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1 Urologia - Aula 07 Tumor de Bexiga Caderno da Babi Primeiramente tem que saber se o tumor é superficial ou profundo porque dependendo disso depende o tratamento. Hematúria macroscópica + sem sintomas = diagnóstico provável de ca de bexiga. A continuação da investigação: USG (vê a massa) -> cistoscopia com biópsia (você pode fazer a ressecção na hora ou depois). Existem 3 camadas na bexiga: a mais interna é a mucosa, depois muscular, depois gordura. Classificação TNM: Superficial (TA e T1: tratamento RTU + BCG) TA - Mucosa T1 - Lâmina própria Profundo (T2, T3, T4 - cistectomia): T2 - Muscular T3 - Gordura T4 - Próstata e útero obs: na mulher acima de T2 você faz a cistectomia e histerectomia Tratamento para tumores profundos: 1º - retirar a bexiga 2º - reconstruir o trato urinário para o paciente voltar a urinar Opções: Neobexiga: volta a urinar pela uretra Neobexiga eterotópica (cirugia de Mitorfanoff) Derivações Externas Incontinente: Cirurgia de Bricker (ureteroileostomia cutânea intermitente): alça intestinal, coloca os ureteres presos nela e uma bolsa para fora que coleta a urina. Ureterosigmoideostomia: Evacua e urina pelo ânus Ureterostomia cutânea bilateral: dois ureteres na pele Questões de Prova: Quadro clínico do Tumor de bexiga Diagnóstico de certeza: cistocopia com bióspia Indicações de BCG TTO padrão ouro para paciente T2 alto grau Câncer de Bexiga: Aula 1. Epidemiologia: Pico 65 a 70 anos Brancos 2 2,5 homens x 1 mulher 2º tumor urológico 6,2% dos tumores 2. Fatores de Risco: Tabagismo (maior fator de risco. Nítida a relação; Risco aumentado permanece cerca de 15 anos depois que a pessoa parou de fumar) Ocupacionais (trabalhadores de borracha / tintas e solventes) Infecção ou inflamação crônica (cistite de repetição / metaplasia escamosa, as vezes esses pacientes não levam em consideração a hematúria presente. Muitas vezes faz o diagnóstico mais tardio) Radioterapia pélvica Ciclofosfamida: aumenta a incidência de cancêr de bexiga anos depois do tratamento Adoçante e hereditariedade??? (adoçante: não se sabe muito bem, há um risco mas não foi definido / hereditariedade: não tem relação) 3. Tipos Histológicos: Carcinoma de células transicionais - 90% (epitélio normal é urotelial composto de células transicionais) Adenocarcinoma: 5% Carcinoma de células escamosas: 5% (mais associado a processo inflamatório crônico) Outros: Mucinosos, etc... 4. Diferenciação de Tumores Transicionais: Gx: Grau não avaliado G1: Bem diferenciado G2: Moderadamente diferenciado G3: Indiferenciado CA in Situ (lesão plana do epitélio da bexiga, associada a progressão da doença podem penetrar nas camadas da bexiga. São tumores agressivos) - São diferentes do ponto de vista histológico obs: quanto mais bem diferenciado melhor o prognóstico (quanto mais indiferenciado pior) 5. Estadiamento TNM: T: Tumor N: linfonodo M: metástases a distância (pulmão, fígado, osso) TA:restrito ao epitélio ainda não compromete a lâmina própria T1: no epitélio mas já atinge a membrana basal T2: Compromete a camada muscular da bexiga) - Tumor invasivo T3: Já compromete a gordura perivesical 3 obs: Carcinoma in situ cresce infiltrando na parede da bexiga 6. Diagnóstico: História médica - Sintomas: Hematúria (principal sintoma) Sintomas miccionais: presentes ou não, mas principalmente em carcinomas in situ (polaciúria, urgência) Massa abdominal: turmores grandes e palpáveis (se for no colo vesical pode levar ao bexigoma) Metástases: pulmonar, hepática, óssea