autorizadora. Por isso, dessas resoluções com força 
de ato normativo primário, caberia Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADIN). 
2. ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO – já as Resoluções que 
meramente interpretam as diversas Leis Eleitorais ou a 
própria CF-88, têm caráter meramente regulamentar (são 
atos infra-legais), não cabendo, portanto, ADIN. Cabe, no 
entanto, o que é chamado no meio eleitoral de Consulta ao 
TSE. 
Então, as Resoluções do TSE que regulamentam as Eleições, 
conforme previsto no art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm caráter de Ato 
Normativo Primário. Por outro lado, as Resoluções administrativas 
regulamentadoras são regulamentos comuns. 
Friso, contudo, que todasas Resoluções do TSE são Fontes do 
Direito Eleitoral! 
 
FONTES CONSIDERADAS NÃO FORMAIS (NÃO DIRETAS) DO 
DIREITO ELEITORAL: 
1. Fontes Subsidiárias: Código Penal e de Processo Penal, 
Código Civil e de Processo Civil, Direito Financeiro e Direito 
Tributário; 
2. Doutrina Eleitoral – juristas, estudiosos do Direito Eleitoral, 
através dos Livros, Publicações, artigos e teses; 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
17 
3. Jurisprudência do TSE – decisões reiteradas da Corte sobre 
determinada matéria; 
4. Estatutos dos Partidos Políticos. 
 
 
2. INTRODUÇÃO AO CÓDIGO ELEITORAL (arts 1º ao 11). 
 2.1. PODER REGULAMENTAR DO TSE (Art. 1º) 
Cabe aqui repisar esta matéria já ventilada na Aula Demonstrativa. 
Como estudamos linhas atrás, as Resoluções do TSE estão entre as 
principais fontes do Direito Eleitoral! O art. 1º, parágrafo único, e o art. 23, 
inciso IX, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), como também o art. 105 da 
Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições), são os principais dispositivos legais que dão 
suporte ao Poder Regulamentar do TSE. 
No Direito Público o Poder Regulamentar é conceituado como 
aquele conferido à Administração Pública de explicitar, esclarecer, conferir 
execução às leis ou disciplinar matéria que não se sujeita à iniciativa de lei. 
É isso que faz o TSE rotineiramente. Este Poder de 
Regulamentação Eleitoral é uma competência conferida ao Tribunal Superior 
Eleitoral de regular as eleições e todo o sistema eleitoral, expedindo instruções 
julgadas convenientes à execução do Código Eleitoral e da Constituição 
Federal. Constitui um dos aspectos diferenciadores da Justiça Eleitoral. 
Explicito melhor a função reguladora da Corte Eleitoral. Em 
critérios práticos, a depender do fundamento legal para a edição de atos 
normativos, a função regulamentadora do TSE tem se consubstanciado em 2 
espécies normativas: Instruções Normativas e Resoluções. 
1. INSTRUÇÕES NORMATIVAS - quando o TSE edita atos 
regulamentares de caráter genérico sobre matéria eleitoral, 
com base no art. 1º, parágrafo único, e art 23, IX, do Código 
Eleitoral; 
2. RESOLUÇÕES – quando o TSE regulamenta especificamente 
as Eleições, consoante o art. 105 da Lei nº 9.504/97, 
A despeito dessa diferenciação prática realizada pelo TSE, o 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
18 
que importa é saber a existência desse Poder Normativo de regulação sobre 
matéria eleitoral. 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) 
Art. 1º 
(...) 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá 
instruções para sua fiel execução. 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal 
Superior, 
(...) 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à 
execução deste Código; 
 
Lei nº 9.504/1997 
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal 
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem 
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das 
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções 
necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, 
em audiência pública, os delegados ou representantes dos 
partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
 2.2. FONTE DO PODER POLÍTICO (Art. 2º) 
O Código Eleitoral em seu texto inicial de 1965 previu a cláusula 
democrática de que o Poder Político teria como titularidade o “povo”. É 
também o direito de voto conferido ao povo. Mais modernamente, a 
Constituição Federal de 1988 destaca o povo como única fonte de todo o poder 
político, nos seguintes termos: 
CF - 88 
Art. 1º 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
19 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) 
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu 
nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, 
dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, 
ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na 
Constituição e leis específicas. 
Em vista da normação conferida pelo diploma constitucional, a 
doutrina considera que este dispositivo do Código Eleitoral está parcialmente 
revogado. A despeito disso, basta decorarmos o conteúdo do dispositivo 
constitucional, que por sinal, é de fácil assimilação. 
 
