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Enfermidade de Plantas Associadas a Organismo do Tipo Micoplasma

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ENFERMIDADES DE PLANTAS ASSOCIADAS 
A ORGANISMOS DO TIPO MICOPLASMA 
 
Elliot W. Kitajima 
Departamento de Biologia Celular, Universidade de Brasília, 
70919-970 Brasília, DF, Brasil 
 
 
RESUMO 
 
É feita uma atualização sobre as enfermidades de plantas associadas 
a organismos do tipo micoplasma (OTMS) no Brasil. Discutem-se as 
metodologias tradicionais para determinar a associação dos OTMs com as 
enfermidades do tipo amarelo (sintomatologia e microscopia de luzleletrônica) 
e a introdução recente de métodos imunológicos e moleculares na detecção de 
OTMs no material infetado. Em particular, os métodos moleculares tem sido 
úteis não só na detecção e suas implicações na diagnose e epidemiologia, 
como também nas tentativas de se classificar este grupo de patógenos de 
plantas. 
 
 
SUMMARY 
 
PLANT DISEASES ASSOCIATED WITH MYCOPLASMALIKE 
ORGANISMS 
A brief review is made on the present status of the knowledge on 
the plant diseases associated with mycoplasmalike organisms (MLO) in 
Brazil. Comments are made on the traditional methods to associate MLOs 
with yellows type plant diseases by symptomatology and microscopy (light 
and electron), and the introduction of novel and more sensitive techniques as 
serology and DNA detection. It is emphasized, in particular, the use of 
molecular techniques to deal with MLOs' DNA for the detection of MLOs in 
infected samples, with consequences for diagnosis and epidemiology, and also 
serving for the attempts to classify this type of organism by genomic 
comparison. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Já se passaram mais de um quarto de século, desde que o professor 
Y. Doi e seus colegas da Universidade de Tóquio publicaram os clássicos 
trabalhos, apresentando pela primeira vez, evidências morfológicas e de 
sensibilidade a antibióticos, de que muitas das enfermidades de plantas até 
então conhecidas como do “tipo amarelo” (“yellows”) e consideradas de 
etiologia viral, estariam associadas à presença de procariotas desprovidos de 
parede celular, similares a micoplasma (Doi et al., 1967; Ishie et al., 1967). 
Estes trabalhos pioneiros envolveram 4 enfermidades: superbrotamento do 
kiri, amarelo da rainha margarida, superbrotamento da batata e nanismo da 
amoreira. Por enfermidades do tipo amarelo entendem-se anomalias de plantas 
reconhecidas por um ou vários dos seguintes sintomas: clorose generalizada, 
encurtamento dos entrenós e proliferação lateral exagerada (sintomas do tipo 
envassouramento), folhas pequenas, flores aberrantes (esverdeadas ou com 
ramos no seu interior) (Figura 1). Vetores, quando conhecidos, eram 
cigarrinhas (exceto no caso do superbrotamento do kiri, cujo vetor é um 
percevejo). O agente circula no floema e é termosensível, transmitindo-se por 
enxertia ou pela Cuscuta, mas não mecanicamente. A lista inicial de 4 
moléstias do tipo amarelo, associadas a organismos do tipo micoplasma 
(OTM), de Doi et al. foi rapidamente ampliada e, hoje, comporta várias 
centenas envolvendo quase 100 famílias, em todo o mundo (McCoy et al., 
1989). Algumas delas tem sido bastante destrutivas como o amarelo letal do 
coqueiro no Caribe, o "spike disease" do sândalo na India, o “mal azul” e o 
“stolbur” do tomateiro, na Europa, e o “peach X disease” nos EUA. O caso do 
amarelo letal do coqueiro foi tão notório que mereceu urna reportagem na 
revista National Geographic Magazine (McCoy, 1988). 
Os corpúsculos pleomórfico originalmente detectados por Doi et al. 
(1967) em suas amostras, apareceram consistentemente nos vasos crivados de 
plantas com sintomas, com diâmetro variando de 0,2 a 1,0 (m. São providos 
por apenas uma membrana e contém ribossomas e fibras de DNA sendo 
essencialmente similares aos micoplasmas e aos acholeplasmas. Corpúsculos 
similares têm sido descritos também em vários órgãos de cigarrinhas vetoras 
virulíferas, mas, até hoje não se logrou cultivar tais corpúsculos in vitro (Lee 
& Davis, 1986). Não tendo sido possível completar o postulado de Koch, 
convencionou-se denominá-los como OTMS. Outra linha de evidência de que 
tais corpúsculos representariam o presumível patógeno resulta dos 
experimentos de sua sensibilidade a antibióticos do grupo tetraciclina, como 
inicialmente demonstrado por Ishie et al. (1967). A aplicação de tetraciclina 
pode induzir a remissão de sintomas e mesmo a cura, mas raramente tem sido 
usada como método de controle pelo seu custo, pelos problemas de efeito 
residual e pelas possibilidades de criar formas resistentes. 
 
