Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 VADE-MÉCUM PARA PESQUISA E REDAÇÃO EM FILOSOFIA E TEOLOGIA FAJE - FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA Belo Horizonte 2012 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 4 1 NOÇÕES GERAIS 4 1.1 Trabalho acadêmico 4 1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos 4 1.2.1 Trabalhos de aula 4 1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese 4 1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica 4 1.2.4 Artigo científico 4 1.2.5 Recensão/resenha 5 2 MONTANDO A PESQUISA 5 2.1 Primeiros passos 5 2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa 5 2.1.2 Reconhecimento do campo científico 5 2.1.3 Tipo de pesquisa 6 2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento 6 2.2.1 Como pesquisar 7 2.2.2 Como ler 7 2.2.3 Como registrar (fichamento) 7 2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica 8 2.3.1 Problema e hipótese 8 2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura 8 2.3.3 Análise 8 2.4.4 Síntese 9 2.4.5 Conclusão do trabalho 9 2.4.6 Metatextos 9 3 A REDAÇÃO 9 3.1 Linguagem e estilo 9 2 3.1.1 Estilo sóbrio e direto 9 3.1.2 Verbos 10 3.1.3 Pronomes 11 3.1.4 Pontuação 11 3.1.5 Outras observações 12 3.2 Citações 12 3.2.1 Noções gerais 12 3.2.2 Citação direta e indireta 12 3.3 Notas diversas e anotações de fonte 13 3.3.1 Notas explicativas, remissivas e bibliográficas 13 3.3.2 A anotação de fonte bibliográfica 13 4 A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 16 4.1 Elementos da referência em geral 16 4.1.1 Autoria 16 4.1.2 Título 18 4.1.3 Edição 18 4.1.4 Imprenta (dados referentes à impressão) 18 4.2 Casos específicos 19 4.2.1 Referência de livros 19 4.2.2 Referência de partes de livros 20 4.2.3 Referência de verbetes de dicionários 21 4.2.4 Referência de periódicos, coleções etc. 21 4.2.5 Referência de artigos de revista 21 4.2.6 Referência de artigos ou cadernos de jornais 21 4.2.7 Referência de trabalhos não publicados 22 4.2.8 Referência de fontes informáticas 22 4.2.9 Referência de recensão 22 4.3 A Referência Bibliográfica final 23 5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 23 5.1 Texto padrão: diagramação e disposição 23 5.2 Trabalhos de aula 24 5.3 Projetos para trabalhos de conclusão 24 5.3.1 Projetos de pesquisa na Graduação 24 5.3.2 Projetos de pesquisa na Pós-Gradução 25 5.4 Trabalhos de conclusão 26 3 5.4.1 Monografia de Bacharelado 26 5.4.2 Dissertação de Mestrado e tese de Doutorado 26 5.4.3 Excerto de Tese 30 6 OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS 31 6.1 Artigo científico 31 6.2 Recensão ou resenha 32 6.3 Nota ou resumo bibliográfico, boletim bibliográfico 33 6.4 Conferências, palestras e debates 33 6.4.1 Orientações gerais 33 6.4.2 Uso da tecnologia audiovisual 34 6.4.3 Roteiro para um bom debate 34 ANEXO I - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INDIVIDUAIS ANALISADAS 36 ANEXO II – REFERÊNCIA (LISTA) BIBLIOGRÁFICA ALFABÉTICA E ABREVIATURAS 38 ANEXO III- EXEMPLOS DE FICHAMENTO 41 ANEXO IV - PÁGINA DE TEXTO NORMAL 42 ANEXO V - PÁGINA COM TÍTULO DE CAPÍTULO 43 ANEXO VI - FOLHA DE ROSTO PARA PROJETOS 44 ANEXO VII - FOLHA DE ROSTO PARA TRABALHOS DE CONCLUSÃO 45 ANEXO VIII - CAPA DE DISSERTAÇÃO OU TESE 46 ANEXO IX - CAPA E FOLHA DE ROSTO DE EXCERTO 47 ANEXO X - EXEMPLO DE ARTIGO ACADÊMICO 48 ANEXO XI - EXEMPLO DE RESENHA 51 ANEXO XII – ABREVIATURAS DOS MESES EM DIVERSOS IDIOMAS 52 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 53 Outras obras aconselhadas 53 4 APRESENTAÇÃO O presente subsídio tem, principalmente, dupla finalidade: orientar os alunos para a pesquisa e redação científicas (#1-4) e oferecer orientações para os trabalhos de aula e de conclusão de curso (#5). Outras produções acadêmicas são tratadas de modo suplementar (#6). O subsídio, aberto a atualização, está sob a responsabilidade do Serviço de Orientação Metodológica, que atende discentes e docentes na Biblioteca da FAJE. 1 NOÇÕES GERAIS 1.1 Trabalho acadêmico O trabalho acadêmico é a apresentação escrita de um estudo ou pesquisa em determinado área acadêmica, para fins escolares e/ou de publicação cientifica. Executado num espírito de honestidade, responsabilidade e humildade, caracteriza-se pelo rigor da pesquisa relativa a um assunto devidamente delimitado e pela adequação e exatidão da apresentação. 1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos 1.2.1 Trabalhos de aula São os trabalhos exigidos pelos professores em margem das disciplinas lecionadas. As exigências específicas de cada trabalho dependem de sua natureza e devem ser indicadas pelo professor. 1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese Para a conclusão do Bacharelado exige-se uma monografia visando à compreensão e exposição científica de determinado tópico do campo de pesquisa. A dissertação, exigida para a obtenção do Mestrado a fim de mostrar a capacidade didática, intenta um tratamento sistemático do assunto, sem ser exaustivo, nem visar a uma contribuição original. Já a tese, exigência para o Doutorado, procura tratar o assunto – devidamente delimitado – com relativa exaustividade e oferecer alguma contribuição para o progresso do saber no respectivo campo. 1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica Os trabalhos de Iniciação à Pesquisa Científica dependem das orientações específicas fornecidas pela Instância responsável. Suas características são, mutatis mutandis, semelhantes às da monografia de Bacharelado. 1.2.4 Artigo científico O artigo científico ou acadêmico, publicado em periódico especializado, apresenta dados referentes a um projeto de pesquisa dentro de uma área de conhecimento específica. Como, normalmente, os conteúdos ainda se encontram em fase de pesquisa ou discussão, não são publicados em livro, nem manualizados. 5 1.2.5 Recensão/resenha A resenha ou recensão é a apresentação critica de nova publicação para informação da comunidade acadêmica. 2 MONTANDO A PESQUISA A pesquisa acadêmica deve estar alicerçada num projeto, que define o tema a ser tratado e o modo de executar a pesquisa e a redação. No caso dos trabalhos de conclusão de curso e de iniciação científica, o projeto deve ser aprovado pela instância acadêmica competente. A pesquisa inicia-se com a elaboração do projeto (#5.3), o qual, para ser realista, deve mostrar conhecimento exploratório dos aspectos essenciais do tema e das principais fontes utilizáveis. Aprovado o projeto, a pesquisa será completada. Os primeiros passos da pesquisa são a delimitação do tema e a heurística, ou seja, a identificação e localização das fontes para a pesquisa. 2.1 Primeiros passos 2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa É preciso definir claramente o objeto da pesquisa. A percepção inicial do problema ou da hipótese a ser (des)verificada deve estar presente desde o encaminhamento do projeto. No termo do trabalho, não importa chegar a uma solução definitiva; importa a cientificidade do procedimento pelo qual se chega ao resultado, que poderá ser positivo, negativo ou aberto. O tema deve ser monográfico, ou seja, tratar de um único assunto, bem delimitado, sob um ângulo específico. Normalmente escolhe-se como assunto específico um único tema numa única fonte (obra autoral ou documento) ou âmbito (determinado período ou espaço cultural), tendo como pano de fundo um horizonte mais amplo, que não é tematizado ou focalizado especificamente. O tema poderá receber adequações no decorrer da elaboração. A delimitação se faz: pelo tema: o o objeto material (o assunto que se vai examinar): por exemplo, ―a consciência de Cristo‖; o o objeto formal (o ângulo sob o qual se pretende examiná-lo): ―à luz dasprofecias‖; pelas fontes: limitando-se à obra de um determinado autor ou a um determinado período ou ambiente: ―na obra do segundo Schillebeeckx‖. 2.1.2 Reconhecimento do campo científico Para se ter uma ideia do que é relevante em determinado campo científico, consultem-se as obras introdutórias gerais, as sínteses (muitas vezes artigos de revista científica ou de enciclopédia), as obras de divulgação de boa qualidade, ou ainda, os manuais didáticos adequados para o estudo planejado. Convém iniciar pelos correspondentes verbetes dos grandes dicionários, que, via de regra, indicam a bibliografia fundamental. Consultem-se também as publicações periódicas, especialmente os boletins bibliográficos, referentes ao campo da pesquisa. Utilizem-se os catálogos da Biblioteca da FAJE e de outras bibliotecas acessíveis on-line. 6 2.1.3 Tipo de pesquisa É preciso ter uma ideia do(s) tipo(s) de pesquisa que o objeto visado e o método aplicado supõem, por exemplo: bibliográfica (literária): investiga obras escritas acerca do assunto; de campo: coleciona informações por observação direta e cientificamente organizada do objeto da pesquisa (pessoas, comunidades, costumes...), mediante entrevistas, questionários, estatísticas, reportagens etc. histórica (lançando mão dos métodos histórico-científicos); arqueológica, de vestígios ―mudos‖ (ruínas, paisagens, monumentos...); arquivística ou documental (documentos etc.); experimental: organiza experimentos repetíveis e quantificáveis (sobretudo nas ciências física, biológica etc.); 2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento A heurística (do grego heuriskein = ―encontrar‖) significa a atividade de situar e abordar as fontes