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UROLOGIA - Aula 08 Traumatismo do Trato Urinário Caderno da Babi 1. Introdução: Trauma é a maior causa de mortes < 44 anos 10% envolve o trato genitourinário Maioria são traumatismos fechados (80-90%) Rim: é o órgão mais afetado no TUG Lesão concomitante de outros órgãos 2. Traumatismo do trato Urinário Renal Ureteral Vesical Uretral Escrotal Peniano 2.1. Renal: A) Classificação: Não penetrantes: contusões no rim (80-90%) Causas: mecanismo de desaceleração pode lesar o rim, não precisa ser somente traumatismo direto na lombar Acidentes automobilísticos Violência pessola Quedas Esportivos Penetrantes: 10-20% Armas de Fogo Facas Muitas lesões associadas B) Avaliação Geral: História: queda, colisão com cinto de segurança Quadro Clínico: normalmente quadro de choque (porque o rim é muito vascularizado: taquicardia, mucosas hipocoradas, trauma na região lombar) Condutas Prioritárias: Diagnósticas: exames de imagem, EAS Terapêuticas Lesões associadas Vários especialistas Hematúria: Um dos sinais mais importantes Pode ser macro ou microscópica Não está relacionada com o grau de lesão C) Classificação - Graus: Grau I: Contusão (hematoma sub-capsular sem laceração parenquimatosa) Grau II: Hematoma perirrenal não expansivo ou laceração cortical < 1cm sem extravazamento urinário Grau III: Laceração parenquimatosa > 1cm sem extravazamento urinário Grau IV: Laceração parenquimatosa através da junção córtico-medular e sustema coletor; com extravasamento de contraste Grau V: múltiplas lacerações (rim fragmentado) avulsão da artéria renal principal ou veia renal D) Avaliação por imagem - Indicação: Trauma penetrante no flanco ou abdome Trauma fechado com hematúria macroscópica Trauma fechado com microhematúria e choque (PA < 90mmHg) E) Investigação: TC - com contraste, exame que faz na emergência (vê a dimensão do hematoma, avaliação do rim contralateral, vê se a pelve renal foi comprometida) Vantagens: Diagnóstico de lesões associadas Mostra extravasamento de contraste Identifica presença e função do rim oposto Avalia o fluxo sanguíneo para parênquima renal Dimensiona com precisão o hematoma renal Urografia excretora USG Arteriografia renal Cintilografia renal RNM F) Trauma Fechado: Conservador - maioria dos casos Causas: Contusões Lacerações Lesões vasculares: no início o tto é conservador mas se o paciente piorar pode ir pra cirurgia. G) Indicações Cirúrgicas para o Traumatismo Renal Fechado: Absolutas: Hematoma expansivo Hematoma pulsátil Evidência ou persistência de sangramento renal Relativas: Lesão vascular Estagiamento incompleto Parênquima não viável Extravasamento urinário Grau I a IV normalmente não tem indicação cirúrgica 2,5% dos pacientes com trauma renal fechado: indicação de exploração renal H) Penetrante: Maioria faz tratamento cirúrgico 80%: lesões associadas Excepcionalmente: tratamento conservador I) Hematoma Retroperitoneal Transoperatório: Indicação para exploração cirúrgica Urografia excretora na sala Expansão do hematoma Mandatório: isolar o pedículo renal Técnica Operatória: Incisão mediana transabdominal Avaliação das vísceras abdominais Reparo das lesões identificadas Exploração do retroperitônio com acesso precoce ao hilo renal Excepcionalmente: iniciar pelo retroperitônio Cirurgias: Reconstrutoras: Sutura renal Nefrectomia parcial Cirurgia de banco Auto transplante Nefrectomia Complicações: Precoces: Sangramento Abscesso Sepsis Fístula urinária Urinoma Uremia Tardias: Meses após o trauma Fístula artériovenosa Hidronefrose Hipertensão arterial Cálculos Peilonefrite crônica 2.2. Traumatismo Ureteral: Muito raro < 1% dos traumas urogenitais Causas: Iatrogênica Não penetrantes Penetrantes Violência Externa Arma de fogo: 95% das lesões raramente isolada Arma branca Esmagamento Iatrogenia: 0.5 a 1.0% das cirurgias pélvicas: Histerectomia Salpingoooforectomia Suspensão vésicouretral Cirurgias de grandes vasos e tumores Ureteroscopia Tipos de lesão: Iatrogênica: Esmagamento Avulsão Transecção Ligadura Desvascularização Queimadura Perfuração Radioterápica Diagnóstico Tardio (Iatrogênicas): Sinais e sintomas: dor no flanco Febre Uremia (bilateral) Fístula ureterovaginal Fístula ureterocutânea Diagnóstico: Urografia excretora TC Pielografia retrógrada Dissecção ureteral Índigo carmim Pielografia anterógrada Tratamento: Cateter duplo J Sutura Anastomose término-terminal Ureteroneocistostomia Transureteroureterostomia Reconstrução pieloureteral Autotransplante Substituição com íleo Nefrostomia com reconstrução tardia 2.3. Vesical: Violência externa: Arma de fogo Arma Branca Veículos motorizados Golpe Quedas Penetrante Não penetrante Iatrogênico: o Procedimentos endourológicos o Cirurgias ginecológicas o Cirurgias abdominais Ruptura Espontânea Migração Interna: Drenos Aparelhos intrauterinos Próteses Shunts neurocirúrgicos Ruptura: Intraperitoneal Extraperitonea Aspectos Clínicos: Sinais e Sintomas: Hematúria macroscópica Irritação peritoneal Dor supra púbica Retenção urinária Distensão abdominal Diminuição de peristaltismo intestinal Diagnóstico: Cistograida Suspeita de lesão uretral: uretrografia / toque retal Exames complementares: urografia excretora / TC Tratamento: Ruptura Intraperitoneal: Cirurgia com exploração da cavidade abdominal Reparo da bexiga Drenagem Cistostomia Pequenas perfurações endoscópicas: cateterismo Seguimento: Cistografia: 2 semanas Complicações: Diagnóstico tardio Uro-ascite Irritação peritoneal Sepsis .... 2.4. Traumatismo Uretral Anatomia da uretra masculina: Uretra Anterior (abaixo do diafragma urogenital): pendular bulbar Uretra posterior: ....
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