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VADE-MÉCUM PARA PESQUISA E REDAÇÃO EM FILOSOFIA E TEOLOGIA

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VADE-MÉCUM PARA PESQUISA E REDAÇÃO 
EM FILOSOFIA E TEOLOGIA 
 
FAJE - FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA 
Belo Horizonte 
2012 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO 4 
1 NOÇÕES GERAIS 4 
1.1 Trabalho acadêmico 4 
1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos 4 
1.2.1 Trabalhos de aula 4 
1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese 4 
1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica 4 
1.2.4 Artigo científico 4 
1.2.5 Recensão/resenha 5 
2 MONTANDO A PESQUISA 5 
2.1 Primeiros passos 5 
2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa 5 
2.1.2 Reconhecimento do campo científico 5 
2.1.3 Tipo de pesquisa 6 
2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento 6 
2.2.1 Como pesquisar 7 
2.2.2 Como ler 7 
2.2.3 Como registrar (fichamento) 7 
2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica 8 
2.3.1 Problema e hipótese 8 
2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura 8 
2.3.3 Análise 8 
2.4.4 Síntese 9 
2.4.5 Conclusão do trabalho 9 
2.4.6 Metatextos 9 
3 A REDAÇÃO 9 
3.1 Linguagem e estilo 9 
2 
 
3.1.1 Estilo sóbrio e direto 9 
3.1.2 Verbos 10 
3.1.3 Pronomes 11 
3.1.4 Pontuação 11 
3.1.5 Outras observações 12 
3.2 Citações 12 
3.2.1 Noções gerais 12 
3.2.2 Citação direta e indireta 12 
3.3 Notas diversas e anotações de fonte 13 
3.3.1 Notas explicativas, remissivas e bibliográficas 13 
3.3.2 A anotação de fonte bibliográfica 13 
4 A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 16 
4.1 Elementos da referência em geral 16 
4.1.1 Autoria 16 
4.1.2 Título 18 
4.1.3 Edição 18 
4.1.4 Imprenta (dados referentes à impressão) 18 
4.2 Casos específicos 19 
4.2.1 Referência de livros 19 
4.2.2 Referência de partes de livros 20 
4.2.3 Referência de verbetes de dicionários 21 
4.2.4 Referência de periódicos, coleções etc. 21 
4.2.5 Referência de artigos de revista 21 
4.2.6 Referência de artigos ou cadernos de jornais 21 
4.2.7 Referência de trabalhos não publicados 22 
4.2.8 Referência de fontes informáticas 22 
4.2.9 Referência de recensão 22 
4.3 A Referência Bibliográfica final 23 
5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 23 
5.1 Texto padrão: diagramação e disposição 23 
5.2 Trabalhos de aula 24 
5.3 Projetos para trabalhos de conclusão 24 
5.3.1 Projetos de pesquisa na Graduação 24 
5.3.2 Projetos de pesquisa na Pós-Gradução 25 
5.4 Trabalhos de conclusão 26 
3 
 
5.4.1 Monografia de Bacharelado 26 
5.4.2 Dissertação de Mestrado e tese de Doutorado 26 
5.4.3 Excerto de Tese 30 
6 OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS 31 
6.1 Artigo científico 31 
6.2 Recensão ou resenha 32 
6.3 Nota ou resumo bibliográfico, boletim bibliográfico 33 
6.4 Conferências, palestras e debates 33 
6.4.1 Orientações gerais 33 
6.4.2 Uso da tecnologia audiovisual 34 
6.4.3 Roteiro para um bom debate 34 
ANEXO I - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INDIVIDUAIS ANALISADAS 36 
ANEXO II – REFERÊNCIA (LISTA) BIBLIOGRÁFICA ALFABÉTICA E 
ABREVIATURAS 38 
ANEXO III- EXEMPLOS DE FICHAMENTO 41 
ANEXO IV - PÁGINA DE TEXTO NORMAL 42 
ANEXO V - PÁGINA COM TÍTULO DE CAPÍTULO 43 
ANEXO VI - FOLHA DE ROSTO PARA PROJETOS 44 
ANEXO VII - FOLHA DE ROSTO PARA TRABALHOS DE CONCLUSÃO 45 
ANEXO VIII - CAPA DE DISSERTAÇÃO OU TESE 46 
ANEXO IX - CAPA E FOLHA DE ROSTO DE EXCERTO 47 
ANEXO X - EXEMPLO DE ARTIGO ACADÊMICO 48 
ANEXO XI - EXEMPLO DE RESENHA 51 
ANEXO XII – ABREVIATURAS DOS MESES EM DIVERSOS IDIOMAS 52 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 53 
Outras obras aconselhadas 53 
 
 
4 
 
 
APRESENTAÇÃO 
O presente subsídio tem, principalmente, dupla finalidade: orientar os alunos para a pesquisa 
e redação científicas (#1-4) e oferecer orientações para os trabalhos de aula e de conclusão de 
curso (#5). Outras produções acadêmicas são tratadas de modo suplementar (#6). 
O subsídio, aberto a atualização, está sob a responsabilidade do Serviço de Orientação 
Metodológica, que atende discentes e docentes na Biblioteca da FAJE. 
1 NOÇÕES GERAIS 
1.1 Trabalho acadêmico 
O trabalho acadêmico é a apresentação escrita de um estudo ou pesquisa em determinado área 
acadêmica, para fins escolares e/ou de publicação cientifica. Executado num espírito de 
honestidade, responsabilidade e humildade, caracteriza-se pelo rigor da pesquisa relativa a um 
assunto devidamente delimitado e pela adequação e exatidão da apresentação. 
1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos 
1.2.1 Trabalhos de aula 
São os trabalhos exigidos pelos professores em margem das disciplinas lecionadas. As 
exigências específicas de cada trabalho dependem de sua natureza e devem ser indicadas pelo 
professor. 
1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese 
Para a conclusão do Bacharelado exige-se uma monografia visando à compreensão e 
exposição científica de determinado tópico do campo de pesquisa. 
A dissertação, exigida para a obtenção do Mestrado a fim de mostrar a capacidade didática, 
intenta um tratamento sistemático do assunto, sem ser exaustivo, nem visar a uma 
contribuição original. 
Já a tese, exigência para o Doutorado, procura tratar o assunto – devidamente delimitado – 
com relativa exaustividade e oferecer alguma contribuição para o progresso do saber no 
respectivo campo. 
1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica 
Os trabalhos de Iniciação à Pesquisa Científica dependem das orientações específicas 
fornecidas pela Instância responsável. Suas características são, mutatis mutandis, semelhantes 
às da monografia de Bacharelado. 
1.2.4 Artigo científico 
O artigo científico ou acadêmico, publicado em periódico especializado, apresenta dados 
referentes a um projeto de pesquisa dentro de uma área de conhecimento específica. Como, 
normalmente, os conteúdos ainda se encontram em fase de pesquisa ou discussão, não são 
publicados em livro, nem manualizados. 
5 
 
1.2.5 Recensão/resenha 
A resenha ou recensão é a apresentação critica de nova publicação para informação da 
comunidade acadêmica. 
2 MONTANDO A PESQUISA 
A pesquisa acadêmica deve estar alicerçada num projeto, que define o tema a ser tratado e o 
modo de executar a pesquisa e a redação. No caso dos trabalhos de conclusão de curso e de 
iniciação científica, o projeto deve ser aprovado pela instância acadêmica competente. 
A pesquisa inicia-se com a elaboração do projeto (#5.3), o qual, para ser realista, deve mostrar 
conhecimento exploratório dos aspectos essenciais do tema e das principais fontes utilizáveis. 
Aprovado o projeto, a pesquisa será completada. 
Os primeiros passos da pesquisa são a delimitação do tema e a heurística, ou seja, a 
identificação e localização das fontes para a pesquisa. 
2.1 Primeiros passos 
2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa 
É preciso definir claramente o objeto da pesquisa. A percepção inicial do problema ou da 
hipótese a ser (des)verificada deve estar presente desde o encaminhamento do projeto. No 
termo do trabalho, não importa chegar a uma solução definitiva; importa a cientificidade do 
procedimento pelo qual se chega ao resultado, que poderá ser positivo, negativo ou aberto. 
O tema deve ser monográfico, ou seja, tratar de um único assunto, bem delimitado, sob um 
ângulo específico. Normalmente escolhe-se como assunto específico um único tema numa 
única fonte (obra autoral ou documento) ou âmbito (determinado período ou espaço cultural), 
tendo como pano de fundo um horizonte mais amplo, que não é tematizado ou focalizado 
especificamente. O tema poderá receber adequações no decorrer da elaboração. 
A delimitação se faz: 
 pelo tema: 
o o objeto material (o assunto que se vai examinar): por exemplo, ―a consciência 
de Cristo‖; 
o o objeto formal (o ângulo sob o qual se pretende examiná-lo): ―à luz dasprofecias‖; 
 pelas fontes: limitando-se à obra de um determinado autor ou a um determinado período 
ou ambiente: ―na obra do segundo Schillebeeckx‖. 
2.1.2 Reconhecimento do campo científico 
Para se ter uma ideia do que é relevante em determinado campo científico, consultem-se as 
obras introdutórias gerais, as sínteses (muitas vezes artigos de revista científica ou de 
enciclopédia), as obras de divulgação de boa qualidade, ou ainda, os manuais didáticos 
adequados para o estudo planejado. 
Convém iniciar pelos correspondentes verbetes dos grandes dicionários, que, via de regra, 
indicam a bibliografia fundamental. Consultem-se também as publicações periódicas, 
especialmente os boletins bibliográficos, referentes ao campo da pesquisa. 
Utilizem-se os catálogos da Biblioteca da FAJE e de outras bibliotecas acessíveis on-line. 
6 
 