de informação/documentação necessárias para a pesquisa que se pretende. Depois do reconhecimento geral mencionado acima (#2.1.2), e tendo uma primeira ideia das fontes de documentação e do tipo de pesquisa a ser executada (#2.1.3), estreita-se o ―zoom‖ sobre o tema específico. Para tanto consultem-se: o catálogo de assuntos na biblioteca (catálogo geral e indexação de revistas); verbetes correspondentes dos dicionários/enciclopédias; a internet, usada com senso crítico. Tendo base suficiente para a pesquisa e o recolhimento de dados, passa-se à consulta das fontes e a anotação de dados ou de observações em fichas ou em documentos eletrônicos (cf. Anexo III): Fichamento bibliográfico. Constitua-se um catálogo bibliográfico (em fichas ou no meio eletrônico), no qual se registra a referência completa dos documentos utilizados na pesquisa. Este fichário deve acompanhar o trabalho do início ao fim e ser atualizado regularmente. Fichamento de resumos. Para se lembrar da exposição geral de livros ou artigos convém anotar o resumo ou síntese, acompanhado de destaques ou comentários. Fichamento de dados analíticos e de citações. Anotem-se os dados relevantes em fichas ou anotações electrônicas, que podem conter citações formais ou resumos de informações encontradas. Junto aos dados encontrados deve figurar a referência suficiente das fontes para poder revisitá-las (no caso de livros e artigos, a referência bibliográfica abreviada e, se for o caso, o código de localização na biblioteca frequentada ou no meio eletrônico). Fichamento de ideias pessoais. Do mesmo modo como se recolhem informações de fontes (cf. acima, 3) podem-se anotar em fichas ou em itens eletrônicos ideias pessoais que virão a ser relevantes na hora da redação da pesquisa. 7 2.2.1 Como pesquisar Pesquisa manual: ver o que outras bibliografias básicas indicam, em verbetes de dicionários, vocabulários (ou léxicos), enciclopédias e bibliografias (ou repertórios bibliográficos), em autores significativos. Pesquisa eletrônica em vários momentos e locais: biblioteca local, bibliotecas na internet 1 . Seleção dos títulos, segundo os seguintes critérios: o obras que aparecem com mais frequência nas diversas bibliografias; o obras indicadas pelo orientador, por professores etc.; o percepção pessoal, com base numa primeira leitura sobre o tema. 2.2.2 Como ler Pode-se ler bem ou ler mal. O que mais contribui para ler mal é a lei do menor esforço e os vícios de leitura 2 . A leitura boa supõe a mente descansada e o corpo concentrado. Ordem de leitura: iniciar por obras gerais e comentários às fontes, ir do geral para o específico 3 . Níveis de leitura: a) Leitura de superfície: para ter uma ideia geral do texto. b) Leitura temática: em função dos temas relevantes para a pesquisa. 2.2.3 Como registrar (fichamento) A anotação do que se lê é de extrema importância para ter a memória escrita do que, nas fontes consultadas, é relevante. Coloquem-se por escrito os pontos principais do que se lê na pesquisa bibliográfica, porque não se pode confiar somente na memória e porque o próprio ato de anotar ajuda a memória. A leitura não tem valor para a pesquisa se não se traduzir em documentação pessoal, como recursos escritos facilmente consultáveis. Anota-se o estritamente necessário e de interesse à pesquisa. a) Detecção do material relevante: - Ao longo da leitura de um texto, anotam-se rapidamente os temas de interesse, com as respectivas páginas do material consultado. Ao usar material que não lhe pertence, faça fotocópias das páginas que deseja marcar. - Depois de ler todo o texto, passe os trechos selecionados para papel ou meio eletrônico. Desaconselha-se tomar notas em caderno, pois não poderão ser reorganizadas posteriormente. b) Passagem do material para fichas de papel. - No cabeçalho: assunto, autor, título, página, editora e data. - A anotação pode ser um resumo ou a transcrição do texto. 1 Cf. capítulo 8 de TACHIZAWA; MENDES, Como fazer monografia na prática. 2 Cf. a interessante tabela comparativa em CHAVES, Projeto de pesquisa, p. 38-39. 3 BASTOS; KELLER, Aprendendo a aprender, p. 64 8 - Exemplos: cf. Anexo III. - Para maior facilidade de manuseio, usa-se sempre o mesmo tamanho de ficha (comprada pronta), escreve-se só numa face, arquiva-se numa caixa apropriada. c) Passagem do material ao computador: - Microsoft One Note (aplicativo do pacote Office, frequentemente não instalado pelo usuário). É ferramenta para anotações e coleta de informações. - Outros aplicativos: Word, Excel, etc. d) Colagem do material em folhas sinóticas: - Faz-se fotocópia das páginas do livro com textos selecionados. - Ao lado de cada trecho selecionado, escreve-se o número da página. - Recorta-se cada trecho selecionado, que são espalhados pela mesa. - Faz-se a agrupação dos pedaços por assunto, independentemente da página de cada um. - Os pedaços, agrupados por assunto, são colados em folha A4, que tem na primeira página a referência completa da obra. 2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica Quando a pesquisa alcança um nível satisfatório para se ter uma ideia do que colocar no trabalho, pode-se iniciar a elaboração, tendo consciência, porém, do surgimento de novos elementos (dados, percepções) que exigirão remanejamentos e atualizações. Os diversos momentos descritos aqui segundo a ordem lógica da elaboração podem sobrepor-se parcialmente. 2.3.1 Problema e hipótese “O que quero mostrar?” – O primeiro elemento a ser elaborado é a formulação do objetivo, que será, essencialmente, uma pergunta a ser respondida ou uma hipótese a ser verificada ou ―desverificada‖. No início da pesquisa, é preciso ―problematizar‖, expressar bem o problema de que se trata, a partir da percepção inicial e de certa intuição da resposta ou do resultado. Tal perguntaou hipótese ganhará contornos mais claros ao longo da pesquisa. 2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura “O que se está dizendo sobre o assunto?” – Tendo uma visão clara do objeto da pesquisa, é importante verificar o estado da questão, ou seja, a situação do debate no momento atual, para não passar ao lado de importantes estudos já realizados ou formular conclusões que já invalidadas. Tal estado da questão se baseia normalmente nas obras de reconhecida importância da atualidade e nas produções parciais (artigos etc.) dos anos recentes, apresentados em ordem cronológica ou temática (revisão de literatura). 2.3.3 Análise “Que elementos devem ser analisados?” – Na análise, os elementos observados na pesquisa são separados (―isolados‖) para serem observados individualmente (assim como, para estudar uma doença, é preciso isolar o vírus e estudar seu comportamento). Ultimamente fala-se em ―desconstrução‖, isto é, tirar os elementos fora de seu quadro costumeiro de interpretação, para integrá-los num novo quadro de compreensão. 9 2.4.4 Síntese “O que devo guardar disso e como articulá-lo numa unidade?” – Depois da análise, organizam-se os elementos que contribuem para a questão ou hipótese proposta, segundo as relações lógicas que conduzem à confirmação ou invalidação. 2.4.5 Conclusão do trabalho “Que posso responder à pergunta inicial?” – A conclusão da pesquisa deve corresponder ao problema ou à hipótese iniciais: deve ser a resposta ao problema ou a verificação da hipótese, ou então, a constatação da impossibilidade de tal resposta ou verificação. Também o resultado negativo ou aberto é um resultado que contribui para o progresso do saber. 2.4.6 Metatextos Na redação final, os diversos elementos são interligados por metatextos (textos sobre o texto) que explicam, no início e no fim de cada secção primária (capítulo), a concatenação do argumento. A introdução do trabalho é um metatexto que explica a delimitação do assunto, diz de que se quer falar e de que não, mostra os passos do caminho. Como só quem já os percorreu sabe mostrar os passos, a Introdução se escreve por último, formulando a pergunta ou hipótese de partida nos mesmos termos em que é tratada na Conclusão e anunciando o resultado da pesquisa. O texto da defesa de dissertação ou tese poderá ser baseado na Introdução/Conclusão, com o cuidado de tornar o tema acessível para a assistência que não leu o trabalho. 3 A REDAÇÃO 3.1 Linguagem e estilo Frequentes são os vícios quanto à compreensão (falta de clareza, pleonasmo, construção confusa ou híbrida), quanto à estética (vocabulário e fraseologia desajeitados) e quanto à economia (desperdício de palavras, falta de objetividade). Por isso, mesmo o autor treinado tenha sempre à disposição, na mesa ou no computador, gramática e dicionário atualizados e consulte-os. 3.1.1 Estilo sóbrio e direto A linguagem do texto acadêmico ou científico não é a coloquial, nem aquela exageradamente retórica. Usa um código objetivo e sóbrio. Por isso: Respeite a lei da economia. Crie frases curtas ou períodos simples (prótase e apódose simples), usando conjunções adequadas para evidenciar a conexão lógica. Evite: pleonasmos e repetições (a não ser para enfatizar); afirmações óbvias, que ―chovem no molhado‖; circunlocuções e conectivos expletivos (―Assim sendo‖, ―Evidentemente‖...); enchimentos (em vez de dizer ―Para começar, quero explicar que ...