Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TAXONOMIA DO GÊNERO Pseudomonas Osamu Kimura & Raul de Lucena Duarte Ribeiro Departamento de Biologia Vegetal, Instituto de Biologia, UFRRJ, Antiga Rodovia Rio-São Paulo, Km 47, 23851-970, Seropédica - Itaguaí, RJ, Brasil RESUMO A utilização de técnicas modernas de caracterização bacteriana contribuiu para a identificação de três grupos de homologia de DNA-rRNA no gênero Pseudomonas, designados grupos I rRNA, II rRNA e III rRNA. Esses grupos são representados pelas seguintes espécies-tipo: Pseudomonas fluorescens, P. solanacearum e P. acidovorans, respectivamente. Em decorrência de estudos comparativos desses grupos com representantes de outros gêneros de bactérias, foram propostas e aceitas novas combinações, culminando com a transferência das espécies do grupo II rRNA para o gênero Burkholderia e do grupo III rRNA para o gênero Acidovorax. As espécies do grupo I rRNA foram mantidas no gênero Pseudomonas. O gênero Burkholderia ficou constituído das seguintes espécies: B. cepacia, B. caryophylli, B. gladioli e B. solanacearum. O gênero Acidovorax ficou constituído de A. konjaci, de A. avenae subsp. avenae e de A. avenae subsp. citrulli. Para outras espécies do gênero Pseudomonas mais recentemente assinaladas, ou ainda não submetidas aos testes comparativos, necessitam-se de estudos detalhados, utilizando-se técnicas moleculares mais precisas, para se determinar a posição taxonômica com base nas relações filogenéticas. SUMMARY TAXONOMY OF THE GENUS Pseudomonas The use of molecular biology techniques has allowed the identification of three groups in the genus Pseudomonas based on the DNA: rRNA homology: I rRNA, II rRNA and III rRNA. These three groups are represented by the type species P. fluorescens, P. solanacearum and P. acidovorans, respectively. Transference of some species of this genus to other genera was suggested and accepted. Based on a comparative study with species of other genera, the species from the II rRNA group were transferred to the genus Burkholderia while the species of the III rRNA group were included in the genus Acidovorax. The species which constituted the group I rRNA were maintained in the genus Pseudomonas. The genus Burkholderia now includes the species B. cepacia, B. caryophylli, B. gladioli and B. solanacearum. On the other hand, the genus Acidovorax includes the species A. konjaci, A. avenae subsp. avenae and A. avenae subsp. citrulli. Other species of the genus Pseudomonas not yet analyzed or recently described need also to be evaluated using techniques of molecular biology to determine their phylogenetic position in the taxon. INTRODUÇÃO O gênero Pseudomonas Migula 1894 é constituído de espécies muito heterogêneas e ultimamente tem merecido especial atenção por parte dos bacteriologistas, em função da importância que possui nas áreas de medicina humana e animal (ex: P. aeruginosa) (Palleroni, 1992), na área de fitopatologia, incitando bacterioses em plantas cultivadas (ex: P. solanacearum) (Holloway & Morgan, 1986) ou no controle biológico de agentes de fitomoléstias (ex: P. fluorescens) (Holloway & Morgan, 1986), na área farmacológica, pelas propriedades antibióticas de seus metabólitos (ex: P. caryophylli) (Kuzumi et al., 1987) e, ainda, como agente biodegradador de pesticidas (ex: P. cepacia) (Kilbane et al., 1983; Folsom et al., 1990). Na lista aprovada de nomes de bactérias (Skerman et al., 1980) foram relacionadas 86 espécies e, dentre elas, 32 são consideradas como importantes fitopatógenos (Bradbury, 1986). Essas espécies são responsáveis por numerosas doenças, seja causando lesões necróticas em frutos, em hastes, em flores e em folhas, seja provocando hiperplasias de tecidos (galhas e sarnas), podridões moles, cancros, queimas ou infecções vasculares (Robbs et al., 1981; Hildebrand et al., 1988; Schroth et al., 1992). Essas fitomoléstias estão largamente distribuídas e ocorrem sobre representantes da maioria das famílias de plantas. Convencionalmente, as espécies do gênero Pseudomonas são agrupadas segundo suas propriedades de produzir pigmentos fluorescentes (pioverdinas) em meio de cultura deficiente em ferro ou de acumular nas suas células inclusões de poli-▀-hidroxibutirato (Robbs, 1981; Schroth et al., 1981; Palleroni, 1984; Hildebrand