2.1.3 Tipo de pesquisa 
É preciso ter uma ideia do(s) tipo(s) de pesquisa que o objeto visado e o método aplicado 
supõem, por exemplo: 
 bibliográfica (literária): investiga obras escritas acerca do assunto; 
 de campo: coleciona informações por observação direta e cientificamente organizada do 
objeto da pesquisa (pessoas, comunidades, costumes...), mediante entrevistas, 
questionários, estatísticas, reportagens etc. 
 histórica (lançando mão dos métodos histórico-científicos); 
 arqueológica, de vestígios ―mudos‖ (ruínas, paisagens, monumentos...); 
 arquivística ou documental (documentos etc.); 
 experimental: organiza experimentos repetíveis e quantificáveis (sobretudo nas ciências 
física, biológica etc.); 
2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento 
A heurística (do grego heuriskein = ―encontrar‖) significa a atividade de situar e abordar as 
fontes de informação/documentação necessárias para a pesquisa que se pretende. 
Depois do reconhecimento geral mencionado acima (#2.1.2), e tendo uma primeira ideia das 
fontes de documentação e do tipo de pesquisa a ser executada (#2.1.3), estreita-se o ―zoom‖ 
sobre o tema específico. Para tanto consultem-se: 
 o catálogo de assuntos na biblioteca (catálogo geral e indexação de revistas); 
 verbetes correspondentes dos dicionários/enciclopédias; 
 a internet, usada com senso crítico. 
Tendo base suficiente para a pesquisa e o recolhimento de dados, passa-se à consulta das 
fontes e a anotação de dados ou de observações em fichas ou em documentos eletrônicos (cf. 
Anexo III): 
 Fichamento bibliográfico. Constitua-se um catálogo bibliográfico (em fichas ou no 
meio eletrônico), no qual se registra a referência completa dos documentos utilizados 
na pesquisa. Este fichário deve acompanhar o trabalho do início ao fim e ser 
atualizado regularmente. 
 Fichamento de resumos. Para se lembrar da exposição geral de livros ou artigos convém 
anotar o resumo ou síntese, acompanhado de destaques ou comentários. 
 Fichamento de dados analíticos e de citações. Anotem-se os dados relevantes em fichas 
ou anotações electrônicas, que podem conter citações formais ou resumos de 
informações encontradas. Junto aos dados encontrados deve figurar a referência 
suficiente das fontes para poder revisitá-las (no caso de livros e artigos, a referência 
bibliográfica abreviada e, se for o caso, o código de localização na biblioteca 
frequentada ou no meio eletrônico). 
 Fichamento de ideias pessoais. Do mesmo modo como se recolhem informações de 
fontes (cf. acima, 3) podem-se anotar em fichas ou em itens eletrônicos ideias pessoais 
que virão a ser relevantes na hora da redação da pesquisa. 
7 
 
2.2.1 Como pesquisar 
 Pesquisa manual: ver o que outras bibliografias básicas indicam, em verbetes de 
dicionários, vocabulários (ou léxicos), enciclopédias e bibliografias (ou repertórios 
bibliográficos), em autores significativos. 
 Pesquisa eletrônica em vários momentos e locais: biblioteca local, bibliotecas na 
internet
1
. 
 Seleção dos títulos, segundo os seguintes critérios: 
o obras que aparecem com mais frequência nas diversas bibliografias; 
o obras indicadas pelo orientador, por professores etc.; 
o percepção pessoal, com base numa primeira leitura sobre o tema. 
2.2.2 Como ler 
Pode-se ler bem ou ler mal. O que mais contribui para ler mal é a lei do menor esforço e os 
vícios de leitura
2
. A leitura boa supõe a mente descansada e o corpo concentrado. 
Ordem de leitura: iniciar por obras gerais e comentários às fontes, ir do geral para o 
específico
3
. 
Níveis de leitura: 
a) Leitura de superfície: para ter uma ideia geral do texto. 
b) Leitura temática: em função dos temas relevantes para a pesquisa. 
2.2.3 Como registrar (fichamento) 
A anotação do que se lê é de extrema importância para ter a memória escrita do que, nas 
fontes consultadas, é relevante. Coloquem-se por escrito os pontos principais do que se lê na 
pesquisa bibliográfica, porque não se pode confiar somente na memória e porque o próprio 
ato de anotar ajuda a memória. 
A leitura não tem valor para a pesquisa se não se traduzir em documentação pessoal, como 
recursos escritos facilmente consultáveis. 
Anota-se o estritamente necessário e de interesse à pesquisa. 
a) Detecção do material relevante: 
- Ao longo da leitura de um texto, anotam-se rapidamente os temas de interesse, com as 
respectivas páginas do material consultado. Ao usar material que não lhe pertence, faça 
fotocópias das páginas que deseja marcar. 
- Depois de ler todo o texto, passe os trechos selecionados para papel ou meio eletrônico. 
Desaconselha-se tomar notas em caderno, pois não poderão ser reorganizadas posteriormente. 
b) Passagem do material para fichas de papel. 
- No cabeçalho: assunto, autor, título, página, editora e data. 
- A anotação pode ser um resumo ou a transcrição do texto. 
 
1
 Cf. capítulo 8 de TACHIZAWA; MENDES, Como fazer monografia na prática. 
2
 Cf. a interessante tabela comparativa em CHAVES, Projeto de pesquisa, p. 38-39. 
3
 BASTOS; KELLER, Aprendendo a aprender, p. 64 
8 
 
- Exemplos: cf. Anexo III. 
- Para maior facilidade de manuseio, usa-se sempre o mesmo tamanho de ficha (comprada 
pronta), escreve-se só numa face, arquiva-se numa caixa apropriada. 
c) Passagem do material ao computador: 
- Microsoft One Note (aplicativo do pacote Office, frequentemente não instalado pelo 
usuário). É ferramenta para anotações e coleta de informações. 
- Outros aplicativos: Word, Excel, etc. 
d) Colagem do material em folhas sinóticas: 
- Faz-se fotocópia das páginas do livro com textos selecionados. 
- Ao lado de cada trecho selecionado, escreve-se o número da página. 
- Recorta-se cada trecho selecionado, que são espalhados pela mesa. 
- Faz-se a agrupação dos pedaços por assunto, independentemente da página de cada um. 
- Os pedaços, agrupados por assunto, são colados em folha A4, que tem na primeira página a 
referência completa da obra. 
2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica 
Quando a pesquisa alcança um nível satisfatório para se ter uma ideia do que colocar no 
trabalho, pode-se iniciar a elaboração, tendo consciência, porém, do surgimento de novos 
elementos (dados, percepções) que exigirão remanejamentos e atualizações. Os diversos 
momentos descritos aqui segundo a ordem lógica da elaboração podem sobrepor-se 
parcialmente. 
2.3.1 Problema e hipótese 
“O que quero mostrar?” – O primeiro elemento a ser elaborado é a formulação do objetivo, 
que será, essencialmente, uma pergunta a ser respondida ou uma hipótese a ser verificada ou 
―desverificada‖. No início da pesquisa, é preciso ―problematizar‖, expressar bem o problema 
de que se trata, a partir da percepção inicial e de certa intuição da resposta ou do resultado. 
Tal perguntaou hipótese ganhará contornos mais claros ao longo da pesquisa. 
2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura 
“O que se está dizendo sobre o assunto?” – Tendo uma visão clara do objeto da pesquisa, é 
importante verificar o estado da questão, ou seja, a situação do debate no momento atual, para 
não passar ao lado de importantes estudos já realizados ou formular conclusões que já 
invalidadas. Tal estado da questão se baseia normalmente nas obras de reconhecida 
importância da atualidade e nas produções parciais (artigos etc.) dos anos recentes, 
apresentados em ordem cronológica ou temática (revisão de literatura). 
2.3.3 Análise 
“Que elementos devem ser analisados?” – Na análise, os elementos observados na pesquisa 
são separados (―isolados‖) para serem observados individualmente (assim como, para estudar 
uma doença, é preciso isolar o vírus e estudar seu comportamento). Ultimamente fala-se em 
―desconstrução‖, isto é, tirar os elementos fora de seu quadro costumeiro de interpretação, 
para integrá-los num novo quadro de compreensão. 
9 
 
2.4.4 Síntese 
“O que devo guardar disso e como articulá-lo numa unidade?” – Depois da análise, 
organizam-se os elementos que contribuem para a questão ou hipótese proposta, segundo as 
relações lógicas que conduzem à confirmação ou invalidação. 
2.4.5 Conclusão do trabalho 
“Que posso responder à pergunta inicial?” – A conclusão da pesquisa deve corresponder ao 
problema ou à hipótese iniciais: deve ser a resposta ao problema ou a verificação da hipótese, 
ou então, a constatação da impossibilidade de tal resposta ou verificação. Também o resultado 
negativo ou aberto é um resultado que contribui para o progresso do saber. 
2.4.6 Metatextos 
Na redação final, os diversos elementos são interligados por metatextos (textos sobre o texto) 
que explicam, no início e no fim de cada secção primária (capítulo), a concatenação do 
argumento. 
A introdução do trabalho é um metatexto que explica a delimitação do assunto, diz de que se 
quer falar e de que não, mostra os passos do caminho. Como só quem já os percorreu sabe 
mostrar os passos, a Introdução se escreve por último, formulando a pergunta ou hipótese de 
partida nos mesmos termos em que é tratada na Conclusão e anunciando o resultado da 
pesquisa. 
O texto da defesa de dissertação ou tese poderá ser baseado na Introdução/Conclusão, com o 
cuidado de tornar o tema acessível para a assistência que não leu o trabalho. 
3 A REDAÇÃO 
3.1 Linguagem e estilo 
Frequentes são os vícios quanto à compreensão (falta de clareza, pleonasmo, construção 
confusa ou híbrida), quanto à estética (vocabulário e fraseologia desajeitados) e quanto à 
economia (desperdício de palavras, falta de objetividade). Por isso, mesmo o autor treinado 
tenha sempre à disposição, na mesa ou no computador, gramática e dicionário atualizados e 
consulte-os. 
3.1.1 Estilo sóbrio e direto 
A linguagem do texto acadêmico ou científico não é a coloquial, nem aquela exageradamente 
retórica. Usa um código objetivo e sóbrio. Por isso: 
 Respeite a lei da economia. Crie frases curtas ou períodos simples (prótase e apódose 
simples), usando conjunções adequadas para evidenciar a conexão lógica. 
 Evite: pleonasmos e repetições (a não ser para enfatizar); afirmações óbvias, que 
―chovem no molhado‖; circunlocuções e conectivos expletivos (―Assim sendo‖, 
―Evidentemente‖...); enchimentos (em vez de dizer ―Para começar, quero explicar que 
...‖, explique logo! Evite os ―possamos‖, ―saibamos‖ etc.); adjetivos, artigos e 
pronomes inúteis (―Eu levantei a minha mão‖ => ―Levantei a mão‖; ―Um certo 
homem‖ => ―Certo homem‖); uso indevido de formas perifrásticas (―estaremos 
fazendo‖ => ―faremos‖; ―vamos ver‖ => ―veremos‖). 
 Use termos concisos e certeiros, o que não exclui o uso de sinônimos, para evitar a 
monotonia e enriquecer a semântica dos conceitos recorrentes. 
10 
 
