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Bruxaria por Acaia

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Ritual dos Trabalhos Secretos dos Covens:
O ritual dos trabalhos secretos de um coven é o ponto inicial de todas as reuniões, dês das pequenas celebrações até os oito Grandes Sabas. Este ritual deve ser realizado usualmente em todas as reuniões, tanto pelos convens quanto para eventualmente todos os praticantes solitarios, fazendo suas devidas adaptações. O ritual dos trabalhos secretos consiste na estabelecimento do circulo magico, a consagração de sal e água e a erigição do Altar Sagrado. Os rituais são uma tentativa de trazer maneiras e poderes antigos, baseados em suas praticas. As palavras usadas são normamente modernas, mas o simbolismos dos instrumentos e do circulo magico remotam a tempos imemoriaveis. Historicamente o circulo magico tem sido traçado por magos e bruxos para diversas finalidades. Os circulos magicos são encontrados nas mais diversas religiões e escolas tradicionais, no Oriente, no Ocidente e também na África; simbolizam os mistérios da criação, as divindades e o universo. Eles tem dupla utilidade dentro da Bruxaria: manter os espiritos e energias intrusas do lado de fora e ao mesmo tempo, armazenar a energia criada pelo trabalho magico e pontencializar seu efeito. É dito que o Circulo Magico é um paralelo entre os mundos, podendo levar aqueles que estão dentro dele da terra ao reino além, para comungar verdadeiramente com os deuses antigos. 
Em rituais comuns, devem se reunir exatamente as 11:00 horas da noite, 
O Altar Sagrado é o ponto focal na maioria dos rituais. Sobre o altar estrão uma infinidade de instrumentos da Antiga Arte, para a realização do trabalho magico. 
Material: 
- Espada
- Vassoura
- Athame 
- Calice com água
- Calice com vinho 
- Caldeirão 
 - Cordas 
- Bastão Mágico 
- Pentaculo 
- Incensario 
- Uma vela preta 
- Uma vela Branca 
- Quatro velas para os quadrantes 
- Incenso 
- Sal 
- Giz ou tinta branca
Abertura: 
Tradicionalmente, o círculo das feiticeiras possui três metros de diâmetro. Este tamanho deve ser adaptado de acordo com a necessidade do Coven, variando sempre entre multiplos de três. O circulo deve ser traçado com giz ou tinta branca, em sentido horario. A primeira tarefa é fincar uma das facas firmemente no chão onde ficará o fogo ou chama sagrada. Em seguida amarrará uma das extremidades da corda na faca, enquanto, com a outra amarrada na extremidade oposta, traçará o círculo. Feito isso, é colocado o altar e o caldeirão no centro do circulo. Um dos oficiais então percore o circulo por três vezes, portando em mãos a vela branca do altar acesa. O Oficiante que estiver desempenhando este papel então, colocara a vela branca sobre o lado direito do altar e acendera o fogo sagrado no caldeirão. Ele então vai para o portal do circulo e diz:
Oficial: O Circulo esta traçado de acordo com nossa tradição, e o fogo sagrado esta asceso. 
Ele então da lugar ao Magister( Mestre do Coven ou Sumo-Sacerdote), que irá dispor as velas ao redor do circulo e arrumar o altar. Ele então sai do circulo e retorna em compania da Senhora( a Sumo-Sacerdotisa). Ambos então se ajoelham ante o altar. Os demais membros do coven e convidados neste momento estaram postulados a nordeste na area esterna do circulo aguardando instruções. A Senhora então segura o calice de agua acima do pentaculo com ambas as mãos, enquanto o Magister fura a agua com o athame e diz:
Magister: Eu te exorcizo, oh criatura da água, a que te arrojas de ti as impurezas e imundíces dos espiritos do mundo dos fantasmas. Mertalia, Musalia, Dophalia, Onemalia, Zitanseia.
A senhora então segura o pirez com sal sobre o pentaculo e o Magister introduz o athame neste dizendo: 
Magister: Que as bençãos caiam sobre esta criatura do sal, que toda a malignidade e obscuridade sejam expulsas daqui por diante, e que todo bem aqui ingresse. Pelo que te abençoo e invoco para ajudar. 
Colocando o pirez que sal de lado, a Senhora segura novamente o calice de aguda sobre o pentaculo, e o Magister deita o sal sobre a agua dizendo as seguintes palavras: 
Magister: Yamenton, Yaron, Tatonon, Zarmestion, Tileion, Tixmion. Mas lembra-te sempre, a Agua purifica o corpo, mas o tormento purifica a alma. 
Convenieres: “A agua purifica o corpo, mas o tormento purifica a alam! 
A Senhora então percorre toda extremidade do circulo aspergindo a salmora do calice por todo o circulo. Por fim ela coloca a vassoura no portal do circulo, sendo as estremidades de galhos voltadas para dentro. Ela se coloca então ao lado do Magister, que então faz a convocação dos quadrantes: 
Magister: Pela estaca e pelo caldeirão, pela taça e pela faca, Pelo direito de oficiante que ocupo, Vós, antigos poderes da vida e da morte, Reuni-vos na proteção do círculo. 
Parente por parente, sangue por sangue, Pelo vento noturno selvagem e pelo céu estrelado, Pela cor castanha da urze e pela madeira escura, Representeis a noite para esse círculo. 
À semelhança de um marco de pedra, Mantendes a guarda em torno do anel do círculo, Enquanto surgis atravessando a escuridão. No Leste está a obscura pedra de Hele. 
Eu convoco diante de mim a matilha do reino das fadas, De dentes pontiagudos, pêlo branco e orelhas vermelhas, Para rondar além das fronteiras do círculo. E amedrontar o coração dos intrusos. 
Poderes ancestrais deste nosso sangue, Somos o vosso povo, guardai-nos bem, Pela terra e pelo ar, pelo fogo e pela água, Pela mímica mágica e pelo encanto pronunciado. 
Eu invoco a nossa Deusa da Arte, E os Antigos da montanha e da colina. Com o fogo flamejante e a fumaça flutuante. Eu dedico os limites deste círculo. 
Por três vezes o três, Assim será!
É a vez então da Senhora fazer a convocação aos deuses: 
Senhora: Pelo bastão mágico e pela chama da luz ígnea, Invocamos mais uma vez o mais Antigo dos Deuses! 
Esteja presente em todo o seu antigo direito, Para renovar a nossa vida na natureza primordial. 
Deusa da bruxaria e da lua que anda nos céus, Senhora da meia- noite e do céu estrelado, Realizamos a tua dança pedindo uma bênção mágica. Abre a visão do olho interior! 
Senhor da mata e da floresta, Oh, Cornudo, atende ao chamado do nosso coven, Liberta-nos da prisão do mundo, Quando o manto escuro da noite estiver sobre nós. 
Agora o círculo está traçado com uma lâmina sagrada. E nenhum inimigo reconhecido ou não poderá entrar! O círculo está traçado — que se torne verdadeiramente mágico! Nossas vontades estão unidas — e assim será!
O Magister e a Senhora então se posicionam no portal do circulo. A Senhora da entrada aos dois Oficiantes do sexo masculino, que fazem uma fila am frente ao portal. Ela o faz segurando as mãos dos oficiantes, dando-lhes um beijo e os girando pelo portal para dentro do Circulo. O mesmo ato é imitado pelo Magistar, que o faz com as Oficiantes do sexo feminino. Os oficiais então vão tomando seus lugare dentro do circulo, sempre em sentido horario. 
Consagração dos Pães e do Vinho: 
A consagração dos Pães e do Vinho é uma parte importante do ritual. Deve-se lembrar que em todos os ritos é necessario um banquete simples, para comumgar com os irmãos do coven e com as divindades presentes. Consagrar os pães é invocar a potencialidade do alimento, que deixa de ser apenas fisica e passa a ter um sentido espiritual: se come a fartura da natureza, os frutos da grande mãe e se honra o trabalho daqueles que trabalharam a terra. Na sua forma mais primitiva, era a partilha física do corpo do Rei Divino sacrificado. Resumindo, era o canibalismo ritualístico. A Consagração do vinho tem carater semelhante: o vinho passa a ser o liquido sagrado dos sabios, fonte inesgotavel de sabedoria. Tradicionalmente, o Magister e a Senhora conduzem esta operação, mas é recomendado que sempre que possivel que eles permitam que um casal de Oficiantes tomem seus lugares nesta parte da cerimonia. Os pães e o vinho são deixados no ponto norte da borda do círculo. Os Oficiantes então, portando o athame seguem para lá para realizarem a consagração. A sennhora seguraa taça enquanto o Magister porta em mãos o athame para a consagração: 
Senhora: Invoco a Deusa para que assista a esse nosso ritual — para levantar o véu entre nós. Ao unir a taça com a faca, simbolizamos a união dos dois elementos, para a perpetuação da vida. Pois essa taça simboliza a Mãe, e a faca simboliza o Deus Cornudo, seu amante. 
Ela levanta a taça bem alto com ambas as mãos. O Magister se adianta e, passando os braços em torno dos da Senhora, levanta a faca e a segura com ambas as mãos, apontando para baixo e acima da taça.
Magister: Pelo símbolo da faca eu invoco o Deus Cornudo para unir-se com a Mãe e imantar essa taça, a fim de que a sabedoria dos tempos se possa mesclar com o vinho em benefício de todos nós.
Ele abaixa a faca dentro da taça e, ao mesmo tempo, beija a Senhora. A taça então é passada para um dos Oficiantes, que a coloca sobre o altar. A Senhora pega os pães que e os traz para o Leste. 
 O Magister toca cada pedaço de pão ou de bolo com a faca, dizendo: 
"Pela taça, pela faca e pela estaca, eu abençoo esse nosso pão sagrado." 
Poderá dizer esses versos como bênção e consagração: 
Pela virtude desta faca, Seja coberto de sabedoria e de vida! Que a Mãe Terra nos dê os grãos.
Que possamos semear e colher. Para que voltemos quando a hora chegar. 
Para a terra que reivindica o que lhe é de direito, Pois a semente permanece escondida nela, Na morte está a promessa do renascimento. Pela terra e pela água, pelo vento e pelo fogo, Sejamos abençoados em nome dos Antigos! 
Os pães e o vinho são então colocados aos pés do altar, onde ficarão até a hora da ceia ritualistica. 
Rito da Chamada: 
Nos antigos Cultos Estelares Pérsicos haviam quatro estrelas “reais” (conhecidas como “Senhores”) conhecidos como Guardiões. Cada uma destas estrelas reinava sobre um ponto cardeal. A antiga forma ritual dos Guardiões é feita com a invocação no momento de fechar o círculo sagrado. Há uma ligação definitiva entre os “poderes” das bruxas e a “visão” dos Guardiões.