et al., 1988; Young et al., 1992). Mais recentemente, a utilização de técnicas modernas de taxonomia bacteriana, principalmente estudos de homologia de DNA-DNA e DNA-rRNA (Palleroni et al., 1973; De Vos & De Ley, 1983; Palleroni, 1984; De Vos et al., 1985; Schroth et al., 1992; Young et al., 1992) aliados a determinações da composição química da parede celular, particularmente em relação aos ácidos graxos (Schroth et al., 1992; Young et al., 1992; Stead, 1992a; Stead, 1992b), possibilitou comparações mais detalhadas e precisas entre as espécies do gênero Pseudomonas. Esses estudos contribuíram para a redução do número de espécies do gênero, em decorrência de novas combinações que foram propostas e aceitas, resultando em transferências para outros gêneros, inclusive para alguns especialmente criados para acomodar certas espécies. Essas modificações na taxonomia do gênero Pseudomonas permitiram que as espécies fossem reunidas com base em suas afinidades genéticas, representando, assim, grupos mais homogêneos. BREVE HISTÓRICO DA TAXONOMIA DE FITOBACTÉRIAS A taxonomia de bactérias fitopatogênicas pode ser dividida historicamente em três períodos bem distintos. O primeiro período, compreendido entre os anos de 1882 e 1940, foi caracterizado pela proliferação de nomes de bactérias, porque os princípios taxonômicos eram mal definidos. No segundo período, de 1940 a 1975, foram elaborados os princípios de classificação com base no fenótipo das bactérias, gerando intenso estudo comparativo das espécies descritas, utilizando-se de culturas-tipo, depositadas nas coleções internacionais de bactérias fitopatogênicas. Esses trabalhos revelaram a existência de uma quantidade de sinônimos e de nomes de bactérias ilegalmente propostos, reduzindo, assim, o número de espécies de bactérias fitopatogênicas. Por exemplo, o gênero Pseudomonas, que continha mais de 100 espécies, foi reduzido a apenas 23. As espécies bacterianas corretamente descritas e consideradas válidas compuseram listas publicadas em 1980 na revista “International Journal of Systematic Bacteriology” (Skerman et al., 1980). O terceiro e último período iniciou-se em 1975 com a utilização de métodos moleculares (comparação de genótipos), possibilitando a adoção de uma nomenclatura que retrata com mais fidelidade a relação filogenética entre as bactérias. GRUPOS DE HOMOLOGIA DNA-rRNA EM Pseudomonas Com base nas características fenotípicas, as espécies do gênero Pseudomonas são divididas em dois grupos distintos, segundo suas propriedades de produzir pigmentos fluorescentes (pioverdinas) ou de acumular nas células inclusões de poli-▀-hidroxibutirato (Hayward, 1983). Essas espécies, segundo Young et al. (1992), são remotamente relacionadas e constituem grupos heterogêneos, podendo ser, inclusive, reclassificados em outros gêneros de bactérias. Nos estudos mais recentes com espécies fitopatogênicas do gênero Pseudomonas, empregando técnicas de biologia molecular, foram identificados três grupos de homologia de DNA-rRNA (De Vos & De Ley, 1983; De Vos et al., 1985), abaixo caracterizados. GRUPO DE P. fluorescens (GRUPO I rRNA) Estão incluídas nesse grupo as espécies que produzem pigmentos fluorescentes (pioverdinas) e são classificadas na subclasseGama, classe Proteobacteria e família Pseudomonadaceae (Stackebrandt et al., 1988; Young et al., 1992). Esse grupo é composto de autênticas espécies do gênero Pseudomonas. A classe Proteobacteria foi proposta por Stackebrandt et al. (1988) e é de grande interesse, porque nela está acomodada a maioria dos gêneros de espécies fitopatogênicas, juntamente com outras bactérias fototróficas e quimiolitotróficas. Segundo Fahy & Lloyd (1983), as espécies fitopatogênicas enquadradas nesse grupo podem ser diferenciadas com base nas características fenotípicas (testes de LOPAT, utilização de fontes de carbono e outros testes bioquímicos) conforme resumido na Tabela 1. Compreende-se por LOPAT os testes de levan (L), de oxidase (O), de capacidade de produzir podridão mole em tubérculo de batata (P), de arginina dihidrolase (A) e de indução de hipersensibilidade em folhas de tabaco (T). Esses testes permitem a distinção de cinco grupos de espécies de pseudomonas fluorescentes, a saber: P. syringae (grupo I), P. viridiflava (grupo II), P. cichorii-P. agarici (grupo