 Prefira a voz ativa à passiva: ―Este texto foi estudado pelos biblistas‖ => ―Os biblistas 
estudaram...‖. 
3.1.2 Verbos 
 Evite erros de concordância de gênero, de número ou de modo e tempo verbal. Em caso 
de dúvida sobre a regência (regime) de verbos, substantivos e adjetivos, consulte os 
dicionários adequados
4
. 
 Evite regências contaminadas, por exemplo, juntando o mesmo complemento a dois 
verbos de regência diferente (―Ele desconfiou e ao mesmo tempo confiou nele‖ => 
―Ele desconfiou dele e, ao mesmo tempo, confiou nele‖). 
 Ênclise e próclise. O pronome oblíquo, normalmente, segue depois do verbo (uso 
enclítico: ―O gato espreguiça-se no sofá‖). Quando, porém, há partículas atraindo o 
pronome oblíquo, como em frases subordinadas ou negativas, o pronome precede o 
verbo (uso proclítico: ―Não se faz isso‖; ―O vento que se abateu sobre a aldeia 
destruiu tudo‖; ―O marido, quando se levanta, vai tomar café‖), a não ser que algum 
elemento separe consideravelmente o sujeito e o verbo. 
 Evite a próclise em construções com infinitivo ou gerúndio (―No afã de consegui-lo‖, 
não: ―de o conseguir‖; ―Continuou amando-a‖, não: ―a amando‖) 
 Não se inicia a frase com o pronome oblíquo, especialmente o da 3ª pessoa (―se‖), que 
se pode confundir com a conjunção condicional ―se‖. Pode-se, porém, escrever: ―Se se 
pensa nas consequências...‖, porque, neste caso, o ―se‖ inicial não é o pronome, mas a 
conjunção da frase subordinada (que atrai o pronome). 
 Uso e limites da forma impessoal. Nos trabalhos acadêmicos, no Brasil, é praxe o autor 
não se expressar na 1ª pessoa do singular; usa-se a forma impessoal (―Percebe-se 
que...‖). Verbos reflexivos não podem ser usados no impessoal passivo; nesse caso 
prefira-se a 1ª pessoa do plural (não: ―Nesta parte debruça-se sobre ...‖, mas: ―Nesta 
parte, debruçamo-nos sobre ...‖)5 ou procure-se expressão equivalente (―Esta parte 
focaliza ...‖). 
 O verbo propriamente impessoal está sempre na terceira pessoa do singular: ―houve 
(não: houveram) sete pessoas‖, ―faz (não: fazem) vinte anos que não o vejo‖. Observe: 
―há três dias‖ refere-se aos dias passados, ―a três dias (daqui)‖ refere-se aos dias por 
vir. 
 Uso impessoal de ―tratar-se‖. Não escreva: ―O presente capítulo trata-se de ...‖, pois o 
capítulo não se trata de doença alguma... a não ser da falta de conhecimento 
gramatical! O certo é: ―No presente capítulo trata-se de ...‖ (uso impessoal). Dica: ao 
usar ―tratar-se‖, pense em ―falar-se‖: ―Neste texto fala-se/trata-se de...‖. E lembre-se 
desta: ―O manual de medicina trata da gripe, o médico trata a gripe, minha irmã trata-
se da gripe‖. Ou ainda: ―Em se tratando de ‗tratar-se‘, trate de evitar esse verbo‖... 
tente um sinônimo. 
 O mineirês economiza descabidamente o pronome reflexivo (―eu assustei‖ em vez de 
―eu me assustei‖); ou então, por hipercorreção, insere-o onde não convém (p.ex., ―As 
pessoas sobem à serra para se ver o vale‖ => ―para ver o vale‖. 
 
4
 Além dos grandes dicionários Houaiss e Caldas-Aulete, os clássicos de Francisco Fernandes: Dicionário de 
Regimes de Substantivos e Adjetivos e Dicionário de Verbos e Regimes. 
5
 É perfeitamente válido usar a 1ª pessoa do plural, que, além de elegante, implica o leitor (―Tendo examinado x, 
analisaremos agora y...‖). 
11 
 
 Não use indevidamente o infinitivo pessoal; se fica claro quem é o sujeito do infinitivo, 
prefira o simples (―Eles se dispuseram a brigarem‖ => ―a brigar‖). 
3.1.3 Pronomes 
 Pronomes demonstrativos. Evite a inflação do pronome ―esse‖. Distinga os pronomes 
demonstrativos pela seguinte regra de mão: ―Este aqui, esse aí, aquele lá‖: 
o ―este‖: próximo, presente ou por vir, com certa ênfase. ―Neste parágrafo 
falamos do assunto central‖; 
o ―esse‖: pode-se apontar com o dedo, a certa distância, recém mencionado,porém já não presente. ―Nesses anos éramos levianos‖; 
o ―aquele‖: o que está bem longe (no espaço ou no tempo, passado ou futuro), 
antípoda de ―este‖. ―Naquele tempo foi criado o universo‖, ―Naqueles dias, os 
astros desabarão sobre a terra‖. 
 Não é preciso explicitar sempre o sujeito do verbo pelo pronome; o verbo português 
pode implicar o sujeito: ―João foi à praça. Comprou um salame.‖ 
 ―Ele mesmo/si mesmo‖. Com sujeito pessoal usa-se ele mesmo/ela mesma quando é 
sujeito do verbo ou aposto, e si mesmo/si mesma quando é objeto (direto ou indireto) 
do verbo: ―Davi não construiu o templo ele mesmo‖, ―Maria é ela mesma‖, ―Ele se 
engana a si mesmo‖. Quando o sujeito é impessoal, usa-se si mesmo: ―Importa ser si 
mesmo‖. 
 Use o pronome relativo-genitivo ―cujo(a/os/as)‖ com a flexão certa, isto é, regido pelo 
substantivo que determina: ―Os habitantes de Atenas, cuja origem se perde no tempo e 
cujos ancestrais eram áticos‖. 
3.1.4 Pontuação 
 A vírgula serve para evidenciar a construção da frase, mas não deve ser multiplicada a 
ponto de tornar o texto pesado. A hipercorreção que multiplica A multiplicação 
indevida das vírgulas (muitas vezes por hipercorreção ou incompreensão) atravanca o 
texto. Em caso de dúvida, não use vírgula: parecerá distração — já uma vírgula fora 
de lugar parecerá erro. 
 Não separe o sujeito do verbo numa frase em ordem direta (não invertida ou enfática); 
não use vírgula depois da conjunção ―mas‖ (a não ser para enfatizar). 
 Proposições coordenadas ligadas por ―e‖: 
o não são separadas por vírgula quando o sujeito continua o mesmo, a não ser 
que a primeira frase seja muito comprida; 
o quando, porém, há troca de sujeito, insira-se vírgula antes da conjunção ―e‖: 
―Ele foi embora para jogar futebol, e ela ficou onde estava‖. 
 Advérbios e adjuntos adverbiais podem, para clareza, ser separados por vírgulas (antes e 
depois). Contudo, não se separe por vírgulas um advérbio que qualifica 
especificamente um substantivo ou adjetivo adjacente (ex.: ―um templo 
esplendorosamente decorado‖ – não: ―um templo, esplendorosamente, decorado‖). 
 Proposições subordinadas relativas: 
o são precedidas de vírgula quando descritivas (acrescentam ao antecedente uma 
qualificação que não modifica o sentido da frase principal): ―O capitão, que era 
míope, mandou atirar no alvo errado‖; 
o não são precedidas de vírgula quando restritivas (restringem a extensão do 
antecedente): ―Os militares que são míopes devem ir para a reserva‖ (a frase se 
12 
 
restringe aos militares míopes; se se escrevesse: ―Os militares, que são 
míopes‖, estar-se-ia dizendo que todos os militares são míopes!). 
3.1.5 Outras observações 
 ―Pois‖, no sentido causal (= ―porque‖), abre a proposição subordinada e não é seguido 
de vírgula: ―Reinava silêncio, pois Fulano se calara‖. No sentido consecutivo (= 
―portanto‖), não encabeça a proposição e vem entre vírgulas: ―Fulano calou-se. 
Reinava, pois, um silêncio mortal‖. 
3.2 Citações 
3.2.1 Noções gerais 
Considera-se citação o uso de textos de outra autoria que não a própria, exceto expressões da 
cultura geral (provérbios etc.). Para que possa ser verificada, mediante pesquisa bibliográfica 
e de modo inconfundível, a proveniência, a autenticidade e a exatidão da citação, deve estar 
acompanhada de uma anotação de fonte (#3.3.2). 
Distingam-se: 
 citação: (parte de) outro documento copiado(a) no seu trabalho, de modo direto/ formal 
ou indireto/ informal (livre); 
 anotação de fonte6: informação (integrada no texto ou apresentada em nota) da fonte 
(documento) do qual a citação foi copiada e que vem identificada na referência; 
 referência bibliográfica (#4): identificação exata e inconfundível dos documentos 
referenciados no trabalho. 
3.2.2 Citação direta e indireta 
a) A citação direta (formal/literal) reproduz o texto citado tal qual. Distingam-se: 
 citação breve (até aprox. 3 linhas ou uma frase): no texto, entre aspas duplas (as aspas 
duplas que eventualmente ocorrerem dentro da citação são substituídas por aspas 
simples). 
 citação longa (mais de uma frase ou mais de 3 linhas): reproduzida em parágrafo 
recolhido (letra tipo 10 e margem a 4 cm da margem principal, sem recuo na primeira 
linha; #5.1), não incluída entre aspas (as aspas que ocorrerem na citação permanecem 
intocadas). 
Na citação direta, eventuais modificações ou supressões são assinaladas por colchetes [ ]. 
Exemplo: 
 Ao estudar as cartas de Paulo surge a pergunta: 
Que diferença há entre lei e exortação? Lei é a norma a ser seguida e impõe uma 
ordem a ser obedecida [...]. As exortações são formas de orientação e 
aconselhamento. Romanos 12 é um exemplo belíssimo de exortação [...] sobre o 
modo como as pessoas devem comportar-se [...]. (RODRIGUES, 2004, p. 87) 
Não é preciso sinalizar por colchetes a mudança da maiúscula inicial em minúscula em 
consequência da inserção na frase introdutória
7
. O melhor, porém, é formular a frase 
introdutória de tal modo que a citação possa começar sem modificação. 
 