Assumir a posição do Guardião é invocá-lo dentro de si mesmo. A Estrela Aldebaran, quando marcava o Equinócio de Primavera, tinha a posição do Guardião do Leste; Regulus, marcando o Solstício de Verão, era o Guardião do Sul; Antares, marcando o Equinócio de Outono, era o Guardião do Oeste; Fomalhaut, marcando o Solstício de Inverno, era o Guardião do Norte.
As torres foram construídas como símbolos dos Guardiões para que fosse feita sua adoração etambém para propósito de invocação. Durante o “Rito de Chamada. 
Todos os oficiantes , fazendo o sinal do pentagrama dizem a seguinte purificação: 
“Da Mãe obscura e divina
Meu é o chicote, e meu é o beijo;
A estrela de cinco pontas de amor e êxtase ---
Aqui eu te encanto, neste sinal”.
O Magister de frente para o coven, ergue seus braços bem abertos e diz:
Magister: Eko Eko Azarak
Eko Eko Zomelak
Zod ru koz e zod ru koo
Zod ru goz e goo ru moo
Eeo Eeo hoo hoo hoo!
Convenieres: “Harrahya!
O Magister e a Senhora então viram seus rostos para o altar com seus braços erguidos, suas mãos fazendo a saudação ao “Deus de Chifres” (dedos indicador e mínimo esticados, polegar e dedos do meio dobrados para o meio da palma). O Sumo Sacerdote diz: 
Magister: Grande Deus de Chifres, voltai à terra novamente !
Vinde pela minha invocação e mostrai-vos aos homens.
Pastor de Cabras, sobre o caminho agreste da montanha,
Conduzi vosso rebanho perdido da escuridão para o dia.
Esquecidos estão os caminhos de sono e noite –
Os homens procuram por eles, cujos olhos perderam a luz.
Abri a porta, a porta que não tem chave,
A porta dos sonhos, por onde os homens vem à ti.
Pastor de Cabras, Oh atendei a mim!”
O Magister e a Senhora dizem juntos: 
“Akhera goiti – akhera beiti!
Os Ofiaciantes então, desenham o pentagrama de invocação se sua torre de vigilia especifica com seus athames, assendendo em seguida suas velas:
Sul: Eu vos chamo o poderoso Regulus, grande guardião das torres do Sul. Poderes do fogo venham até mim
. 
Oeste: Eu vos chamo o poderoso Antares, grande guardião das torres do Oeste. Poderes da Água venham até mim. 
Leste: Eu vos chamo o poderoso Aldebaran, grande guardião das torres do Leste. Poderes do Ar venham até mim. 
Norte: Eu vos chamo o poderoso Fomalhaut, grande guardião das torres do Norte
Entrada: 
A Senhora então portando a espada vai até o portal, ficando em seu lado esquerdo. Mais uma vez é recomendado que sempre que possivel ela dê lugar a algum outro Oficiante sempre que isso for possivel. Ela então abre o portal do circulo com a espada, declarando: 
Senhora: Dou-lhes entrada para este nosso circulo sagrado. Que mantenham em vossos corações as duas senhas que receberam em suas iniciações na Arte, “Perfeito Amor, Perfeita Confiança. 
Os convenieres então, adentram ao circulo pelo portal. Sempre se respeitará a irarquia dentro do coven. Entrarão primeiro os Altos Sacerdotes, depois os demais sacerdotes, dos mais velhos para os mais novos. Tambem deve ser respeitada a alternacia de sexos na fila de entrada, sendo que a ordem de entrada e muher, homem, mulher e assim por diante. Assim que se der a entrado do ultimo coveniere, a senhora fecha o portal do circulo e toma seu lugar dentro do circulo, colocando a espada no altar. Ela então, acende a vela preta sobre o altar e faz a invocação final de abertura: 
Senhora: Grande e Amada Aradia, Rainha de todas as Bruxas, escutai neste momento esta minha prece. Pelo sange derramado nos altares em sacrificio, e pela agonia de nossas irmãs que morreram nas foqueiras eu clamo por vosso auxilio. Tú que veio para libertar nosso povo da escravidão, liberta-nos agora de toda ignorancia do mundo externo, para que nosso compreendimento seja pleno. Atende nesta hora as preces realizadas aqui, e leve a cabo a relização de nossos trabalhos. Assim que aja alegria e fartura em nossos ritos, e que sejamos sabios para tratar todos com justiça, segundo os vossos preceitos. Que cada um de nós seja capaz de elevar o seu nome em grandeza, e que ele ecoe pelos séculos e séculos, Amém! 
Segue-se então os demais trabalhos do Coven, sejam eles os grandes Sabás ou feitiços para finalidades diversas. Após o fim dos trabalhos, todos devem compartilhar os pães e o vinho, acompanhados de uma conversa descontraida dentro do circulo. Neste momento, poderam ser cantados cantigos e realizadas danças durante a ceia. Por fim segue o encerramento dos trabalhos. 
Dança do Moinho
O Magister e a Senhora puxam a dança do moinho. Ela se faz em sentido horario dentro do circulo. Sua finalidade é elevar a energia contida no circulo sagrado para o plano superior, de forta que os trabalhos se perpetuem também no astral. Neste momento deverão ser entoados por todos os cantigos de banimento do coven, que podem ser acompanhados de uma música de fundo ou do som dos pés batendo no chão. Quando a Senhora ou o Magister compreeder que a energia esta devidamente carregada, ela deve parar, esticando os braços e as mãos abertas para o alto e declarando: “Elevem!!!”. Dito isso todos os presentes imitam seu ato, visualizando o poder subindo aos céus. Feito isso, todos seguem para o seu lugar para a segunda parte do encerramento. 
Encerramento 
Os Oficiantes desenham os pentagramas de banimento e por fim apagam suas velas utilizando um abafador ou os seus athames. Não é recomendado apagar as velas com assopros, pois isso pode quebrar a energia. Ao fazerem isso eles fazem as seguintem orações:
Norte: Eu vos agradeço ó grande Fomalhaut. e antes de vós partirdes para vossos
reinos agradáveis e aprazíveis, nós vos saudamos e nos despedimos . . . Saudações e
adeus”
Leste: Eu vos agradeço ó grande Aldebaran. e antes de vós partirdes para vossos
reinos agradáveis e aprazíveis, nós vos saudamos e nos despedimos . . . Saudações e
adeus”
Oeste: Eu vos agradeço ó grande Antares. e antes de vós partirdes para vossos
reinos agradáveis e aprazíveis, nós vos saudamos e nos despedimos . . . Saudações e
adeus”Sul: Eu vos agradeço ó grande Regulus. e antes de vós partirdes para vossos
reinos agradáveis e aprazíveis, nós vos saudamos e nos despedimos . . . Saudações e
adeus”
Por fim eles beijão seus athames, colocando-os devolta em suas bainhas. Este ato e imitado pelos demais mebros do coven. Neste momento o Magistes apaga o fogo sagrado, e Senhora as velas do altar. Feito isso todos saem do circulo, sendo a primeira pessoa a sair a Senhora e o ultimo o Magister. 
Consagração de laminas para os ritos
Convencionei em deixar este rito a parte pois ele não é usual em todas as reuniões. Ele deve ser realizado, vez ou outra para a consagração de novas armas ou reconsagração de uma arma antiga. Seu uso so é indispensavel na cerimonia de iniciação de algum neofito. Dou aqui o exemplo do Magister e da Senhora, mas esta cerimônia pode ser realizada por outros membros do coven, ou até mesmo de forma particular, para a consagração de uma arma recetemente adquirida. 
Pouse a espada ou athame sobre o pentaculo preferencialmente junto a outra arma consagrada. O Magister asperge-a com sal e água misturados. A Senhora em seguida levanta a arma e passa pela fumaça do incensso e coloca-a sobre o pentaculo. O Magister e a Senhora pões suas mãos direitas sobre a lamina e fazem pressão. 
1° Conjuração
Magister e Senhora: Eu te conjuto, ó espada(athame), pelos nomes. Abrahach, Abrach, Abracadabra, que tu me sirvas para a força e defesa em todas as operações mágicas e contra todos os meus inimigos visíveis e invisíveis . Eu te conjuro outra vez pelo nome Sagrado de Aradia e o nome sagrado de Tanus; Eu te conjuro ó espada(athame) para que sirvas para a proteção, em todas as adversidades, por isso ajuda-me agora.
2° Conjuração 
Denovo o Magister asperge a salmora sobre a lamida e a Senhora incensa a arma e a retorna para o pentaculo dizendo:
Magister e Senhora: Eu te conjuro, ó espada(athame) de ferro, pelos grandes Deuses e grandes Deusas, pela virtude dos céus, das estrelas e dos espiritos a quem presides sobre eles, do poder que tú rescebeste tal virtude que eu possa obter para o fim a que eu desejo as coisas que te faço uso, pelo poder de Aradia e Tanus. 
O Coven
Ritual para abertura de um Coven
A formação de um Coven e uma decisão muito importante. E recomendável que para estar formando um coven , ao menos o Alto-Sacerdote( Magister) e a Alta-Sacerdotiza(Senhora) seja iniciados no mínimo no Segundo Grau. A palavra coven vem do latin “Coventus” que significa “Estar juntos”. Para a formação de um coven, então, todos os integrantes verdadeiramente devem “querer estar juntos”. Em um coven normalmente, a reuniões semanais, para fazer trabalhos mágicos, e para dialogar sobre assuntos mágicos ou mundanos. Se um coven não tem condições de se reunir semanalmente, no mínimo, deve se reunir nos Esbás, e nos Sabás. O local onde se encontra um coven e chamado de Covenstead, e seus membros são chamados de Coveners. O coven e dirigido pela alta sacerdotisa, e abaixo dela o Alto-sacerdote. Os Oficiais vem logo depois, e então os demias Coveners. . 
A regras básicas a serem seguidas em uma coven. A primeira delas e o respeito pelos superiores. A Senhora e reinante absoluta do coven, podendo ser contestada apenas pelo Mestre. Isso não quer dizer que, os demais não podem expor sua opinião, ou não concordar com qualquer coisa que diga a Senhora, mas a de haver um respeito, pois ela em um coven e a primeira representante da deusa. É preciso aprender a servir, antes de governar. O Mestre representa o Deus, e os Oficiais(propriamente dito) representam os próprios Grigoris(ou quadrantes). Assim sendo, estes simbolizam as divindades maiores da religião. Normalmente o primeiro Alto-Sacerdote e a primeira Alta-Sacerdotisa são eleitos pelos coveners , e eles escolhem os Oficiais. 