III), P. marginalis = P. fluorescens biotipo II (grupo IV) e P. tolaasii (grupo V). Dessas espécies, P. agarici e P. tolaasii são patógenos de cogumelos comestíveis, sendo a primeira muito semelhante a P. cichorii, espécie polífaga e importante patógeno de plantas superiores. As espécies do gênero Pseudomonas, originalmente descritas como fluorescentes, ainda não submetidas aos estudos taxonômicos em base moleculares, como P. asplenii (Ark & Tompkins, 1946; Savulescu, 1947), P. betle (Ragunathan, 1928; Savulescu, 1947), P. caricapapayae (Robbs, 1956) e P. flectens (Johnson, 1956), não estão incluídas nos grupos apresentados na Tabela 1. Em 1976, uma nova espécie fluorescente do gênero Pseudomonas foi relatada no Japão, em arroz, e designada por P. fuscovaginae (Miyajima et al., 1983). Essa espécie, segundo Bradbury (1986), difere dos grupos conhecidos de pseudomonas fluorescentes pelas reações positivas para arginina dihidrolase e para oxidase (características diferenciais dos grupos IV e V). A espécie P. amygdali, associada a cancros em Prunus amygdalus (Psallidas & Panagopoulus, 1975), apesar de não pertencer ao grupo fluorescente, possui características que sugerem relacionamento estreito com P. syringae (espécie fluorescente) quanto à composição dos ácidos graxos celulares, enquadrando-a no grupo 1 (Tabela 2). Na mesma situação encontram- se espécies como P. corrugata, P. rubrisubalbicans e P. ficuserectae, representantes típicas de pseudomonas não fluorescentes que acumulam poli-▀- hidroxibutirato (Scarlett et al., 1978; Goto, 1983; Bradbury, 1986). Tais resultados aparentemente contraditórios podem indicar que a posição taxonômica dessas espécies ainda não está adequadamente estabelecida. Segundo Hu et al. (1991), pelo menos as espécies P. corrugata e P. rubrisubalbicans não devem permanecer no gênero Pseudomonas. A espécie P. syringae é constituída de 51 patovares, segundo a última listagem aprovada pelo Comitê de Taxonomia de Bactérias Fitopatogênicas (Dye et al., 1980; Young et al., 1991). Esse número deverá ser reduzido, dependendo dos resultados de estudos mais criteriosos para revisão de patovares. De acordo com alguns autores (Schroth et al., 1981; Young et al., 1992), P. syringae pv. aceris, P. syringae pv. aptata, P. syringae pv. atrofaciens, P. syringae pv. dysoxyli, P. syringae pv. japonica, P. syringae pv. lapsa, P. syringae pv. panici, P. syringae pv. pisi e P. syringae pv. papulans são todos estreitamente relacionados com P. syringae pv. syringae, podendo ser considerados como sinônimos. Existem também indicativos de que P. syringae pv. antirrhini, P. syringae pv. maculicola e P. syringae pv. tomato têm hospedeiros comuns, Tabela 1. Esquema preparado por Fahy & Lloyd (1983) para diferenciar espécies de Pseudomonas fluorescens a,b FITOPATÓGENOS I - P. syringae pvs. d + - - + e - + - f + - - - + k f f f - - - - II - P. viridiflava + - - - + + - + + - - - - + g + + - - - - III - P. cichorii P. agarici + + + + - - - - - + - v - - - + + - + - - - - - - - g - + - + h - - - - - - - - - IV - P. marginalis l (P. fluorescens biotipo II) + + - + + - + + + + + + + v - i - - - - - V - P. tolaasii + + + - - - j - + + + + v - - + + - - - - SAPRÓFITAS P. fluorescens biotipo I + + + - + + + + + + - - + - - - - P. fluorescens biotipo II + + + + + + + + + + v - + - - - - P. fluorescens biotipo III + + + + + + + + + - - - v - - - - P. fluorescens biotipo IV + + + + + + + + + + - - + - - - - P. fluorescens biotipo miscelaneos + + + - + + + + + v - v v - - - - P. chlororaphis + + + - + + + + + + - - - - - - - P. aureofaciens + + + v + + + + + v - - - - - - - P. putida + + + - - + + + + - v v - - - - - P. aeruginosa + + + + + + + + + - - - - - + + - a Segundo Lelliott et al. (1966); Stanier et al. (1966); Sands et al. (1970a, 1980b); Billing (1970a, 1970b); Hildebrand (1973); Doudoroff & Palleroni (1974); Fahy (1981); Brocklehurst & Lund (1981). b +, >90% dos isolados com reação positiva; -, >90% dos isolados com reação negativa; v, resultados variáveis entre isolados. c KBA, meio B de King et al. (1954); KAA, meio A de King et al. (1954). d Menos de 20 patovares estudados em detalhes. Consultar também testes apresentados por Billing (1970a, 1970b); Lelliott et al. (1966); Sands et al. (1970, 1980). e Patovar delphinii é variável; patovares