6
 A distinguir das notas explicativas/informativas (#3.3.1). 
7
 Como fazem certas publicações, especialmente anglo-saxônicas. 
13 
 
Se a inserção de uma citação acarretar muitas modificações (mudança de pessoa, conjugação 
do verbo etc.), aconselha-se transformar a maior parte da citação em citação indireta e limitar 
a citação direta ao estritamente necessário. Pode-se também tratar a citação inteira como 
indireta, colocando-se em nota de rodapé aquilo que merece citação literal. 
Para citações de tipo especial (jurídico etc.) consultem-se os manuais de metodologia da área 
específica. 
Normalmente, citações em língua estrangeira aparecerão, no texto do trabalho, em tradução 
(a não ser que se queira mostrar a literalidade do idioma original); acrescente-se à anotação de 
fonte a identificação do tradutor (p.ex.: ―tradução nossa‖). Se desejável, pode-se reproduzir 
em nota explicativa o idioma original. 
b) A citação indireta (informal/livre) parafraseia o texto da fonte. Não exige destaque gráfico 
especial, mas é preciso incluir a anotação da fonte (#3.3.2). 
3.3 Notas diversas e anotações de fonte 
Tratamos aqui das notas explicativas e remissivas (no rodapé), bem como das anotações de 
fonte de citação (no texto ou no rodapé). 
3.3.1 Notas explicativas, remissivas e bibliográficas 
Distinguem-se 
 notas explicativas: explicações que sobrecarregariam o texto, comentários, orientações 
para leitura etc.; 
 notas remissivas, que remetem a outras partes do trabalho; 
 notas bibliográficas ou de anotação de fonte. 
No sistema autor-data de anotação de fonte (#3.3.2.3), em que a anotação está entre 
parênteses no texto, o rodapé fica reservado para as notas explicativas e/ou remissivas. 
No sistema misto (#3.3.2.2), tanto as notas explicativas/remissivas quanto as bibliográficas 
estão no rodapé. Se, na mesma nota, figurarem observações explicativas ou remissivas ao lado 
de uma anotação de fonte, esta estará no início, precedendo as outras informações. 
Todas as notas são numeradas numa seqüência única. A numeração reinicia em cada capítulo 
do texto, o que se faz, automaticamente, pelos correspondentes comandos do programa 
eletrônico. 
3.3.2 A anotação de fonte bibliográfica 
Tanto as citações diretas quanto as indiretas devem ser acompanhadas de uma anotação de 
fonte, que indica o lugar exato de onde provém a citação. Isto se pode fazer de diversas 
maneiras. 
3.3.2.1 Anotação de fonte por meio de sigla ou abreviação 
Fontes primárias e instrumentais (textos-base, S. Escritura ou outras fontes clássicas ou 
institucionais, dicionários, bem como as obras do autor sobre o qual se faza monografia etc.) 
podem ser indicadas, quer na nota de rodapé, quer (preferencialmente) no texto, logo depois 
da citação, entre parênteses ( ), por uma sigla devidamente explicada na lista de abreviações 
antes do sumário. A indicação do trecho citado pode ser pelo verbete, pelo número ou 
parágrafo, pelo capítulo e versículo ou pela página, conforme a natureza da obra citada. 
14 
 
Na lista de abreviações, a sigla deve ser explicada mediante referência reduzida, enquanto na 
referência bibliográfica final deve aparecer a referência integral. 
Exemplos: 
No texto Na lista de abreviações Na referência bibliográfica 
(DHLP, 
―Escatologia‖) 
DHLP = DICIONÁRIO HOUAISS 
da Língua Portuguesa 
DICIONÁRIO HOUAISS da Língua Portuguesa, 
São Paulo: Objetiva, 2004 
(SZ 114) SZ = HEIDEGGER, Sein und Zeit. HEIDEGGER, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: 
Max Niemeyer, 1979. 
(CIC, cân. 2205, § 
1) 
CIC = CÓDIGO de Direito 
Canônico 
CÓDIGO de Direito Canônico. São Paulo: Loyola, 
2001. 
 
Quanto às siglas bíblicas, basta mencionar, no fim da lista de abreviações, a edição bíblica da 
qual foram tomadas as abreviações, se bastante conhecida. Exemplo: 
As abreviações bíblicas são tomadas de: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO 
BRASIL. Bíblia Sagrada: Tradução da CNBB. 8.ed. Brasília: CNBB, 2008. 
3.3.2.2 Anotação de fonte no rodapé (sistema de “notas mistas”) 
As anotações de fonte (prescindindo das mencionadas em #3.3.2.1) podem aparecer em nota 
de rodapé (com a correspondente chamada no texto), inserida sequencialmente entre as outras 
notas de rodapé, que podem ser de natureza diferente; daí o nome de ―notas mistas‖ (#3.3.1). 
É o sistema aconselhado para monografia, dissertação e tese. 
a) Regra geral 
Atrás da citação ou atrás do nome do autor
8
, insira-se a chamada da anotação, em número 
alto/expoente. A nota de rodapé exibirá o mesmo número que a chamada e exibirá a 
referência reduzida, composta do sobrenome do autor (em maiúsculas), da(s) primeira(s) ou 
palavra(s) do título (incluindo o artigo) e da localização da parte citada (página, coluna ou 
outra indicação, segundo a natureza da fonte)
9
. 
3
 VAZ, Escritos de Filosofia I, p. 48. 
2
 KÜNG, Ser cristão, p. 203. 
14
 RAHNER, Schriften VI, p. 45. 
22
 KONINGS, Evangelho seg. João, p. 58-61. 
Fontes primárias ou instrumentais, quando citadas em nota, são identificadas pela sigla 
representada na lista de abreviações (#3.3.2.1). 
b) Repetição por advérbios/locuções adverbiais 
 
8
 Caso ele apareça no texto. Em geral, é preferível colocar a chamada depois da citação. 
9
 Não é necessário que a primeira nota exiba a referência completa da obra, pois esta é facilmente encontrada na 
referência/lista bibliográfica final. 
15 
 
Se há repetição próxima
10
, podem-se utilizar os advérbios ou locuções adverbiais de uso 
tradicional
11
. Observe-se a lógica inerente ao sentido de tais expressões: 
 em relação à referência imediatamente anterior usa-se: ―id.‖ (mesmo autor), ―ibid.‖ 
(mesma obra; sendo a mesma obra, o autor é necessariamente o mesmo, portanto, não 
se usa ―id. ibid.‖); 
 em relação à referência não imediatamente anterior, porém situada na proximidade (no 
mesmo parágrafo), pode-se usar: ―op. cit.‖ (última obra citada do referido autor; o 
nome do autor deve ser repetido). Porém, preferível é repetir a referência reduzida. 
O uso de maiúsculas iniciais depende do lugar na frase: 
 no início da frase: Id. / Op. cit. 
 não no início: Cf. id. / Cf. op. cit. 
 do mesmo modo, em parêntese: (op. cit.). 
3.3.2.3 Anotação de fonte em parêntese (sistema autor-data) 
Segundo este sistema, que é praxe ou até exigência para artigos acadêmicos, insere-se no 
texto, logo depois da citação, entre parênteses ( ), o sobrenome do autor, em maiúsculas, a 
data da obra e a parte citada (com ―p.‖ [página] ou ―c.‖ [coluna]), tudo separado por vírgulas. 
No caso de dois autores da mesma obra, os sobrenomes são separados por ponto-e-vírgula. 
Havendo mais de dois autores, menciona-se apenas o primeiro e acrescenta-se ―et al.‖ (= 
abreviatura de ―et alii‖)12. 
...... (KONINGS, 2005, p. 45). 
...... como se vê.‖ (TABORDA; LIBANIO, 1999, p. 45-47). 
...... e basta!‖ (BARROS et al., 2002, p. 345). 
Se o autor é mencionado no corpo do texto, na proximidade da citação, pode-se colocar a 
anotação logo depois desse nome (grafado em tipo normal), mencionando-se entre parênteses 
apenas data e página. 
Como diz Libanio (2007, p. 99): ―Deus é amor‖. 
―Deus é amor‖, diz Libanio (2007, p. 99). 
Caso haja diversas obras do mesmo autor com o mesmo ano de edição, sejam individuadas 
acrescentando-se ―a‖, ―b‖ etc. 
O sol ―avermelhou‖ (MEIRELLES, 1938a, p. 72), ―roxeou‖ (id., 1938b, p. 32). 
Ocorrendo citações de diversos autores com o mesmo sobrenome, faz-se a distinção 
acrescentando as iniciais do nome, separadas por vírgula: 
..... (SILVA, C., 1987, p. 14) ..... (SILVA, A., 2005, p. 56). 
 
10
 Geralmente, dentro do mesmo parágrafo. Como o texto está exposto a remanejamento, não convém usar este 
recurso para citações afastadas entre si, pois no decorrer do trabalho podem inserir-se outras referências que 
interrompem a repetição. 
11
 A norma da ABNT não usa itálico nas abreviaturas latinas usadas na referência, mas não proíbe que se o faça. 
12
 Evite-se, porém, referenciar coletâneas como um todo e procure-se na medida do possível fazer a referência 
pelo nome do autor da parte específica, para que seja respeitada a propriedade autoral de cada um. 
16 
 
Caso o mesmo autor seja repetido imediatamente depois, seu nome será substituído por ―id.‖ 
(= ―idem‖); se a mesma obra for repetida, nome e data são substituídos por ―ibid.‖ (= 
―ibidem‖). 
Nessa obra, nossa romancista usa a expressão ―se deixou estar‖ (ASSIS, 1899, p. 25), e assim 
também em outro romance: ―Ele se deixou estar‖ (id., 1902, p. 32). Nesta mesma obra ocorre uma 
variante: ―Ele se pôs‖ (ibid., p. 33). 
4 A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
A expressão ―referência bibliográfica‖ pode se referir à obra individual ou, no uso atual, à 
lista de obras citadas no final do trabalho acadêmico (#4.3). 
A referência serve para a identificação inconfundível da fonte da citação. Na lista final das 
referências, tem de aparecer em sua forma essencial integral (não abreviada, como nas 
anotações de fonte). Na forma essencial não se consideram as informações suplementares, 
como título original, tradutor, coleção, tamanho, preço etc., que servem para outros fins
13
. 
O que permite a identificação da anotação de fonte (#3.3.2) com a referência (#4) é a 
―entrada‖, ou seja, a primeira palavra da referência (grafada em maiúsculas) acompanhada de 
um complemento (no sistema autor-data, o ano de publicação; no sistema de referência 
abreviada, as primeiras palavras do título da obra). No sistema de siglas (#3.3.2.1), a 
identificação se faz mediante a lista de siglas e abreviações. 
4.1 Elementos da referência em geral 
4.1.1 Autoria 
4.1.1.1 Autoria pessoal 
No Brasil, a entrada é pelo último sobrenome, seguida de vírgula e os nomes e demais 
sobrenomes. Para o caso de sobrenomes estrangeiros (ou de sobrenomes duplos inseperáveis 
brasileiros) consultem-se os catálogos de autores de cada região
14
. 
VAZ, Henrique C. de Lima. 
MAC DOWELL, João Augusto Anchieta Amazonas. 
Em caso de dúvida insira-se na lista bibliográfica uma remissiva. Exemplo: 
> Se, na lista alfabética, sob a letra C aparece a remissiva: 
CHARDIN, Pierre Teilhard de. Ver TEILHARD 
>> aparecerá sob a letra T a referência integral: 
TEILHARD de Chardin, Pierre. Le milieudivin. [etc.] 
Sobrenomes unidos por hífen (-) ou apóstrofe (‘) não se separam: 
LÉON-DUFOUR, O‘CONNOR, D‘AUBUISSON 
Também neste caso pode ser útil usar remissiva: 
AUBUISSON. Ver D‘AUBUISSON. 
 