 2.3. CAPACIDADE ELEITORAL. Conceitos Fundamentais. 
 
Na lição de Pedro Lenza, os Direitos Políticos “nada mais são do 
que os instrumentos através dos quais a CF garante o exercício da soberania 
popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da 
coisa pública, seja direta ou indiretamente”. 
O cidadão só participa dos direcionamentos do Estado se o forem 
garantidas certas prerrogativas. Por isso que os Direitos Políticos podem ser 
resumidos como as prerrogativas que permitem ao cidadão tomar parte nos 
comandos da coisa pública. Isso porque os Direitos Políticos são o conjunto de 
regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular (“todo o 
poder emana do povo”). 
O Sufrágio é o direito de votar e de ser votado. Consiste no mais 
notável elemento dos Direitos Políticos. Com isso, a capacidade votar e de 
ser votado, por decorrência lógica, são igualmente elementos essenciais dos 
Direitos Políticos dos cidadãos. 
Assim, podem-se classificar os Direitos Políticos em: 
1. Capacidade Eleitoral Ativa (Alistabilidade) – direito de 
votar, capacidade de ser eleitor; 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
20 
2. Capacidade Eleitoral Passiva (Elegibilidade)– direito de 
ser votado. 
Mas, Professor, o que mesmo é o Voto? 
Vamos então diferenciar rapidamente alguns conceitos 
indispensáveis à compreensão deste assunto. 
o Nacionalidade – é um vínculo jurídico e político que liga um 
indivíduo a um Estado. Ex: provavelmente você é brasileiro 
porque preencheu as específicas regras sobre nacionalidade 
previstas no art. 12 da CF-88; 
o Cidadania – pressupõe a existência de vínculo com o Estado 
(Nacionalidade) e o efetivo alistamento eleitoral. Somente o 
Nacional alistado como eleitor é considerado cidadão. Em 
tese, é possível o nacional não ser cidadão ao não se alistar-
se como eleitor; 
o Soberania Popular - é um postulado normativo que implica 
na absoluta atribuição do poder político ao povo. Ela é 
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, 
com valor igual para todos, mediante plebiscito, referendo e 
iniciativa popular, consoante art. 14, caput, da CF-88; 
o Sufrágio - é o direito de votar e de ser votado (capacidade 
votar e de ser votado); Obs: o sufrágio no Brasil é 
universal. O Sufrágio Universal quer dizer que o direito de 
votar no Brasil é concedido a todos os nacionais, 
independentemente de condições que diferenciem uns de 
outros nacionais. Assim, não existe em nosso País o sufrágio 
censitário e capacitário, que implicam em exigências mínimas 
de renda ou de qualificação dos nacionais; 
o Voto - o voto decorre do direito de sufrágio, sendo o ato pelo 
qual o eleitor manifesta sua vontade. O sufrágio é o próprio 
direito de votar, enquanto que o voto é o ato prático do 
direto de votar, do direito de sufrágio. 
O sufrágio (direito de votar e ser votado) é também exercido 
pelo próprio voto! 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
21 
 
Características do Voto no Brasil: 
1. Direto – os eleitores elegem representantes por si 
próprios, sem intermediários; 
2. Igualdade – todos os eleitores (cidadãos) têm o 
mesmo valor, para cada cidadão, um voto 
correspondente - cláusula do “one man, one vote” 
(um homem, um voto); 
3. Periodicidade – os mandatos políticos são 
temporários (cláusula pétrea constitucional), logo o 
voto também será periódico; 
4. Sigilosidade – o voto do eleitor não pode ser revelado 
para terceiros; 
5. Liberdade – o eleitor não pode ser constrangido a 
escolher determinado candidato (obrigatoriedade 
apenas de comparecer ás urnas); 
6. Personalidade – o voto não pode ser exercido por 
interposta pessoa, apenas pessoalmente; 
7. Obrigatório – o exercício do voto, como regra, é 
obrigatório (obrigatoriedade apenas de comparecer ás 
urnas), salvo as exceções constitucionais pela 
facultatividade para os analfabetos, maiores de 70 anos 
e os menores de 18 e maiores de 16 anos (art. 14, 
§1º, da CF-88). 
 
Leiamos como a CF-88 aborda sobre os Direitos Políticos: 
CF-88 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para 
todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
22 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
Como vimos, uma das formas de se levar a efeito a soberania 
popular é o exercício do direito de voto. No entanto, a CF-88, em seu art. 14 
acima, preleciona que a soberania popular será também exercida pelo 
plebiscito, referendo e iniciativa popular. Vejamos então o que é cada um. 
 I – PLEBISCITO – é uma consulta Prévia feita aos cidadãos a 
respeito de matéria política que será ainda discutida pelo Congresso Nacional. 
Ocorre antes da manifestação do Congresso. 
II – REFERENDO – é uma consulta posterior sobre determinado 
ato governamental já, para Ratificá-lo, Referendá-lo. Só se ratifica ou 
referenda algo a posteriori, para frente. 
PLEBISCITO X REFERENDO 
Plebiscito – Prévia Consulta (PP), antes que seja apreciada pelo 
Congresso. 
Referendo – Ratificadora (RR), Referendadora Consulta 
(realizada posteriormente ao ato governamental já editado). 
III – INICIATIVA POPULAR – é uma das formas de por em ação 
a soberania popular prevista na CF-88, em seu art. 61, §2º, por meio da qual 
os cidadãos poderão, por conta própria,/ proporem à Câmara dos Deputados 
que votem um projeto de lei de seus interesses. Um exemplo emblemático de 
Projeto de Lei de Iniciativa Popular é o Projeto “Ficha Limpa”, aprovado pelo 
Senado Federal e sancionado recentemente pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 61. 
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à 
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no 
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo 
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
Requisitos Constitucionais para a INICIATIVA POPULAR: 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
23 
1. 1% mínimo do eleitorado nacional; 
2. 5 Estados – número mínimo; 
3. 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada 
um desses Estados. 
 
IV – VOTO - o voto decorre do direito de sufrágio, sendo o ato 
pelo qual o eleitor manifesta sua vontade. 
 