O rito inicial da abertura de um novo coven e acender uma vela branca na área que será cede do novo coven(o covenstead). Esta vela terá de ser um presente dado pelo Mestre ou Senhora de um outro Coven. O circulo e traçado com tinta branca, e dentro dele e erguido um altar e aos seus pés e posto o caldeirão. Sobre altar deverão ser colocados todos os instrumentos do Coven. Neste dia, todos devem vestir uma túnica simples branca, que simboliza a pureza inicial. Deverão estar no altar também uma prato com sal, um cálice com água, uma incensório com incenso, uma vela vermelha. Todos os bruxos presentes deverão estar portando suas vassouras, e deverão varrer todo o Covenstead, da porta da frente para a dos fundos, visualizando uma poeira negra sendo levada para fora. Eles poderão cantar cantigos de banimento, como espiral. Ao terminar este serviço, todos ficam do lado de fora, e somente o futuro Magister e a Senhora poderão entrar. A senhora vai ate o altar e apanha a espada, apontando-a para a direção Norte e dizendo:
Senhora: “Aberta esta a porta do Ocidente, para que nossa senhora, a deusa possa adentrar. Por esta espada, eu (nome pagão) a invoco, Grande Mãe. 
Depois ela coloca a espada no lugar e faz a cruz cabalística no Magister.
Senhora: “Tocando a testa, diga Atoh (a Ele) 
 Tocando o peito, diga Malkus (o Reino) 
 Tocando o ombro direito, diga ve-Gevurah (e o Poder) 
 Tocando o ombro esquerdo, diga ve-Gedulah (e a Glória) 
 Batendo as mãos abaixo do peito, diga le-Olahm, Amem (por toda a eternidade, amém)”
Ele virando-se para o leste, e desenhando o pentagrama da terra com seu bastão diz:
Mestre:Voltando para o Leste, o mesmo diz “YHVH”
Voltando para o Sul, o mesmo, mas diga “ADNI”. 
 Voltando para o Oeste, o mesmo, mas diga “AHIH”. 
 Voltando para o Norte, o mesmo, mas diga “AGLA”. 
 Esticando os braços na forma de uma cruz, diga: 
 “Na minha frente, Raphiel 
 Atrás de mim, Gabriel 
 Na minha mão direita, Michael 
 Na minha mão esquerda, Auriel 
 Acima de mim, as Chamas do Pentagrama 
 E na coluna está a estrela de seis raios” 
O próximo passo e trazer para o circulo um pequeno pote de barro. Neste dia de verão ser feitos trabalhos de harmonizarão, prosperidade e ligação com os Deuses. Após tudo terminado, todas as sobras deverão ser colocadas dentro no pote de barro. Na hora da elevação no cone do poder, devera se visualizar o cone adentrando no vazo. Isto serve para criar uma eregora do coven para o covenstead. Depois do banquete, o Mestre e a Senhora deverão entrar o pote no solo do covenstead, e visualizarem que assim o espírito do coven esta presente naquele solo.
Criando um Espírito para o coven
E importante que em um coven aja um espírito protetor. Na antiguidade, os povos das aldeias bárbaras penduravam nas entradas de suas aldeias as cabeças dos guerreiros mortos em batalha, afim de que, os espíritos daqueles guerreiros os protegessem de todo mau. Logicamente que não devemos (ou podemos) fazer o mesmo. Mas a outras formas, muito interessastes de realizar tais serviços. Outra forma muito interessante, mais creio que um pouco bizarra e a colocação de um crânio, e através dele invocar um espírito de um bruxo ou bruxa ancestral, para auxiliar nos trabalhos do coven e o proteger. Também não recomendo esta pratica, pois aos olhos de não-iniciados vai parecer um escândalo. Uma forma mais simples e bela de se realizar isto, e usando uma estatueta ou um objeto relacionado. Um modo interessante e o uso de uma estatueta de crânio, uma estaca em forquilha ou uma estatueta da deusa(ou de deuses). Através desta estatua você invoca um espírito de uma bruxo ou bruxa ancestral para auxiliar nos seus trabalhos. Este e um rito muito pessoal e xamanico, por isto não um rito especifico para ele. Mas procure visualizar quem é, como se comporta, onde e quando viveu, como era sua vida etc... por ultimo pergunte se este espírito gostaria de te auxiliar, e se a resposta for positiva crie laços de amizade e companheirismo com seu espírito. Se não, procure outros. E lembre-se, ao fazer isto esteja sempre na proteção de um circulo sem portal, portandoseu athame e sempre visualize do lado de fora, ate que tenham criado laços de afinidade e confiança.
Ritual da Virgem Negra 
Este ritual foi desenvolvido por Freiras Escocesas na decada de 1960. Segundo o escritor Malachi Martin, que era um ex padre jesuita, estas freiras teriam se voltado contra os preceitos da Igreja após encontrar a velha religião. Segundo este autor, as freiras estavam muito bem organizadas e estudiosas de livros relacionados a bruxaria, como “Aradia – O Evangelho das Feiticeiras” de Charler G. Leland. As freiras se reuniam todas as sextas feiras, na hora das vesperas, para adorar o espirito da grande mãe e praticar feitiços. Algumas alterações foram feitas por nosso coven, pois os relatos de Martin estavam carregados de ideologias cristãs. Essas alterações foram feitas de forma minima, pois acreditamos que as praticas das freiras de Edimburgo não estavam tão envoltas em cristianismo como Malachi Martin queria demonstrar.
 Este ritual deve ser realizado por todos os membros do coven, na sexta feira que precede a primeira reunião do coven. É chamado de Rito da Virgem Negra, ou ultima purificação. É um ritual muitos simples, e serve como uma purificação final e uma confirmação dos votos de todos os membros. Este rito tambem pode ser repetido anualmente, na primeira Lua Negra após Samhain. 
Neste rito, não deve ser lançado o circulo sagrado. Todos os membros do Coven devem estar vestidos de preto, portando seus athames. Deve ser eregido um pequeno altar, onde deverão estar frutas como uvas maduras, ameixas, etc. Tambem devera estar sobre o altar uma vela de sete dias de cor verde escura. Um calice de vinnho deve ser consagrado e colocado também sobre o altar. O incenso deve ser de algum aroma forte, como arruda. A Senhora deve então acender a vela e o incenso sobre o altar. Todos os membros do coven devem então deitar-se em circulo, com o rosto voltado para terra, sendo que a senhora deve estar voltada para o ponto cardeal norte, seguida da esquerda para a direita pelo Magister, e a partir dele os demais membros do coven, a comessar pelos os oficiais para os covenieres, respeitando a procedencia dos altos-sacerdotes e altas-sacerdotizas para os demais sacerdotes, dos mais velhos para os mais novos, mulheres e homens, alternando-se. Eles devem falar em voz baixa, mais clara pra a terra a seguinte oração. 
Covenieres: “Bendito seja o Vinho e o Pão da Morte! 
Bentita por mais de mil vezes a Carne e o Sangue! 
Teu sangue é meu alimento;
Purificada seja minha alma;
Purificado seja o meu corpo; 
Seja Liberto meu espirito; 
E a partir dai que eu arda sem a culpa do deus morto
Libertemos o Senhor da Luz! 
Libertemos a nós mesmos! 
Forme-se o Coven!
Seja feia a luz! 
Após a realização desta oração, todos devem meditar sobre suas fraquesas e visualizando a chama sagrada queimando-as. A senhora então fará a invocação ao grande Marduk, que serve para a purificação. 
Senhora: Esconjuro Grande Senhor das nações, rei de todas as regiões, 
Filho primogénito de Ea, 
Que foi a primeira no céu e na terra. 
Marduk, Grande Senhor do país, rei do mundo todo, . . . deus dos deuses. 
Primeiro no céu e na terra, que não tem rivais, 
que governa as decisões de Ane e de Enlil. 
O mais misericordioso entre os deuses, 
misericordioso que se compraz em dar vida ao morto, Marduk, 
rei do céu e da terra; Rei de Babel, rei da Esagila, rei da Ezida, rei da Emathila. 
O céu e a terra te pertencem, as plagas todas do céu te pertencem. 
O esconjuro que garante a vida te pertence, a saliva de vida te pertence, 
a fórmula mágica de Apsu te pertence. 
Os viventes, a turba dos chefes negros, 
os animais, quantos se conheçam por nome e vivam sobre a terra, 
as quatro regiões inteiras, os Igigi do universo celeste quantos sejam, 
estendem o ouvido para ti.
 Tu és o seu deus, tu és o seu génio protetor, tu és quem os sustenta na vida,
 tu és o seu benfeitor.
Misericordioso entre todos os deuses, 
misericordioso, que se compraz em dar vida ao morto. 
Invoquei o teu nome, declarei tua grandeza,
 e louvarei a invocação do teu nome entre a dos deuses, celebrarei tua loa. 
Quanto ao doente, saia seu mal! 
Todos os covenieres então faram a seguinte oração, segurando o athame com ambas as mãos e o apontando para as estrelas.
Covenieres: Oh, noite, tão fiel aos meus arcanos
 e vós áureas estrelas que ao fogo diurno 
sucedei junto à lua!
Oh, das minhas empresas não infiéis testemunhas 
Noite de Diana, vós que governais em silêncio nas horas dos mistérios!
 Agora, agora, ajudai-me, agora 
aos inimigos dirigi a ira e a vontade vossa!
Poderá se seguir a consagração de armas magicas neste momento. Após o termino, os covenieres devem se sentar em circulo e comer e beber em honra a Lua Negra.
 Lua Cheia – O Esbá
A Lua Plena é o momento de grande poder dentro da bruxaria. Celebrada dês do começo dos tempos , é o marco da potencialidade do poder da Deusa mãe. Na mitologia clássica, a devoção à Deusa da Lua foi trazida da Grécia para Itália central por Orestes e sua irmã Ifigênia; segundo consta, eles fugiram de sua terra natal depois de serem acusados de assassinar o rei de uma província. Ifigênia (uma Sacerdotisa de Diana), ajudada por Orestes, estabeleceu um bosque sagrado em Nemi em honra à Deusa Diana. 
Dentro do bosque havia um carvalho, do qual nenhum galho era permitido quebrar; apenas um escravo fugitivo teve permissão de tentar retirar um galho. O sucesso da empreitada deu-lhe o direito de desafiar o Guarião do Bosque num único combate; se vitorioso, ele se tornaria o Guardião e reinaria como Rex Nemorensis (Rei dos Bosques). Como o Guardião do Bosque tinha de ser um fora-da-lei, ele geralmente usava um capuz para disfarçar sua identidade enquanto se movimentava pela floresta; por esta razão, entre outras, também era conhecido como o Homem Encapuzado. 