13
 Como resenhas, orientações bibliográficas etc. Informações sobre o registro dos elementos suplementares 
encontram-se nas normas da ABNT e nos manuais de redação. 
14
 Disponíveis na Biblioteca. 
17 
 
O nome é transcrito na forma que ocorre na obra à qual se faz referência. Se, porém, aparece 
em formas divergentes nas diferentes obras do mesmo autor, é preciso padronizar, para que 
todas as obras do mesmo autor se encontrem reunidas; as formas divergentes são 
mencionados em remissiva. 
FREIRE, Gilberto. Ver FREYRE. 
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala [etc.]. 
SICRE, José Luis. Ver SICRE DIAZ. 
SICRE DIAZ, José Luis. Introdução ao Antigo Testamento [etc.]. 
Quando a obra tem até três autores, mencionam-se os três na entrada da referência, na ordem 
em que aparecem na publicação, separados por ponto-e-vírgula. 
MAIA, Tom; CALMON, Pedro; MAIA, Thereza Regina de Camargo. 
Se há mais de três autores, mencionam-se um (é preferível), dois ou os três primeiros, 
seguidos pela expressão: et al. (= et alii, ―e outros‖). 
ALMEIDA, José da Costa et al. 
ALMEIDA, José da Costa; VARGAS, Feliciano et al. 
ALMEIDA, José da Costa; VARGAS, Feliciano; LOBATO, Maria Luísa et al. 
No caso de coletâneas ou obras coletivas, a entrada pode ser feita pelo nome do responsável 
intelectual, se destacado como tal na obra. Indica-se entre parênteses ( ) sua qualificação 
(organizador, coordenador etc.; abreviado, com maiúscula inicial). 
CUNHA, Antônio da (Coord.). A poesia no Brasil. [etc.] 
Em caso de autoria desconhecida, entra-se pelo título, grafando a primeira palavra em 
maiúsculas (não usar expressões como ―Anônimo‖, ―Vários‖, ―Diversos‖, ―VV.AA.‖ etc.). 
A NUVEM do não-saber 
Em lista bibliográfica, todas as obras do mesmo autor, mesmo publicadas sob diversos nomes, 
figuram sob o nome que tem maior oficialidade, usando-se remissiva para os demais: 
LOBO, Fernando. Ver TUPINAMBÁ, Marcelo. 
.............................................. 
TUPINAMBÁ, Marcelo. O amanhecer. Rio de Janeiro: Aurora, 1908. 
4.1.1.2 Autoria coletiva 
As obras de responsabilidade de entidades coletivas (órgãos governamentais, congressos etc.) 
entram na lista por seu próprio nome, em extenso: 
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. XII Assembléia Geral [etc.] 
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da diretoria geral, 1984, [etc.] 
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 10, 1979, 
Curitiba. Anais [...]. Curitiba: Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3 v. 
Quando a entidade coletiva tem denominação genérica, seu nome é precedido pelo órgão 
superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence: 
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento... 
IBGE. Centro de Serviços Gráficos 
18 
 
Quando a entidade coletiva, embora vinculada a um órgão maior, tem uma denominação 
específica que a identifica, entra-se diretamente pelo seu nome. Em caso de ambiguidade 
coloca-se no final, entre parênteses, o nome da unidade geográfica a que pertence. Exemplo: 
INSTITUTO MÉDICO LEGAL (RJ) || INSTITUTO MÉDICO LEGAL (SP) 
4.1.2 Título 
O título é reproduzido tal como figura na obra referenciada, transliterado se necessário (em 
caso de idioma com alfabeto não latino). 
O subtítulo segue depois de dois pontos. Subtítulos que não fornecem informação essencial 
podem ser suprimidos. 
São permitidas supressões em títulos demasiadamente longos, desde que a supressão não 
altere o sentido. Elas são indicadas por reticências entre colchetes [...]. 
Também acréscimos (tradução do título etc.) vão entre [...]. 
No caso de periódicos referenciados como um todo, o título é sempre o primeiro elemento da 
referência, mesmo quando a publicação é obra de um autor ou entidade identificável. 
No caso de periódico com título genérico, incorpora-se o nome da entidade autora ou editora, 
ligado por uma flexão gramatical, posta entre colchetes [ ]: 
NOTÍCIAS [da] Paróquia S. José, São Venceslau, SP. 
4.1.3 Edição 
A edição é indicada em algarismo arábico, seguido de ponto e da abreviatura ―ed.‖ (p.ex.: 
2.ed.). Indicam-se emendas e acréscimos à edição, de forma abreviada: 2.ed. rev. e aum. (a 
ABNT recomenda o uso da língua original para esta indicação). 
4.1.4 Imprenta (dados referentes à impressão) 
1) Local/cidade 
É indicado tal como figura na publicação referenciada. Quando há mais de um local para a 
editora, indica-se o mais destacado ou o primeiro. Ex.: 
Freiburg: Herder (não: Friburgo em Brisgóvia-Colônia-Roma: Herder). 
No caso de homônimos, acrescenta-se o nome do país, estado etc. 
Viçosa, MG || Viçosa, RN 
Quando a cidade não aparece na publicação, mas pode ser identificada, indica-se entre 
colchetes. Não sendo possível identificar, escreva-se, entre colchetes : [S.l.] (= sine loco). 
2) Editor 
O editor é mencionado tal como figura na publicação referenciada, abreviando-se os 
prenomes e suprimindo-se outros elementos, dispensáveis para a identificação (―editora‖, 
―livraria‖ etc.). 
Vozes | Paulinas | Loyola 
Quando há mais de um editor, indica-se o mais destacado ou o primeiro. Os demais podem, 
mas não precisam ser registrados, com seus respectivos locais. Exemplo: 
Petrópolis: Vozes; Aparecida do Norte: Santuário, 1997. 
19 
 
Quando o editor não aparece na publicação, mas pode ser identificado, indica-se entre 
colchetes. Quando não pode ser identificado, pode-se indicar o impressor. Na falta de ambos, 
indica-se, entre colchetes: [s.n.](= sine nomine). 
Não aparecendo nem local, nem editor ou impressor, indique-se: [S.l.: s.n.] 
3) Data 
O ano de publicação é indicado em algarismos arábicos, sem ponto depois do milhar. Se a 
data não se encontra na folha de rosto ou em outro espaço oficial, mas pode ser estabelecida, 
indica-se entre colchetes. P. ex.: [1985]. Se há incerteza, essa deve ser manifestada. P. ex.: 
[1985?]; [197-] (= na década de 1970); [18--] (= no século XIX). 
Não aparecendo a data, indique-se: [s.d.] 
Nas referências bibliográficas de monografias em vários volumes, de periódicos ou de 
publicações seriadas consideradas no todo, indica-se a data inicial, seguida de hífen, se a 
publicação ainda não foi concluída, ou hífen e data do último volume publicado, em caso de 
publicação encerrada. Exemplos: 
São Paulo, 1973- . Rio de Janeiro, 1899-1935. 
Os meses devem ser abreviados no idioma original da publicação (cf. Anexo XV) 
Se a publicação indicar, em vez dos meses, as estações do ano ou as divisões do ano em 
trimestres, semestres etc., transcrevem-se as primeiras tais como figuram na publicação e 
abreviam-se as últimas: 
Summer 1987 | 2. trim. 1987 | maio/ ago. 1989 
4.2 Casos específicos 
4.2.1 Referência de livros 
Dados essenciais: Sobrenome autor (maiúsc.), nome. Título (itálico ou negrito): subtítulo. 
Edição (se não for a primeira). Local: editor, ano de publicação. 
Dependendo da finalidade da lista (p.ex., em sugestões para compra de livros), podem-se 
acrescentar informações suplementares (Coleção [entre parênteses]. Número de páginas ou de 
volumes. Outras informações), mas em trabalhos acadêmicos isso não é preciso. 
a) Caso mais simples: um autor apenas 
GOTTWALD, Norman Karol. As tribos de Iahweh: uma sociologia da religião de Israel liberto, 
1250-1050 a.C. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 1991. 
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 
1967. 
b) Mesmo autor, outra obra 
Substituir onome por traço prolongado _____ (de seis espaços, independentemente do 
tamanho do nome substituído), seguido de ponto. 
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 
1967. 
______. Esfinge clara. Rio de Janeiro: São José, 1962. 
c) Dois autores 
MORGAN, Clifford; DEESE, James. Como estudar. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1970. 
d) Três autores 
20 
 
KATZ, Samuel; DORIA, Francisco; LIMA, Luís Costa. Dicionário crítico da comunicação. Rio 
de Janeiro: Terra e Paz, 1971. || ou: 
KATZ, Samuel et al. Dicionário crítico da comunicação. Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1971. 
e) Mais de três autores 
BECKER, Fernando et al. Apresentação de trabalhos escolares. 6.ed. Porto Alegre: Prodil, 1982. 
f) Autoria impessoal, entidades coletivas 
CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA. Tipos e aspectos do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 
1956. 
g) Entrada pelo editor ou organizador 
ARCHAMBAULT, Reginald D. (Org.). Educação e análise filosófica. São Paulo: Saraiva, 1979. 
h) Entrada pelo título 
RELIGIÃO e Cristianismo: manual de Cultura Religiosa. 2.ed. Porto Alegre: Instituto de Teologia 
e Ciências Religiosas – PUCRS, 1977. 
Obs.: neste caso, o título não vai em itálico. 
i) Obras em vários volumes 
INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. Teologia para o cristão de hoje. 
São Paulo: Loyola, 1975-1981. 10 v. 
4.2.2 Referência de partes de livros 
Aconselha-se referenciar as obras pela parte em que se encontra citação, sobretudo em se 
tratando de obras coletivas ou coletâneas, para que a propriedade de cada autor seja 
respeitada, inclusive porque existem instâncias de qualificação de autores conforme a 
freqüência com que são citados nas publicações científicas. O mesmo vale para os verbetes de 
dicionários (#4.2.3). 
a) Com autoria própria 
Referenciar as páginas: 
RAD, Gerhard von. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: ASTE, 1973. v. 2, p. 45. 
ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1970. v. 5, p. 22. 
Ou, especificando o título da parte: 
INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. A resposta de Deus em Jesus 
Cristo. In: _____. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975. v. 2. 
b) Sem autoria própria 
Sobrenome autor da parte considerada (maiúsc.), nome. Título da parte (normal). In: 
Referência da publicação no todo (autor, título etc., como acima). Páginas da parte 
referenciada. 
1) Volume de uma obra em diversos volumes 
WIEDERKEHR, Dietrich. Cristologia sistemática. In: FEINER, Johannes; LÖHRER, Magnus. 
Mysterium Salutis: compêndio de dogmática histórico-salvífica. Petrópolis: Vozes, 1973. v. III/ 3. 
2) Secção ou parte de livro 
- Com título e autor próprios: 
GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos. In: ROBERT, A.; FEUILLET, A. 
Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969. v. l, secção 3, p. 171-213. 
21 
 