passiflorae, savastanoi e tagetis são negativos. Outros patovares são positivos. f Testes importantes para distinção de patovares de P. syringae. g Publicação errada, transcrito de Billing (1970a, 1970b). h Listada como positiva por Sands et al. (1980). Outros autores listaram como negativo. i Listada como variável por Sands et al. (1980). Outros autores listaram como negativos. j Reação atípica de hipersensibilidade, lesões com aparência oleosa, sem colapso de tecido. k Patovar savastanoi é variável, pv. tagetis é negativo. Outros patovares são positivos. l P. marginalis, inclui ainda outros isolados diferentes de P. fluorescens biótipo II. Tabela 2. Comparação de grupos ou subgrupos de ácidos graxos e homologia de DNA-rRNA de diferentes espécies de Pseudomonas fitopatogênicas Grupos ou subgrupos de ácidos graxos Grupo de Espécie bacteriana Stead (1992a,b) Oyaizo & Komagata (1983) homologia rRNA* P. aeruginosa 1a I I P. agarici 1a - I P. asplenii 1a - I P. aureofaciens 1a I I P. caricapapayae 1a - - P. cichorii 1a - I P. ficuserectae 1a - - P. fluorescens 1a I I P. fuscovaginae 1a - - P. marginalis 1a - I P. syringae 1a - I P. tolaasii 1a - - P. viridiflava 1a - I P. corrugata 1b - - P. rubrisubalbicans 1c - II P. amygdali 1e - - P. cattleyae 1f - - P. andropogonis 2a - II P. caryophylli 2a - II P. cepacia 2a - II P. gladioli 2a II II P. plantarii 2a - - P. glumae GC subgrupo A 2a - II P. glumae GC subgrupo B 2b - II P. solanacearum 2c - II "Blood disease bacterium" 2c - - P. avenae (P. rubrilineans) 3a IX III P. cattleyae 3a - - P. pseudoalcaligenes subsp. citrulli 3a - - P. pseudoalcaligenes subsp. konjaci 3a - - P. flectens 5 - - P. betle 6 - V P. cissicola 6 - - P. hibiscicola 6 - - Xanthomonas campestris pv. campestris 6 - V * Palleroni et al. (1973);Byng et al. (1980); De Vos & De Ley (1983); De Vos et al. (1985). (-) não relatado. abrindo possibilidades para que passem a constituir um único patovar (Young et al., 1992). Estudos de hibridização de DNA-DNA realizados com os principais patovares de P. syringae (Pecknold & Grogan, 1973; Schroth et al., 1981) demonstraram que um mesmo grupo de homologia pode conter patovares distintos, indicando a possibilidade de formar conjuntos de patovares segundo esse critério. O agente da "tuberculose" da oliveira foi denominado por Dye et al. (1980) como P. syringae pv. savastonoi e, mais tarde, reclassificado por Janse (1982), sendo elevado de patovar à categoria de subespécie e passando a ser designado como P. syringae subsp. savastanoi, por diferir significativamente de outros membros de P. syringae. Em estudos mais extensivos, realizados juntamente com outros patovares de P. syringae, Gardan et al. (1992), com base em análise numérica e em hibridização de DNA, modificaram novamente a combinação, levantando uma nova espécie, que passou a chamar-se P. savastanoi sp. nov., com os seguintes patovares: P. savastanoi pv. savastanoi, P. savastanoi pv. glycinea e P. savastanoi pv. phaseolicola. A tendência atual em relação ao grupo de P. syringae é de reduzir o número de patovares, elevando-o à categoria de espécie, em função da existência comprovada de grupos homólogos de DNA constituídos por diversos patovares (Pecknold & Grogan, 1973; Schroth et al., 1981). A quimiotaxonomia, com base no perfil dos ácidos graxos celulares, é considerada por Stead (1992a) como característica principal das pseudomonas fluorescentes (grupo I rRNA), com a presença marcante dos ácidos hidroxílicos, 3-hidroxidecanóico (10:0 3-OH) 3-hidroxidodecanóico (12:0 3- OH). Pertencem ao subgrupo 1a todas as espécies fluorescentes, sendo os outros subgrupos formados por P. corrugata (subgrupo 1b), por P. rubrisubalbicans (subgrupo 1c), por P. amygdali (subgrupo 1e) e por P. cattleyae (subgrupo 1f), conforme apresentado na Tabela 2. A distinção entre esses subgrupos é feita também com base na presença de ácidos graxos específicos (Stead, 1992a). As espécies P. corrugata e P. rubrisubalbicans, tipicamente não fluorescentes mas com padrões de ácido graxo celular de espécies fluorescentes, segundo Hu et al. (1991), necessitam de estudos mais detalhados para a proposição de novas combinações, possivelmente não se tratando de membros do gênero Pseudomonas. As espécies P. cattleyae e P. amygdali também deverão ser examinadas mais