 
Figura 1. Rainha margarida (Callistephus chinensis) com sintomas de 
clorose e de virescência nas flores. 
Existem vários artigos de revisão sobre OTMs (Niehaus & Sikora, 
1979; Bové, 1984; Lee & Davis, 1986; Maramorosch & Raychaudhuri, 1981; 
McCoy et al., 1989; Maniloff et al., 1992, etc.). Assim, este artigo não visa 
fazer uma cobertura extensa sobre o assunto, mas fazer uma atualização da 
uma revisão feita em 1970 sobre este grupo de patógenos no Brasil (Kitajima 
& Costa, 1970a) e chamar atenção às aplicações de novas metodologias, em 
especial às moleculares, e suas perspectivas na detecção e taxonomia dos 
OTMS. 
 
 
ESTUDOS SOBRE OTMs NO BRASIL 
 
No Brasil, enfermidades do tipo amarelo já haviam sido descritas 
em mandioca (Silberschmidt & Campos, 1944), tomateiro (Costa, 1949) e 
Erigeron bonariensis (Costa, 1954), mas a primeira constatação da 
associação com organismo do tipo micoplasma foi feita com o cálice gigante 
do tomateiro (Kitajima & Costa, 1968), por microscopia eletrônica. Desde 
então, o número de enfermidades do tipo amarelo associadas a OTMs tem 
crescido constantemente e, hoje, há relatos em mais de 30 espécies, 
pertencentes a 15 famílias (Tabela 1). A maioria dessas enfermidades ocorre 
esporadicamente e, mesmo nas plantas cultivadas, raramente causam 
preocupações. Contudo, duas delas podem ser consideradas de importância 
econômica: o “irizado” do chuchuzeiro, no estado do Rio de Janeiro (tanto na 
zona serrana como na baixada fluminense) (Kitajima et al., 1981), e o 
superbrotamento do maracujazeiro (Kitajima et al., 1981; Lima No. et al., 
1983). Ambas têm induzido perdas consideráveis e, em alguns casos, 
impedido o desenvolvimento destas culturas em certas regiões. Além disso, 
dada a continuidade territorial da América Central à América do Sul, existem 
possibilidades de o amarelecimento letal das palmeiras atingir o Brasil e vir a 
causar sérios danos às diversas culturas de palmáceas. 
 
 
MÉTODOS DE DETECÇÃO DOS OTMs 
 
MICROSCOPIA DE LUZ E ELETRÔNICA 
 
Desde os trabalhos iniciais de Doi et al. (1967), a associação de 
numerosas enfermidades com OTMs tem sido baseada essencialmente na 
detecção de corpúsculos pleomórficos, similares a bactérias, mas desprovidos 
de parede celular, nos vasos crivados das plantas afetadas, ao microscópio 
eletrônico de transmissão (Figura 2). Também os OTMs podem ser 
visualizados ao microscópio eletrônico de varredura, em tecidos fraturados, 
Tabela 1. Enfermidades de plantas associadas a organismos do tipo micoplasma descritas no Brasil 
 