- Com título próprio, em obra do mesmo autor (o nome é substituído por _____.): 
COUTINHO, Afrânio. Simbolismo, impressionismo, modernismo. In: ______. Introdução à 
literatura no Brasil. Rio de Janeiro: São José, 1959. p. 207-237. 
- Com título próprio, em obra coletiva sem autoria mencionada: o primeiro vocábulo 
do título da obra coletiva (que consta como tal na bibliografia) vai em maiúsculas: 
DUPONT, Pierre. Les écrits apocryphes. In: TRADUCTION Oecuménique de la Bible: édition 
intégrale: Ancien Testament. Paris: Cerf, 1976. p. 1203-1223. 
4.2.3 Referência de verbetes de dicionários 
a)Com autoria própria 
GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma: Paoline, 1979. p. 
1401-1421. 
b) Sem autoria própria 
CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Ed.). Novo dicionário da língua 
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 312. 
4.2.4 Referência de periódicos, coleções etc. 
a) Considerados no todo 
Título (maiúsc.). Local: editor/entidade, ano do 1° vol. (e do último, se a publicação cessou). 
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- . 
PERSPECTIVA TEOLÓGICA. Belo Horizonte: Departamento de Teologia - FAJE, 1969- 
b) Considerados em parte 
Título da coleção (maiúsc.). Título próprio do fascículo, se houver. Local: editor, volume, 
número, data. 
CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, v. 38, 
n. 9, set. 1983. 
4.2.5 Referência de artigos de revista 
Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título do artigo. Título da revista [e do fascículo ou 
suplemento, se tiver título próprio] (ital. ou subl.), local [se preciso], número do volume ou 
tomo-ano, fascículo, páginas inicial e final do artigo, mês [ou equivalente] + ano de 
publicação do fascículo. 
a) Com autoria própria 
MOSER, Antônio. O domingo: que fazer com ele?. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, v. 
37, n. 147, p. 492-493, set. 1977. [Observe o ponto separador depois de ?] 
b) Sem autoria própria 
O FUTURO da Universidade. Revista Acadêmica, Rio de Janeiro, v. 2, n. 5, p. 40-43, maio/ jun. 
1970. 
"NÓS nos devíamos lembrar dos pobres" (Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do 
Episcopado Latino-Americano. Perspectiva Teológica, v. 22, n. 58, p. 283-288, set./ dez. 1990. 
Editorial. 
4.2.6 Referência de artigos ou cadernos de jornais 
Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título do artigo. Título do jornal (itálico), local, dia + 
mês [abrev.] + ano, página ou rubrica. 
22 
 
a) Com autoria própria 
GUIMARÃES, Josué. Portugal: turismo em novas dimensões. Correio do Povo, Porto Alegre, 2 
mar. 1975. p. 21. 
b) Sem autoria própria 
MONTENEGRO espera 400 mil visitantes no centenário. Folha da Tarde, Porto Alegre, 18 abr. 
1973. p. 26. 
c) Em suplemento especial com numeração própria 
DE BONI, Luiz Alberto. A crise do Clero. Correio do Povo, Porto Alegre, 3 abr. 1976. Caderno 
do Sábado, v. 8, n. 411, p. 12. (Catolicismo no Brasil após 10 anos de renovação, 5). 
4.2.7 Referência de trabalhos não publicados 
Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título (itálico): subtítulo. Cidade, entidade, data. 
Gênero do documento. 
SCHÜLER, Donaldo. A embaixada a Aquiles na estrutura da Ilíada. Porto Alegre: PUCRS, 1970. 
Tese de livre-docência não publicada. 
SALVADOR, Ângelo Domingos. Trabalhos didáticos: normas técnicas. Porto Alegre: Instituto de 
Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1981. Apostila mimeografada. 
4.2.8 Referência de fontes informáticas 
Informações exclusivas da mídia eletrônica: bases de dados, listas de discussão, BBS (site), 
arquivos em disco, programas e conjuntos de programas, mensagens eletrônicas, e.o. 
Elementos essenciais: autor, denominação ou título e subtítulo (se há) do serviço ou do 
produto, indicações de responsabilidade, endereço eletrônico e data de acesso. No caso de 
arquivos eletrônicos, acrescentar a respectiva extensão atribuída ao arquivo). 
Arquivo em disco: 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc: normas para 
apresentação de trabalhos. Curitiba, 7 mar. 1998. 5 disquetes 3½‖, Word for Windows 7.0. 
E-mail: 
ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por 
<mtmendes@uol.com.br> em 26 jan. 2000. 
Homepage institucional: 
CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifícia Universidade 
Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre urbanismo e desenvolvimento de 
cidades. Disponível em: <http// www.gcs.net.com.br/oamis/civitas>. Acesso em: 27 nov. 1998. 
Obras impressas consultadas eletronicamente devem ser referenciadas com base na forma 
impressa. Se isso for impossível, mencione-se: (texto impresso indisponível). 
4.2.9 Referência de recensão 
Para referir, num outro texto, uma recensão:referência da obra recenseada (elementos 
essenciais, sem destaques, eventualmente abreviada mediante [...]), seguida da expressão 
―Recensão de:‖ mais a referência da recensão. 
RUIZ DE GOPEGUI, Juan Antonio. A flor impossível: Salmos e cantos de esperança. São Paulo: 
Loyola, 1978. 134 p. Recensão de: LIBANIO, Joao Batista. Síntese, Belo Horizonte, v. 5, n. 13, p. 
161-162, abr./jun., 1978 
23 
 
4.3 A Referência Bibliográfica final 
A Referência Bibliográfica final (cf. Anexo II), também chamado Elenco Bibliográfico ou 
simplesmente Bibliografia, tem por finalidade apresentar, em ordem alfabética, as referências 
integrais das obras que, em forma reduzida, foram referenciadas nas anotações de fonte 
(#3.3.2). A entrada das referências seja idêntica à da referência reduzida usada no trabalho. 
Por razões de praticidade, não convém subdividir a lista, separando entre livros, artigos e 
publicações eletrônicas etc. Pode-se, porém, distinguir entre (1) Instrumentos (dicionários 
etc.), (2) Fontes primárias (textos do autor examinado, documentos escriturístico-patrísticos 
etc.) e (3) Outras obras. 
5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 
Nesta secção apresentamos as orientações formais para a execução e apresentação dos 
trabalhos de aula e de conclusão de curso. 
5.1 Texto padrão: diagramação e disposição 
É importante o uso dos ―estilos‖ na digitação, porque permitem uma organização mais clara 
do trabalho e a geração automática do sumário (os títulos de capítulos, itens e subitens 
formatados com os estilos ―Título 1‖, ―Título 2‖, ―Título 3‖ etc. entrarão automaticamente no 
―Sumário‖ produzido pelo comando correspondente). 
Convém primeiro digitar em estilo ―Normal‖ antes de aplicar os estilos específicos aos 
elementos que o exigirem. 
Normas para a diagramação do texto, baseadas na ABNT e adaptadas ao uso de nossa 
Faculdade: 
 Configuração da página: papel A4; superior e esquerda: 3cm, inferior e direita: 2cm 
(em caso de impressão frente/verso: superior e interna: 3cm, inferior e externa: 2cm). 
 Parágrafo normal: tipo Times (Times New Roman) 12, entrelinha 1,5, justificado, 3 
pontos antes e 3 depois, recuo de 2 cm na primeira linha. 
 Parágrafo recolhido ou de citação: Times 11, entrelinha 1, justificado, 3 pontos antes, 3 
pontos depois, o parágrafo inteiro alinhado a 4 cm da margem do texto normal, sem 
recuo na 1ª linha. 
 Título 1: Cambria (= padrão para títulos no Word 7) ou Times 16 negrito, centralizado. 
 Título 2: Cambria ou Times 14 negrito, alinhado na margem esquerda. 
 Título 3: Cambria ou Times 12 negrito, alinhado na margem esquerda. 
 Referência (lista) bibliográfica: como o parágrafo recolhido, mas sem recuo da margem 
normal. 
 Nota de rodapé: Times 11 (automático no Word 7). 
 Numeração das páginas: embaixo, à direita (em caso de impressão frente/verso: 
embaixo, no meio). Nos projetos e trabalhos de conclusão, a numeração é contada a 
partir da folha de rosto, mas só aparece a partir dos elementos textuais. 
Esquemas, textos especiais etc.: em princípio, Times 11 (automático no Word 7), entrelinha 1. 
Todavia, a natureza do esquema pode determinar o tipo e a formatação (texto centralizado ou 
não etc.). O aspecto visual exige que os dados sejam apresentados de forma concentrada, se 
possível aparecendo na mesma página. Para não dividir os esquemas, marquem-se os 
24 
 
parágrafos com o comando Parágrafo\ Quebras de... Manter com o próximo e Manter linhas 
juntas; ou faça-se uma moldura mediante o programa Desenho. 
5.2 Trabalhos de aula 
Os trabalhos de aula não levam folha de rosto, mas são encimados pelo cabeçalho simples. A 
posição de nome do aluno e data de entrega no lado superior direito facilita a classificação 
dos trabalhos para correção e devolução. 
 