A Lei nº 9709/98 regulamenta o art. 14, caput, da CF-88, trazendo 
os conceitos e os contornos legais de plebiscito, referendo e iniciativa popular: 
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo 
para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de 
natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato 
legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar 
ou denegar o que lhe tenha sido submetido. 
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato 
legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva 
ratificação ou rejeição. 
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do 
Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 
18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são 
convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um 
terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas 
do Congresso Nacional, de conformidade com estaLei. 
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto 
de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por 
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco 
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores 
de cada um deles. 
Com esse arcabouço teórico, voltamos aos conceitos delineados no 
Código Eleitoral e na CF-88. 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
24 
 
 2.3.1. CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA 
(ALISTABILIDADE) 
A Capacidade Eleitoral Ativa ou Alistabilidade, como visto, é a 
capacidade de ser eleitor, que constitui o direito de votar. 
Para que adquira o direito de votar, é preciso que o indivíduo faça 
seu ALISTAMENTO na Justiça Eleitoral, nos termos do art. 4º do Código 
Eleitoral, derrogado parcialmente pelo art. 14, §1º, da CF-88, que regulou com 
mais detalhes a obrigatoriedade do alistamento, da seguinte maneira: 
Código Eleitoral 
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se 
alistarem na forma da lei. REVOGADO 
 
CF-88 
Art. 14 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
Examinemos com mais detalhes o dispositivo constitucional. Friso 
aos alunos que os arts. 4, 5 e 6, do Código Eleitoral são considerados pela 
doutrina como tacitamente revogados pela CF-88. Daí porque nos 
deteremos às normas previstas na Constituição. 
O art. 14, §1º, da CF-88 dispõe, portanto, sobre a 
obrigatoriedade do alistamento e do voto. Abaixo um quadro esquemático 
para memorização: 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
25 
 
ALISTAMENTO ELEITORAL e VOTO 
OBRIGATÓRIOS 
Apenas para os maiores de 18 anos 
e menores de 70 anos 
18 anos < X < 70 anos 
FACULTATIVOS 
o analfabetos 
o maiores de 16 anos e menores 
de 18 anos 
o maiores de 70 anos 
Resumo: 16 anos < X < 18 anos; 
X > 70 anos 
Observação: Veremos em aula futura que, regulando o dispositivo 
constitucional em estudo, a Resolução TSE nº 21.538/2003, em seu art. 14 
prevê, em outras palavras, que é preciso comprovar a idade 16 ANOS 
completos na data do pleito, e não necessariamente na data do alistamento 
eleitoral, desde que a inscrição seja no mesmo ano eleitoral. Assim, desde já 
assiná-lo que é possível alistar-se com 15 anos de idade, desde que se prove 
possuir os 16 anos completos quando da eleição. 
Resolução TSE nº 21.538/03 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem 
eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, 
inclusive. 
 
Por outro lado, como não poderemos nos esquecer do nosso velho 
Código Eleitoral, é importante considerarmos que é previsto nele maiores 
disposições sobre a obrigatoriedade do alistamento e do voto. Como regra, não 
são cobrados em concursos tanto quanto o conhecimento do texto 
constitucional, mas iremos enfrentá-los para uma eventual cobrança da banca. 
O Código Eleitoral prevê no seu art. 6º, caput, que o “alistamento e 
voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo”. No entanto, vige 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
26 
atualmente o previsto no art. 14, § 1º, I e II da CF-88: 
? alistamento e voto obrigatórios para os maiores de 
dezoito anos (18 anos). 
? alistamento e voto facultativos para os analfabetos, 
para os maiores de setenta anos (70 anos) e para os 
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (16 
anos < x < 18 anos). 
Com efeito, prevê o mesmo art. 6º uma certa facultatividade para 
o alistamento e para o voto, nos seguintes termos: 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros 
de um e outro sexo, salvo: 
I - quanto ao alistamento: 
a) os inválidos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os que se encontrem fora do país. 
II - quanto ao voto: 
a) os enfermos; 
b) os que se encontrem fora do seu domicílio; 
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os 
impossibilite de votar. 
Com isso, segundo o Código Eleitoral, o alistamento seria 
facultativo para: 
? INVÁLIDOS;2 
? MAIORES DE 70 ANOS (> 70 anos) – já previsto no novo 
texto constitucional; 
? OS QUE SE ENCONTREM FORA DO PAÍS (brasileiros natos 
ou naturalizados que estejam fora do Brasil); 
Por sua vez, o voto seria facultativo para: 
 
2 Faço apenas uma pequena observação de que, segundo a Res.-TSE no 21.920/2004, em seu art. 1º, o alistamento 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
27 
? ENFERMOS; 
? OS QUE SE ENCONTREM FORA DO SEU DOMICÍLIO; 
? FUNCIONÁRIOS CIVIS E OS MILITARES, EM SERVIÇO 
QUE OS IMPOSSIBILITE DE VOTAR 
 