Planta e sintomas Estado Referência 
Aizoaceae 
Espinafre de Nova Zelândia, Tetragonia expansa Kitajima & Costa, 1971a 
superbrotamento SP 
Amaranthaceae 
Crista-de-galo, Celosia sp. Kitajima, comunicação pessoal 
superbrotamento MG 
Apocynaceae 
Boa-noite, Catharanthus roseus Kitajima & Costa, 1979 
superbrotamento, folhas pequenas SP, DF, PE, RN Kitajima, comunicação pessoal 
Oliveira et al., 1993 
Asclepiadaceae 
Gomphocarpus sp. Kitajima & Costa, 1979 
superbrotamento SP, DF 
Compositae 
Arnica-do-campo, Solidago microgiossa Kitajima& Costa, 1971a 
envassouramento SP, RJ Kitajima et al., 1984 
Catinga-de-bode, Ageratum conyzoides, Kitajima et al., 1984 
A. fastigiatum 
superbrotamento RJ, DF 
Erigeron bonariensis Kitajima & Costa, 1971a 
envassouramento SP 
Margaridinha, Crystanthemum parthenium Kitajima & Costa, 1975 
virescência DF 
Picão, Bidens pilosa Vega et al., 1981 
superbrotamento PR, SP Kitajima, comunicação pessoal 
Rainha margarida, Callistephus chinensis Kitajima & Costa, 1979 
virescência 
Sempre-viva, Helychrisia bracteatum Kitajima & Carvalho, 1992 
superbrotamento MG 
Convulvulaceae 
Batata-doce, Ipomea batata Kitajima, 1988 
superbrotamento DF 
Cucurbitaceae 
Aboboreira, Cucurbita pepo Kitajima et al., 1984 
superbrotamento RJ 
Chuchuzeiro, Sechium edulis Kitajima et al., 1981 
irizado, superbrotamento RJ, PE, ES Costa et al., 1983 
Melão-de-S.Caetano, Momordica charanta 
superbrotamento RJ 
Ebenaceae 
Caquizeiro, Diospirus caki Matsuoka & Carvalho, 1987 
Declínio MG 
Eupborbiaceae 
Mandioca, Manihot esculenta Kitajima & Costa, 1971b 
superbrotamento SP, DF, PE, CE Mariano et al., 1991 
antólise BA 
Gramineae 
Milho, Zea mays 
enfezarnento vermelho SP, PR Kitajima & Costa, 1970 
Leguminosae 
Centrosema brasilianum Kitajima et al., 1987, 1991 
superbrotamento DF, MS 
Crotalária, Crotalaria juncea, C. paulinea Kitajima & Costa, 1975 
superbrotamento SP 
Desmodium intortum Porto et al., 1979 
envassouramento RS 
Desmodium leiocarpum, D. pabulare Chagas & Oliveira, 1986a 
superbrotamento SP 
Continuação Tabela 1 
Planta e sintomas Estado Referência 
Fedegoso, Cassia occidentalis Kitajima & Costa, 1971a 
envassouramento SP 
Feijoeiro, Phaseolus vulgaris Kitajima et al., 1979 
superbrotamento DF 
Soja, Glycine max Kitajima & Costa, 1979 
superbrotamento SP 
Malvaceae 
Guanxuma, Sido cordifolia Kitajima & Costa, 1971a 
envassouramento SP 
Mimo-de-Venus, Hibiscus rosa sinensis Vicente et al., 1974 
superbrotamento SP, RJ Kitajima et al., 1984 
Passifloraceae 
Maracujazeiro, Passiflora edulis f. flavicarpa Kitajima et al., 1981 
superbrotamento PE, RJ, SP, PR, 
MG 
Lima No. et al., 1983 
Chagas & Oliveira, 1986b 
Costa et al., 1993 
Solanaceae 
Aegiphila sp. SP Chagas et al., 1985 
Berinjela, Solanum melongena 
cálice gigante SP, DF Boiteux et al., 1992 
Fruta-do-lobo, Solanum lycocarpum 
superbrotamento SP Chagas et al., 1985 
Tomateiro, Lycopersicon esculentum 
cálice gigante SP Kitajima & Costa, 1968 
Sterculiaceae 
Douradinho-do-campo, Waltheria indica Kitajima & Costa, 1971a 
envassouramento SP 
Tiliaceae 
Guaxima, Triumpheta bartramia Kitajima & Costa, 1971a 
envassouramento SP 
 