‖, explique logo! Evite os ―possamos‖, ―saibamos‖ etc.); adjetivos, artigos e pronomes inúteis (―Eu levantei a minha mão‖ => ―Levantei a mão‖; ―Um certo homem‖ => ―Certo homem‖); uso indevido de formas perifrásticas (―estaremos fazendo‖ => ―faremos‖; ―vamos ver‖ => ―veremos‖). Use termos concisos e certeiros, o que não exclui o uso de sinônimos, para evitar a monotonia e enriquecer a semântica dos conceitos recorrentes. 10 Prefira a voz ativa à passiva: ―Este texto foi estudado pelos biblistas‖ => ―Os biblistas estudaram...‖. 3.1.2 Verbos Evite erros de concordância de gênero, de número ou de modo e tempo verbal. Em caso de dúvida sobre a regência (regime) de verbos, substantivos e adjetivos, consulte os dicionários adequados 4 . Evite regências contaminadas, por exemplo, juntando o mesmo complemento a dois verbos de regência diferente (―Ele desconfiou e ao mesmo tempo confiou nele‖ => ―Ele desconfiou dele e, ao mesmo tempo, confiou nele‖). Ênclise e próclise. O pronome oblíquo, normalmente, segue depois do verbo (uso enclítico: ―O gato espreguiça-se no sofá‖). Quando, porém, há partículas atraindo o pronome oblíquo, como em frases subordinadas ou negativas, o pronome precede o verbo (uso proclítico: ―Não se faz isso‖; ―O vento que se abateu sobre a aldeia destruiu tudo‖; ―O marido, quando se levanta, vai tomar café‖), a não ser que algum elemento separe consideravelmente o sujeito e o verbo. Evite a próclise em construções com infinitivo ou gerúndio (―No afã de consegui-lo‖, não: ―de o conseguir‖; ―Continuou amando-a‖, não: ―a amando‖) Não se inicia a frase com o pronome oblíquo, especialmente o da 3ª pessoa (―se‖), que se pode confundir com a conjunção condicional ―se‖. Pode-se, porém, escrever: ―Se se pensa nas consequências...‖, porque, neste caso, o ―se‖ inicial não é o pronome, mas a conjunção da frase subordinada (que atrai o pronome). Uso e limites da forma impessoal. Nos trabalhos acadêmicos, no Brasil, é praxe o autor não se expressar na 1ª pessoa do singular; usa-se a forma impessoal (―Percebe-se que...‖). Verbos reflexivos não podem ser usados no impessoal passivo; nesse caso prefira-se a 1ª pessoa do plural (não: ―Nesta parte debruça-se sobre ...‖, mas: ―Nesta parte, debruçamo-nos sobre ...‖)5 ou procure-se expressão equivalente (―Esta parte focaliza ...‖). O verbo propriamente impessoal está sempre na terceira pessoa do singular: ―houve (não: houveram) sete pessoas‖, ―faz (não: fazem) vinte anos que não o vejo‖. Observe: ―há três dias‖ refere-se aos dias passados, ―a três dias (daqui)‖ refere-se aos dias por vir. Uso impessoal de ―tratar-se‖. Não escreva: ―O presente capítulo trata-se de ...‖, pois o capítulo não se trata de doença alguma... a não ser da falta de conhecimento gramatical! O certo é: ―No presente capítulo trata-se de ...‖ (uso impessoal). Dica: ao usar ―tratar-se‖, pense em ―falar-se‖: ―Neste texto fala-se/trata-se de...‖. E lembre-se desta: ―O manual de medicina trata da gripe, o médico trata a gripe, minha irmã trata- se da gripe‖. Ou ainda: ―Em se tratando de ‗tratar-se‘, trate de evitar esse verbo‖... tente um sinônimo. O mineirês economiza descabidamente o pronome reflexivo (―eu assustei‖ em vez de ―eu me assustei‖); ou então, por hipercorreção, insere-o onde não convém (p.ex., ―As pessoas sobem à serra para se ver o vale‖ => ―para ver o vale‖. 4 Além dos grandes dicionários Houaiss e Caldas-Aulete, os clássicos de Francisco Fernandes: Dicionário de Regimes de Substantivos e Adjetivos e Dicionário de Verbos e Regimes. 5 É perfeitamente válido usar a 1ª pessoa do plural, que, além de elegante, implica o leitor (―Tendo examinado x, analisaremos agora y...‖). 11 Não use indevidamente o infinitivo pessoal; se fica claro quem é o sujeito do infinitivo, prefira o simples (―Eles se dispuseram a brigarem‖ => ―a brigar‖). 3.1.3 Pronomes Pronomes demonstrativos. Evite a inflação do pronome ―esse‖. Distinga os pronomes demonstrativos pela seguinte regra de mão: ―Este aqui, esse aí, aquele lá‖: o ―este‖: próximo, presente ou por vir, com certa ênfase. ―Neste parágrafo falamos do assunto central‖; o ―esse‖: pode-se apontar com o dedo, a certa distância, recém mencionado,porém já não presente. ―Nesses anos éramos levianos‖; o ―aquele‖: o que está bem longe (no espaço ou no tempo, passado ou futuro), antípoda de ―este‖. ―Naquele tempo foi criado o universo‖, ―Naqueles dias, os astros desabarão sobre a terra‖. Não é preciso explicitar sempre o sujeito do verbo pelo pronome; o verbo português pode implicar o sujeito: ―João foi à praça. Comprou um salame.‖ ―Ele mesmo/si mesmo‖. Com sujeito pessoal usa-se ele mesmo/ela mesma quando é sujeito do verbo ou aposto, e si mesmo/si mesma quando é objeto (direto ou indireto) do verbo: ―Davi não construiu o templo ele mesmo‖, ―Maria é ela mesma‖, ―Ele se engana a si mesmo‖. Quando o sujeito é impessoal, usa-se si mesmo: ―Importa ser si mesmo‖. Use o pronome relativo-genitivo ―cujo(a/os/as)‖ com a flexão certa, isto é, regido pelo substantivo que determina: ―Os habitantes de Atenas, cuja origem se perde no tempo e cujos ancestrais eram áticos‖. 3.1.4 Pontuação A vírgula serve para evidenciar a construção da frase, mas não deve ser multiplicada a ponto de tornar o texto pesado. A hipercorreção que multiplica A multiplicação indevida das vírgulas (muitas vezes por hipercorreção ou incompreensão) atravanca o texto. Em caso de dúvida, não use vírgula: parecerá distração — já uma vírgula fora de lugar parecerá erro. Não separe o sujeito do verbo numa frase em ordem direta (não invertida ou enfática); não use vírgula depois da conjunção ―mas‖ (a não ser para enfatizar). Proposições coordenadas ligadas por ―e‖: o não são separadas por vírgula quando o sujeito continua o mesmo, a não ser que a primeira frase seja muito comprida; o quando, porém, há troca de sujeito, insira-se vírgula antes da conjunção ―e‖: ―Ele foi embora para jogar futebol, e ela ficou onde estava‖. Advérbios e adjuntos adverbiais podem, para clareza, ser separados por vírgulas (antes e depois). Contudo, não se separe por vírgulas um advérbio que qualifica especificamente um substantivo ou adjetivo adjacente (ex.: ―um templo esplendorosamente decorado‖ – não: ―um templo, esplendorosamente, decorado‖). Proposições subordinadas relativas: o são precedidas de vírgula quando descritivas (acrescentam ao antecedente uma qualificação que não modifica o sentido da frase principal): ―O capitão, que era míope, mandou atirar no alvo errado‖; o não são precedidas de vírgula quando restritivas (restringem a extensão do antecedente): ―Os militares que são míopes devem ir para a reserva‖ (a frase se 12 restringe aos militares míopes; se se escrevesse: ―Os militares, que são míopes‖, estar-se-ia dizendo que todos os militares são míopes!). 3.1.5 Outras observações ―Pois‖, no sentido causal (= ―porque‖), abre a proposição subordinada e não é seguido de vírgula: ―Reinava silêncio, pois Fulano se calara‖. No sentido consecutivo (= ―portanto‖), não encabeça a proposição e vem entre vírgulas: ―Fulano calou-se. Reinava, pois, um silêncio mortal‖. 3.2 Citações 3.2.1 Noções gerais Considera-se citação o uso de textos de outra autoria que não a própria, exceto expressões da cultura geral (provérbios etc.). Para que possa ser verificada, mediante pesquisa bibliográfica e de modo inconfundível, a proveniência, a autenticidade e a exatidão da citação, deve estar acompanhada de uma anotação de fonte (#3.3.2). Distingam-se: citação: (parte de) outro documento copiado(a) no seu trabalho, de modo direto/ formal ou indireto/ informal (livre); anotação de fonte6: informação (integrada no texto ou apresentada em nota) da fonte (documento) do qual a citação foi copiada e que vem identificada na referência; referência bibliográfica (#4): identificação exata e inconfundível dos documentos referenciados no trabalho. 3.2.2 Citação direta e indireta a) A citação direta (formal/literal) reproduz o texto citado tal qual. Distingam-se: citação breve (até aprox. 3 linhas ou uma frase): no texto, entre aspas duplas (as aspas duplas que eventualmente ocorrerem dentro da citação são substituídas por aspas simples). citação longa (mais de uma frase ou mais de 3 linhas): reproduzida em parágrafo recolhido (letra tipo 10 e margem a 4 cm da margem principal, sem recuo na primeira linha; #5.1), não incluída entre aspas (as aspas que ocorrerem na citação permanecem intocadas). Na citação direta, eventuais modificações ou supressões são assinaladas por colchetes [ ]. Exemplo: Ao estudar as cartas de Paulo surge a pergunta: Que diferença há entre lei e exortação? Lei é a norma a ser seguida e impõe uma ordem a ser obedecida [...]. As exortações são formas de orientação e aconselhamento. Romanos 12 é um exemplo belíssimo de exortação [...] sobre o modo como as pessoas devem comportar-se [...]. (RODRIGUES, 2004, p. 87) Não é preciso sinalizar por colchetes a mudança da maiúscula inicial em minúscula em consequência da inserção na frase introdutória 7 . O melhor, porém, é formular a frase introdutória de tal modo que a citação possa começar sem modificação. 6 A distinguir das notas explicativas/informativas (#3.3.1). 7 Como fazem certas publicações, especialmente anglo-saxônicas. 