O Bosque de Nemi era um sacrário para o fora-da-lei e fugitivos da sociedade patriarcal. Arádia, a Rainha Bruxa da Idade Média, vivia nos campos proscritos das floresta perto de Nemi junto com seus seguidores, todos também considerados proscritos. Em Nemi, a Deusa Diana tinha o título de Deusa das Bruxas, dos Fora-da-Lei e dos Proscritos. O acampamento principal de Arádia e seus seguidores fica entre as ruínas do Templo de Diana, que dá vista para o Lago Nemi. 
O lago Nemi é muitas vezes referido como o Espelho de Diana; tomou esse nome porque o reflexo da Lua Cheia aparecia na superficie das águas do Lago quando se olhava das ruínas do Templo. A Lua era o símbolo da Deusa reinante no céu noturno e nos tempos primitivos era venerada como a própria Deusa; com a evolução do culto lunar, a luz da Lua tornou-se um símbolo da Divina Presença, como o é até hoje.
 
As lendas falam do primeiro desafiante a entrar no Bosque de Nemi; de acordo com o mito, Diana escondeu esse homem, Vírbio, dos Deuses Solares na floresta de Nemi porque ele ofendera Vênus ao reijeitá-la por Diana. Em troca do favor de Diana, Vírbio trono-se Guardião do Bosque. Embora isso seja apenas um mito e simbolismo, a posição do Rex Nemorensis/Homem Encapuzado é historicamente verdadeira e a regra de sucessão por combate foi observada até nos tempos do Império Romano. Sabe-se, por registros históricos, que o Imperador romano Calígula contratou um guerreiro para eliminar o Guardião de Nemi na esperança de fazer dispersar o culto.
Puxar a Lua 
Este ritual deve ser realizado somente durante a lua cheia. Trata-se de trazer os poderes da lua para a Senhora. Nenhum material adicional será necessario para a sua relização. Darei aqui o exemplo do Magister e da Senhora, mas todavia, estes devem sempre que possivel dispor de seus papeis para outros Oficiais do Coven ou demais Covenieres. 
O Magister e a Senhora vão juntos para a o centro do circulo. A Senhora deve portar a varinha na mão direita e o açoite na mão esquerda. Ela fica de costas para o altar, e assume a posição do Deus. O Magister,segurando sua varinha, se ajoelha perante ela e aplica nela o Beijo Quíntuplo. (Após o beijo abençoando o útero a Senhora assume a posição da Deusa). Eles se abraçam, com os pés de um tocando os pés do outro. O Magister torna a se ajoelhar e a bruxa novamente assume a posição do Deus, com o pé direito um pouquinho à frente. A Senhora deve induzir um pequeno transe, mentalizando a presença da Deusa dentro de si. O Magister então faz a invocação: 
Magister: “Eu te invoco e te chamo, Oh Poderosa Mãe de toda a vida e fertilidade. Pela semente e raiz, pelo botão e caule, pela folha e flor e fruto, pela vida e amor, eu te invoco para descer sobre o corpo desta tua serva e sacerdotisa”. Ele a toca com sua varinha no seio direito, seio esquerdo, útero, os três novamente e por fim o seio direito. Ainda ajoelhado, ele abre os braços para baixo e para fora, com as palmas para frente e diz: “Salve Aradia! Do chifre de Amaltéia. Derrama tua porção de amor; Eu me inclino humilde perante Ti, Eu te adoro até o fim Com sacrifício amoroso teu santuário adorno Teu pé é para meu lábio [ele beija o pé dela] minha prece nascida Sobre a fumaça crescente do incenso, então despende Teu antigo amor, Oh Poderosa, desce Para me ajudar, pois sem Ti estou abandonado”. 
Ele se levanta e dá um passo para trás. Ela usa a varinha para traçar o pentagrama de invocação à frente dele, dizendo: 
Senhora: “Da mãe obscura e divina Meu é o chicote, e meu é o beijo; A estrela de cinco pontas de amor e êxtase – Aqui eu te encanto, neste sinal”. 
A Senhora deixa a vara e o açoite no altar e ela e o Magister ficam de costas para o altar (de frente para o coven, caso haja um), com ele à esquerda dela. Agora será recitado a Carga da Deusa. Ele diz: 
Magister: “Ouçam vós as palavras da Grande Mãe; ela à quem desde tempos antigos foi também conhecida entre os homens como Ártemis, Astarte, Dione, Melusine, Afrodite, Cerridwen, Dana, Arianrhod, Ísis, Bride e por muitos outros nomes”. 
Senhora:“Sempre que tiverem necessidade de alguma coisa, uma vez por mês e melhor ainda quando a lua estiver cheia, então vos reunireis em algum lugar secreto e adorareis o meu espírito, a rainha de todos os Bruxos. Lá vos reunireis, vós que estais destinados a aprender toda feitiçaria, vós não conquistastes seus segredos mais profundos; à estes ensinarei coisas que ainda são desconhecidas. E vós sereis libertos de toda a escravidão e como sinal de que sois realmente livres, vós estareis nus em vossos ritos; e vós dançareis, cantareis, festejareis, fareis música e amor, tudo em meu louvor. Pois meu é o êxtase do espírito, e meu também é o prazer na terra; pois minha lei é o amor a todos os seres. Mantende puro vosso mais alto ideal; esforçai-vos sempre em sua direção; não permitais que nada vos detenha ou desvie do caminho. Pois minha é a porta secreta que se abre para a Terra da Juventude, e meu é o cálice do vinho da vida, e o caldeirão de Cerridwen, que é o Santo Graal da imortalidade. Sou a Deusa graciosa, que concede a dádiva do prazer no coração do homem. Sobre a Terra, concedo o conhecimento do espírito eterno; e após a morte, eu concedo paz e liberdade, e reunião com aqueles que partiram antes. Nem eu exijo sacrifícios; pois observai, sou a Mãe de todos os viventes, e meu amor é derramado por toda a Terra”. 
Magister: “Ouvi vós as palavras da Deusa da Estrela; Ela cuja poeira em seus pés contém todas as hostes do céu, e cujo corpo circunda o universo”. 
Senhora: “Eu que sou a beleza da terra verde, e a Lua branca entre as estrelas, e o mistério das águas, e o desejo do coração do homem, chamo a tua alma. Aparece e vem a mim. Pois eu sou a alma da natureza, que dá vida ao universo. Todas as coisas se originam de mim, e para mim todas as coisas deverão retornar; e perante minha face, amada pelos Deuses e pelos homens, deixa teu eu divino mais íntimo ser abraçado no êxtase do infinito. Que minha adoração esteja nos corações que regozijam; pois observa, todos os atos de amor e prazer são meus rituais. E, portanto, que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, regozijo e reverência dentro de vós. E tu que pensaste em buscar por mim, sabe que tua busca e anseio não te auxiliarão à menos que conheças o mistério; que se aquilo que procurares não encontrares dentro de ti, tu jamais o encontrarás fora de ti. Pois observa, eu tenho estado contigo desde o começo; e Eu sou aquilo que é alcançado no fim do desejo”. 
Por fim o Magister se vira para o coven, estende bem os braços, e recita: 
Magister: “Bagabi lacha bachabe Lamac cahi achababe 
Karrellyos Lamac lamac Bachalyas Cabahagy sabalyos 
Baryolos Lagos atha cabyolas Samahac atha famolas 
Hurrahya!” 
Os Altos sacerdotes devem se virar para o altar, fazer mano cornuta e uma invocação ao Deus Chifudo deve user dita. A seguinte invocação deverá ser feita pelo Magister, conhecida como a canção de Amergin:
Magister:“Eu sou o vento sobre o mar 
Eu sou a onda do oceano 
Eu sou o touro de sete combates 
Eu sou a águia no penhasco 
Eu sou o raio de Sol 
Eu sou a mais bela das plantas 
Eu sou o forte javali selvagem 
Eu sou o salmão na água 
Eu sou o lago na planície 
Eu sou a palavra de sabedoria 
Eu sou a ponta da lança na batalha 
Eu sou o Deus que incendeia a mente 
Quem espalha a luz no encontro dos montes? 
Quem pode dizer as idades da Lua? Quem pode dizer o local onde o Sol repousa?” 
 Após a Carga, a Magister e o Senhora guiam o coven para a Runa das Bruxas. Um esbá típico, por exemplo, deve ter as seguintes partes: lançamento do círculo, saudação dos quadrantes e dos Deuses, puxar a lua para baixo, a Runa das Bruxas, trabalhos de magia, discussão de assuntos gerais referentes ao coven, Grande Rito, bênção dos bolos, encerramento e festa. Deve sempre imperar uma atmosfera alegre, de comemoração e brincadeira. A propósito, “esbat” em francês antigo (e “ébat” no francês moderno), quer dizer exatamente “diversão”, “brincadeira”. 
 A Senhora 
A Senhora é escolhida por seleção e ocupa o cargo enquanto se sentir capaz para tal e assim o desejar: deve renovar seu juramento do ofício a cada sete anos. Suas obrigações começam com a consagração do círculo, a fim de, em seguida, conduzir as pessoas para dentro do mesmo, auxiliando-as a saltar sobre cabo de vassoura ou da própria vassoura que marca o ponto de entrada. Com o auxílio do Magister, ela consagra os bolos e o vinho e faz o encerramento do ritual. Seu lugar no círculo é ao norte; além de observadora, ela é a ponte ou o elo e o canal ao longo do qual flui o poder. Outra tarefa da Senhora é receber os juramentos. O de iniciação no coven é realizado em sua presença. O do membro aceito, após um ano e um dia de serviço, é por ela supervisionado, e os quatro oficiantes assumem seu compromisso sob a sua direção. Também preside debates, e, se surgir alguma discussão, é ela quem pronuncia a sentença de afastamento de qualquer membro. Preside todas as atividades do coven, e, dentro do círculo, sua palavra é lei.