 
Figura 1. Micrografia eletrônica de seção ultrafina da região vascular de 
folha de douradinho-do-campo (Waltheria indica) com sintomas de 
superbrotamento. Observar no lumen dos vasos crivados (VC) 
grande número de corpúsculos do tipo micoplasma. pc - placa 
crivada. 
expondo a região vascular (Petzold et al., 1977; Haggis & Sinha, 1978; 
Kitajima et al., 1993) (Figura 3). Os OTMs dificilmente são visualizados ao 
microscópio de luz, mas é possível detectá-los usando métodos de coloração 
de ác. nucleico (Deeley et al., 1979; Cousin & Jouy, 1984; Douglas, 1986; 
Hiruki, 1988; Overman et al., 1992). Os OTMs acumulados nos vasos 
crivados podem ser identificados pelo seu DNA, já que em vasos crivados de 
plantas sadias não ocorrem estruturas contendo DNA. Contudo, além de 
requerer equipamentos caros, o preparo e o exame de amostras para 
microscopia eletrônica, tanto de transmissão como de varredura, representam 
processos que consomem muito tempo. As técnicas de microscopia de luz são 
mais rápidas e econômicas, mas, dada a distribuição desuniforme dos OTMs 
na planta infetada, os resultados não são confiáveis. 
No Brasil, todos os trabalhos que levaram à associação de OTMs 
com plantas exibindo sintomas do tipo superbrotamento, virescência, folhas 
pequenas e cloróticas, etc. (Tabela 1) foram feitos através de microscopia 
eletrônica de transmissão, não havendo relatos de uso do microscópio de luz 
para tal finalidade. 
 
 
MÉTODOS IMUNOLÓGICOS 
 
Apesar de inúmeras tentativas, os OTMs não puderam ser 
cultivados até hoje. Existem algumas publicações esparsas, contudo nunca 
puderam ser confirmadas. Como menciona Maramorosch (1973), um 
microrganismo só é aceito como tendo sido cultivado quando a cultura pura é 
depositada em uma coleção reconhecida como o da American Type Culture 
Collection (ATCC). Assim, a priori, o uso de métodos imunológicos ou 
moleculares pareceriam ser problemáticos. Contudo, tem sido possível 
produzir preparações razoavelmente purificadas de alguns OTMS, a partir das 
quais produziram-se anticorpos policlonais, utilizáveis em testes como ELISA, 
Dot-ELISA ou “tissue blot”, após absorção apropriada com proteínas normais 
(Sinha & Chiykowski, 1984; Kirkpatrick & Garrot, 1984; Lin et al., 1990). 
Outra estratégia utilizada tem sido a produção de anticorpos monoclonais, 
também com resultados satisfatórios (Lin & Chen, 1985; Chen & Jiang, 1988; 
Schwartz et al., 1989; Hsu et al., 1990; Fos et al., 1992; Shen & Lin, 1993). 
No Brasil, não há informações de produção de anticorpos, mono ou 
policlonais, contra OTMS, ou seu uso na detecção dos OTMS. Na Argentina, 
há informações de que o grupo do Instituto de Fitopatologia e Fisiologia 
Vegetal, do INTA/Córdoba, produziu anticorpo policlonal contra o OTM 
associado ao superbrotamento do cinamomo (Conci, L.R., comunicação 
pessoal). 
 