13 Se a inserção de uma citação acarretar muitas modificações (mudança de pessoa, conjugação do verbo etc.), aconselha-se transformar a maior parte da citação em citação indireta e limitar a citação direta ao estritamente necessário. Pode-se também tratar a citação inteira como indireta, colocando-se em nota de rodapé aquilo que merece citação literal. Para citações de tipo especial (jurídico etc.) consultem-se os manuais de metodologia da área específica. Normalmente, citações em língua estrangeira aparecerão, no texto do trabalho, em tradução (a não ser que se queira mostrar a literalidade do idioma original); acrescente-se à anotação de fonte a identificação do tradutor (p.ex.: ―tradução nossa‖). Se desejável, pode-se reproduzir em nota explicativa o idioma original. b) A citação indireta (informal/livre) parafraseia o texto da fonte. Não exige destaque gráfico especial, mas é preciso incluir a anotação da fonte (#3.3.2). 3.3 Notas diversas e anotações de fonte Tratamos aqui das notas explicativas e remissivas (no rodapé), bem como das anotações de fonte de citação (no texto ou no rodapé). 3.3.1 Notas explicativas, remissivas e bibliográficas Distinguem-se notas explicativas: explicações que sobrecarregariam o texto, comentários, orientações para leitura etc.; notas remissivas, que remetem a outras partes do trabalho; notas bibliográficas ou de anotação de fonte. No sistema autor-data de anotação de fonte (#3.3.2.3), em que a anotação está entre parênteses no texto, o rodapé fica reservado para as notas explicativas e/ou remissivas. No sistema misto (#3.3.2.2), tanto as notas explicativas/remissivas quanto as bibliográficas estão no rodapé. Se, na mesma nota, figurarem observações explicativas ou remissivas ao lado de uma anotação de fonte, esta estará no início, precedendo as outras informações. Todas as notas são numeradas numa seqüência única. A numeração reinicia em cada capítulo do texto, o que se faz, automaticamente, pelos correspondentes comandos do programa eletrônico. 3.3.2 A anotação de fonte bibliográfica Tanto as citações diretas quanto as indiretas devem ser acompanhadas de uma anotação de fonte, que indica o lugar exato de onde provém a citação. Isto se pode fazer de diversas maneiras. 3.3.2.1 Anotação de fonte por meio de sigla ou abreviação Fontes primárias e instrumentais (textos-base, S. Escritura ou outras fontes clássicas ou institucionais, dicionários, bem como as obras do autor sobre o qual se faza monografia etc.) podem ser indicadas, quer na nota de rodapé, quer (preferencialmente) no texto, logo depois da citação, entre parênteses ( ), por uma sigla devidamente explicada na lista de abreviações antes do sumário. A indicação do trecho citado pode ser pelo verbete, pelo número ou parágrafo, pelo capítulo e versículo ou pela página, conforme a natureza da obra citada. 14 Na lista de abreviações, a sigla deve ser explicada mediante referência reduzida, enquanto na referência bibliográfica final deve aparecer a referência integral. Exemplos: No texto Na lista de abreviações Na referência bibliográfica (DHLP, ―Escatologia‖) DHLP = DICIONÁRIO HOUAISS da Língua Portuguesa DICIONÁRIO HOUAISS da Língua Portuguesa, São Paulo: Objetiva, 2004 (SZ 114) SZ = HEIDEGGER, Sein und Zeit. HEIDEGGER, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer, 1979. (CIC, cân. 2205, § 1) CIC = CÓDIGO de Direito Canônico CÓDIGO de Direito Canônico. São Paulo: Loyola, 2001. Quanto às siglas bíblicas, basta mencionar, no fim da lista de abreviações, a edição bíblica da qual foram tomadas as abreviações, se bastante conhecida. Exemplo: As abreviações bíblicas são tomadas de: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Bíblia Sagrada: Tradução da CNBB. 8.ed. Brasília: CNBB, 2008. 3.3.2.2 Anotação de fonte no rodapé (sistema de “notas mistas”) As anotações de fonte (prescindindo das mencionadas em #3.3.2.1) podem aparecer em nota de rodapé (com a correspondente chamada no texto), inserida sequencialmente entre as outras notas de rodapé, que podem ser de natureza diferente; daí o nome de ―notas mistas‖ (#3.3.1). É o sistema aconselhado para monografia, dissertação e tese. a) Regra geral Atrás da citação ou atrás do nome do autor 8 , insira-se a chamada da anotação, em número alto/expoente. A nota de rodapé exibirá o mesmo número que a chamada e exibirá a referência reduzida, composta do sobrenome do autor (em maiúsculas), da(s) primeira(s) ou palavra(s) do título (incluindo o artigo) e da localização da parte citada (página, coluna ou outra indicação, segundo a natureza da fonte) 9 . 3 VAZ, Escritos de Filosofia I, p. 48. 2 KÜNG, Ser cristão, p. 203. 14 RAHNER, Schriften VI, p. 45. 22 KONINGS, Evangelho seg. João, p. 58-61. Fontes primárias ou instrumentais, quando citadas em nota, são identificadas pela sigla representada na lista de abreviações (#3.3.2.1). b) Repetição por advérbios/locuções adverbiais 8 Caso ele apareça no texto. Em geral, é preferível colocar a chamada depois da citação. 9 Não é necessário que a primeira nota exiba a referência completa da obra, pois esta é facilmente encontrada na referência/lista bibliográfica final. 15 Se há repetição próxima 10 , podem-se utilizar os advérbios ou locuções adverbiais de uso tradicional 11 . Observe-se a lógica inerente ao sentido de tais expressões: em relação à referência imediatamente anterior usa-se: ―id.‖ (mesmo autor), ―ibid.‖ (mesma obra; sendo a mesma obra, o autor é necessariamente o mesmo, portanto, não se usa ―id. ibid.‖); em relação à referência não imediatamente anterior, porém situada na proximidade (no mesmo parágrafo), pode-se usar: ―op. cit.‖ (última obra citada do referido autor; o nome do autor deve ser repetido). Porém, preferível é repetir a referência reduzida. O uso de maiúsculas iniciais depende do lugar na frase: no início da frase: Id. / Op. cit. não no início: Cf. id. / Cf. op. cit. do mesmo modo, em parêntese: (op. cit.). 3.3.2.3 Anotação de fonte em parêntese (sistema autor-data) Segundo este sistema, que é praxe ou até exigência para artigos acadêmicos, insere-se no texto, logo depois da citação, entre parênteses ( ), o sobrenome do autor, em maiúsculas, a data da obra e a parte citada (com ―p.‖ [página] ou ―c.‖ [coluna]), tudo separado por vírgulas. No caso de dois autores da mesma obra, os sobrenomes são separados por ponto-e-vírgula. Havendo mais de dois autores, menciona-se apenas o primeiro e acrescenta-se ―et al.‖ (= abreviatura de ―et alii‖)12. ...... (KONINGS, 2005, p. 45). ...... como se vê.‖ (TABORDA; LIBANIO, 1999, p. 45-47). ...... e basta!‖ (BARROS et al., 2002, p. 345). Se o autor é mencionado no corpo do texto, na proximidade da citação, pode-se colocar a anotação logo depois desse nome (grafado em tipo normal), mencionando-se entre parênteses apenas data e página. Como diz Libanio (2007, p. 99): ―Deus é amor‖. ―Deus é amor‖, diz Libanio (2007, p. 99). Caso haja diversas obras do mesmo autor com o mesmo ano de edição, sejam individuadas acrescentando-se ―a‖, ―b‖ etc. O sol ―avermelhou‖ (MEIRELLES, 1938a, p. 72), ―roxeou‖ (id., 1938b, p. 32). Ocorrendo citações de diversos autores com o mesmo sobrenome, faz-se a distinção acrescentando as iniciais do nome, separadas por vírgula: ..... (SILVA, C., 1987, p. 14) ..... (SILVA, A., 2005, p. 56). 10 Geralmente, dentro do mesmo parágrafo. Como o texto está exposto a remanejamento, não convém usar este recurso para citações afastadas entre si, pois no decorrer do trabalho podem inserir-se outras referências que interrompem a repetição. 11 A norma da ABNT não usa itálico nas abreviaturas latinas usadas na referência, mas não proíbe que se o faça. 12 Evite-se, porém, referenciar coletâneas como um todo e procure-se na medida do possível fazer a referência pelo nome do autor da parte específica, para que seja respeitada a propriedade autoral de cada um. 16 Caso o mesmo autor seja repetido imediatamente depois, seu nome será substituído por ―id.‖ (= ―idem‖); se a mesma obra for repetida, nome e data são substituídos por ―ibid.‖ (= ―ibidem‖). Nessa obra, nossa romancista usa a expressão ―se deixou estar‖ (ASSIS, 1899, p. 25), e assim também em outro romance: ―Ele se deixou estar‖ (id., 1902, p. 32). Nesta mesma obra ocorre uma variante: ―Ele se pôs‖ (ibid., p. 33). 4 A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA A expressão ―referência bibliográfica‖ pode se referir à obra individual ou, no uso atual, à lista de obras citadas no final do trabalho acadêmico (#4.3). A referência serve para a identificação inconfundível da fonte da citação. Na lista final das referências, tem de aparecer em sua forma essencial integral (não abreviada, como nas anotações de fonte). Na forma essencial não se consideram as informações suplementares, como título original, tradutor, coleção, tamanho, preço etc., que servem para outros fins 13 . O que permite a identificação da anotação de fonte (#3.3.2) com a referência (#4) é a ―entrada‖, ou seja, a primeira palavra da referência (grafada em maiúsculas) acompanhada de um complemento (no sistema autor-data, o ano de publicação; no sistema de referência abreviada, as primeiras palavras do título da obra). No sistema de siglas (#3.3.2.1), a identificação se faz mediante a lista de siglas e abreviações. 4.1 Elementos da referência em geral 4.1.1 Autoria 4.1.1.1 Autoria pessoal No Brasil, a entrada é pelo último sobrenome, seguida de vírgula e os nomes e demais sobrenomes. Para o caso de sobrenomes estrangeiros (ou de sobrenomes duplos inseperáveis brasileiros) consultem-se os catálogos de autores de cada região 14 . VAZ, Henrique C. de Lima. MAC DOWELL, João Augusto Anchieta Amazonas. Em caso de dúvida insira-se na lista bibliográfica uma remissiva. Exemplo: > Se, na lista alfabética, sob a letra C aparece a remissiva: CHARDIN, Pierre Teilhard de. Ver TEILHARD >> aparecerá sob a letra T a referência integral: TEILHARD de Chardin, Pierre. Le milieudivin. [etc.] Sobrenomes unidos por hífen (-) ou apóstrofe (‘) não se separam: LÉON-DUFOUR, O‘CONNOR, D‘AUBUISSON Também neste caso pode ser útil usar remissiva: AUBUISSON. Ver D‘AUBUISSON. 