cuidadosamente e comparadas com maior número de isolados autênticos para confirmar sua posição taxonômica. Os primeiros estudos baseados nos padrões de ácido graxo celular de pseudomonas fluorescentes (Oyaizu & Komagata, 1983; Stead, 1992a) demonstraram haver correlacionamento com os grupos de homologia obtidos por hibridização de DNA-rRNA (Palleroni et al., 1973; Byng et al., 1980), como consta da Tabela 2. Em pesquisas mais recentes realizadas por Stead (1992b), especificamente com patovares de P. syringae, esse correlacionamento não pôde ser integralmente estabelecido. Esses resultados podem estar relacionados à descrição inadequada dos patovares, requisitando uma revisão urgente e criteriosa, conforme já alertado anteriormente por Young et al. (1992). GRUPO DE P. solanacearum (GRUPO II rRNA) As espécies não fluorescentes do gênero Pseudomonas (Hayward, 1983; Hayward, 1989), tais como P. solanacearum, P. caryophylli, P. cepacia, P. gladioli, P. glumae, P. andropogonis, P. syzygii e P. rubrisubalbicans, fazem parte do grupo de homologia de DNA-rRNA de P. solanacearum (De Vos & De Ley, 1983; De Vos et al., 1985; Roberts et al., 1990; Young et al., 1992). Essas espécies são pertencentes á classe Proteobacteria, subclasse Beta e família ainda não estabelecida (Young et al., 1992). Estão incluídas nesse grupo espécies fitopatogênicas de elevada significação, como é o caso de P. solanacearum, com mais de 200 plantas hospedeiras, incluindo espécies cultivadas e invasoras (Kelman, 1953; Boucher et al., 1992). Trata-se de uma espécie extremamente complexa sob aspectos taxonômico e patogênico, ocorrendo raças fisiológicas que são determinadas com base nas espécies de plantas suscetíveis (Buddenhagen & Kelman, 1964). Pela capacidade de utilização de açúcares e álcoois, Hayward (1964) identificou a existência de cinco biovares da bactéria, porém o seu correlacionamento com a patogenicidade não chegou a ser estabelecido (Young et al., 1992). A espécie P. andropogonis tem um amplo e diversificado rol de hospedeiros, compreendendo mais de 13 famílias de plantas, incluindo monocotiledôneas e dicotiledôneas (Hayward, 1989). Curiosamente, a espécie apresenta um flagelo atípico, de diâmetro acentuado (Moffett et al., 1986; Hayward, 1989), característica esta desconhecida em outras bactérias fitopatogênicas. A bactéria P. andropogonis apresenta, ainda, outra característica atípica do gênero, que é a produção de rizobitoxina, um metabólito secundário dotado de atividade biológica indutora de clorose e análogo à toxina produzida pelas espécies Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium sp. (La Favre & Eaglesham, 1986; Mitchel & Frey, 1988). Outras espécies do grupo II rRNA são importantes na área de farmacologia, como é o caso de P. caryophylli, produtora de carioinecinas A, B e C, antibióticos antibacterianos (Kuzumi et al., 1987), de P. cepacia, que produz tropolones, cepacinas A e B, antibióticos antibacterianos e altamente fitotóxicos (Parker et al., 1984) e de P. plantarii, que produz também tropolones (Azegami et al., 1987; Azegami et al., 1988). A espécie P. rubrisubalbicans, além de apresentar relacionamento estreito como o grupo de homologia de P. fluorescens (grupo I rRNA), também possui afinidade com o grupo de homologia Chromabacterium - Janthinobacterium (Goor et al., 1986). Estudos mais recentes, contudo, sugerem o seu relacionamento com a bactéria diazotrófica Herbaspirillum seropedicae (Gillis et al., 1990; Pimentel et al., 1991; Olivares et al., 1993). A espécie écaracterizada pela presença dos ácidos hidroxílicos 14:0 2-OH e 6:0 2- OH, sendo que o primeiro não é comumente encontrado em bactérias, com exceção de Comamonas testosteroni, de Shpingomonas paucimobilis, de B. pseudomallei e de Pseudomonas flectens (Stead, 1992a). As espécies do grupo II rRNA foram estudadas recentemente por Hu et al. (1991) e consideradas distintas das pseudomonas, com base em análise numérica e em reassociação de DNA-DNA. Essas espécies são caracterizadas pela presença marcante dos ácidos hidroxílicos 14:0 3-OH, 16:0 3-OH e 18:1 2- OH, e, ainda, dos ácidos 16:1 2-OH e 16:0 2-OH, diferentes daqueles presentes em outros grupos de pseudomonas (Stead, 1992a). Investigações mais detalhadas, conduzidas por Xiang et al. (1993), indicam a conveniência