 
Figura 3. Micrografia eletrônica de varredura de um vaso crivado exposto 
por fratura da região vascular da folha de boa noite (Catharanthus 
roseus). Corpúsculos esferoidais ou alongados, muitas vezes 
encadeados, podem ser vistas no lumen do vaso. O material fibrilar 
também presente (seta) provavelmente é a proteína P. 
MÉTODOS MOLECULARES 
 
A partir da metade da década dos 80, com os trabalhos pioneiros 
de Davis et al. (1988), no Molecular Plant Pathology Laboratory, do USDA, 
foram introduzidas técnicas moleculares na detecção dos OTMS. A 
metodologia utilizada foi basicamente a de extrair DNA de plantas infectadas 
com OTMS, cortá-los em fragmentos com enzimas de restrição, ligá-los a 
plasmídeos adequados, igualmente tratados com as mesmas endonucleases, e 
utilizar estes plasmídeos para transformar Escherichia coli. O rendimento de 
DNAs do OTM foi melhorado, usando uma técnica que permitia o isolamento 
dos vasos do floema (Lee & Davis, 1983). Selecionaram-se, a seguir, pedaços 
de DNAs clonados e marcados (radiativamente ou não), que hibridizavam 
apenas com DNAs de plantas infetadas, e que serviram como sondas em teste 
de “dot-hybridízation”. Foi desenvolvido um protocolo para extrair DNAs de 
tecido infectado e aplicá-los em membrana de nitrocelulose onde se processa o 
ensaio de hibridização. Os trabalhos iniciais foram feitos com OTMs 
associados ao “aster yellows” e ao “elm yellows”, produzindo-se sondas 
específicas para cada um destes OTMs (Davis et al., 1988). Uma aplicação 
ampla deste sistema permitiu identificar cerca de 10 conjuntos distintos, 
referidos por Davis como “clusters”, tendo-se desenvolvido sondas que são 
“cluster” -específicos, ou que abrangem certo número de “clusters”. P.ex., 
DNAs extraídos de algumas amostras de plantas afetadas por enfermidades do 
tipo amarelo encontradas no Brasil, testados com sondas preparadas para 
detectar “aster yellows” (AY) e “elm yellows” (EY), respectivamente, 
hibridizaram com sondas para AY, masnão para EY (Davis et al., 1989), 
Podem-se refinar os estudos com os DNAs clonados, estudando-se seu 
polimorfismo linear, após digestão com endonucleases e eletroforese. Mäurer 
et al. (1993) e Lee et al. (1993b), p.ex., determinaram o relacionamento 
genético entre OTMs infectando freixo (Fraxinus sp.), álamo (Alnus spp.) e 
olmo (Ulmus spp.) nos continentes americano e europeu, através desta 
metodologia. Similar trabalho foi feito por Deng & Hiruki (1991), 
comparando os OTMs do “clover phyllody”, do “clover proliferation”, do AY 
e do “hydrangea virescence”. Já Kuske & Kirkpatrick (1992) investigaram a 
distribuição de uma estirpe do OTM do AY numa planta de Catharanthus 
roseus infectada, enquanto Chen et al. (1992a,b) observaram variações 
sazonais na ocorrência de OTMs em nogueiras, através da hibridização do 
DNA extraído com sondas adequadas, mostrando outros tipos de aplicações 
das sondas. Para o amarelecimento letal das palmeiras, uma ameaça para a sua 
cultura no Brasil, já existem sondas de DNA disponíveis, graças aos trabalhos 
de Harrison et al. (1992). 