O Juramento à Grande Senhora 
De alguma maneira é designação incorreta, pois, na verdade, a Senhora se abre para a Mãe ao mesmo tempo que faz o juramento de ofício. Por um lado, se está comprometendo a liderar o coven. Por outro, está invocando a Deusa para ligar-se a ela em união mística de alma e espírito. Se não houver essa união (conhecida nas outras tradições como "contato com o eu interior"), os trabalhos do coven serão superficiais e vazios, pois ela é a ponte, o elo entre a Deusa e a congregação. Para ela, por meio dela e partindo dela, flui o poder para o grupo. Por isso a Senhora tem que ser uma pessoa de vontade forte para sustentá-lo. Diz-se que as Senhoras (ou Grandes sacerdotisas, como são chamadas em algumas tradições) não nascem, chegam, e, de alguma maneira, eu concordo. Ninguém escolhe esse cargo somente porque se sente atraída. Elas são chamadas pela própria Mãe. Então, como descobrir uma candidata apropriada dentro do grupo ou do coven Em primeiro lugar, os membros femininosdo coven recebem os votos dos ofician-tes. Após um ou mais nomes serem escolhidos, os oficiantes fixam data para um encontro dentro do círculo demarcado para esse propósito. Parcialmente por discussão e parcialmente por inspiração, o nome da Senhora torna-se conhecido. É dever do Magister aproximar-se da escolhida para obter o seu consentimento quanto à seleção. Se conseguir, os oficiantes estabelecem data para uma reunião geral de todos os membros, a fim de que sejam informados e apresentados à nova Senhora. Nesse encontro, há um momento destinado ao juramento do ofício; ele é marcado com tempo hábil para que a Senhora se prepare. Em geral passam-se quatorze dias após a apresentação. Esse tempo também dará oportunidade a um grupo ou coven recentemente formado de conseguir uma pequena jóia em prata para ser usado como emblema ou símbolo do ofício. Considera-se um par de braceletes de prata o ideal, pois poderão ser passados para as outras Senhoras do coven sempre que houver necessidade. A Senhora deverá renovar seu juramento com o mesmo ritual ao final de cada sete anos ou, então, renunciar. Neste caso, a nova Senhora recebe os braceletes como emblema do ofício na cerimônia do juramento ou a antiga Senhora é com eles reinvestida quando confirma o juramento. O círculo é traçado, em geral pelo Magister, que, ao em vez de deixar o círculo e receber o grupo das mãos da Senhora para arrumá-lo, ele mesmo recebe o grupo, arruma-o e volta para o círculo. (Ele tem que agir desta forma, pois, nesse momento, tecnicamente, o coven não tem uma Senhora.) Então, dirigindo-se a cada quadrante, começando pelo leste e depois descendo, ele invoca o aspecto de quadrante com as palavras: 
Magister: "Invoco o espírito [nome do quadrante] para estar conosco e dar testemunho deste nosso ato de adoração." 
Dirige-se para o fogo e realiza o ritual da consagração do círculo. Seu movimento seguinte é retornar à ponte e auxiliar os outros oficiantes a entrarem no círculo, e, em seguida, o restante do grupo. Quando todos já se encontram no seu interior, o Oficiante do Norte fecha-o retirando a vassoura, deixando-a próxima do bordo do círculo. Ela, então, se reúne aos outros que estão dispostos em forma de arado em torno do fogo sagrado, com a parte aberta voltada para o Norte. A Senhora que prestará o juramento dirige-se para sua posição no Norte e próximo do bordo do círculo, esperando a convocação do Leste para que ela se una à congregação. A Senhora jura pela espada do coven. Entretanto, a lâmina não lhe é oferecida. Ela segura a arma pelo punho, com a lâmina apontando para o alto, enquanto assume o compromisso. Mais uma vez, é o Magister que tem a custódia da espada, enquanto os braceletes estão sob os cuidados das Senhoras do Norte e do Sul. O taça e o vinho estão sob a responsabilidade do Oeste. Quando tudo está pronto, o Magister fala: 
Magister: "Irmãos e irmãs, esta noite, surgindo de dentro das nossas fileiras, teremos uma Senhora. Uma de nossa própria escolha, que se comprometerá diante de nós a servir a Deusa e a liderar esse coven para adorá-la... Chamo agora essa Senhora para que se uma a nós." 
Ela vem, caminhando por entre a congregação, até ficar próxima e defronte ao Magister. 
 Magister: "Senhora, aceita de mim, em nome da Deusa, essa espada, para que possas jurar sobre ela."
 Senhora: "Este é o meu desejo." 
Ela toma a espada desembainhada das mãos do Magister e a segura pelo punho. Primeiro tocando o ponto no chão e depois, sustentando-a com a lâmina para o alto, ela pronuncia os votos: 
Senhora: "Assim como essa espada primeiro toca a terra e depois é voltada para os céus... eu prometo agir como verdadeira ponte entre a Nossa Senhora e a sua congregação... Agir com integridade e sem favoritismo... Trazer a harmonia para a nossa fraternidade, a fim de que possamos ser verdadeiramente uma reunião de mentes afins... Ser útil para aqueles que buscam encontrar o caminho da iluminação... Ouvir o coração e a mente em relação ao que é dito dos outros... Olhar por trás do véu que esconde os mistérios e ajudar os outros para que façam o mesmo... Servir a essa congregação por meio do cargo de Senhora... E, acima de tudo, ser leal à Deusa e a tudo o que ela representa... e conduzir o nosso coven em sua adoração... Por essa espada e pela minha alma... eu prometo." 
A Senhora beija a espada e a entrega de volta ao Magister. O Magister chama as Senhoras do Norte e do Sul para que apresentem os símbolos do cargo. Essas se aproximam em silêncio da Senhora, que estende os braços para receber os braceletes que lhe são colocados nos pulsos. Quando isto é feito, elas se inclinam e voltam aos seus lugares. O Magister então fala: 
Magister: "Tuas duas irmãs te trouxeram os símbolos do teu cargo. Lembra-te de que eles são usados para todos nós, e que em nosso nome agirás como Senhora deste coven." 
Senhora: "Meu Senhor Magister, prometo lembrar bem disto, e, se esquecer, peço que todos vós me lembrem da minha promessa. E, ao término dos meus sete anos, estarei pronta para ser julgada pelos meus méritos por todos vós antes de reconfirmar esse meu juramento." 
É a vez de o Senhor do Oeste ficar defronte da Senhora e lhe oferecer a taça com vinho, e proferir as palavras: 
Oeste: "Senhora, eu te ofereço essa taça, como símbolo do Caldeirão da Inspiração. O vinho simboliza a sabedoria e o conhecimento contidos no caldeirão. Ao beber profundamente do vinho, beberás profundamente do caldeirão, e uma parte da sabedoria será passada para todos nós, pela graça da Nossa Senhora e de tudo o que ela representa." Senhora: "Eu lhe agradeço, meu Senhor do Oeste, e oro para que esse símbolo se torne realidade e que as camadas de escuridão saiam de nossos olhos para que possamos ver com clareza o caminho que escolhemos trilhar." 
A Senhora segura a taça com o braço esticado acima de sua cabeça e invoca a Mãe com a Oração do Santo Graal: 
Senhora: Abençoada Mãe, fonte da minha vida Vem a mim neste momento com o seu ventre condescendente. Permite-me viver em amor a tudo o que és, Para que o meu espírito buscador sirva ao Santo Graal. 
Ela bebe da taça e a vira de cabeça para baixo, mostrando que está vazia. A Senhora a devolve ao Oeste com as palavras: 
Senhora: "Bebi profundamente do vinho e agora oro para que o que fiz simbolicamente possa tornar-se realidade e que eu possa ter garantido para mim bastante sabedoria. Eu a peço, em nome da Mãe." 
O Magister se dirige, então, à congregação. 
Magister: "A nossa Senhora prometeu servir a nós. No que nos toca, nós prometemos lhe servir. Como foi por todos aceito, e em nome de todos, eu os conduzirei a isto." 
 A congregação se ajoelha. O Magister se aproxima da Senhora e se ajoelha também. Ela segura as mãos dele entre as suas. 
Magister: "Em nome da Senhora Nossa Mãe e no interesse de todos... prometo servir-vos fielmente em pensamentos, palavras e atos... Manter a dignidade do nosso cargo... e obedecer a todas as instruções legítimas, segundo os princípios da nossa fé... Buscar servindo a vós, a Mãe, Nossa Senhora, e a tudo o que ela representa... Na verdade, honestidade e sinceridade, no interesse de todos nós, eu prometo." 
Coven: "Em nome da Nossa Senhora, assim será feito." 
Senhora: "Aceito a vossa lealdade como é devida à Mãe. Em Seu nome, eu a recebo." 
Todos se levantam e se inclinam diante da Senhora. Ela devolve o cumprimento, cruzando os braços na altura do peito e se inclinando também. Então, volta para a sua posição no Norte e, colocando a vassoura por cima do bordo do círculo, abre outra vez o portão para o mundo exterior. O Leste conduz todos para fora do círculo. A Senhora, em vez de deixá-lo, fecha-o por trás deles e retorna para o fogo sagrado. A congregação distancia-se, deixando-a dentro do círculo. O que acontece em seguida é assunto entre a Senhora e a Deusa. É o momento em que se realiza o pacto ou o elo especial entre elas, e não envolve nenhum outro membro do coven. A única coisa que a congregação tem a fazer é esperar que ela deixe o que é agorao seu círculo, quando se sentir pronta para isto. Pode haver uma festa de celebração em seguida, e em geral cada membro leva comida ou bebida para ser partilhada por todos.
Os Oficiais 
O Juramento do Oficio
Por meio do juramento do ofício, a pessoa que se dispôs ser escolhida adquire novos deveres e obrigações em nome do coven. A força de qualquer coven está no caráter das pessoas que a realizam. Maus oficiantes, coven infeliz; bons oficiantes, coven feliz. Portanto, antes de considerar a ocupação de um cargo, devemos estar seguros interiormente de que as nossas razões são corretas e de que não estamos em busca de auto- engrandecimento ou de exercer poder com finalidades pessoais. 
Um oficiante deve ser um líder no sentido verdadeiro da palavra. Portanto, antes de se candidatar, a pessoa deve perguntar-se algumas coisas para assumir as responsabilidades envolvidas: Quais são as minhas razões para desejar o cargo? Estou pensando em mim mesmo ou em ampliar os interesses do clã por meio dos meus esforços? Tenho a paciência, a compreensão e a tolerância necessárias para o posto? Tenho a força e a calma interiores necessárias para ser claro e objetivo nas decisões que for chamado a tomar em nome do coven ou do clã? Desejo responsabilizar-me por essas tarefas durante sete anos e tenho força de caráter para renunciar se sentir que estou falhando na realização das tarefas? Mais uma vez, esse juramento é realizado dentro do círculo, mas, em vez de ser feito antes de um ritual, como acontece com os outros, ocorre quando se consegue reunir um número máximo de membros em data a ser decidida pela Senhora. Os membros não se reúnem dentro do círculo. Eles se espalham em torno. As únicas pessoas dentro do círculo são a Senhora e os oficiantes presentes. Como se trata de cerimônia e não de ritual, o círculo é feito da maneira comum, omitindo-se, entretanto, a consagração e a invocação dos deuses para guardarem a área sagrada. Se um dos oficiantes for o Leste, trará para dentro do círculo a espada do coven. Se o oficiante que for prestar o juramento for o Leste, ela será trazida pelo Oeste ou pela Senhora. Como não há propósito mágico nesse ritual, o cabo ou a vassoura que forma aponte é colocada emposição para que o novo oficiante possa cruzá-lo para entrar no círculo. A Senhora assume seu lugar próximo ao fogo, com os outros oficiantes reunidos atrás dela. Mais uma vez, ela abre os procedimentos com a Oração do Santo Graal: 
Senhora: Abençoada Mãe, fonte da minha vida Vem a mim nesse momento com o teu ventre condescendente. Permite-me viver em amor a tudo o que és, Para que o meu espírito buscador sirva ao Santo Graal. 