de que espécies desse grupo sejam alocadas em dois gêneros distintos: um para acomodar as espécies P. andropogonis, P. caryophylli, P. gladioli e P. cepacia, e um outro, as espécies P. solanacearum, P. pickettii e Alcaligenes eutrophus, com base em homologia de rRNA. Essa proposição parece coerente com os resultados de hibridização de DNA-rRNA e de DNA-DNA obtidos por diversos autores (Palleroni et al., 1973; Byng et al., 1983; De Vos & De Ley, 1983; De Vos et al., 1985), que demonstraram claramente a existência de dois subgrupos de espécies. Apesar dessas constatações, Yabuuchi et al. (1992) preferiram reclassificar os dois subgrupos de espécies em um único gênero, Burkholderia, passando as espécies a obedecer as seguintes designações: B. cepacia(basônimo: P. cepacia), B. caryophylli (basônimo: P. caryophylli), B. gladioli (basônimo: P. gladioli) e B. solanacearum (basônimo: P. solanacearum), tendo B. cepacia como espécie tipo. Foram incluídas, ainda, nesse novo gênero as espécies não fitopatogênicas B. mallei e B. pickettii. GRUPO DE P. acidovorans (GRUPO III rRNA) Pertencem ao grupo de P. acidovorans as seguintes espécies: P. avenae, P. catlleyae, P. pseudoalcaligenes subsp. citrulli, P. pseudoalcaligenes subsp. konjaci e P. rubrilineans (Bradbury, 1986; Hu et al., 1991; Young et al., 1992). Essas espécies foram enquadradas recentemente na classe Proteobacteria, subclasse Beta e família Comamonadaceae (Willems et al., 1991). Com base em estudos fenotípicos e em hibridização de DNA-DNA (Ramundo & Claflin, 1990; Hu et al., 1991), essas bactérias foram reclassificadas em duas espécies: P. avenae e P. konjaci. As espécies P. rubrilineans e P. cattleyae foram consideradas como sinônimos de P. avenae. Com a nova classificação, as espécies foram rebaixadas ao nível de subespécies, passando às denominações de P. avenae subsp. avenae, de P. avenae subsp. citrulli e de P. avenae subsp. konjaci (Hu et al., 1991). Estudos de quimiotaxonomia, realizados por Stead (1992a), mostraram que o grupo de homologia III rRNA é constituído pelo padrão de ácido graxo celular 10:0 3-OH e pela presença de pequena quantidade de outros ácidos 3-hidroxilicos. Nesse grupo encontra-se, ainda, uma bactéria não fitopatogênica, P. acidovorans, que, com as anteriores, compõe a superfamília III do complexo III rRNA. Willems et al. (1992) sugerem a transferência dessas espécies para o gênero Acidovorax, reclassificando-as como A. avenae subsp. avenae, A. avenae subsp. citrulli, A. avenae subsp. cattleyae e A. konjaci. Pela nova nomenclatura, a A. avenae subsp. catlleyae foi mantida como subespécie válida e não consta da sinonímia de A. avenae subsp. avenae, como havia sido proposto inicialmente por Hu et al. (1991). Por outro lado, a A. avenae subsp. konjaci foi reconduzida à categoria de espécie. CONCLUSÕES A utilização de técnicas mais modernas para identificação bacteriana tem contribuido para estudos taxonômicos de espécies fitopatogênicas, considerando, sobretudo, as relações filogenéticas. Dois dos três grupos de espécies de pseudomonas fitopatogênicas foram transferidos para os gêneros Burkholderia (grupo II rRNA) e Acidovorax (grupo III rRNA), formando as espécies mantidas no gênero Pseudomonas (grupo I rRNA) um conjunto geneticamente mais homogêneo. Essas espécies do grupo I rRNA caracterizam-se pela produção de pigmentos fluorescentes (pioverdinas) e pela incapacidade de acumularem reservas de poli-▀- hidroxibutirato nas células. Espécies bacterianas mais recentemente registradas ou ainda não submetidas a estudos comparativos detalhados, tais como P. caricapapayae, P. ficuserectae, P. fuscovaginae, P. tolaasii, P. corrugata, P. plantarii, P. andropogonis, P. amygdali, P. cissicola, P. glumae, P. rubrisubalbicans, P. stutzeri etc., requerem investigações adicionais, baseadas em técnicas moleculares de identificação bacteriana, para se determinar sua posição taxonômica definitiva. LITERATURA CITADA ARK, P.A. & TOMPKINS, C.M. 1946. Bacterial leaf blight of birdsnest fern. Phytopathology 36:758-61. AZEGAMI, K.; NISHIYAMA, K. & KATO, H. 1988. Effect of iron limitation on Pseudomonas plantarii growth and tropolone and protein production. Applied Environmental and Microbiology 54:844-7. AZEGAMI, K.; NISHIYAMA, K.; WATANABE, Y.; KADOTA, I.; OHUCHI, A. & FUKUZAWA, C. 