Contudo, outra estratégia de detecção de DNA de OTMs tem sido 
utilizada recentemente. Baseia-se na amplificação, através da técnica de 
reação em cadeia de polimerase (PCR) de cerca de 80 % da seqüência do 
rDNA 16S, usando “primers” adequados e, a seguir, analisando o 
polimorfismo linear desta seqüência através da digestão da seqüência 
“pescada” e amplificada, com diferentes endonucleases (Ahrens & Seemüller, 
1992; Lee & Davis, 1993; Davis & Lee, 1993; Firrao et al., 1993). A 
produção de “primers” adequados foi possível após ter sido conhecida a 
seqüência do rDNA 16S de micoplasmas (Lim & Sears, 1989). 
Incidentalmente, este trabalho de Lim & Sears (1989), comparando seqüências 
de rDNAs 16S, mostrou que os micoplasmas animais e os OTMs de plantas 
seriam evolucionariamente diferentes. Um trabalho extenso usando 40 
amostras de DNAs de OTMs procedentes da América do Norte, da Europa e 
da Ásia, mostrou que os diferentes OTMs poderiam ser agrupados, sendo que 
essencialmente os grupos determinados coincidiam com os “clusters” 
discriminados pelo uso de sondas, obtidas aleatoriamente dos DNAs de 
diferentes OTMs (Lee et al., 1993a). A separação dos grupos foi feita através 
do “coeficiente de similaridade” (F), comparando-se os números de 
fragmentos produzidos pelos DNAs de 2 amostras diferentes, quando 
submetidos à digestão com 15 endonucleases distintas. Pode-se, ainda, se 
necessário, determinar a identidade de algumas destas bandas, usando-se 
sondas apropriadas, após Southem blotting (ver esquema geral da detecção de 
DNA de OTMs na Figura 4). O par de “primer” desenvolvido (designados por 
Davis de F2/R2) permitiu a “pescagem” do rDNA 16S de todas as amostras até 
agora testadas (Lee & Davis, 1993a). Os grupos até agora reconhecidos 
acham-se indicados na Figura 5. Trabalhos preliminares feitos com amostras 
de OTMs procedentes de diferentes partes do Brasil, encontradas em 
diferentes plantas e analisadas pelo método da amplificação com PCR, e a 
análise do polimorfismo linear sugerem que todas as 5 amostras, sem exceção, 
poderiam ser incluídas no grupo do “X-disease”, possivelmente formando um 
novo subgrupo, além do “western X disease” e do “clover yellow edge” 
(Davis, R.E., comunicação pessoal). O resultado é surpreendente e aguarda 
confirmações. Esta técnica também tem permitido revelar que infecções 
simultâneas por 2 ou mais OTMs numa mesma planta não são raras, e que 
síndromes similares podem ser causadas por OTMs distintos. P.ex., a 
enfermidade de videira conhecida como “flavescence dorée” estaria associada 
a diferentes OTMs como EY, AY e do grupo do X-disease, às vezes, 
ocorrendo simultaneamente. Como cada um dos componentes da mistura pode 
reagir de maneira diferente às condições ambientais, eles podem variar quanto 
à sua concentração em diferentes estações do ano, refletindo-se isto na 
sintomatologia e nos resultados dos testes de detecção (Davis, R.E., 
comunicação pessoal). A amplificação de DNA do OTM pela técnica do PCR 
é suficientemente sensível para detectar este organismo em insetos, vetores ou 
não (Vega et al., 1993), podendo, 
 