13 Como resenhas, orientações bibliográficas etc. Informações sobre o registro dos elementos suplementares encontram-se nas normas da ABNT e nos manuais de redação. 14 Disponíveis na Biblioteca. 17 O nome é transcrito na forma que ocorre na obra à qual se faz referência. Se, porém, aparece em formas divergentes nas diferentes obras do mesmo autor, é preciso padronizar, para que todas as obras do mesmo autor se encontrem reunidas; as formas divergentes são mencionados em remissiva. FREIRE, Gilberto. Ver FREYRE. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala [etc.]. SICRE, José Luis. Ver SICRE DIAZ. SICRE DIAZ, José Luis. Introdução ao Antigo Testamento [etc.]. Quando a obra tem até três autores, mencionam-se os três na entrada da referência, na ordem em que aparecem na publicação, separados por ponto-e-vírgula. MAIA, Tom; CALMON, Pedro; MAIA, Thereza Regina de Camargo. Se há mais de três autores, mencionam-se um (é preferível), dois ou os três primeiros, seguidos pela expressão: et al. (= et alii, ―e outros‖). ALMEIDA, José da Costa et al. ALMEIDA, José da Costa; VARGAS, Feliciano et al. ALMEIDA, José da Costa; VARGAS, Feliciano; LOBATO, Maria Luísa et al. No caso de coletâneas ou obras coletivas, a entrada pode ser feita pelo nome do responsável intelectual, se destacado como tal na obra. Indica-se entre parênteses ( ) sua qualificação (organizador, coordenador etc.; abreviado, com maiúscula inicial). CUNHA, Antônio da (Coord.). A poesia no Brasil. [etc.] Em caso de autoria desconhecida, entra-se pelo título, grafando a primeira palavra em maiúsculas (não usar expressões como ―Anônimo‖, ―Vários‖, ―Diversos‖, ―VV.AA.‖ etc.). A NUVEM do não-saber Em lista bibliográfica, todas as obras do mesmo autor, mesmo publicadas sob diversos nomes, figuram sob o nome que tem maior oficialidade, usando-se remissiva para os demais: LOBO, Fernando. Ver TUPINAMBÁ, Marcelo. .............................................. TUPINAMBÁ, Marcelo. O amanhecer. Rio de Janeiro: Aurora, 1908. 4.1.1.2 Autoria coletiva As obras de responsabilidade de entidades coletivas (órgãos governamentais, congressos etc.) entram na lista por seu próprio nome, em extenso: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. XII Assembléia Geral [etc.] BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da diretoria geral, 1984, [etc.] CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 10, 1979, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3 v. Quando a entidade coletiva tem denominação genérica, seu nome é precedido pelo órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence: BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento... IBGE. Centro de Serviços Gráficos 18 Quando a entidade coletiva, embora vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, entra-se diretamente pelo seu nome. Em caso de ambiguidade coloca-se no final, entre parênteses, o nome da unidade geográfica a que pertence. Exemplo: INSTITUTO MÉDICO LEGAL (RJ) || INSTITUTO MÉDICO LEGAL (SP) 4.1.2 Título O título é reproduzido tal como figura na obra referenciada, transliterado se necessário (em caso de idioma com alfabeto não latino). O subtítulo segue depois de dois pontos. Subtítulos que não fornecem informação essencial podem ser suprimidos. São permitidas supressões em títulos demasiadamente longos, desde que a supressão não altere o sentido. Elas são indicadas por reticências entre colchetes [...]. Também acréscimos (tradução do título etc.) vão entre [...]. No caso de periódicos referenciados como um todo, o título é sempre o primeiro elemento da referência, mesmo quando a publicação é obra de um autor ou entidade identificável. No caso de periódico com título genérico, incorpora-se o nome da entidade autora ou editora, ligado por uma flexão gramatical, posta entre colchetes [ ]: NOTÍCIAS [da] Paróquia S. José, São Venceslau, SP. 4.1.3 Edição A edição é indicada em algarismo arábico, seguido de ponto e da abreviatura ―ed.‖ (p.ex.: 2.ed.). Indicam-se emendas e acréscimos à edição, de forma abreviada: 2.ed. rev. e aum. (a ABNT recomenda o uso da língua original para esta indicação). 4.1.4 Imprenta (dados referentes à impressão) 1) Local/cidade É indicado tal como figura na publicação referenciada. Quando há mais de um local para a editora, indica-se o mais destacado ou o primeiro. Ex.: Freiburg: Herder (não: Friburgo em Brisgóvia-Colônia-Roma: Herder). No caso de homônimos, acrescenta-se o nome do país, estado etc. Viçosa, MG || Viçosa, RN Quando a cidade não aparece na publicação, mas pode ser identificada, indica-se entre colchetes. Não sendo possível identificar, escreva-se, entre colchetes : [S.l.] (= sine loco). 2) Editor O editor é mencionado tal como figura na publicação referenciada, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se outros elementos, dispensáveis para a identificação (―editora‖, ―livraria‖ etc.). Vozes | Paulinas | Loyola Quando há mais de um editor, indica-se o mais destacado ou o primeiro. Os demais podem, mas não precisam ser registrados, com seus respectivos locais. Exemplo: Petrópolis: Vozes; Aparecida do Norte: Santuário, 1997. 19 Quando o editor não aparece na publicação, mas pode ser identificado, indica-se entre colchetes. Quando não pode ser identificado, pode-se indicar o impressor. Na falta de ambos, indica-se, entre colchetes: [s.n.](= sine nomine). Não aparecendo nem local, nem editor ou impressor, indique-se: [S.l.: s.n.] 3) Data O ano de publicação é indicado em algarismos arábicos, sem ponto depois do milhar. Se a data não se encontra na folha de rosto ou em outro espaço oficial, mas pode ser estabelecida, indica-se entre colchetes. P. ex.: [1985]. Se há incerteza, essa deve ser manifestada. P. ex.: [1985?]; [197-] (= na década de 1970); [18--] (= no século XIX). Não aparecendo a data, indique-se: [s.d.] Nas referências bibliográficas de monografias em vários volumes, de periódicos ou de publicações seriadas consideradas no todo, indica-se a data inicial, seguida de hífen, se a publicação ainda não foi concluída, ou hífen e data do último volume publicado, em caso de publicação encerrada. Exemplos: São Paulo, 1973- . Rio de Janeiro, 1899-1935. Os meses devem ser abreviados no idioma original da publicação (cf. Anexo XV) Se a publicação indicar, em vez dos meses, as estações do ano ou as divisões do ano em trimestres, semestres etc., transcrevem-se as primeiras tais como figuram na publicação e abreviam-se as últimas: Summer 1987 | 2. trim. 1987 | maio/ ago. 1989 4.2 Casos específicos 4.2.1 Referência de livros Dados essenciais: Sobrenome autor (maiúsc.), nome. Título (itálico ou negrito): subtítulo. Edição (se não for a primeira). Local: editor, ano de publicação. Dependendo da finalidade da lista (p.ex., em sugestões para compra de livros), podem-se acrescentar informações suplementares (Coleção [entre parênteses]. Número de páginas ou de volumes. Outras informações), mas em trabalhos acadêmicos isso não é preciso. a) Caso mais simples: um autor apenas GOTTWALD, Norman Karol. As tribos de Iahweh: uma sociologia da religião de Israel liberto, 1250-1050 a.C. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 1991. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1967. b) Mesmo autor, outra obra Substituir onome por traço prolongado _____ (de seis espaços, independentemente do tamanho do nome substituído), seguido de ponto. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1967. ______. Esfinge clara. Rio de Janeiro: São José, 1962. c) Dois autores MORGAN, Clifford; DEESE, James. Como estudar. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1970. d) Três autores 20 KATZ, Samuel; DORIA, Francisco; LIMA, Luís Costa. Dicionário crítico da comunicação. Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1971. || ou: KATZ, Samuel et al. Dicionário crítico da comunicação. Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1971. e) Mais de três autores BECKER, Fernando et al. Apresentação de trabalhos escolares. 6.ed. Porto Alegre: Prodil, 1982. f) Autoria impessoal, entidades coletivas CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA. Tipos e aspectos do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1956. g) Entrada pelo editor ou organizador ARCHAMBAULT, Reginald D. (Org.). Educação e análise filosófica. São Paulo: Saraiva, 1979. h) Entrada pelo título RELIGIÃO e Cristianismo: manual de Cultura Religiosa. 2.ed. Porto Alegre: Instituto de Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1977. Obs.: neste caso, o título não vai em itálico. i) Obras em vários volumes INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975-1981. 10 v. 4.2.2 Referência de partes de livros Aconselha-se referenciar as obras pela parte em que se encontra citação, sobretudo em se tratando de obras coletivas ou coletâneas, para que a propriedade de cada autor seja respeitada, inclusive porque existem instâncias de qualificação de autores conforme a freqüência com que são citados nas publicações científicas. O mesmo vale para os verbetes de dicionários (#4.2.3). a) Com autoria própria Referenciar as páginas: RAD, Gerhard von. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: ASTE, 1973. v. 2, p. 45. ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1970. v. 5, p. 22. Ou, especificando o título da parte: INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. A resposta de Deus em Jesus Cristo. In: _____. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975. v. 2. b) Sem autoria própria Sobrenome autor da parte considerada (maiúsc.), nome. Título da parte (normal). In: Referência da publicação no todo (autor, título etc., como acima). Páginas da parte referenciada. 1) Volume de uma obra em diversos volumes WIEDERKEHR, Dietrich. Cristologia sistemática. In: FEINER, Johannes; LÖHRER, Magnus. Mysterium Salutis: compêndio de dogmática histórico-salvífica. Petrópolis: Vozes, 1973. v. III/ 3. 2) Secção ou parte de livro - Com título e autor próprios: GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos. In: ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969. v. l, secção 3, p. 171-213. 21 - Com título próprio, em obra do mesmo autor (o nome é substituído por _____.): COUTINHO, Afrânio. Simbolismo, impressionismo, modernismo. In: ______. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: São José, 1959. p. 207-237. - Com título próprio, em obra coletiva sem autoria mencionada: o primeiro vocábulo do título da obra coletiva (que consta como tal na bibliografia) vai em maiúsculas: DUPONT, Pierre. Les écrits apocryphes. In: TRADUCTION Oecuménique de la Bible: édition intégrale: Ancien Testament. Paris: Cerf, 1976. p. 1203-1223. 4.2.3 Referência de verbetes de dicionários a)Com autoria própria GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma: Paoline, 1979. p. 1401-1421. b) Sem autoria própria CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Ed.). Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 312. 4.2.4 Referência de periódicos, coleções etc. a) Considerados no todo Título (maiúsc.). Local: editor/entidade, ano do 1° vol. (e do último, se a publicação cessou). REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- . PERSPECTIVA TEOLÓGICA. Belo Horizonte: Departamento de Teologia - FAJE, 1969- b) Considerados em parte Título da coleção (maiúsc.). Título próprio do fascículo, se houver. Local: editor, volume, número, data. CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, v. 38, n. 9, set. 1983. 4.2.5 Referência de artigos de revista Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título do artigo. Título da revista [e do fascículo ou suplemento, se tiver título próprio] (ital. ou subl.), local [se preciso], número do volume ou tomo-ano, fascículo, páginas inicial e final do artigo, mês [ou equivalente] + ano de publicação do fascículo. a) Com autoria própria MOSER, Antônio. O domingo: que fazer com ele?. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, v. 37, n. 147, p. 492-493, set. 1977. [Observe o ponto separador depois de ?] b) Sem autoria própria O FUTURO da Universidade. Revista Acadêmica, Rio de Janeiro, v. 2, n. 5, p. 40-43, maio/ jun. 1970. "NÓS nos devíamos lembrar dos pobres" (Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. Perspectiva Teológica, v. 22, n. 58, p. 283-288, set./ dez. 1990. Editorial. 4.2.6 Referência de artigos ou cadernos de jornais Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título do artigo. Título do jornal (itálico), local, dia + mês [abrev.] + ano, página ou rubrica. 22 a) Com autoria própria GUIMARÃES, Josué. Portugal: turismo em novas dimensões. Correio do Povo, Porto Alegre, 2 mar. 1975. p. 21. b) Sem autoria própria MONTENEGRO espera 400 mil visitantes no centenário. Folha da Tarde, Porto Alegre, 18 abr. 1973. p. 26. c) Em suplemento especial com numeração própria DE BONI, Luiz Alberto. A crise do Clero. Correio do Povo, Porto Alegre, 3 abr. 1976. Caderno do Sábado, v. 8, n. 411, p. 12. (Catolicismo no Brasil após 10 anos de renovação, 5). 4.2.7 Referência de trabalhos não publicados Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título (itálico): subtítulo. Cidade, entidade, data. Gênero do documento. SCHÜLER, Donaldo. A embaixada a Aquiles na estrutura da Ilíada. Porto Alegre: PUCRS, 1970. Tese de livre-docência não publicada. SALVADOR, Ângelo Domingos. Trabalhos didáticos: normas técnicas. Porto Alegre: Instituto de Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1981. Apostila mimeografada. 4.2.8 Referência de fontes informáticas Informações exclusivas da mídia eletrônica: bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco, programas e conjuntos de programas, mensagens eletrônicas, e.o. Elementos essenciais: autor, denominação ou título e subtítulo (se há) do serviço ou do produto, indicações de responsabilidade, endereço eletrônico e data de acesso. No caso de arquivos eletrônicos, acrescentar a respectiva extensão atribuída ao arquivo). Arquivo em disco: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc: normas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 7 mar. 1998. 5 disquetes 3½‖, Word for Windows 7.0. E-mail: ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <mtmendes@uol.com.br> em 26 jan. 2000. Homepage institucional: CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponível em: <http// www.gcs.net.com.br/oamis/civitas>. Acesso em: 27 nov. 1998. Obras impressas consultadas eletronicamente devem ser referenciadas com base na forma impressa. Se isso for impossível, mencione-se: (texto impresso indisponível). 4.2.9 Referência de recensão Para referir, num outro texto, uma recensão:referência da obra recenseada (elementos essenciais, sem destaques, eventualmente abreviada mediante [...]), seguida da expressão ―Recensão de:‖ mais a referência da recensão. RUIZ DE GOPEGUI, Juan Antonio. A flor impossível: Salmos e cantos de esperança. São Paulo: Loyola, 1978. 134 p. Recensão de: LIBANIO, Joao Batista. Síntese, Belo Horizonte, v. 5, n. 13, p. 161-162, abr./jun., 1978 23 4.3 A Referência Bibliográfica final A Referência Bibliográfica final (cf. Anexo II), também chamado Elenco Bibliográfico ou simplesmente Bibliografia, tem por finalidade apresentar, em ordem alfabética, as referências integrais das obras que, em forma reduzida, foram referenciadas nas anotações de fonte (#3.3.2). A entrada das referências seja idêntica à da referência reduzida usada no trabalho. Por razões de praticidade, não convém subdividir a lista, separando entre livros, artigos e publicações eletrônicas etc. Pode-se, porém, distinguir entre (1) Instrumentos (dicionários etc.), (2) Fontes primárias (textos do autor examinado, documentos escriturístico-patrísticos etc.) e (3) Outras obras. 5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS Nesta secção apresentamos as orientações formais para a execução e apresentação dos trabalhos de aula e de conclusão de curso. 5.1 Texto padrão: diagramação e disposição É importante o uso dos ―estilos‖ na digitação, porque permitem uma organização mais clara do trabalho e a geração automática do sumário (os títulos de capítulos, itens e subitens formatados com os estilos ―Título 1‖, ―Título 2‖, ―Título 3‖ etc. entrarão automaticamente no ―Sumário‖ produzido pelo comando correspondente). Convém primeiro digitar em estilo ―Normal‖ antes de aplicar os estilos específicos aos elementos que o exigirem. Normas para a diagramação do texto, baseadas na ABNT e adaptadas ao uso de nossa Faculdade: Configuração da página: papel A4; superior e esquerda: 3cm, inferior e direita: 2cm (em caso de impressão frente/verso: superior e interna: 3cm, inferior e externa: 2cm). Parágrafo normal: tipo Times (Times New Roman) 12, entrelinha 1,5, justificado, 3 pontos antes e 3 depois, recuo de 2 cm na primeira linha. Parágrafo recolhido ou de citação: Times 11, entrelinha 1, justificado, 3 pontos antes, 3 pontos depois, o parágrafo inteiro alinhado a 4 cm da margem do texto normal, sem recuo na 1ª linha. Título 1: Cambria (= padrão para títulos no Word 7) ou Times 16 negrito, centralizado. Título 2: Cambria ou Times 14 negrito, alinhado na margem esquerda. Título 3: Cambria ou Times 12 negrito, alinhado na margem esquerda. Referência (lista) bibliográfica: como o parágrafo recolhido, mas sem recuo da margem normal. Nota de rodapé: Times 11 (automático no Word 7). Numeração das páginas: embaixo, à direita (em caso de impressão frente/verso: embaixo, no meio). Nos projetos e trabalhos de conclusão, a numeração é contada a partir da folha de rosto, mas só aparece a partir dos elementos textuais. Esquemas, textos especiais etc.: em princípio, Times 11 (automático no Word 7), entrelinha 1. Todavia, a natureza do esquema pode determinar o tipo e a formatação (texto centralizado ou não etc.). O aspecto visual exige que os dados sejam apresentados de forma concentrada, se possível aparecendo na mesma página. Para não dividir os esquemas, marquem-se os 24 parágrafos com o comando Parágrafo\ Quebras de... Manter com o próximo e Manter linhas juntas; ou faça-se uma moldura mediante o programa Desenho. 