1987. Pseudomonas plantarii sp. nov., the causal agent of rice seedling blight. International Journal of Systematic Bacteriology 37:144-52. BILLING, E. 1970a. Pseudomonas viridiflava (Burkholder, 1930) Clara, 1934. Journal of Applied Bacteriology 33:492-500. BILLING, E. 1970b. Further studies on the phage sensitivity and the determination of phytopathogenic Pseudomonas spp. Journal of Applied Bacteriology 33: 478-91. BOUCHER, C.A.; GOUGH, C.L. & ARLAT, M. 1992. Molecular genetics of pathogenicity determinants of Pseudomonas solanacearum with special emphasis of HRP genes. Annual Review of Phytopathology 30:443-61. BRADBURY, J.F. 1986. Guide to plant pathogenic bacteria. England. C.A.B. International. BROCKLEHURST, T.F. & LUND, B.M. 1981. Properties of pseudomonads causing spoilage of vegetables stored at low temperature. Journal of Applied Bacteriology 50:259-66. BUDDENHAGEN, I. & KELMAN, A. 1964. Biological and physiological aspects of bacterial wilt caused by Pseudomonas solanacearum. Annual Review of Phytopathology 2:203-30. BYNG, G.S.; JOHNSON, J.L.; WHITAKER, R.J.; GHERMA, R.L. & JENSEN, R.A. 1983. The evolutionary pattern of aromatic amino acid biosynthesis and the emerging phylogeny of pseudomonad bacteria. Journal of Molecular Evolution 19:272-82. BYNG, G.S.; WHITAKER, R.J.; GHERNA, R.L. & JENSEN, R.A. 1980. Variable enzymological patterning in tyrosine biosynthesis as a means of determining natural relatedness among the Pseudomonadaceae. Journal of Bacteriology 144:247-57. DE VOS, P. & DE LEY. 1983. Intra and intergeneric similarities of Pseudomonas and Xanthomonas ribosomal ribonucleic acid cistrons. International Journal of Systematic Bacteriology 33:487-509. DE VOS, P.; GOOR, M.; GILLIS, M. & DE LEY. 1985. Ribosomal ribonucleic acid cistron similarities of phytopathogenic Pseudomonas species. International Journal of Systematic Bacteriology 35:169-84. DOUDOROFF, M. & PALLERONI, N.J. 1974. Genus 1. Pseudomonas Migula 1894. In: Buchanan, R.E. & Gibbons, N.E. Bergey's manual of determinative bacteriology. 8ª.ed. Baltimore, Williams & Wilkins, p.217-43. DYE, D.W.; BRADBURY, J.F.; GOTO, M.; HAYWARD, A.C.; LELLIOTT, R.A. & SCHROTH, M.N. 1980. International standards of naming pathovars of phytopathogenic bacteria and a list of pathovar names and pathotype strains. Review of Plant Pathology 59:153-68. FAHY, P.C. 1981. The taxonomy of the bacterial plant pathogens of mushroom culture. Mushroom Science 11:293-312. FAHY, P.C. & LLOYD, A.B. 1983. Pseudomonas: the fluorescent Pseudomonads. In: Fahy, P.C. & Persley, G.J. (Ed). Plant bacterial diseases - a diagnostic guide. Sydney, Academic Press, p. 141-88. FOLSOM, B.R.; CHAPMAN, P.J. & PRITCHARD, P.H. 1990. Phenol and trichloroethylene degradation by Pseudomonas cepacia G4: kinetics and interactions between substrates. Applied and Environmental Microbiology 56:1279-85. GARDAN, L.; BOLLET, C.; GHORRAH, M. ABU; GRIMONT, F. & GRIMONT, P.A.D. 1992. DNA relatedness among the pathovar strains of Pseudomonas syringae subsp. savastanoi Janse (1982) and proposal of Pseudomonas savastonoi sp. nov. International Journal of Systematic Bacteriology 42:606-12. GILLIS, M.; D╓BEREINER, J.; POT, B.; GOOR, M.; FALSEN, E.; HOSTE, B.; REINOLD, B. & KERSTERS, K. 1990. Taxonomic relationships between (Pseudomonas) rubrisubalbicans, some clinical isolates (E F Group 1), Herbaspirillum seropedicae and (Aquaspirillum) autotrophycum. In: V INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON NITROGEN FIXATION WITH NON LEGUMES. Florence, Italy, Univ. Florence, p. 103 (Abstr.). GOOR, M.; FALSEN, E.; POT, B.; GILLIS, M.; KERSTERS, K. & DE LEY, J. 1986. Taxonomic position of the phytopathogen Pseudomonas rubrisubalbicans and related clinical isolates. In: XIV INTERNATIONAL CONGRESS OF MICROBIOLOGY, Wanchester, England. GOTO, M. 1983. Pseudomonas ficuserectae sp. nov., the causal agent of bacterial leaf of Ficus erecta Thumb. International Journal of Systematic Bacteriology33:546-50. HAYWARD, A.C. 1964. Characteristics of Pseudomonas solanacearum. Journal of Applied Bacteriology 27:265-77. HAYWARD, A.C. 1983. Pseudomonas: the non-fluorescent pseudomonads. In: Fahy, P.C. & Persley, G.J. (Ed.). Plant bacterial diseases - a diagnostic guide. Sydney, Academic Press, p.107-40. HAYWARD, A.C. 1989. The non-fluorescent