Há uma pausa de alguns momentos para que a congregação sinta interiormente a solenidade da ocasião. A Senhora, então, prossegue: 
Senhora: "Chamo o irmão/irmã [nome] para entrar no círculo e ficar diante de mim." 
O novo oficiante obedece, passando por cada canto, iniciando com o Leste e invocando o nome do espírito daquele quadrante pelo nome, usando uma invocação sua. Após terminar, ele se coloca diante da Senhora e a encara. 
Senhora: "Tu propuseste o teu nome para ser oficiante em nosso coven. Com o consentimento da congregação, estou autorizada a chamar-te para esse ofício." Candidato: "Assim é, Senhora, e aqui estou para receber esse cargo das tuas mãos." Senhora: "Pela última vez e na presença de todos, eu pergunto mais uma vez: Desejas ocupar esse cargo e cumpri-lo segundo os princípios da tua fé?" Candidato: "Assim o desejo, Senhora." Senhora: "Ajoelha-te diante de mim, segurando a lâmina da Espada da Justiça com ambas as mãos, e repita o juramento depois de mim." 
O candidato se ajoelha e curva a cabeça em homenagem à Senhora. 
Senhora: "Eu [nome] juro em nome da Mãe, Nossa Senhora da Noite e pela fé que abrigo em meu coração... que, de livre vontade e pelo chamado interior, aceito as obrigações decorrentes da ocupação do cargo de [título]... Que cumprirei as funções desse ofício humilde e apropriadamente, com devido respeito à Nossa Senhora e seu Consorte e Filho Cornudos... Que trabalharei dentro das tradições do nosso clã para ampliar os objetivos da nossa fraternidade e que serei um guia leal para todos os que escolherem entrar em nossa aliança sagrada... Também prometo que, se falhar contra a minha vontade ou não desejar, ou não me sentir capaz de desempenhar os deveres desse ofício... alegremente renunciarei e deixarei que outro ocupe o meu lugar... Pois a honra do ofício não é para mim, mas para honrar a Nossa Senhora, Rainha dos Céus... Por tudo que considero sagrado e pela minha própria alma, Juro permanecer fiel a esse meu juramento, pois não busco o poder, mas recebê- lo de onde ele é dado... Eu invoco a Senhora dos lugares elevados e solitários para testemunhar o meu juramento e peço a sua ajuda para permanecer fiel." 
Passando a espada para um dos oficiantes que está por trás dela, a Senhora diz ao novo oficiante que se levante. Ela se aproxima o suficiente do novo ou nova oficiante para tocá-lo e, então, diz: 
Senhora: "Do meu peito para o teu peito."(Com a mão direita ela toca seu peito e depois o peito do novo oficiante). "Da minha coxa para a tua coxa."(Com a mesma mão ela toca na sua coxa e depois a coxa do novo oficiante, antes de prosseguir.) "Eu transfiro um punhado do poder dado a mim por direito de ofício para ti, novo/nova Senhor/Senhora de [título]." Novo oficiante: "Eu te agradeço, Senhora, com todo o meu coração, e oro para que seja digno deste cargo." Senhora: "Ainda existe uma coisa a ser feita. Mais uma vez, peço-te que te ajoelhes." 
O novo oficiante assim o faz. O outro oficiante derrama vinho na taça e a entrega à Senhora. Ela a oferece ao oficiante que está ajoelhado, com as seguintes palavras: 
Senhora: "Vem, junta-te a mim nesta festa simbólica que é especial somente para ti e para mim." 
O novo oficiante bebe metade do vinho e devolve a taça à Senhora, para que ela a termine. Ela assim o faz e passa-a para o oficiante que a trouxera. Este, por sua vez, dá à Senhora um pedaço de pão, que ela parte ao meio. Dando um deles ao oficiante a seus pés, ela diz: 
Senhora: "Coma o pão que parti diante de ti, pois esta é a nossa festa particular, símbolo da união mística que me une a ti." 
Ambos comem o pão, e, quando terminam, a Senhora estica os braços para ajudar o novo oficiante a se levantar. Então o beija em ambas as faces, dando-lhe as boas-vindas. A parte final da cerimônia é quando a Senhora, levando o novo oficiante pela mão e com os outros oficiantes atrás, dirige-se primeiro ao Norte, e, seguindo pelo perímetro do círculo, passa pelo Leste, executando o ritual de apresentação do novo oficiante à congregação. Após isto, ela ajuda todos a cruzarem a ponte e fecha o círculo, retirando a haste ou a vassoura. O procedimento comum é a realização de uma festa para celebrar a posse do(a) novo/nova Senhor/Senhora de um quadrante: Leste, Sul, Oeste e Norte. Como é comum nessas festas, todos trazem comida ou bebida para ser partilhada.
O Invocador 
O Invocador, é dos cargos que, embora não seja crítico para o bom desempenho do coven, deve ser levado em consideração. Por um lado, um oficiante a mais cria mais tarefas para serem realizadas pelos membros durante os covens, e talvez haja um novo Invocador a cada ano. Por outro, o Invocador auxilia o Leste, o responsável pelos registros do coven, a desviar as solicitações para outros membros. O Invocador também pode verificar se os registros mantidos são verdadeiros e, se o coven assim o determinar, assinar como testemunha. Outra tarefa que, em geral, é atribuída ao Invocador é o transporte de ida e vinda dos encontros, bem como a confirmação com o Oficial do Leste de que todo o material necessário para o ritual esteja no local do trabalho. Antes da última parte da jornada a pé para o local, o Invocador confere se tudo está pronto para a chegada do grupo. Sua outra tarefa é verificar se o que deve voltar não está esquecido, sendo o último a deixara área do trabalho. É surpreendente o número de vezes que alguém tem que voltar por alguma coisa, como uma faca esquecida. Como mencionado, o Invocador é também quem mantém contato com o Homem de Preto. Eles se encontram e vão, antes da convenção, ao local onde todos se reunirão, e também é ele quem apresenta os novos membros ao Homem de Preto. Como mencionei anteriormente, esse não é um cargo de vital importância para o coven, pois essas tarefas estão em geral associadas ao Magister. Entretanto, o ofício do Invocador é parte da tradição antiga, e, como tal, positiva dentro do grupo. Além disso, ter alguém designado para tratar do lado prático e resolver os problemas antes de um encontro facilita a vida de todos.
O Homem de Preto 
Manter o contato entre os covens é atribuição do Homem de Preto. Figura enigmática, é sempre um membro de um coven mais antigo. O símbolo do seu ofício é uma pena de corvo, que deve ser usada discretamente nas visitas à Senhora do coven em questão. Sua função é observar, informar e registrar. Algumas vezes as circunstâncias requerem os trabalhos de todos os covens que formam a tradição, com finalidade específica. É seu dever informar às Senhoras dos covens convocados a data, hora e objetivo do ritual que estará sendo realizado. É dever da Senhora informar sobre a convocação a todos os seus súditos. Na qualidade de Homem de Preto, ele está autorizado a comparecer a qualquer reunião de um coven do clã. Se desejar, poderá participar dos rituais ou permanecer à parte, na posição norte, durante os mesmos. Após o banquete, os novos membros serão apresentados a ele pelo nome, mas o dele nunca será pronunciado. Todos os problemas e pedidos de ajuda lhe são encaminhados, e as respostas virão também por seu intermédio. A última atribuição deste cargo é relatar para o coven principal os acontecimentos dignos de nota que aconteceram, para que o Leste possa manter precisa avaliação nos registros do coven em questão. Ao mesmo tempo, as perguntas e os pedidos serão tratados pelo coven principal, e as respostas, passadas para ele. Quando houver necessidade de algum contato a distância, a Senhora (ou, se o coven decidir, o Invocador) terá o seu endereço ou, talvez, o número do seu telefone para contatá-lo, a fim de considerar algum assunto importante o suficiente para justificar a chamada. Na maioria dos casos esses assuntos pertencem a deter- minadas categorias: anunciar o nome de alguém que está sendo afastado, para que seja retirado dos registros e para que o restante do clã seja informado, ou no caso de necessidade de curar ou de auxílio a um membro que esteja com problemas. Finalmente, há o caso de se lançar uma maldição para proteção de um coven ou de um membro que esteja tendo problema com uma pessoa ou grupo de pessoas. Não se trata de situação determinada levianamente, pois haverá um preço a ser pago, e, ao mesmo tempo, deveremos estar preparados para nos defender também. 
Outra regra ou lei relativa ao Homem de Preto é que, enquanto está cuidando dos assuntos do clã, poderá solicitar alimento e abrigo ao coven durante a visita. Em geral, existe algum membro em posição de oferecer-lhe hospitalidade, e ele contribuirá de alguma forma para as despesas.
Oficial do Norte 
A Senhora do Norte é a Anciã, o Lado Obscuro. Representa o lado escuro da Deusa, a Face Sem Cor que toma conta do caldeirão. No ritual da Véspera de Todos os Santos, seu reino é no segundo círculo. É ela, junto com o Oeste, que consagra as maçãs e a cidra. Seu aspecto é frio e escuro, e seus pensamentos são obscuros. Seu caráter é forte, silencioso e poderoso, e sua marca registrada, a sabedoria. 
Oficial do Sul 
A Senhora do Sul representa o aspecto jovem da Deusa: a mulher madura, gentil e afetuosa, a mãe amorosa. É ela quem lembra o que acontece no ritual da Candelária e quem chama a Senhora para cortar as hastes do milho. Sua natureza é afetuosa e gentil, pois representa o aspecto mãe da Deusa. Suas características são a bondade e a benevolência. 
Oficial do Leste 
É o mais jovem, trazendo consigo o aspecto da luz da manhã. No círculo, é o homem que serve a Senhora na consagração dos bolos e do vinho. É o guardião dos registros e quem traz os iniciados para o círculo. Seu aspecto deve ser claro e vivido, em harmonia e equilíbrio com a Senhora do Sul. É o portador dos assuntos do grupo para as reuniões, registrando todas as decisões tomadas. Suas características são as da vida e as do fogo. 