5.2 Trabalhos de aula Os trabalhos de aula não levam folha de rosto, mas são encimados pelo cabeçalho simples. A posição de nome do aluno e data de entrega no lado superior direito facilita a classificação dos trabalhos para correção e devolução. FAJE – Departamento de [Filosofia ou Teologia] Disciplina: [nome da disciplina + ano + semestre] Professor: ... [nome] Aluno: [nome sublinhado] Data: [data marcada p/entrega] [Título em maiúsculas e centralizado:] A EUCARISTIA SEGUNDO PAULO [segue o texto] 5.3 Projetos para trabalhos de conclusão 5.3.1 Projetos de pesquisa na Graduação No momento indicado pelo Departamento determine-se um objeto de pesquisa e procure-se, em entendimento com o Coordenador, um Orientador para ajudar na elaboração do projeto e, depois, orientar o trabalho. 5.3.1.1 Elementos a) Folha de rosto com dados identificadores: instituição (FAJE), nome do aluno, ―projeto de monografia‖, tema ou assunto (título e subtítulo provisórios), área de pesquisa, orientador (#5.3.1.2) b) Objetivo: - objetivo geral: finalidade principal da pesquisa, delimitação positiva (aspectos que serão pesquisados) e negativa (aspectos notórios que ficarão fora da pesquisa); - objetivos específicos, temas específicos que serão objeto da pesquisa e implicados no objetivo geral. c) Justificativa e descrição sumária: motivações, circunstâncias e desafios (especialmente do ponto de vista acadêmico) que tornam a pesquisa relevante. d) Esquema provisório, considerando a exposição do objeto/tema, o estado da pesquisa e da literatura, o desenvolvimento ou arguição e a conclusão. e) Bibliografia básica, mostrando conhecimento de algumas fontes de pesquisa relevantes. f) Cronograma das sucessivas etapas da elaboração do trabalho. 5.3.1.2 Normas específicas Extensão: máx. 3 p. Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1) Folha de rosto com os elementos (#5.3.1.1a) em tamanhos hierarquizados (Times ou Cambria 16, 14 e 12) e dispostos equilibradamente (cf. Anexo VI). Sem encadernação 25 5.3.2 Projetos de pesquisa na Pós-Gradução No período hábil, encaminhe-se o projeto de pesquisa 15 , que deve ter afinidade com os projetos do Programa de Pós-Gradução publicados no ―Ano Acadêmico‖, podendo-se sugerir abertura de novo projeto no Programa, se for o caso. Procure-se primeiro o Coordenador do Programa, que indicará um Orientador. Em diálogo com o Orientador, elabore-se o projeto que deve ser entregue na competente Secretaria, no prazo estabelecido. 5.3.2.1 Elementos a) Folha de rosto com dados identificadores: instituição (FAJE), nome do aluno, ―projeto de (monografia, dissertação, tese)‖, tema ou assunto (título e subtítulo provisórios), área de pesquisa, orientador (#5.3.2.2). b) Descrição sumária da pesquisa que se pretende fazer, situando-a na discussão atual sobre o assunto (campo, autor[es] principal[ais] etc.). c) Objetivo: - objetivo geral: finalidade principal da pesquisa, delimitação positiva (aspectos que serão pesquisados) e negativa (aspectos notórios que ficarão fora da pesquisa); - objetivos específicos, temas específicos que serão objeto da pesquisa e implicados no objetivo geral. d) Justificativa e descrição sumária: motivações, circunstâncias e desafios (especialmente do ponto de vista acadêmico) que tornam a pesquisa relevante. e) Tipo/método de pesquisa (#) (no caso de filosofia e teologia, o método será principalmente a pesquisa bibliográfica, baseada em publicações, eventualmente acompanhada de pesquisa de campo ou de pesquisa histórica, arqueológica ou artística. f) Exequibilidade: mostrar que dispõe do tempo e dos instrumentos/possibilidades de pesquisa necessárias para a execução do projeto. g) Esquema provisório, prevendo, em diálogo com o orientador: – a exposição do que se pretende examinar, – a descrição do estado da discussão e da literatura a considerar; – o desenvolvimento ou arguição; – a conclusão. h) Bibliografia básica (não exaustiva), mostrando que o proponente tem conhecimento das principais publicações recentes a respeito do tema. Distingam-se: (a) bibliografia comentada dos principais estudos sobre o assunto (demonstrandojá certa familiaridade com o assunto); (b) demais obras (não comentadas). i) Cronograma das sucessivas etapas da elaboração do trabalho. 5.3.2.2 Normas específicas Extensão: Projeto de Dissertação: máx. 10 p. / Projeto de Tese: máx. 20 p. Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1). Folha de rosto com os elementos (#5.3.2.1a) em tamanhos hierarquizados (Times ou Cambria 16, 14 e 12) e dispostos equilibradamente. (Cf. Anexo VI) Encadernação: cartolina leve (flexível) com o mesmo texto da folha de rosto. 15 Aqui trata-se do projeto de pesquisa inicial em vista da admissão ao programa, não do esquema definitivo que o Departamento eventualmente exija em vista da continuação. 26 5.4 Trabalhos de conclusão 5.4.1 Monografia de Bacharelado Para detalhes, ver embaixo (#5.4.2.3) 5.4.1.1 Elementos a) elementos pré-textuais capa página de rosto resumo e descritores listas de abreviações, siglas, figuras, gráficos, quadros... sumário b) elementos textuais (texto da monografia) c) elementos pós-textuais referência bibliográfica (cf. Anexo II) anexos e apêndices, se houver 5.4.1.2 Normas específicas Extensão (considerando só os elementos textuais): aprox. 20 p. Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1). Impressão frente/verso. Encadernação: cartolina leve (flexível) com o mesmo texto da folha de rosto. 5.4.2 Dissertação de Mestrado e tese de Doutorado Para detalhes, ver embaixo (#5.4.2.3) 5.4.2.1 Elementos a) Elementos pré-textuais capa página de rosto página de aprovação dedicatória e agradecimentos (opcional) epígrafe do trabalho (opcional) resumo e descritores listas de abreviações, siglas, figuras, gráficos, quadros... sumário b) Elementos textuais (texto da dissertação ou tese) c) Elementos pós-textuais referência bibliográfica (cf. Anexo II) anexos, apêndices, glossário 5.4.2.2 Normas específicas Extensão (considerando só os elementos textuais): dissertação: aprox. 100 p.; tese: aprox. 250 p. 27 Configuração, parágrafo e letra: cf. texto padrão (#5.1). Impressão frente/verso. Encadernação para comissão examinadora: com espiral. Encadernação definitiva: cf. a seguir. 5.4.2.3 Detalhamentos16 a) Elementos pré-textuais 1. Capa (cf. Anexo VIII) Distribuir harmoniosamente os seguintes elementos, nesta ordem: Nome do autor do trabalho no alto da página, centralizado, iniciais em maiúsculas (Times 14). Título do trabalho centralizado, todo em maiúsculas (Times 16, negrito), entrelinha 1. O subtítulo, se houver, é colocado na linha seguinte (Times 16, claro). Natureza do trabalho (monografia, dissertação, tese, trabalho de iniciação à pesquisa científica) e |Orientador(a): ...| (Times 14, negrito, entrelinha 2). Caso tenha sido bolsista de agência do governo brasileiro: |Apoio ... (PROSUP, PAPG-FAPEMIG etc.)| (Times 12); Nome da instituição, cidade e ano de apresentação (em 3 linhas), centralizado, iniciais em maiúsculas, Times 14, entrelinha 2. Para a entrega definitiva de trabalhos da monografia de Bacharelado, exige-se capa em cartolina leve, de cor azul claro, para dissertação e tese, capa dura (#5.4.2.4). 2. Página de rosto (cf. Anexo VI) Tudo como na capa, porém com o item ―Natureza‖ mais elaborado, em forma de um bloco mencionando a natureza do trabalho (dissertação, tese), objetivo (exigência do curso), nome da instituição a que é submetido; área de concentração e nome do(da) orientador(a). Parágrafo justificado, a 7 cm da margem (Times 12, entrelinha 1). Assim: Dissertação apresentada ao Departamento de Teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, como requisição parcial à obtenção do título de [grau] em [Filosofia/Teologia]. Área de concentração: ... Orientador(a): Prof(ª) ... 3. Página de aprovação Página na qual será inscrita, no exemplar depositado, a aprovação da instância examinadora. 4. Página com dedicatória e agradecimentos (opcional) Na parte de cima coloque-se a fórmula dedicatória (sem o título ―Dedicatória‖), centralizada. Na parte inferior, a expressão ―Agradecimento‖, centralizada, seguida por alguns agradecimentos sucintos, alinhados à direita. Tudo em Times 12, entrelinha 1,5. 5. Epígrafe do trabalho (opcional) Pensamento ou frase que norteia o trabalho, com o nome do autor, porém sem a referência bibliográfica. Em página separada, entre aspas duplas, na margem inferior, alinhado à direita, com as iniciais em maiúsculas (Times 12, entrelinha 1,5). 16 Para maiores informações consulte-se o Serviço de Orientação Metodológica, na Biblioteca da FAJE. 28 6. Resumo e descritores (em dissertação e tese: com tradução) O texto monográfico é precedido do resumo, escrito em um único parágrafo com até 500 palavras = 3.500 caracteres, espaços incluídos (Times 12, sem recuo, entrelinha 1). Deverá conter: a) objetivo do trabalho (O que se pretendeu fazer?); b) os principais dados ou fatos em que se baseia a pesquisa (Do que trata o trabalho?); c) indicações da metodologia (Como foi feito o trabalho?); d) principais conclusões em grandes linhas (O que se encontrou, descobriu?) Em novo parágrafo único acrescentam-se os descritores para catalogação e referência: entre 3 a 6 palavras-chave representativas do conteúdo do trabalho. Para dissertação e tese exige-se, além de resumo e descritores em vernáculo, sua tradução num idioma científico internacional. 7. Lista de abreviações e siglas (se necessária) Quando se usam abreviações que não são de conhecimento comum (não constando dos dicionários) é preciso incluir a lista dessas abreviações, em ordem alfabética. À lista de abreviações acrescentam-se as siglas de fontes primárias ou equivalentes (livros da S. Escritura, autores clássicos etc.) usadas no texto, sendo a referência bibliográfica completa fornecida na lista bibliográfica final. 