 
Figura 4. Detecção e identificação de organismos tipo micoplasmas (OTMs) 
através de seu DNA. 
 
 
Figura 5. Dendograma de análise de “cluster” baseado em coeficiente de similaridade, e obtida 
pela análise do RFLP (polimorfismo linear de fragmentos de enzimas de restrição) de 
rDNA de 40 organismos do tipo micoplasma (OTMs). 
A escala refere-se ao índice de similaridade. 
MIAY-Michigan aster yellows; AY1-Maryland aster yellows; DAY-dwarf aster 
yellows; SAY2-severe aster yellows; TLAY2-Tulelake aster yellows 2; OKAY-
Oklahoma aster yellows 1; CY2-chrysantemum yellows; NYAY-N.York aster yellows; 
SL5-periwinkle yellows; HyPh1-Hydrangea phyllody; IObW1-Ipomoea obscurra 
witches’ broom; PaWB-Paulownia witches’ broom; BB-tomato big bud; OKAY2-
Oklahoma aster yellows 2; AY27-Alberta strain of aster yellows; CN13-periwinkle 
little leaf; CN1-periwinkle little leaf; NJAY-New Jersey aster yellows; NAY-Eastern 
strain aster yellows; SL1-periwinkle yellows; BBS1-blueberry stunt; CPh-clover 
phyllody; PnWB-peanut witches’ broom; RBCWB-red bird cactus witches’ broom; 
UD1-undesignated MLO; CX-Canada peach X; WX-western X-disease; CYE-clover 
yellow edge; LY3-palm lethal yellowing; EY2-elm yellow 2; EYIta-clover yellow 
edge; CP-clover proliferation; SPWB-sweet potato witches’ broom; VR-beet 
leafhopper transmitted virescence agent; AshY-ash yellows; LfWB-Luffa witches’ 
broom; PPWB-pigeon pea witches’ broom. Do artigo de Lee et al. (1993a); copyright 
de Phytopathology. 
assim, oferecer dados importantes à epidemiologia dos OTMS. 
Atualmente, procura-se obter pares de “primers” específicos, se 
possível para cada “cluster” ou para grupos de “clusters” (designados de 
“multiplex”) facilitando a detecção individual dos diferentes OTMs e usando 
o método da amplificação de seus DNAs com PCR (Davis, R.E., comunicação 
pessoal). 
 
 
COMENTÁRIOS FINAIS 
 
Estas técnicas moleculares, usando sondas específicas e/ou a 
amplificação pelo uso de PCR, estão sendo implantadas na Universidade de 
Brasília, como conseqüência de um curso intensivo ministrado pelo Dr. 
Robert E. Davis, do Plant Molecular Pathology Laboratory, do Departamento 
de Agricultura dos EUA (USDA), de Beltsville, Maryland, em fevereiro de 
1994. Espera-se que a divulgação destas metodologias, acompanhada de 
treinamentos adequados, permita a intensificação do estudo de OTMs no 
Brasil, contribuindo p.ex., para a melhor indexação de plantas propagadas 
vegetativamente, em especial de fruteiras de clima temperado e de videiras. 
Deve-se lembrar, contudo, que outro aspecto da pesquisa com OTMs 
inteiramente negligenciado no Brasil refere-se ao estudo dos vetores, o qual 
também poderá vir a ser beneficiada com estas modernas técnicas de detecção. 
 
 
LITERATURA CITADA 
 
AHRENS, U. & SEEMLLER, E. 1992. Detection of DNA of plant pathogenic 
mycoplasma-like organisms by a polymerase chain reaction that amplifies 
a sequence of the 16S RRNA gene. Phytopathology 82:828-32. 
BOITEUX, L.S. & KITAJIMA, E.W. 1992. Superbrotamento da berinjela 
associada a organismos do tipo micoplasma no Distrito Federal. Fitopatol. 
Bras. 17:196 (res.). 
BOV, J.M. 1984. Wall-less prokaryotes of plants. Annu. Rev. Phytopathol. 
22:361-96. 
CHAGAS, C.M. & OLIVEIRA, J.M. 1986a. Estruturas do tipo micoplasma 
em Desmodium leiocarpum e D. pabulare com envassouramento. 
Fitopatol. Bras.1025-8. 
CHAGAS, C.M. & OLIVEIRA, J.M. 1986b. Ultrastructural aspects of dual 
infectionof Passiflora edulis flavicarpa with mycoplasmalike organisms 
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Virologia, S. Lourenço, p.72 (res.). 
CHAGAS, C.M.; CANER, J. & OLIVEIRA, J.M. 1985. Estruturas do tipo 
micoplasma (MLO) associadas ao cálice gigante da fruta-do-lobo 
(Solanum lycocarpum) e ao superbrotamento de Aegiphila sp. Fitopatol. 
Bras. 10:331 (res.). 
CHEN, J.; CHANG, C.J. & JARRET, R. 1992a. DNA probes as molecular 
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