Por fim, há que se dedicar especial atenção à previsão 
constitucional da obrigatoriedade e facultatividade do alistamento e do voto, 
não se esquecendo desta previsão contida no Código Eleitoral. 
ATENÇÃO! 
IMPEDITIVOS PARA O ALISTAMENTO! 
Você sabia que os “conscritos” não podem ser eleitores?? E, 
igualmente, os estrangeiros? 
Como é Professor? o que diabos é “conscrito”? 
Vamos lá! 
O art. 14, §2º, determina que não podem alistar-se como eleitores 
os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os 
conscritos. 
CF-88 
Art. 14 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, 
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
Estrangeiro é fácil! Por exclusão, é aquele que não é brasileiro, 
natoe naturalizado. Se o estrangeiro quiser votar, é preciso que, primeiro, 
faça a devida naturalização, segundo as regras constitucionais. 
Observação 1: A especial condição dos Portugueses no Brasil. 
A CF-88, no seu art. 12, §1º, assegura aos portugueses com residência no país 
os direitos inerentes ao brasileiro se houver reciprocidade em favor dos 
brasileiros em Portugal. Isso assegura, de fato, aos portugueses, uma espécie 
de quase naturalização. Desse modo, poderão alistar-se da mesma maneira 
 
eleitoral e voto obrigatórios para pessoas portadoras de deficiência. 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
28 
que um brasileiro naturalizado o poderá. Veremos logo à frente que os 
Portugueses sofrem limitações apenas quanto à elegibilidade. 
CF-88 
Art. 12 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se 
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os 
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. 
De outro lado, os Conscritos, segundo Alexandre de Moraes, são 
aqueles médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço 
militar obrigatório na forma da Lei nº 5.292, e aqueles que prestam serviço 
militar na condição de prorrogação de engajamento. 
Segundo a Res.-TSE nº 15.850/89: a palavra “conscritos” alcança 
também aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e os 
mencionados médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam 
serviço militar inicial obrigatório. 
Este conceito é apenas para entendermos o que são os conscritos. 
De todo modo, o que importa é lembrarmos que, segundo a CF-88: 
NÃO PODEM ALISTAR-SE COMO ELEITORES os Estrangeiros e os 
Conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. 
Vale frisar novamente que, conforme o art. 14, §2º da CF-88, é 
vedado o alistamento apenas aos conscritos, durante o serviço militar! 
A despeito do quanto aduzido sobre a revogação tácita do Código 
Eleitoral pela previsão contida no art. 14 da CF-88, em respeito ao histórico de 
algumas bancas, a exemplo da FCC, de cobrar a literalidade do texto de lei 
sem sequer adentrar no mérito da validade e eficácia da norma, faremos uma 
breve incursão sobre o que diz a Lei Eleitoral. 
Vejamos o que diz o art. 5, caput, do Código Eleitoral: 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da 
Constituição/88) 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
29 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente 
dos direitos políticos. 
Um exemplo dos que “não sabem exprimir-se na língua nacional” é 
o caso dos Índios. Caso ainda sem solução pelo TSE, não se sabe ao certo se 
foi ou não recepcionado pela CF-88.3 
O que importa é saber que, segundo o Código Eleitoral, os que não 
souberem a língua nacional, não souberem exprimir-se na língua nacional, não 
podem alistar-se como eleitores. 
Da mesma forma, os privados dos direitos políticos, seja 
temporário ou definitivamente, também não podem alistar-se, consoante o 
Código Eleitoral. Esta norma é para aqueles que estejam com seus direitos 
políticos perdidos ou suspensos, na forma atual previsão do art. 15 da CF-
88. Mais à frente enfrentaremos o tema. 
Então, se na questão vier disposto apenas o seguinte “não podem 
alistar-se os estrangeiros e os conscritos”, estará certa. Se também vier que 
“não podem alistar-se os privados dos seus direitos políticos” ou “os que não 
saibam exprimir-se na língua nacional”, também estará certa, mesmo não 
fazendo expressa menção ao Código Eleitoral. 
DIPLOMA NORMATIVO 
NÃO PODEM ALISTAR-SE 
ELEITORES: 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
? Estrangeiros 
? Conscritos (art. 14, §2º) 
CÓDIGO ELEITORAL (Lei nº 47 
? os que não sabem exprimir-
se na língua nacional; 
? os privados dos seus direitos 
políticos, temporária ou 
definitivamente. (art. 5º, caput, do 
 
3 O TSE em recente decisão, de 01/06/2010, no bojo de consulta formulada pelo Juiz Eleitoral de Tabatinga/AM, 
decidiu que a recepção ou não do dispositivo deveria ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal. O voto do Ministro 
Henrique Neves, no entanto, foi pela não recepção. 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
30 
Código Eleitoral) 
 
O alistamento dos militares tem previsão constitucional, não sendo 
mais eficaz o parágrafo único do art. 5 do Código Eleitoral. Apesar disso, 
discorro abaixo: 
Código Eleitoral 
Art. 5 
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, 
aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, 
sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para 
formação de oficiais. 
 
Mais uma vez, assevero novamente que, conforme o art. 14, §2º 
da CF-88, é vedado o alistamento apenas aos conscritos, durante o 
serviço militar! 
Com isso, os militares não estão apartados do alistamento 
eleitoral. É um equívoco pensar que os militares são inalistáveis. Pelo 
contrário, como regra, os militares são alistáveis. Inclusive, adianto as 
condições para eleição de militares alistáveis (previstas no art. 14, §8º, da CF-
88): 
? se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
? se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
CF-88 
Art. 14 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes 
condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratoresà
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
31 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato 
da diplomação, para a inatividade. 
 
