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excreção de fármacos

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O NÉFRON
Cada néfron é composto por: um glomérulo, túbulo proximal (absorve 60%-70% do Na+ filtrado e mais de 90% do HCO3-), alça de Henle (absorve 20%-30% do NaCl filtrado), túbulo contorcido distal e ducto condutor. O glomérulo é um tufo de capilares que se projetam a uma extremidade dilatada do túbulo renal. A maioria dos néfrons se situa majoritariamente ou inteiramente no córtex. Os restantes, chamados néfrons justamedulares, tem seus glomérulos e túbulos contorcidos próximos à junção entre medula e córtex, e suas alças de Henle passam profundamente à medula.
Três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos: a filtração glomerular, a secreção tubular ativa e a difusão passiva através do epitélio tubular. 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
O líquido é retirado dos capilares para a cápsula tubular (cápsula de Bowman) por força hidrodinâmica que recebe oposição da pressão oncótica das proteínas do plasma, às quais os capilares glomerulares são impermeáveis. Todos os constituintes do plasma com baixo peso molecular aparecem no filtrado, incluindo moléculas de fármacos com peso molecular abaixo de 20.000, enquanto a albumina e as proteínas maiores ficam retidas no sangue.
Se um fármaco se liga à albumina plasmática, apenas o fármaco livre é filtrado. Se cerca de 98% de um fármaco, estiver ligado à albumina, a concentração no filtrado é de apenas 2% daquela do plasma e, consequentemente, a eliminação por filtração estará correspondentemente diminuída.
SECREÇÃO TUBULAR 
Até 20% do fluxo plasmática renal é filtrado pelo glomérulo, deixando cerca de 80% do fármaco que chega ao rim passar para os capilares peritubulares do túbulo proximal, onde as moléculas dos fármacos são transferidas para a luz do túbulo por dois sistemas de transportadores independentes e relativamente não seletivos. Um deles, o OAT, transporta fármacos ácidos (assim como diversos ácidos endógenos), enquanto o outro veicula as bases orgânicas. Os transportadores OAT podem mover moléculas de fármacos contra o gradiente eletroquímico, reduzindo sua concentração plasmática praticamente a zero, enquanto os OCTs facilitam o transporte a favor do gradiente eletroquímico. Diferentemente da filtração glomerular,a transferência mediada por transportadores pode efetuar a depuração máxima de um fármaco, mesmo quando a maior parte dele está ligada a proteínas plasmáticas
REABSORÇÃO TUBULAR
A água é reabsorvida conforme o liquido atravessa o túbulo e, por isso, o volume de urina produzida é de aproximadamente 1% do volume do filtrado glomerular. Se o túbulo for livremente permeável às moléculas do fármaco, cerca de 99% do fármaco filtrado será reabsorvido passivamente a favor do gradiente de concentração resultante. Consequentemente, a eliminação dos fármacos lipossolúveis é mínima, enquanto fármacos polares, cuja permeabilidade tubular é baixa, permanecem na luz do túbulo, tornando-se progressivamente mais concentrados à medida que a água é reabsorvida. O nível de ionização de muitos fármacos (ácidos ou bases fracas) é pH-dependente, o que afeta profundamente sua eliminação renal. O efeito de aprisionamento iônico significa que uma base é excretada mais rapidamente em urina ácida, que favorece a forma carregada e inibe, a reabsorção. Por outro lado, ácidos são eliminados mais rapidamente se a urina estiver alcalina.
Ao fim do percurso pelos túbulos do néfron, o filtrado glomerular transformou-se na urina, um fluido aquoso constituído predominantemente por uréia, além de amônia, ácido úrico e sais diversos em menor quantidade. Dos 160 litros de filtrado glomerular produzidos diariamente nos rins de uma pessoa, forma-se apenas 1,5 litro de urina. Portanto, mais de 98% da água do filtrado são reabsorvidos durante o trajeto pelo túbulo do néfron.

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