8. Listas de figuras, gráficos, quadros e tabelas (se necessárias) Caso sejam utilizados elementos ilustrativos no desenvolvimento do trabalho, devem ser listados logo depois das abreviações, por tipo e sequencialmente. 9. Sumário (obrigatório) A palavra ―SUMÁRIO‖ fica centralizada, em maiúsculas, Times 12, negrito. Os títulos (em maiúsculas) e subtítulos (maiúscula só no início) são marcados com a numeração progressiva, que aparece também no corpo do trabalho. (Os editores eletrônicos produzem o sumário automaticamente, desde que os títulos sejam formatados como tais.) b) O texto da dissertação ou tese 1. Introdução A Introdução, intitulada assim, é redigida sem subdivisões, breve e objetiva, ocupando de 5 a 10 por cento do trabalho. Contém: a) a apresentação dos elementos definidos no projeto de pesquisa: tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos, metodologia e marco teórico; b) o número de capítulos e síntese de cada capítulo; c) a previsão das conclusões; d) um parágrafo de ―ligação‖ com o primeiro capítulo. A Introdução só pode ser redigida definitivamente depois de concluído o trabalho, porque será um espelho antecipado das conclusões. Usar-se-á, normalmente, o verbo no tempo presente. 2. Desenvolvimento O desenvolvimento, respondendo a 80 a 90 por cento do trabalho, deve ser organizado em secções (capítulos), e estes, por sua vez, em subsecções/itens/tópicos, tantos quantos forem necessários. Nas universidades brasileiras é praxe adotar a numeração decimal progressiva (hierarquizada) de secções e subsecções, todas elas com título. As secções primárias podem, facultativamente, incluir otermo ―Capítulo‖ (1, 2 etc.). secção primária: (Capítulo) 1 (2 etc.) + respectivos títulos secção secundária: 1.1 (1.2, 1.3; 2.1 etc.) + respectivos títulos 29 secção terciária: 1.1.1 (1.1.2; 1.2.1, 1.2.2; 3.2.1 etc.) +... secção quaternária: 1.1.1.1 (1.1.1.2; 1.1.2.1; 1.2.1.1 etc.) +... secção quinária: 1.1.1.1.1 (1.3.2.6.1 etc.) +... Geralmente só se usa esta divisão até a secção terciária ou quaternária. Para outras subdivisões lance-se mão dos indicadores tradicionais: a. 1. a) 1) etc. Inicia-se nova página para cada secção primária (capítulo). A primeira secção/capítulo compreenderá, via de regra, a problematização (exposição do problema ou hipótese) e o estado da questão (estado da discussão em torno do assunto como tal) e o estado da literatura recente a respeito, chamado às vezes de ―Revisão de Literatura‖). Todos os capítulos tenham os devidos metatextos (#2.4.6): introdução (não intitulada) e conclusão (com título numerado). Estes metatextos são redigidos por último, explicitando a sequência lógica do desenvolvimento do trabalho. 3. Conclusão geral No capítulo final apresentam-se de forma clara, objetiva e ordenada as conclusões da pesquisa, retomando o problema e recapitulando o que foi apresentado nos outros capítulos. A conclusão é um ―espelho‖ da introdução: deve evidenciar o cumprimento integral do que foi previsto na Introdução. É redigida sem subdivisões e com tamanho semelhante ao da Introdução. Na conclusão, não se apresentam dados novos. Elementos, nesta ordem: a) verificação do problema, da hipótese e dos objetivos apresentados na introdução; b) retomada das conclusões de cada capítulo, com pequena síntese de cada um; c) conclusões gerais; d) indicação de possíveis caminhos para desenvolvimentos posteriores; e) parágrafo de encerramento. 4. Referências de citação (anotações de fonte) e notas de rodapé (#3.3) Adotando-se, como é o caso na FAJE, o sistema de notas mistas (#3.3.1), as referências/anotações de fonte das citações (diretas e indiretas), bem como as notas explicativas e remissivas devem ser postos em nota de rodapé e anunciadas por uma chamada no texto, depois do elemento a que se referem. Se na mesma nota ocorrem referência de fonte e observação explicativa, aquela precede esta. A numeração das notas recomeça em cada capítulo (ver a configuração automática). 5. Elementos ilustrativos (figuras, gráficos, quadros e tabelas) Dependendo do tema e da abordagem podem ser inseridos elementos ilustrativos, devidamente referenciados com títulos e fonte de informações. A lista das figuras aparece antes do Sumário no início do trabalho. e) Elementos pós-textuais 1. Anexo (opcional) Documento(s) não elaborado(s) pelo autor e utilizado(s) para provar, ilustrar ou fundamentar um texto. 2. Referência bibliográfica final (obrigatória) Apresenta a relação dos documentos consultados para a elaboração da pesquisa. Deve ser a mais completa possível, observando-se as normas da ABNT para a referência bibliográfica. As obras devem ser listadas em ordem alfabética, sem numeração, com entrelinha simples dentro de cada item e entrelinha duplo entre os itens (cf. Anexo II). 30 Verifiquem-se os nomes dos autores, especialmente os de origem estrangeira. Em caso de dúvida consulte-se o Serviço de Orientação Metodológica, na Biblioteca (#4.1.1). 3. Apêndice (opcional) Textos ou informações complementares elaborados pelo autor. 4. Glossário (opcional) Elaborado pelo autor da pesquisa, apresenta as definições de termos e conceitos utilizados ou criados no trabalho. 5.4.2.4 Instruções para entrega a) Exemplares para a defesa Depois da aprovação final pelo Orientador, depositem-se na Secretaria os exemplares provisórios, encadernados com espiral: - dissertação: 04 (quatro) exemplares; - tese: 06 (seis) exemplares. b) Exemplares definitivos para depósito Depois de corrigido o texto, sob a supervisão do Orientador, segundo as observações da Comissão Examinadora, depositem-se na Secretaria 02 (dois) exemplares, na mesma forma que os exemplares para a defesa, exceto quanto à capa: Capa dura: Departamento de Filosofia: vinho-bordeaux; letra dourada. Departamento de Teologia: azul marinho escuro; letra dourada. Lombada (legível de cima para baixo): autor (iniciais do nome, sobrenome com maiúscula inicial) e título (todo em maiúsculas, sem o subtítulo), ano. 5.4.3 Excerto de Tese Para obtenção do título de Doutor é preciso entregar, na Secretaria do Departamento, 20 (vinte) exemplares do Excerto. Formato (corte do papel): 24x17cm. Paginação (impressão frente/verso): em cima, na margem externa, numeração calculada a partir da folha de rosto e visível a partir do começo da Introdução. Coluna (= espaço ocupado pelo texto): 19,5 x 12,5 cm, o que se obtém observando as margens interna e superior: 2,5 cm; externa e inferior: 2 cm. em relação ao formato 24x17cm. Obs. Usando papel de formato padrão, formato A4 (29,7 x 21 cm), faça-se o cálculo para que estas medidas sejam observadas, levando em consideração a impressão frente/verso e combinando com o encadernador a técnica adequada. Neste caso, mais simples é fazer um exemplar impresso com margem interna 4,5 cm, externa 4 cm, superior 2,5 cm e inferior 7,5 cm e depois recortar 2 cm de ambos os lados laterais e 5,5 cm em baixo, obtendo-se assim o formato prescrito. Digitação: Parágrafo normal: Times 11, entrelinha 1,5, recuo na 1ª linha: 1,5cm; depois: 8 pt. Parágrafo recolhido: a 3cm da margem, Times 9, entrelinha 1, sem recuo na 1ª linha, depois: 8 pt. Parágrafo bibliografia: Times 9, entrelinha 1, sem recuo nem deslocamento; depois: 5 pt. 31 Pode-se também marcar o texto original inteiro, com as notas, e reduzir todos os tamanhos em 1 ponto (mediante o comando Ctrl + [), observando as margens prescritas. Outro método: reproduzir os textos por fotocópia reduzida em 18%, e recortar de acordo com o formato exigido. Capa de cartolina leve, sem lombada impressa Departamento de Filosofia: vinho-bordeaux; letra dourada. Departamento de Teologia: azul marinho escuro; letra dourada. Texto da capa (cf. Anexo IX): os seguintes elementos, todos centralizados: Nome do autor (iniciais maiúsculas, Times 14, negrito); Título da tese (em maiúsculas, Times 16, negrito); Subtítulo (em maiúsculas, Times 16, claro); |Excerto da Tese de Doutorado| (iniciais maiúsculas, Times 14, negrito); |Orientador(a): ...| (Times 14, negrito). Caso tenha sido bolsistas de agência do governo brasileiro: |Apoio ... (PROSUP, PAPG-FAPEMIG etc.)| (Times 12, claro); Nome da instituição, cidade e ano de apresentação (em 3 linhas), centralizado, iniciais em maiúsculas, Times 14, entrelinha 2. Folha de proteção: em branco (papel branco, um pouco mais grosso que o comum). Folha de rosto do Excerto = p. [1] (não num.): mesmo texto da capa p. [3] (não num.): Reproduzir a folha de rosto da Tese. p. [5] (não num.): agradecimentos (caso o/a doutorando/a deseje). p. [7-8] (não num.): resumo e palavras-chave, com a tradução, como na Tese. p. [9-...] (não num.): Sumário completo. p. [?] (não num.): Siglas e abreviações. p. ? (p. ímpar): Introdução (a partir daqui aparece o nº da página) (p. ímpar): Capítulo escolhido (p. ímpar): Conclusão geral da Tese. (p. ímpar): Referência bibliográfica (como na Tese) 6 OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS 6.1 Artigo científico O artigo cientifico ou acadêmico (#1.2.4) estende-se, normalmente, até umas vinte páginas (= 60.000 caracteres, espaços incluídos, ou 8.500 palavras). Denomina-se a estrutura do artigo como IRDC, sigla formada pelas suas principais partes:
Compartilhar