Resumo abaixo os requisitos constitucionais para possuir a 
Capacidade Eleitoral Ativa (Alistabilidade): 
1. Alistamento Eleitoral - é preciso que o indivíduo se aliste 
perante a Justiça Eleitoral (lógico, como poderá votar se 
sequer se cadastrou como eleitor?); 
2. Nacionalidade Brasileira – precisa ser brasileiro, nato ou 
naturalizado, de qualquer sexo, porque os estrangeiros estão 
impedidos de se alistar; 
3. Idade mínima de 16 anos; 
4. Não ser conscrito – tanto os estrangeiros, quanto os 
conscritos não podem se alistar. 
 
 2.3.2. CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA – 
ELEGIBILIDADE. 
Vimos anteriormente, a capacidade eleitoral ativa (alistabilidade), 
capacidade de votar, de ser eleitor. Agora, veremos o outro lado, a capacidade 
de ser votado (elegibilidade). 
A capacidade eleitoral passiva é possibilidade de concorrer a um 
mandato eletivo, de eleger-se (é o direito de ser votado). 
Para adquirir o direito de participar de uma eleição para um 
determinado cargo político, é preciso o preenchimento das chamadas 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE e que sejam ausentes as CAUSAS DE 
INEGIBILIDADES. 
Por seu turno, aquele cidadão que não preenche as condições de 
elegibilidade é considerado também inelegível pela Justiça Eleitoral. 
O art. 3 do Código Eleitoral, de fato, previa normas sobre 
elegibilidade. Contudo, a CF-88 regulou inteiramente a matéria em seus arts. 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
32 
14, §§ 3º-11º. 
Código Eleitoral 
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo 
eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de 
elegibilidade e incompatibilidade. 
O §3º do art. 14 da CF-88 delineou todas as Condições de 
Elegibilidades: 
CF-88 
Art. 14 
3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador*; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado 
e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
Vamos por partes! Igual a “Jack, o Estripador”. Rsrsrs 
Para concorrer a algum mandato eletivo (para ser votado), o 
cidadão precisa preencher as seguintes CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE: 
1. Nacionalidade brasileira – se para ser eleitor é necessária 
que tenha nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado), 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
33 
tanto o mais para ser candidato a algum posto político. Desse 
modo, mais uma vez os estrangeiros ficam alijados do 
processo democrático no nosso País, não pode ser eleitores e 
muito menos concorrerem a qualquer pleito; 
Observação 1: A CF-88, no art. 12, §3º, exige a nacionalidade originária (ser 
brasileiro nato) para assunção, por eleição, aos cargos de Presidente e 
Vice-Presidente da República: 
CF-88 
Art. 12 
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; (...) 
Observação 2: A especial condição dos Portugueses no Brasil. 
A CF-88, no seu art. 12, §1º, assegura aos portugueses com 
residência no país os direitos inerentes ao brasileiro se houver reciprocidade 
em favor dos brasileiros em Portugal. Isso assegura, de fato, aos portugueses, 
uma espécie de quase naturalização. Desse modo, poderão alistar-se da 
mesma maneira que um brasileiro naturalizado o poderá. 
CF-88 
Art. 12 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se 
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os 
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. 
O português residente no Brasil, além de eleitor, em tese, poderia 
ser Governador de Estado, Senador ou Deputado (mas não Presidente de 
quaisquer das Casas do Congresso, já que, como dito anteriormente, estas 
funções são reservadas aos brasileiros natos) e, preenchidos os requisitos 
constitucionais e legais, poderá também ser Vereador. 
Contudo, segundo José Afonso da Silva, o acesso a cargos públicos 
eletivos no Brasil está vedado aos portugueses por não existir lá a mesma 
reciprocidade quanto à acessibilidade de cargos públicos. In verbis: 
“A Constituição brasileira admite a possibilidade de o português 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
34 
residente aqui ser (se houvesse reciprocidade): Ministro de Estado, 
Senado, Deputado federal e estadual, Governador de Estado, 
Secretário de Estado, Prefeito e Vereador. O acesso a esses cargos 
e funções, contudo, está vedado aos portugueses aqui 
residentes, porque a Constituição de Portugal não admite 
que se outorgue a brasileiro o direito e acesso a cargos e 
funções correspondentes”. 
Logo, especificamente quanto ao alistamento eleitoral, os 
Portugueses com residência no Brasil e não naturalizados formalmente como 
brasileiros, poderão alistar-se como eleitores normalmente, não sendo 
considerados estrangeiros. 
RESUMO 
? Os Portugueses podem alistar-se como eleitores – 
não têm limitação quanto à alistabilidade; 
? Os Portugueses, pela ausência de reciprocidade, não 
podem concorrer a determinados cargos eletivos 
no Brasil – sofrem limitação na sua elegibilidade; 
 