Oficial do Oeste 
É o equilíbrio masculino da Senhora do Norte. É o Senhor da Colina, e seu aspecto, o do antigo Deus celta Gwynn ap Nudd. Na Véspera de Todos os Santos serve a Senhora do Norte em seu círculo. É também o que traz a luz para o coven, quando ela cruza de um círculo para o outro. Suas vestes são escuras e seu aspecto, sombrio, pois é o guardião da colina e dos portões do submundo. Os Cães do Inferno estão sob seu controle, e, com o nome de Herne, ele os conduz na Caçada Selvagem na Candelária. É o portador da sabedoria oculta, e suas características são a sabedoria, a força e o silêncio.
O Sacerdocio
O Juramento da Iniciação 
Esse juramento é sempre proferido para o iniciante dentro do círculo, antes do começo de qualquer ritual. A única exceção é o ritual da Véspera de Todos os Santos, que por ser de natureza diferente, não admite iniciação dentro do círculo. Se houver necessidade de se iniciar alguém na ép oca desse ritual, ele será realizado da mesma maneira, mas durante uma cerimônia especial. Como parte do juramento, o iniciante segura uma pequena vela, a vela da alma, dentro do círculo. Já posicionado, o Magister fala em primeiro lugar: 
Magister: "Quem se responsabiliza por esse candidato?" Responsável: "Eu [profere seu nome no coven] me respon- sabilizo." Leste: "Foi a ele/ela explicado na íntegra o que está para lhe acontecer?" Responsável: "Sim. Eu mesmo o fiz." 
O Magister, então, se dirige ao candidato: 
Magister: "Você compreende plenamente essa juramento que está por fazer e tudo o que ele envolve?" 
Candidato: "Sim, eu compreendo." 
Magister: "Você escolheu de sua livre vontade prestar esse juramento?" 
Candidato: "Eu o fiz, de livre e espontânea vontade." 
Magister: "Então, ajoelhe-se diante de mim e acenda a sua vela da alma com o fogo." 
O candidato assim o faz e segura a vela com ambas as mãos. 
Magister: "Você jura servir um ano e um dia como iniciante?" 
Candidato: "Sim, de minha livre vontade."
 Magister: "Você jura manter todos os trabalhos do coven como sagrados e nunca os revelar a um estranho?" 
Candidato: "Sim, de minha livre vontade." 
Magister: "Você jura nunca revelar o nome de qualquer um dos membros do coven a qualquer estranho?" 
Candidato: "Sim, de minha livre vontade." 
Magister: "Você jura manter-se fiel a todas as leis e regras deste coven!" 
Candidato: "Sim, de minha livre vontade." 
Magister: "Você jura renunciar a todas as outras fés e chamados, devotar-se aos ideais, objetivos e adoração da Mãe, manter-se fiel à fé e a estes companheiros escolhidos?" 
Candidato: "Sim, de minha livre vontade." 
Magister: "Então repita depois de mim: 'Eu [nome] juro solenemente obrigar-me a este juramento... invocar os Mais Antigos por testemunho e observância ao meu juramento... Prometo manter- me firme aos meus votos pela minha própria alma... Se romper com a minha palavra, que os Deuses Obscuros do Submundo me derrubem... e apaguem a luz da minha existência... como faço agora com essa vela, símbolo da minha vida passada.'" 
A vela é, então, apagada. O Magister fala: 
Magister: "Acenda para você uma nova luz com esse fogo. Esse é um símbolo da sua nova vida, escolhida livremente por você e à qual se une livremente. Que o espírito que o trouxe para nós permaneça com você e seja a luz da sua inspiração pelo resto dos seus dias. Agora, levante-se, pois a Senhora do círculo deseja cumprimentá-lo." 
O candidato levanta-se, e, com a vela acesa, dirige-se para a Senhora, que está aguardando, em sua posição usual no círculo, ao norte. Ajoelhando-se maisuma vez, o candidato coloca a vela no chão ao seu lado e as suas mãos entre as mãos da Senhora. 
Candidato: "Senhora, eu assumo compromisso com esse coven, contigo e com todos os outros membros deste grupo. Sob o nome escolhido [o candidato fala o nome], juro servir a esse nosso círculo e a tudo que ele significa e representa. Juro pela minha honra." 
Senhora: "Então,levanta-te, irmão/irmã [diz o nome do candidato], e une-te à nossa congregação. Pois agora tu és parte verdadeira de nós." 
Iniciado: "Senhora, vimpor amor. Pelo amor eu me uno. Pelo amor permaneço. Cumprirei minha promessa para obter o meu lugar no círculo." 
A Senhora auxilia o iniciante a levantar-se, e, ainda segurando as suas mãos, beija-o em ambas as faces. 
Senhora: "Vai e fica com os que te estão aguardando para que possamos seguir no Caminho e trabalhar à nossa maneira juntos." 
Iniciado: "Eu obedeço às tuas ordens, Senhora." 
O iniciante inclina-se e afasta-se para unir-se aos outros em torno do fogo. Esses abrem o caminho para ele e se dão as mãos, prontos para iniciar o ritual, que a Senhora abre com a Oração do Santo Graal. 
O Juramento do Membro Iniciado 
Este não é somente o juramento de reafirmação de um membro quanto aos objetivos, ideais e dogmas da fé como praticada pelo clã, mas também o reconhecimento por parte do membro que, prestando esse juramento, mostra o desejo de aceitar as responsabilidades que são parte do desenvolvimento de um coven, por exemplo, a disposição de desempenhar o papel de oficiante e, por último, de ampliar os interesses da fé dentro do clã, iniciando um grupo próprio, com a mesma estrutura de sistema. 
 Mais uma vez, esse juramento é realizado dentro do círculo antes de iniciar o ritual. Como a data da cerimônia é conhecida de antemão, é dever do Leste assegurar que a espada do coven esteja dentro do círculo e colocada cuidadosamente um pouco afastada. Em vez de a Senhora ocupar seu lugar comum no norte, ela fica ao lado do fogo sagrado, com a congregação formando um círculo à sua volta. Ela inicia a cerimônia: 
Senhora: "Um de nós está pronto para fazer o juramento da fraternidade. Eu convoco cada um para dar testemunho desse juramento e para que seja realmente feito sob as leis do nosso grupo. Chamo agora o Senhor Magister para trazer a Espada da Justiça, sobre a qual esse juramento será pronunciado." 
O Magister traz a espada para a Senhora. Ela a desembainha e devolve a bainha ao Magister. Esse volta à sua posição no círculo. 
Magister: "Chamo o irmão/irmã [diz o nome no coven] para anunciar diante de todos nós reunidos que ele/ela faz esse juramento de livre e espontânea vontade." 
Candidato: "Assim o afirmo, Senhora, e que livremente assumo todas as obrigações requeridas por esse juramento."
 Senhora: "Chamo a minha irmã, a Senhora do Sul, para colocar o seu cordão em torno do pescoço do irmão/irmã [nome no coven] e depois conduzi-lo diante de mim." 
Sul: "Eu obedeço às suas ordens, Senhora." 
A Senhora do Sul, segurando o seu cordão na mão, aproxima-se do candidato. Formando um laço com o cordão, segurando as duas extremidades na mão, ela o passa por cima da cabeça do candidato. 
Sul: "Que, por esse laço, que você seja conduzido ao destino que você próprio escolheu. Você escolheu atender ao chamado que o trouxe ao nosso círculo. Agora, eu o conduzo ao seu compromisso final." 
Com o cordão ainda passado no pescoço do candidato, a Senhora do Sul o leva até a Senhora. 
Sul: "Senhora, como ordenou, eu trouxe [nome] para o seu compromisso final." 
Ela entrega as extremidades do cordão para a Senhora e volta para a sua posição. A Senhora, com a espada na mão direita e o cordão na esquerda, ergue a lâmina em direção ao candidato e ordena que se ajoelhe e segure a lâmina com ambas as mãos. 
Senhora: "Repita depois de mim: 'Eu [nome] juro solenemente, por tudo que é sagrado, obedecer às leis e elevar o espírito deste nosso coven. Manter-me fiel à fé e aos seus vínculos. Entregar- me inteiramente ao serviço e ao auxílio de todos os que pertencem à congregação. Aceitar de boa vontade o cargo de oficiante e realizar as obrigações da melhor maneira que me for possível. Servir ao coven, e, por seu intermédio, à Senhora, com todo o meu coração e a minha alma. Aceitar a disciplina que a fé me destinar, para que os hábitos e os ritmos do nosso culto não sejam perturbados por qualquer animosidade trazida para dentro do círculo. Mais uma vez invoco a Senhora e os Deuses Antigos para testemunhar o meu juramento. Se conscientemente o romper, estarei pronto para ser julgado pela espada e, pela espada, aceitar o afastamento e todas as implicações decorrentes. Eu juro, em nome da Nossa Senhora da Noite/" 
Após o candidato haver terminado de repetir o juramento, a Senhora o faz levantar. Beija o candidato em ambas as faces como sinal de aprovação. 
Senhora: "Bem-vindo à nossa congregação. Por meio deste juramento, tu te tornaste um de nós." 
A Senhora, então, convoca o Sul com essas palavras: 
Senhora: "Minha Senhora do Sul, conduz esse irmão/irmã de volta ao seu lugar na congregação." 
Sul: "Eu obedeço às suas ordens, Senhora." 
Antes de retornar com o novo membro, o Sul recebe seu cordão de volta das mãos da Senhora, colocando-o na cintura. Ela se vira para o novo membro e segura a dele com a sua mão direita. Ao mesmo tempo, beija-o em ambas as faces. 
Sul: "Assim como eu te trouxe para a Senhora por um cordão, da mesma forma eu te trago para o seu lugar pela mão. Com a união das mãos simbolizamos a união de todos dentro do círculo." 
Ela, então, leva o novo membro para o seu lugar. Na parte final da cerimônia, a Senhora chama o Leste para levar a espada de volta. Ele assim o faz, embainhando-a e colocando- a em lugar seguro antes de voltar à sua posição. 
A Senhora deixa o círculo dos membros e retorna à sua posição usual no norte. Ela se volta para o grupo e diz: 
Senhora: "Que se inicie o ritual." 
Ela sinaliza para iniciar o ritual, repetindo a Oração do Santo Graal. 