Exame Clínico: Exame Físico Completo Estado geral e nutricional: emagrecimento em pacientes com doença avan Exame Abdominal Toque 7. Importante: Hematúria Indolor intermitente - 85% dos casos de CA de Bexiga 8. Diagnóstico: Exames Complementares: Urinálise: hematúria / hemácias dismórficas / urinocultura negativa USG: tem que ser feita com a bexiga bem cheia. Lesões > 0,5/0.8cm) normalmente são vistas. Lesões muito pequenas não são vistas - Avaliação Inicial Citologia urinária: muito falto negativo (quanto mais bem diferenciado, mais chance de falso negativo) Cistocopia: padrão ouro para avaliar a bexiga do paciente (2º exame feito, depois do usg) 4 Urografia Excretora: não tem mais importância no tumor de bexiga. Mas vê bem vias urinárias (falha de enchimento no ureter, pode ver tumor uroterlial). Mais importante quando se suspeita de lesões mais altas no ureter. TC RNM obs: TC e RNM são importantes para ver metástases a distância Citologia: Mais sensíveis em tumores de alto grau e carcinoma em situ Falso negativo em turmores de baixo grau USG: Operador dependente Difícil em tumores sésseis e planos Tumores < 0.5 cm são identificados em 33% dos pacientes e maiores que 1cm em mais de 90% Baixo custo e não invasivo Citologia: Serve para diagnosticar se a camada muscular da bexiga está comprometida ou não. Esse exame serve tanto para tratamento e estadiamento da lesão. obs: Tumor de divertículo extravaza rapidamente para fora da bexiga TC: Consegue ver a região perivesical, metástases a distância e periregional 9. Diagnóstico e Tratamento: Exames histopatológico e Estadiamento <----- Ressecção endoscópica (RTU) ------> Exérese da lesão Resultado da RTU da bexiga: tumores superficiais / Turmores invasivos Exames complementares: metástases a distância 9.1. Tratamento: A) Tumores Superficiais - Ta e T1 Ressecção endoscópica Cistoscopias de revisão: 1º ano é o período mais crítico, se puder fazer de 3 em 3 meses, para que se tiver alguma recorrência de doença tratar o mais rápido possível. Instilação intra-vesical: BCG / Mitomycina C Obs: Tratamento Quimioterápico: BCG ou Mitomycina C - diminui a chance do tumor recorrer em outros locais da bexiga BCG: causa reações inflamatórias na bexiga (cistite, processo inflamatório, disúria, urgência, sangramento) -> esse processo inflamatório agudo causado pela BCG resulta numa cascata humunológica local. Mitomycina C: não aumenta resposta imunológica, é um quimioterápico. Aplicada no momento da cirurgia (dentro das 1as 24hs de pós operatório) Indicações de BCG: TODOS OS PACIENTES TÊM INDICAÇÃO EXCETO: 5 Tumor bem diferenciado, Tumores menores que < 3cm, 1ª vez que ocorre, superficial, lesão única, TaG1 (esse é o único caso que não precisa de BCG) B) Tumores Infiltrativos: Cistectomia radical - Derivação urinária Quimioterapia Radioterapia B1. Derivações Urinárias: Ureterostomia cutânea: Alta taxa de comlicação e estenosa facilmente; cirurgia de emergência, paciente com estado geral comprometido que anastomose interstinal não vai segurar Ureteroileostomia: remove segmento do íleo terminal (mais ou menos 15 cm), é feito um conduto, os ureteres são conetados e depois isso é conectado na pele (baixa taxa de estenose). Pacientes que se acredita que vão ter maior sobrevida Neobexiga: confeccionar uma bexiga nova a partir de segmento intestinal (pode ser íleo distal, estômago) TC: se a doença é localmente avançada faz um tratamento paliativo com radio e quimioterapia.
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