FAJE – Departamento de [Filosofia ou Teologia] 
Disciplina: [nome da disciplina + ano + semestre] 
Professor: ... [nome] 
Aluno: [nome sublinhado] 
Data: [data marcada p/entrega] 
[Título em maiúsculas e centralizado:] 
A EUCARISTIA SEGUNDO PAULO 
[segue o texto] 
5.3 Projetos para trabalhos de conclusão 
5.3.1 Projetos de pesquisa na Graduação 
No momento indicado pelo Departamento determine-se um objeto de pesquisa e procure-se, 
em entendimento com o Coordenador, um Orientador para ajudar na elaboração do projeto e, 
depois, orientar o trabalho. 
5.3.1.1 Elementos 
a) Folha de rosto com dados identificadores: instituição (FAJE), nome do aluno, ―projeto de 
monografia‖, tema ou assunto (título e subtítulo provisórios), área de pesquisa, orientador 
(#5.3.1.2) 
b) Objetivo: 
- objetivo geral: finalidade principal da pesquisa, delimitação positiva (aspectos que serão 
pesquisados) e negativa (aspectos notórios que ficarão fora da pesquisa); 
- objetivos específicos, temas específicos que serão objeto da pesquisa e implicados no 
objetivo geral. 
c) Justificativa e descrição sumária: motivações, circunstâncias e desafios (especialmente do 
ponto de vista acadêmico) que tornam a pesquisa relevante. 
d) Esquema provisório, considerando a exposição do objeto/tema, o estado da pesquisa e da 
literatura, o desenvolvimento ou arguição e a conclusão. 
e) Bibliografia básica, mostrando conhecimento de algumas fontes de pesquisa relevantes. 
f) Cronograma das sucessivas etapas da elaboração do trabalho. 
5.3.1.2 Normas específicas 
Extensão: máx. 3 p. 
Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1) 
Folha de rosto com os elementos (#5.3.1.1a) em tamanhos hierarquizados (Times ou Cambria 
16, 14 e 12) e dispostos equilibradamente (cf. Anexo VI). 
Sem encadernação 
25 
 
5.3.2 Projetos de pesquisa na Pós-Gradução 
No período hábil, encaminhe-se o projeto de pesquisa
15
, que deve ter afinidade com os 
projetos do Programa de Pós-Gradução publicados no ―Ano Acadêmico‖, podendo-se sugerir 
abertura de novo projeto no Programa, se for o caso. Procure-se primeiro o Coordenador do 
Programa, que indicará um Orientador. Em diálogo com o Orientador, elabore-se o projeto 
que deve ser entregue na competente Secretaria, no prazo estabelecido. 
5.3.2.1 Elementos 
a) Folha de rosto com dados identificadores: instituição (FAJE), nome do aluno, ―projeto de 
(monografia, dissertação, tese)‖, tema ou assunto (título e subtítulo provisórios), área de 
pesquisa, orientador (#5.3.2.2). 
b) Descrição sumária da pesquisa que se pretende fazer, situando-a na discussão atual sobre 
o assunto (campo, autor[es] principal[ais] etc.). 
c) Objetivo: 
- objetivo geral: finalidade principal da pesquisa, delimitação positiva (aspectos que serão 
pesquisados) e negativa (aspectos notórios que ficarão fora da pesquisa); 
- objetivos específicos, temas específicos que serão objeto da pesquisa e implicados no 
objetivo geral. 
d) Justificativa e descrição sumária: motivações, circunstâncias e desafios (especialmente do 
ponto de vista acadêmico) que tornam a pesquisa relevante. 
e) Tipo/método de pesquisa (#) (no caso de filosofia e teologia, o método será 
principalmente a pesquisa bibliográfica, baseada em publicações, eventualmente 
acompanhada de pesquisa de campo ou de pesquisa histórica, arqueológica ou artística. 
f) Exequibilidade: mostrar que dispõe do tempo e dos instrumentos/possibilidades de 
pesquisa necessárias para a execução do projeto. 
g) Esquema provisório, prevendo, em diálogo com o orientador: – a exposição do que se 
pretende examinar, – a descrição do estado da discussão e da literatura a considerar; – o 
desenvolvimento ou arguição; – a conclusão. 
h) Bibliografia básica (não exaustiva), mostrando que o proponente tem conhecimento das 
principais publicações recentes a respeito do tema. Distingam-se: (a) bibliografia 
comentada dos principais estudos sobre o assunto (demonstrandojá certa familiaridade 
com o assunto); (b) demais obras (não comentadas). 
i) Cronograma das sucessivas etapas da elaboração do trabalho. 
5.3.2.2 Normas específicas 
Extensão: Projeto de Dissertação: máx. 10 p. / Projeto de Tese: máx. 20 p. 
Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1). 
Folha de rosto com os elementos (#5.3.2.1a) em tamanhos hierarquizados (Times ou Cambria 
16, 14 e 12) e dispostos equilibradamente. (Cf. Anexo VI) 
Encadernação: cartolina leve (flexível) com o mesmo texto da folha de rosto. 
 
15
 Aqui trata-se do projeto de pesquisa inicial em vista da admissão ao programa, não do esquema definitivo que 
o Departamento eventualmente exija em vista da continuação. 
 
26 
 
5.4 Trabalhos de conclusão 
5.4.1 Monografia de Bacharelado 
Para detalhes, ver embaixo (#5.4.2.3) 
5.4.1.1 Elementos 
a) elementos pré-textuais 
 capa 
 página de rosto 
 resumo e descritores 
 listas de abreviações, siglas, figuras, gráficos, quadros... 
 sumário 
b) elementos textuais (texto da monografia) 
c) elementos pós-textuais 
 referência bibliográfica (cf. Anexo II) 
 anexos e apêndices, se houver 
5.4.1.2 Normas específicas 
Extensão (considerando só os elementos textuais): aprox. 20 p. 
Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1). Impressão frente/verso. 
Encadernação: cartolina leve (flexível) com o mesmo texto da folha de rosto. 
5.4.2 Dissertação de Mestrado e tese de Doutorado 
Para detalhes, ver embaixo (#5.4.2.3) 
5.4.2.1 Elementos 
a) Elementos pré-textuais 
 capa 
 página de rosto 
 página de aprovação 
 dedicatória e agradecimentos (opcional) 
 epígrafe do trabalho (opcional) 
 resumo e descritores 
 listas de abreviações, siglas, figuras, gráficos, quadros... 
 sumário 
b) Elementos textuais (texto da dissertação ou tese) 
c) Elementos pós-textuais 
 referência bibliográfica (cf. Anexo II) 
 anexos, apêndices, glossário 
5.4.2.2 Normas específicas 
Extensão (considerando só os elementos textuais): dissertação: aprox. 100 p.; tese: aprox. 
250 p. 
27 
 
Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1). Impressão frente/verso. 
Encadernação para comissão examinadora: com espiral. 
Encadernação definitiva: cf. a seguir. 
5.4.2.3 Detalhamentos16 
a) Elementos pré-textuais 
1. Capa (cf. Anexo VIII) 
Distribuir harmoniosamente os seguintes elementos, nesta ordem: 
Nome do autor do trabalho no alto da página, centralizado, iniciais em maiúsculas (Times 14). 
Título do trabalho centralizado, todo em maiúsculas (Times 16, negrito), entrelinha 1. O 
subtítulo, se houver, é colocado na linha seguinte (Times 16, claro). 
Natureza do trabalho (monografia, dissertação, tese, trabalho de iniciação à pesquisa 
científica) e |Orientador(a): ...| (Times 14, negrito, entrelinha 2). 
Caso tenha sido bolsista de agência do governo brasileiro: 
|Apoio ... (PROSUP, PAPG-FAPEMIG etc.)| (Times 12); 
Nome da instituição, cidade e ano de apresentação (em 3 linhas), centralizado, iniciais em 
maiúsculas, Times 14, entrelinha 2. 
Para a entrega definitiva de trabalhos da monografia de Bacharelado, exige-se capa em 
cartolina leve, de cor azul claro, para dissertação e tese, capa dura (#5.4.2.4). 
2. Página de rosto (cf. Anexo VI) 
Tudo como na capa, porém com o item ―Natureza‖ mais elaborado, em forma de um bloco 
mencionando a natureza do trabalho (dissertação, tese), objetivo (exigência do curso), nome 
da instituição a que é submetido; área de concentração e nome do(da) orientador(a). Parágrafo 
justificado, a 7 cm da margem (Times 12, entrelinha 1). Assim: 
Dissertação apresentada ao Departamento de Teologia da 
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, como requisição 
parcial à obtenção do título de [grau] em [Filosofia/Teologia]. 
Área de concentração: ... 
Orientador(a): Prof(ª) ... 
3. Página de aprovação 
Página na qual será inscrita, no exemplar depositado, a aprovação da instância examinadora. 
4. Página com dedicatória e agradecimentos (opcional) 
Na parte de cima coloque-se a fórmula dedicatória (sem o título ―Dedicatória‖), centralizada. 
Na parte inferior, a expressão ―Agradecimento‖, centralizada, seguida por alguns 
agradecimentos sucintos, alinhados à direita. Tudo em Times 12, entrelinha 1,5. 
5. Epígrafe do trabalho (opcional) 
Pensamento ou frase que norteia o trabalho, com o nome do autor, porém sem a referência 
bibliográfica. Em página separada, entre aspas duplas, na margem inferior, alinhado à direita, 
com as iniciais em maiúsculas (Times 12, entrelinha 1,5). 
 