 
2. Pleno exercício dos direitos políticos – os direitos 
políticos devem estar vigentes. Caso ocorra alguma das 
hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos 
previstas no art. 15 da CF-88, não terá o cidadãoelegibilidade, capacidade para ser eleito. 
Observação: Não é possível a cassação dos direitos políticos, apenas a perda 
ou suspensão, consoante dispõe o art. 15 da CF-88: 
CF-88 
Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja 
PERDA ou SUSPENSÃO só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada 
em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
35 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto 
durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
3. Alistamento Eleitoral – deve-se adquirir a cidadania, com o 
alistamento eleitoral, para concorrer à eleição. Basta a 
comprovação da inscrição eleitoral no juízo eleitoral do 
domicílio do alistando. Evidentemente, é condição básica ao 
candidato que seja pelo menos eleitor, não é verdade?; 
4. Domicílio Eleitoral na circunscrição – é um Princípio do 
Direito Eleitoral a vinculação do domicílio eleitoral á 
circunscrição do mandato eletivo postulado pelo candidato; 
5. Filiação Partidária – seguindo o ditame constitucional, a Lei 
nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), em seu art. 18 
determina que os cidadãos estejam filiados em pelo menos 1 
ano antes das Eleições; 
6. Idade mínima: 
A CF-88 estabeleceu idades mínimas a depender do cargo eletivo 
pretendido. Quadro esquemático abaixo para facilitar a fixação: 
Idade Mínima para Elegibilidade: 
o Presidente e Vice-Presidente da 
República 
o SENADOR!!! (Senador é sempre 
velho!!) 
35 ANOS 
Governador e Vice-Governador de 
Estado e do DF 
30 ANOS 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
36 
o Deputado Federal, Estadual ou 
Distrital 
o Prefeito e Vice-Prefeito!!! 
o Juiz de Paz (para casar precisa ter 
pelo menos 21 anos!!!) 
21 ANOS 
Vereador 18 ANOS 
Observação: À luz do art. 11, §2º, da Lei nº 9.504/97, estas idades mínimas 
são verificadas na data da posse do candidato e não no ato do pedido de 
registro da candidatura: 
Lei nº 9.504/97 
Art. 11 
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como 
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a 
data da posse. 
 
Observação: condições de elegibilidade específicas dos Militares. Cabe aqui 
delinear novamente as condições previstas no art. 14, §8º, da CF-88, para os 
Militares: 
? se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
? se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
CF-88 
Art. 14 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes 
condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se 
da atividade; 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
37 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no 
ato da diplomação, para a inatividade. 
Na próxima Aula continuaremos nosso estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
 
Abaixo 2 listas de Exercícios: 1ª apenas com gabarito e a 2ª com 
comentários. 
 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1: [CESPE] - 2005 - TRE-MT - Analista Judiciário – Judiciária 
(ADAPTADA). 
O estudo das fontes do direito encontra aspectos deveras sugestivos em 
amplitude e variedade no direito eleitoral. As fontes não se isolam como 
elemento de vínculo exclusivo com o direito eleitoral, em virtude de 
indilacerável unidade da ordem jurídica em que está integrado. Mas não 
deixam de contar com elementos próprios, que refletem suas condições 
peculiares. Para melhor ordenação lógica, há de se partir da Constituição 
Federal, que é a fonte suprema de onde promana, em distribuição 
hierarquizada, a ordem jurídica estatal, estabelecendo conexão formal e 
padrões de validade à criação e à aplicação do direito em geral. - Fávila 
Ribeiro. Direito eleitoral. 4.ª ed. Forense, 1997, p. 15 (com adaptações). 
Tomando o texto acima como referência inicial, assinale a opção incorreta a 
respeito das fontes do direito eleitoral. 
A - A Constituição de 1988 prevê a possibilidade dos Estados Federados 
legislarem acerca do Direito Eleitoral, por meio de delegação legislativa da 
União. 
B - Legislar sobre direito eleitoral é competência privativa do Congresso 
Nacional. 
C – As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral têm força de lei complementar 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
38 
federal, tendo o mesmo status normativo do Código Eleitoral. 
D – O Código Eleitoral confere ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) competência 
para expedir instruções para sua fiel execução. 
QUESTÃO 2: [FCC] - 23/11/2003 - TRE-AM - Analista Judiciário – 
Judiciária. Considere as seguintes normas jurídicas, além da Constituição 
Federal e das Leis Complementares Federais: 
I. Leis Ordinárias Federais. 
II. Leis Complementares Estaduais. 
III. Leis Ordinárias Estaduais. 
IV. Leis Ordinárias Municipais. 
V. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. 
São fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS 
a) I e V. 
b) I, III e V. 
c) I, III, IV. 
d) II e V. 
e) IV e V. 
QUESTÃO 3: TRE-AM – Administrativa - [FCC] – 31/01/2010. João 
completou 18 anos de idade; Juan é brasileiro naturalizado; Pedro tem 15 anos 
de idade e completará 16 anos na data do pleito; Paulo era analfabeto, masdeixou de sê-lo; e Manuel é português e está trabalhando numa empresa no 
Brasil. É facultativo o alistamento eleitoral de: 
a) Juan e Paulo. 
b) Juan e Manuel 
c) Juan e Pedro 
d) Paulo. 
e) Pedro. 
QUESTÃO 4: TRE-SP - Analista Judiciário – Contabilidade [FCC] - 
10/05/2006. É considerada uma das condições de elegibilidade do 
Governador de Estado, Deputado Federal e do Senador, a idade mínima, 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
39 
respectivamente, de 
a) trinta e cinco anos, trinta anos e vinte e um anos. 
b) trinta anos, vinte e um anos e trinta e cinco anos. 
c) vinte e um anos, trinta anos e trinta e cinco anos. 
d) trinta e cinco anos, vinte e um anos e trinta anos. 
e) trinta anos, trinta e cinco anos e vinte e um anos. 
QUESTÃO 5: TRE-SP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
10/05/2006. Tício é brasileiro naturalizado, alfabetizado e tem 40 anos de 
idade. Paulus é brasileiro nato, tem 18 anos de idade, mas é analfabeto. Petrus 
é brasileiro nato, alfabetizado e tem 72 anos de idade. O alistamento eleitoral 
e o voto são 
a) obrigatórios para Tício e facultativos para Paulus e Petrus. 
b) facultativos para Tício e Paulus e obrigatórios para Petrus. 
c) facultativos para Tício e Petrus e obrigatórios para Paulus. 
d) obrigatórios para Tício, Paulus e Petrus. 
e) facultativos para Tício, Paulus e Petrus. 
QUESTÃO 6: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 
24/01/2010 (ADAPTADA). 
Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os governadores 
de estado e do DF e os prefeitos não precisam renunciar aos respectivos 
mandatos. 
QUESTÃO 7: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 
24/01/2010 (ADAPTADA). 
É condição de elegibilidade para o candidato ao cargo de governador ter idade 
mínima de 35 anos. 
QUESTÃO 8: TRE - PR - Técnico Judiciário - Operação de Computadores 
[CESPE] - 22/11/2009. 
Considere que Pablo seja brasileiro naturalizado, nascido em Bogotá, 
Colômbia, no ano de 1972, que pretenda candidatar-se no próximo pleito ao 
cargo de deputado federal pelo estado do Paraná. 
A respeito dessa situação e das normas que regulamentam o direito eleitoral, 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
40 
julgue os itens que se seguem. 
Pablo, embora não seja brasileiro nato, pode candidatar-se a deputado federal, 
pois a condição de elegibilidade para o referido cargo é ser brasileiro. 
QUESTÃO 9: TRE - PR - Técnico Judiciário - Operação de Computadores 
[CESPE] - 22/11/2009. 
No caso da questão anterior, Pablo teria impedimento apenas aos cargos de 
presidente e vice-presidente, por serem exclusivos de brasileiro nato. 
QUESTÃO 10: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 
01/02/2008. 
Acerca dos direitos políticos, julgue os itens a seguir. 
I A suspensão ou perda dos direitos políticos implica o cancelamento da 
inscrição do indivíduo como eleitor. 
II O alistamento eleitoral é obrigatório para os brasileiros maiores de 18 anos e 
menores de 70 anos. 
III O militar em serviço ativo é inelegível, razão pela qual só pode ser 
candidato se se afastar em definitivo da atividade. 
IV Como instrumentos da democracia direta, o plebiscito e o referendo podem 
ser realizados tanto mediante autorização do Congresso Nacional quanto por 
iniciativa popular. 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
 