Juramento do Sacerdocio 
Tudo é preparado para um Círculo normal, com os seguintes ítens adicionais também de prontidão :
uma venda três extensões de corda vermelha – uma de nove pés, e duas de quatro pés e seis [polegadas] óleo para unção uma vela branca nova ainda não acesa um sininho de mão peças de joalheria \ um colar sobre o altar|____ caso a Lenda da Descida da Deusa seja encenada um véu | e não meramente lida uma coroa /
As peças de joalheria são para a mulher representando a Deusa; assim, se o ritual for realizado sem roupas, estas devem obviamente ser coisas como braceletes, anéis e brincos, e não broches de espetar ! A coroa é para o homem representando o Senhor do Submundo e pode ser tão simples como uma armação de arame caso nada melhor esteja disponível. A venda deve ser de algum material opaco, como aquela para o primeiro grau; mas o véu deve ser transparente e vistoso, e preferivelmente em uma das cores da Deusa – azul, verde ou prata. Neste ritual é costume de nossa tradição que o Magister e a Senhora fiquem de lado, apenas assistindo o ritual, designando outros Oficiais ou Covenieres para desempenhar o papel de iniciadores. Isso se dá para que não fique sobrecarregado os cargos dentro do coven, enquantro outros tenham posição secundaria. 
O Ritual
O ritual de abertura procede como de costume, até o final da invocação ‘Grande Deus Chifrudo’, com o Iniciado ocupando seu lugar normal no coven. Ao final da invocação de Tanus, o Iniciado fica em pé no centro do Círculo e é amarrado e vendado por bruxas do sexo oposto, exatamente como para a iniciação do primeiro grau. A Iniciadora conduz o Iniciado ao longo dos pontos cardeais em círculo e diz : 
Iniciadora: ‘Ouvi, vós Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte], _______ (nome comum), um(a) Sacerdote(tiza) devidamente preparado(a) e Bruxo(a), está agora adequadamente preparado para ser feito um Sumo e Mago Sacerdotisa e Bruxa]’ 
 Ela o conduz de volta para o centro do Círculo e olha para ele,de frente para o altar. Ela e o coven agora dão as mãos e circulam ao redor dele três vêzes. As bruxas que amarraram o Iniciado agora completam a amarração desenrolando as pontas soltas das cordas de seu joelho e tornozelos e amarrando seus joelhos juntos e seus tornozelos juntos. Elas então o ajudam à se ajoelhar de frente ao altar. 
Iniciadora: ‘Para obter este sublime grau, é necessário sofrer e ser purificado. Tu estás disposto a sofrer para aprender? 
Iniciado: ‘Estou’. 
Iniciadora: ‘Eu te purifico para fazer este grande Juramento corretamente’. Iniciadora: ‘Qual é o teu nome ?’ 
Ela lhe aplica um beijo [com estalo] suave assim que estiver perguntando. 
Iniciado: ‘Meu nome é _______ .’ (Repetindo seu novo nome de bruxo). Cada membro do coven então por sua vez aplica ao Iniciado um beijo suave ou empurrão de leve, perguntando ‘Qual é o teu nome?’ e o Iniciado responde à cada vez 
Iniciado: ‘Meu nome é ________.’ 
Quando a Iniciadora decidir que isso já se prolongou o suficiente, ela faz sinal ao coven para terminar, e todos voltam para seus lugares. A Iniciadora então diz (frase por frase) : 
Iniciadora: “Repita teu nome depois de mim, dizendo: “Eu, _______ , juro pelo útero de minha mãe, e pela minha honra entre os homens e meus Irmãos e Irmãs da Arte, que eu nunca revelarei, para ninguém, os segredos da Arte, exceto se for para uma pessoa justa, devidamente preparada, no centro de um Círculo Mágico tal como no que agora me encontro. Isto eu juro pelas minhas esperanças de salvação, minhas vidas passadas, e minhas esperanças das vidas futuras por vir; e eu devoto a mim mesmo e a minha medida à completa destruição se eu quebrar este meu solene voto.” 
O Iniciado repete cada frase após ela. A Iniciadora se ajoelha ao lado do Iniciado e coloca sua mão esquerda sob o joelho dele e sua mão direita sobre a cabeça dele, para formar o Vínculo Mágico. 
Iniciadora: ‘Eu transmito todo o meu poder para dentro de ti’. 
Mantendo suas mãos na posição do Vínculo Mágico, ela se concentra por quanto tempo ela julgar necessário para transmitir todo o seu poder para dentro do Iniciado. Após isso, ela fica de pé. A bruxa que amarrou o Iniciado avança e desamarra seus joelhos e tornozelos e o ajuda a se levantar. O Assistente traz o cálice de vinho e o óleo para unção. A Iniciadora umedece a ponta de seu dedo com o óleo e diz : 
Iniciadora: ‘Eu te consagro com óleo’. 
Ela toca o Iniciado com o óleo um pouco acima do pêlo púbico, em seu peito direito, em seu quadril esquerdo, em seu quadril direito, em seu peito esquerdo e novamente um pouco acima do pêlo púbico, completando o pentagrama invertido do Segundo Grau. (No costume americano : garganta, quadril direito, peito esquerdo, peito direito, quadril esquerdo, e garganta novamente). Ela umedece a ponta do seu dedo com o vinho, e diz 
Iniciadora: ‘Eu te consagro com vinho’, e o toca nos mesmos lugares com o vinho. Ela então diz 
Iniciadora: ‘Eu te consagro com meus lábios’, 
o beija nos mesmos lugares e prossegue : 
Iniciadora:‘Sacerdote e Mago [Sacerdotisa e Bruxa]’. 
As bruxas que amarraram o Iniciado agora avançam e removem a venda e as cordas restantes. O ritual é interrompido para que cada membro do coven parabenize o Iniciado, beijando-o ou apertando as mãos como for adequado. Quando isso terminar, o ritual continua com a apresentação e uso dos instrumentos de trabalho. Assim que cada instrumento é nomeado, a Iniciadora a pega do altar e a entrega ao Iniciado com um beijo. Outra bruxa do mesmo sexo da Iniciadora fica de prontidão, e assim que cada instrumento for finalizado, ela o toma do Iniciado com um beijo e o recoloca no altar. 
Inciadora: ‘Você agora usará os Instrumentos de Trabalho um por vez. Primeiro, a Espada Mágica.’ 
O Iniciado pega a espada e reconstrói o Círculo, mas sem falar. 
Iniciadora: ‘Segundo, o Athame.’ 
O Iniciado pega o athame e novamente reconstrói o Círculo sem falar. 
Iniciadora:‘Terceiro, a Faca de Cabo Branco.’ 
O Iniciado pega a faca de cabo branco e traz a vela branca nova e ainda não acesa do altar. Ele então usa a faca para gravar um pentagrama na vela, a qual ele recoloca sobre o altar. 
Inciadora: ‘Quarto, a Vara.’ 
O Iniciado pega a vara e a move apontando para os quatro pontos cardeais à volta. 
Iniciadora: ‘Quinto, o Cálice.’ 
Iniciado e Iniciadora juntos consagram vinho no cálice. 
Inciadora:‘Sexto, o Pantáculo.’ 
O Iniciado pega o pantáculo e o apresenta aos quatro pontos cardeais à volta. 
Iniciadora: ‘Sétimo, o Incensário.’ 
O Iniciado pega o incensário e o carrega em volta do perímetro do Círculo. 
Inciadora: ‘Oitavo, as Cordas.’ 
O Iniciado pega as cordas e, com o auxílio do Assistente, amarra a Iniciadora do mesmo jeito que ele próprio foi amarrado. Iniciado e Assistente então ajudam a Iniciadora a se ajoelhar de frente para o altar. 
Iniciadora: ‘Nono, o Chicote. Para aprender, na Bruxaria temos uma regra: A agua purifica o corpo, mas o tormento purifica a alma’ 
A bruxa que está em prontidão entrega o chicote ao Iniciado com um beijo. Em outras tradições, o iniciado então chicoteia a sua iniciadora. Em nossa tradição, acreditamos que somente o simbolismo do chicote basta, e não adotamos este costume. O Iniciado então, coloca o chicote sobre o altar, e a Iniciadora conduz o Iniciado à cada um dos pontos cardeais ao redor, dizendo : 
Iniciadora: ‘Ouvi, vós Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte]: ______ (nome de bruxo) foi devidamente consagrado Sacerdote e Mago [Sacerdotisa e Feiticeira].’ O coven agora se prepara para a Lenda da Descida da Deusa. A Iniciadora nomeia um Narrador para ler a Lenda, se ela própria não for ler [o texto] . Se a Lenda fôr também encenada, ela nomeará atores para a Deusa, o Senhor do Submundo e o Guardião dos Portais. É comum para o Iniciado atuar como a Deusa ou o Senhor do Submundo, segundo o sexo, e para o parceiro de trabalho seja da Iniciadora ou do Iniciado (caso haja algum) atuar como o outro. Na estrita tradição mitológica, o Guardião deveria ser masculino, mas isso não é essencial. 
A Lenda da Descida da Deusa 
Até agora nossa Senhora a Deusa nunca tinha amado, mas ela resolveria todos os Mistérios, mesmo o mistério da Morte; e então ela viajou para o Submundo. Os Guardiães dos Portais a desafiaram: ‘Dispa-te de tuas vestes, retirai tuas jóias; pois nada podeis trazer contigo nesta nossa terra’.
Então ela retirou suas vestes e jóias, e foi amarrada, como o são todos os que entram no Reino da Morte, a Poderosa. Tal era a sua beleza, que a própria Morte se ajoelhou e beijou seus pés, dizendo: ‘Benditos sejam teus pés, que te trouxeram nestes caminhos. Morai comigo; mas deixai-me por minha mão fria sobre teu coração.’ Ela respondeu: ‘Eu não te amo. Por que tu fizeste com que todas as coisas que eu amo e com as quais me delicio decair e morrer?’ ‘Senhora’, respondeu a Morte, ‘isso é o tempo e a decadência contra os quais nada posso fazer. O tempo faz todas as coisas decaírem; mas quando os homens morrem ao final do tempo, eu lhes dou descanso e paz, e força de forma que eles possam retornar. Mas tu! Tu és amável. Não retornai; morai comigo!’ Mas ela respondeu : ‘Eu não te amo.’ Então disse a Morte: ‘E [como] tu não recebeste a minha mão sobre teu coração, tu deves receber o açoite da Morte.’ ‘É o destino – melhor assim’, ela disse. E ela se ajoelhou e a Morte a chicoteou suavemente. E ela gritou, ‘Eu sinto a angústia do amor.’ E a Morte disse: ‘Bendita seja!’ e lhe aplicou o Beijo Quíntuplo, dizendo: ‘Apenas assim pudeste tu obter a alegria e o conhecimento.’ E ela a ensinou todos os Mistérios, e eles se amaram e foram um, e ela a ensinou todas as Magias. Pois existem três grandes eventos na vida do homem; Amor, Morte e Ressurreição no novo corpo; e a Magia controla todos eles. Pois para completar o amor voce deve retornar novamente no mesmo tempo e lugar que o amado, e voce deve lembrar e amá-los novamente. Mas para ser renascido voce deve morrer e estar pronto para um novo corpo; e para morrer voce deve nascer; e sem amor voce

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