16
 Para maiores informações consulte-se o Serviço de Orientação Metodológica, na Biblioteca da FAJE. 
28 
 
6. Resumo e descritores (em dissertação e tese: com tradução) 
O texto monográfico é precedido do resumo, escrito em um único parágrafo com até 500 
palavras = 3.500 caracteres, espaços incluídos (Times 12, sem recuo, entrelinha 1). 
Deverá conter: a) objetivo do trabalho (O que se pretendeu fazer?); b) os principais dados ou 
fatos em que se baseia a pesquisa (Do que trata o trabalho?); c) indicações da metodologia 
(Como foi feito o trabalho?); d) principais conclusões em grandes linhas (O que se encontrou, 
descobriu?) 
Em novo parágrafo único acrescentam-se os descritores para catalogação e referência: entre 3 
a 6 palavras-chave representativas do conteúdo do trabalho. 
Para dissertação e tese exige-se, além de resumo e descritores em vernáculo, sua tradução 
num idioma científico internacional. 
7. Lista de abreviações e siglas (se necessária) 
Quando se usam abreviações que não são de conhecimento comum (não constando dos 
dicionários) é preciso incluir a lista dessas abreviações, em ordem alfabética. 
À lista de abreviações acrescentam-se as siglas de fontes primárias ou equivalentes (livros da 
S. Escritura, autores clássicos etc.) usadas no texto, sendo a referência bibliográfica completa 
fornecida na lista bibliográfica final. 
8. Listas de figuras, gráficos, quadros e tabelas (se necessárias) 
Caso sejam utilizados elementos ilustrativos no desenvolvimento do trabalho, devem ser 
listados logo depois das abreviações, por tipo e sequencialmente. 
9. Sumário (obrigatório) 
A palavra ―SUMÁRIO‖ fica centralizada, em maiúsculas, Times 12, negrito. Os títulos (em 
maiúsculas) e subtítulos (maiúscula só no início) são marcados com a numeração progressiva, 
que aparece também no corpo do trabalho. (Os editores eletrônicos produzem o sumário 
automaticamente, desde que os títulos sejam formatados como tais.) 
b) O texto da dissertação ou tese 
1. Introdução 
A Introdução, intitulada assim, é redigida sem subdivisões, breve e objetiva, ocupando de 5 a 
10 por cento do trabalho. Contém: a) a apresentação dos elementos definidos no projeto de 
pesquisa: tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos, metodologia e marco teórico; b) o 
número de capítulos e síntese de cada capítulo; c) a previsão das conclusões; d) um parágrafo 
de ―ligação‖ com o primeiro capítulo. 
A Introdução só pode ser redigida definitivamente depois de concluído o trabalho, porque será 
um espelho antecipado das conclusões. Usar-se-á, normalmente, o verbo no tempo presente. 
2. Desenvolvimento 
O desenvolvimento, respondendo a 80 a 90 por cento do trabalho, deve ser organizado em 
secções (capítulos), e estes, por sua vez, em subsecções/itens/tópicos, tantos quantos forem 
necessários. Nas universidades brasileiras é praxe adotar a numeração decimal progressiva 
(hierarquizada) de secções e subsecções, todas elas com título. As secções primárias podem, 
facultativamente, incluir otermo ―Capítulo‖ (1, 2 etc.). 
secção primária: (Capítulo) 1 (2 etc.) + respectivos títulos 
 secção secundária: 1.1 (1.2, 1.3; 2.1 etc.) + respectivos títulos 
29 
 
 secção terciária: 1.1.1 (1.1.2; 1.2.1, 1.2.2; 3.2.1 etc.) +... 
 secção quaternária: 1.1.1.1 (1.1.1.2; 1.1.2.1; 1.2.1.1 etc.) +... 
 secção quinária: 1.1.1.1.1 (1.3.2.6.1 etc.) +... 
Geralmente só se usa esta divisão até a secção terciária ou quaternária. Para outras 
subdivisões lance-se mão dos indicadores tradicionais: a. 1. a) 1) etc. 
Inicia-se nova página para cada secção primária (capítulo). 
A primeira secção/capítulo compreenderá, via de regra, a problematização (exposição do 
problema ou hipótese) e o estado da questão (estado da discussão em torno do assunto como 
tal) e o estado da literatura recente a respeito, chamado às vezes de ―Revisão de Literatura‖). 
Todos os capítulos tenham os devidos metatextos (#2.4.6): introdução (não intitulada) e 
conclusão (com título numerado). Estes metatextos são redigidos por último, explicitando a 
sequência lógica do desenvolvimento do trabalho. 
3. Conclusão geral 
No capítulo final apresentam-se de forma clara, objetiva e ordenada as conclusões da 
pesquisa, retomando o problema e recapitulando o que foi apresentado nos outros capítulos. A 
conclusão é um ―espelho‖ da introdução: deve evidenciar o cumprimento integral do que foi 
previsto na Introdução. É redigida sem subdivisões e com tamanho semelhante ao da 
Introdução. Na conclusão, não se apresentam dados novos. 
Elementos, nesta ordem: a) verificação do problema, da hipótese e dos objetivos apresentados 
na introdução; b) retomada das conclusões de cada capítulo, com pequena síntese de cada um; 
c) conclusões gerais; d) indicação de possíveis caminhos para desenvolvimentos posteriores; 
e) parágrafo de encerramento. 
4. Referências de citação (anotações de fonte) e notas de rodapé (#3.3) 
Adotando-se, como é o caso na FAJE, o sistema de notas mistas (#3.3.1), as 
referências/anotações de fonte das citações (diretas e indiretas), bem como as notas 
explicativas e remissivas devem ser postos em nota de rodapé e anunciadas por uma chamada 
no texto, depois do elemento a que se referem. Se na mesma nota ocorrem referência de fonte 
e observação explicativa, aquela precede esta. 
A numeração das notas recomeça em cada capítulo (ver a configuração automática). 
5. Elementos ilustrativos (figuras, gráficos, quadros e tabelas) 
Dependendo do tema e da abordagem podem ser inseridos elementos ilustrativos, 
devidamente referenciados com títulos e fonte de informações. 
A lista das figuras aparece antes do Sumário no início do trabalho. 
e) Elementos pós-textuais 
1. Anexo (opcional) 
Documento(s) não elaborado(s) pelo autor e utilizado(s) para provar, ilustrar ou fundamentar 
um texto. 
2. Referência bibliográfica final (obrigatória) 
Apresenta a relação dos documentos consultados para a elaboração da pesquisa. Deve ser a 
mais completa possível, observando-se as normas da ABNT para a referência bibliográfica. 
As obras devem ser listadas em ordem alfabética, sem numeração, com entrelinha simples 
dentro de cada item e entrelinha duplo entre os itens (cf. Anexo II). 
30 
 
Verifiquem-se os nomes dos autores, especialmente os de origem estrangeira. Em caso de 
dúvida consulte-se o Serviço de Orientação Metodológica, na Biblioteca (#4.1.1). 
3. Apêndice (opcional) 
Textos ou informações complementares elaborados pelo autor. 
4. Glossário (opcional) 
Elaborado pelo autor da pesquisa, apresenta as definições de termos e conceitos utilizados ou 
criados no trabalho. 
5.4.2.4 Instruções para entrega 
a) Exemplares para a defesa 
Depois da aprovação final pelo Orientador, depositem-se na Secretaria os exemplares 
provisórios, encadernados com espiral: 
- dissertação: 04 (quatro) exemplares; 
- tese: 06 (seis) exemplares. 
b) Exemplares definitivos para depósito 
Depois de corrigido o texto, sob a supervisão do Orientador, segundo as observações da 
Comissão Examinadora, depositem-se na Secretaria 02 (dois) exemplares, na mesma forma 
que os exemplares para a defesa, exceto quanto à capa: 
Capa dura: 
Departamento de Filosofia: vinho-bordeaux; letra dourada. 
Departamento de Teologia: azul marinho escuro; letra dourada. 
Lombada (legível de cima para baixo): autor (iniciais do nome, sobrenome com maiúscula 
inicial) e título (todo em maiúsculas, sem o subtítulo), ano. 
5.4.3 Excerto de Tese 
Para obtenção do título de Doutor é preciso entregar, na Secretaria do Departamento, 20 
(vinte) exemplares do Excerto. 
Formato (corte do papel): 24x17cm. 
Paginação (impressão frente/verso): em cima, na margem externa, numeração calculada a 
partir da folha de rosto e visível a partir do começo da Introdução. 
Coluna (= espaço ocupado pelo texto): 19,5 x 12,5 cm, o que se obtém observando as 
margens interna e superior: 2,5 cm; externa e inferior: 2 cm. em relação ao formato 24x17cm. 
Obs. Usando papel de formato padrão, formato A4 (29,7 x 21 cm), faça-se o cálculo para que 
estas medidas sejam observadas, levando em consideração a impressão frente/verso e 
combinando com o encadernador a técnica adequada. Neste caso, mais simples é fazer um 
exemplar impresso com margem interna 4,5 cm, externa 4 cm, superior 2,5 cm e inferior 7,5 
cm e depois recortar 2 cm de ambos os lados laterais e 5,5 cm em baixo, obtendo-se assim o 
formato prescrito. 
Digitação: Parágrafo normal: Times 11, entrelinha 1,5, recuo na 1ª linha: 1,5cm; depois: 8 pt. 
Parágrafo recolhido: a 3cm da margem, Times 9, entrelinha 1, sem recuo na 1ª linha, depois: 
8 pt. Parágrafo bibliografia: Times 9, entrelinha 1, sem recuo nem deslocamento; depois: 5 
pt. 
31 
 
Pode-se também marcar o texto original inteiro, com as notas, e reduzir todos os tamanhos em 
1 ponto (mediante o comando Ctrl + [), observando as margens prescritas. 
Outro método: reproduzir os textos por fotocópia reduzida em 18%, e recortar de acordo com 
o formato exigido. 
Capa de cartolina leve, sem lombada impressa 
Departamento de Filosofia: vinho-bordeaux; letra dourada. 
Departamento de Teologia: azul marinho escuro; letra dourada. 
Texto da capa (cf. Anexo IX): os seguintes elementos, todos centralizados: 
Nome do autor (iniciais maiúsculas, Times 14, negrito); 
Título da tese (em maiúsculas, Times 16, negrito); 
Subtítulo (em maiúsculas, Times 16, claro); 
|Excerto da Tese de Doutorado| (iniciais maiúsculas, Times 14, negrito); 
|Orientador(a): ...| (Times 14, negrito). 
Caso tenha sido bolsistas de agência do governo brasileiro: 
|Apoio ... (PROSUP, PAPG-FAPEMIG etc.)| (Times 12, claro); 
Nome da instituição, cidade e ano de apresentação (em 3 linhas), centralizado, iniciais em 
maiúsculas, Times 14, entrelinha 2. 
Folha de proteção: em branco (papel branco, um pouco mais grosso que o comum). 
Folha de rosto do Excerto = p. [1] (não num.): mesmo texto da capa 
p. [3] (não num.): Reproduzir a folha de rosto da Tese. 
p. [5] (não num.): agradecimentos (caso o/a doutorando/a deseje). 
p. [7-8] (não num.): resumo e palavras-chave, com a tradução, como na Tese. 
p. [9-...] (não num.): Sumário completo. 
p. [?] (não num.): Siglas e abreviações. 
p. ? (p. ímpar): Introdução (a partir daqui aparece o nº da página) 
(p. ímpar): Capítulo escolhido 
(p. ímpar): Conclusão geral da Tese. 
(p. ímpar): Referência bibliográfica (como na Tese) 
 
6 OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS 
6.1 Artigo científico 
O artigo cientifico ou acadêmico (#1.2.4) estende-se, normalmente, até umas vinte páginas (= 
60.000 caracteres, espaços incluídos, ou 8.500 palavras). Denomina-se a estrutura do artigo 
como IRDC, sigla formada pelas suas principais partes:

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