GABARITOS OFICIAIS 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C A C B A E E C C A 
 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
41 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
QUESTÃO 1: [CESPE] - 2005 - TRE-MT - Analista Judiciário – Judiciária 
(ADAPTADA). 
O estudo das fontes do direito encontra aspectos deveras sugestivos em 
amplitude e variedade no direito eleitoral. As fontes não se isolam como 
elemento de vínculo exclusivo com o direito eleitoral, em virtude de 
indilacerável unidade da ordem jurídica em que está integrado. Mas não 
deixam de contar com elementos próprios, que refletem suas condições 
peculiares. Para melhor ordenação lógica, há de se partir da Constituição 
Federal, que é a fonte suprema de onde promana, em distribuição 
hierarquizada, a ordem jurídica estatal, estabelecendo conexão formal e 
padrões de validade à criação e à aplicação do direito em geral. - Fávila 
Ribeiro. Direito eleitoral. 4.ª ed. Forense, 1997, p. 15 (com adaptações). 
Tomando o texto acima como referência inicial, assinale a opção incorreta a 
respeito das fontes do direito eleitoral. 
A - A Constituição de 1988 prevê a possibilidade dos Estados Federados 
legislarem acerca do Direito Eleitoral, por meio de delegação legislativa da 
União. 
B - Legislar sobre direito eleitoral é competência privativa do Congresso 
Nacional. 
C – As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral têm força de lei complementar 
federal, tendo o mesmo status normativo do Código Eleitoral. 
D – O Código Eleitoral confere ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) competência 
para expedir instruções para sua fiel execução. 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Apesar da competência privativa da União de legislar sobre 
Direito Eleitoral, a própria CF-88 previu hipótese de delegação de competência 
legislativa aos Estados para legislar sobre Direito Eleitoral. Tal interpretação é 
extraída da combinação entre o art. 22, I, com o art. 22, parágrafo único, da 
CF-88. 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
42 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual,eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
(...) 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os 
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo (...DIREITO ELEITORAL...). 
Item B – correto. Conforme já comentado, a competência para legislar sobre 
Direito Eleitoral é privativa da União. Não confundir com competência 
exclusiva, que é indelegável! 
Item C – errado. Nunca as Resoluções do TSE terão força de Lei 
Complementar, apenas de Lei Ordinária Federal nos casos em que as 
Resoluções são tidas como Atos Normativos Primários, por normatizarem as 
eleições, em decorrência do permissivo legal contido no citado art. 105 da Lei 
nº 9.504/1997. 
Item D – correto. Sim, tanto o Código Eleitoral quanto a própria Constituição 
Federal prevêem a competência regulamentar do TSE e da própria Justiça 
Eleitoral. 
DICA: Interessante item, pois poderia o aluno não saber exatamente se era o 
Código Eleitoral ou a CF-88 que previam tal hipótese. Às vezes o examinador 
exige o conhecimento de um específico diploma legal. Um exemplo disso é este 
item. Por isso, temos que nos atentar ao máximo o que diz cada texto 
normativo, senão, apesar de termos o conhecimento da questão, poderemos 
confundir as “bolas”. Rsrs. 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) 
Art. 1º 
(...) 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá 
instruções para sua fiel execução. 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal 
Superior, 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
43 
(...) 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à 
execução deste Código; 
 
