Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade 2 – Tópico B Funcionalidade e Protocolos da Camada de Aplicação Objetivos – Descrever a camada de aplicação como fonte e destino de dados para as comunicações através das redes; – Explicar o papel dos protocolos no suporte na comunicação entre processos cliente e servidores; – Descrever o funcionamento dos principais protocolos da camada aplicação (HTTP, DNS, SMB, DHCP, SMTP/POP, Telnet, SSH, VNC). Aplicações – A interface entre as redes A camada de aplicação fornece a interface entre as aplicações que são utilizadas pelos usuários finais para comunicação e a rede subjacente pela qual as mensagens são transmitidas. Os protocolos da camada de aplicação são utilizados para troca de dados entre programas executados nos hosts de origem e de destino. Há muitos protocolos da camada de Aplicação e outros novos estão em desenvolvimento. 2B.1 Modelo OSI e TCP/IP: * Camada 7, 6 e 5 (OSI) = Camada 4 (TCP/IP) Isso se deve, pois muitas aplicações não precisam das funções das camadas 6 (apresentação) e 5 (sessão) do modelo OSI. – Camada de Apresentação: basicamente tem a função de realizar a criptografia e compactação dos dados quando necessário; – Camada de Sessão : Como o próprio nome diz, esta camada lida com a troca de informações para iniciar diálogos, mantê-los ativos e reiniciar sessões interrompidas ou ociosas por um longo período. 2B.1.1 Protocolos e Serviços da Camada de Aplicação mais Conhecidos • e-mail (SMTP, POP, IMAP). • web (HTTP) • acesso remoto (TELNET, SSH) • serviço de resolução de nomes (DNS) • transferência de arquivos (FTP) • configuração automática de hosts (DHCP) Os protocolos do modelo TCP/IP são definidos por Requests for Comments (RFCs). A Internet Engineering Task Force (IETF) define e mantém as RFCs como padrão para o TCP/IP. 2B.1.2 Aplicações e Serviços Um programa em execução é um processo. Há duas formas de processos que acessar a rede: → Aplicação – software que envia dados diretamente via rede e interage com o usuário final. Ex: aplicação de e-mail, web browser; → Serviço – software que envia dados via rede, mas não interage diretamente como usuário final. Um software que interage com o usuário faz uso de seu serviço. Ex: spooling de impressão em rede. 2B.1.3 Funções de Processos da Camada de Aplicação Para que dois processos de aplicação possam se comunicar, estes devem usar o mesmo protocolo. Protocolos especificam o formato das mensagens (sintaxe), isto é como os dados dentro das mensagens são estruturados, assim como os tipos de mensagens enviados entre origem e destino. Tais mensagens podem ser solicitações de serviço, confirmações, mensagens de dados, de status ou de erro. 2B.1.4 Papéis dos processos Modelo cliente/servidor, o dispositivo que solicita as informações é chamado de cliente, e o que responde à solicitação é chamado de servidor. – Cliente – requisita serviços, – Servidor – provê serviços. Geralmente provê serviços para vários clientes. – Upload x Download – download, quando os dados fluem do servidor para o cliente, upload é o contrário. Modelo Peer-to-Peer (P2P) ou Não hierárquico: neste modelo não existe um processo cliente ou um processo servidor, ambos são ditos pares ou peers. Assim pode- se ter tanto uma rede não hierárquica como aplicações não hierárquicas: – Redes não hierárquicas: quando não existe um servidor (computador) dedicado provendo serviços. Um mesmo computador pode assumir o papel de servidor, assim como de cliente ao mesmo tempo; Vantagem: é mais escalável, desvantagem: segurança é mais difícil de ser aplicada, assim como a administração não é centralizada; – Aplicações não hierárquicas: processos são considerados iguais (pares) no processo de comunicação, não há papéis clientes e servidores, o papel par tanto requisita como provê serviços; – Aplicações híbridas: cliente/servidor e P2P. Nesse modelo, geralmente, o processo par acessa um servidor de índice para obter a localização de um recurso armazenado em outro par. Ex: Napster, mensagem instantânea. 2B.2 Protocolos da Camada de Aplicação 2B.2.1 DNS Usado para converter nome → endereço IP e vice-versa. Nas redes os dispositivos são endereçados por números, mas para nós humanos é mais fácil associar (lembrar) nomes. Serviço que é usado geralmente por outras aplicações e não pelo usuário final. Usuário final, pode interagir diretamente com o serviço de DNS caso queira, usando a ferramenta NSLOOKUP. * Porta padrão 53. O DNS mantém uma tabela com vários tipos de registro de recursos (RR): • A – nome e endereço do dispositivo final; • NS – servidor de nomes do domínio; • CNAME – apelido para registro do tipo A; • MX – indica o servidor de correio para o domínio. Quando um cliente solicita ao servidor de DNS a resolução de um nome, este verifica se existe aquele registro na sua tabela de registros, se não existir pergunta para outros servidores de DNS conectados a Internet. O cache em um DNS é um modo de evitar uso desnecessário da Internet, o servidor de DNS mantém um cache interno (neste caso o servidor responde sem autoridade sobre o domínio). • host.subdomínio.domínio – padrão usado para se nomear um determinado recurso ◦ host – indica o nome do host em determinado domínio • Sistema de nomes de domínio ◦ Estrutura hierárquica, baseado no modelo de árvore invertida. ◦ No topo estão os root servers (13 principais), replicados ao redor do mundo: ▪ No Brasil há várias réplicas (SP, PR, SC, RS, CE, MG, SE, PB, RJ, DF, etc.) ▪ Acessar www.root-servers.org para ver mapa atualizado ◦ Abaixo dos servidores rais estão só Top Level Domains (TLD) ou servidores de nível superior. São divididos em dois tipos: ▪ organizacionais (com, org, edu, gov) ▪ geográficos (br, fr, jp, au, it...) ◦ Abaixo dos TLD estão os servidores locais (oficiais) de cada sub-domínio – respondem com autoridade • Funcionamento geral do DNS ◦ Cliente quer IP para palmas.ifpr.edu.br ◦ Cliente consulta um servidor raiz para encontrar um servidor TLD de .br ◦ Cliente consulta servidor .br para obter o servidor DNS para o domínio edu.br ◦ Cliente consulta servidor .edu.br para obter servidor DNS para o domínio ifpr.edu.br ◦ Cliente consulta servidor .ifpr.edu.br para obter servidor DNS para o domínio palmas.utfpr.edu.br ◦ Cliente consulta servidor do domínio palmas.utfpr.edu.br para obter endereço IP do host palmas 2B.2.2 Web e HTTP Navegadores Web são as aplicações cliente que são usadas para se conectar à World Wide Web e acessar recursos armazenados em um servidor Web. O protocolo HTTP é usado para que tanto um browser quanto servidores web se entendam. Para acessar uma página, deve-se informar a URL dessa página. A URL é formada por três partes: ◦ o protocolo, que indica qual protocolo da camada da aplicação está sendo utilizado; ◦ endereço (nome do host) ◦ caminho (localização) do recurso no host • Por exemplo, a URL: http://palmas.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2012/02/SI.pdf ◦ protocolo = http ◦ endereço = palmas.ifpr.edu.br ◦ caminho = /wp-content/uploads/2012/02/SI.pdf • Porta padrão: 80 • Porta padrão para HTTP criptografado – HTTPS = 443 " " com edu gov org gb mit berkley br com utfpr • Requisições: mensagens enviadas do cliente para o servidor ◦ GET, POST, HEAD • Resposta: mensagem enviada do servidor para o cliente ◦ Código de Status – Descrição do status ◦ 200 OK ◦ 304 Not Modified ◦ 404 Not Found 2B.2.3 Serviços de e-mail • Composto por três aplicações: ◦ MUA – Mail User Agent ◦ MTA – Mail Transfer Agent ◦ MDA – Mail Delivery Agent • Três protocolos de email: ◦ SMTP/SMTPS ▪ porta padrão: 25/465 (segura) ◦ POP/POPS ▪ porta padrão:110/995(segura) ◦ IMAP/IMAPS ▪ porta padrão:143/993(segura) 2B.2.4 FTP (File Transfer Protocolo) – Serviço de Transferência de Arquivos Duas conexões: ◦ Controle: porta 21 (usada para envio dos comandos) ▪ A conexãoinicial é feita pepla porta de controle ◦ Dados: porta 20 (usada para transferência de arquivos) • Requisições: depois de conectado podem ser feitas requisições para o serviço, enviadas em texto ASCII pela conexão de controle, exemplos: ▪ user username: identificar o usuário ▪ ls: listar conteúdo de um diretório ▪ cd diretório: trocar de diretório ▪ put arquivo: enviar (upload) arquivo para servidor ▪ get arquivo: baixar (download) arquivo do servidor • Respostas ◦ Código de status e frase (como no HTTP) ▪ 331 Senha requerida para o username ▪ 530 Login incorreto (senha ou usuário inválido) ▪ 503 Usuário já está conectado ▪ 221 Goodbye 2B.2.5 DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) Automatiza o processo de atribuição de endereços IP e outras informações, como: ◦ endereços IP ◦ máscara de rede ◦ rota padrão (gateway) ◦ IP dos servidores DNS • Porta padrão: 67 Para ver as informações que foram atribuídas automaticamente para o seu computador: • No windows: ◦ modo console:ipconfig ou ipconfig/all ◦ modo gráfico: via ícone de conexão • No linux: estão em vários locais... ◦ modo console: ifconfig / cat /etc/resolv.con ◦ modo gráfico: via ícone de conexão * Funcionamento 2B.2.6 SMB (Server Message Block) Serviço de compartilhamento de arquivos/impressoras da Microsoft. Permite o compartilhamento entre máquinas com windows. Semelhante ao FTP, mas somente abre uma única conexão que permanece aberta por longos períodos. * FTP permite compartilhamento de arquivos com diferentes sistemas operacionais * SAMBA: criado por Andrew Tridgell em 1992, de modo a permitir comunicação MS-DOS com Unix. Posteriormente para compartilhar arquivos entre Windows e Linux. 2B.2.7 Serviços P2P e GNUTELA Permite o compartilhamento assim como FTP e SMB, mas não há servidor. Para encontrar um arquivo em algum computador (par), deve fazer solicitar a outros pares se possui o arquivo desejado, aqueles que tiverem informam que tem o arquivo. Na verdade, é feita uma busca por inundação. 2B.2.8 Acesso Remoto Permite acesso a computadores remotos • Modo console (texto): permite a execução de comandos em “linha de comando” no servidor, dois protocolos: ◦ Telnet – sem criptografia / VTY – Terminal Virtual (Porta: 23) ◦ SSH – com criptografia (SSH = Secure Shell, Porta: 22) • Modo Gráfico (VNC – Virtual Network Computer): permite acesso a interface gráfica do computador usuário. Usa o protocolo proprietário. Porta: 5900. Atividades: • Roteiro de Laboratório 3 (em sala): Iniciação com Wireshark; • Roteiro de Laboratório 4 (em sala): Atividade no Packet Tracer, funcionamento do HTTP e DNS.
Compartilhar