QUESTÃO 2: [FCC] - 23/11/2003 - TRE-AM - Analista Judiciário – 
Judiciária. Considere as seguintes normas jurídicas, além da Constituição 
Federal e das Leis Complementares Federais: 
I. Leis Ordinárias Federais. 
II. Leis Complementares Estaduais. 
III. Leis Ordinárias Estaduais. 
IV. Leis Ordinárias Municipais. 
V. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. 
São fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS 
a) I e V. 
b) I, III e V. 
c) I, III, IV. 
d) II e V. 
e) IV e V. 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
COMENTÁRIOS: 
No rol comentado um pouco acima, apenas são fontes do Direito Eleitoral a 
Constituição Federal, as Leis Federais e as Resoluções do TSE. Logo, Leis 
Estaduais e Municipais não são fontes do Direito Eleitoral. Com isso, apenas 
estão certos os itens I e V, sendo a resposta certa a Letra A. 
Observe-se, todavia, que o aluno poderia tender ao erro ao pensar que pelo 
fato da CF-88 ter autorizado aos Estados a legislar sobre matéria eleitoral na 
forma de Lei Complementar Federal específica, Leis estaduais eleitorais fariam 
parte das fontes formais do direito eleitoral. A doutrina majoritária entende 
que, a despeito dessa previsão constitucional, leis estaduais eleitorais NÃO 
SÃO FONTES DO DIREITO ELEITORAL. 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
44 
Se a questão viesse com outro viés, perguntando se seria possível lei estadual 
regular matéria eleitoral, aí sim é que a abordagem estaria correta. 
 
QUESTÃO 3: TRE-AM – Administrativa - [FCC] – 31/01/2010. João 
completou 18 anos de idade; Juan é brasileiro naturalizado; Pedro tem 15 anos 
de idade e completará 16 anos na data do pleito; Paulo era analfabeto, mas 
deixou de sê-lo; e Manuel é português e está trabalhando numa empresa no 
Brasil. É facultativo o alistamento eleitoral de: 
a) Juan e Paulo. 
b) Juan e Manuel 
c) Juan e Pedro 
d) Paulo. 
e) Pedro. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
COMENTÁRIOS: 
Relembrando sobre a obrigatoriedade do alistamento eleitoral: 
É obrigatório o alistamento para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos; 
É facultativo o alistamento para os analfabetos, maiores de 70 anos e os que 
possuem idade entre 16 e 18 anos na data do pleito. 
Com isso, é obrigatório o alistamento de João (que possui 18 anos de idade), 
que deve ser brasileiro nato. Pelo menos é o que se pôde interpretar da 
questão. 
Juan é naturalizado brasileiro – esse dado, por si só, não implica na 
obrigatoriedade do alistamento. Não preencheu nenhum critério da 
facultatividade do alistamento. 
Pedro terá 16 anos na data do pleito, o que implica facultatividade de sua 
inscrição eleitoral. 
Paulo agora não é mais analfabeto, tornando-se obrigatório o seu alistamento. 
Manuel, por ser português com residência no Brasil, tem garantidos os 
mesmos direitos que um brasileiro naturalizado, podendo e devendo se alistar 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
45 
como eleitor. 
Logo, apenas o Pedro tem como facultativa sua inscrição eleitoral. 
 
QUESTÃO 4: TRE-SP - Analista Judiciário – Contabilidade [FCC] - 
10/05/2006. É considerada uma das condições de elegibilidade do 
Governador de Estado, Deputado Federal e do Senador, a idade mínima, 
respectivamente, de 
a) trinta e cinco anos, trinta anos e vinte e um anos. 
b) trinta anos, vinte e um anos e trinta e cinco anos. 
c) vinte e um anos, trinta anos e trinta e cinco anos. 
d) trinta e cinco anos, vinte e um anos e trinta anos. 
e) trinta anos, trinta e cinco anos e vinte e um anos. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
COMENTÁRIOS: 
Vamos relembrar o quadrinho de idades previstas na CF-88 como condição de 
elegibilidade: 
Quadro esquemático abaixo para facilitar a fixação: 
Idade Mínima para Elegibilidade: 
o Presidente e Vice-Presidente da 
República 
o SENADOR!!! (Senador é sempre 
velho!!) 
35 ANOS 
Governador e Vice-Governador de 
Estado e do DF 
30 ANOS 
www.concurseirosocial.com.br
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome do Aluno- CPF do Aluno, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
Cargos: Técnico Judiciário - Área Administrativa e Segurança Judiciária 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES

Outros materiais