pseudomonads: current status and future prospects. Fitopatologia Brasileira 4:11-6. HILDEBRAND, D.C. 1973. Tolerance of homoserine by Pseudomonas pisi and implications of homoserine in plant resistance. Phytopathology 63:301-2. HILDEBRAND, D.C.; SCHROTH, M.N. & SANDS, D.C. 1988. Pseudomonas. In: Schaad, N.W. (Ed.). Laboratory guide for identification of plant pathogenic bacteria. St. Paul, APS Press, p.60-80. HOLLOWAY, B.W. & MORGAN, A.F. 1986. Genome organization in Pseudomonas. Annual Review of Microbiology 40:79-105. HU, F.P.; YOUNG, J.M. & TRIGGS, C.M. 1991. Numerical analysis and determinative tests of nonfluorescent plant-pathogenic Pseudomonas spp. and genomic analysis and reclassification of species related to Pseudomonas avenae Manns 1909. International Journal of Systematic Bacteriology 41:516-25. JANSE, J.D. 1982. Pseudomonas syringae subsp. savastanoi (ex. Smith) subsp. nov., nom. rev., the bacterium causing excrescences on Oleaceae and Nerium oleander L., International Journal of Systematic Bacteriology 32:166-9. JOHNSON, J.C. 1956. Pod twist: a previously unrecorded bacterial disease of french bean (Phaseolus vulgaris L.). Queensland Journal of Agricultural Science 13:127-58. KELMAN, A. 1953. Bacterial wilt caused by Pseudomonas solanacearum. Chapel Hill, University of North Caroline Press. KILBANE, J.J.; CHATTERJEE, D.K. & CHAKRABARTY, A.M. 1983. Detoxification of 2, 4, 5-trichlorophenoxyacetic acid from contamined soil by Pseudomonas cepacia. Applied and Environmental Microbiology 45:1697-700. KING, E.O.; WARD, M.K. & RANEY, D.E. 1954. Two simple media for the demonstration of pyocyanin and fluorescein. Journal of Laboratory and Clinical Medicine 44:301-7. KUZUMI, Y.; OHTANI, I.; NISHIYAMA, K. & KAKIZANA, H. 1987. Caryoynencins, potent antibiotics from a plant pathogen Pseudomonas caryophylli. Tetrahedron Letters 28:3981-4. LA FAVRE, J.S. & EAGLESHAM, A.R.J. 1986. Rhizobitoxine: a phytotoxin of unknown function which is commonly produced by bradyrhizobia. Plant and Soil 92:443-52. LELLIOTT, R.A.; BILLING, E. & HAYWARD, A.C. 1966. A determinative scheme for the fluorescent plant pathogenic pseudomonads. Journal of Applied Bacteriology 29:470-89. MITCHEL, R.E. & FREY, E.J. 1988. Rhizobitoxine and hydroxythreonine production by Pseudomonas andropogonis strains, and the implications to plant disease. Physiology Molecular and Plant Pathology 32:335-41. MIYAJIMA, K.; TANII, A. & AKITA, T. 1983. Pseudomonas fuscovaginae sp. nov., nom. rev. International Journal of Systematic Bacteriology 33:656- 7. MOFFETT, M.L.; HAYWARD, A.C. & FAHY, P.C. 1986. Five new hosts of Pseudomonas andropogonis occurring in eastern Australia: host range and characterization of isolates. Plant Pathology 35:34-43. OLIVARES, F.L.; BALDANI, V.L.; REIS, V.M.; BALDANI, J.I. & D’BEREINER, J. 1993. Contribuição para diferenciação taxonômica entre Herbaspirillum seropedicae e Herbaspirillum rubrisubalbicans. Fitopatol. Bras. 18:313. OYAIZU, H. & KOMAGATA, K. 1983. Grouping of Pseudomonas species on the basis of cellular fatty acid composition and the quinone system with special reference to the existence of 3-hydroxy fatty acids. Journal General of Applied Microbiology 29:17-40. PALLERONI, N.J.; KUNIZAWA, R.; CONTOPOULOU, R. & DOUDOROFF, M. 1973. Nucleic acid homologies in the genus Pseudomonas. International Journal of Systematic Bacteriology 23:333-9. PALLERONI, N.J. 1984. Genus I Pseudomonas Migula 1984. In: Kriwg, N.R.; Holt, J.G. (Ed.). Bergey's manual of systematic bacteriology. Baltimore, Williams & Wilkins, v. 1, p.141-219. PALLERONI, N.J. 1992. Human and animal pathogenic pseudomonads. In: Balows, A.; Trüper, H.G.; Dworkin, M.; Harder, W. & Schleifer, K. (Ed.). The Prokaryotes - a handbook on the biology of bacteria: ecophysiology, isolation, identification, applications. 2.ed. New York, Springer-Verlag, p.3086-103. PARKER, W.L.; RATHNUM, M.L.; SEINER, V.; TREJO, W.H.; PRINCIPE, P.A. & SYKER, R.B. 1984. Cepacin A and cepacin B, two new antibiotics produced by Pseudomonas cepacia. Journal of Antibiotics 37:431-40. PECKNOLD, P.C. & GROGAN, R.G. 1973. Deoxyribonucleic acid homology groups among phytopathogenic Pseudomonas species. International Journal of Systematic Bacteriology 23:111-21. PIMENTEL, J.P.; OLIVARES, F.L.; PITARD, R.M.; URQUIAGA, S.; AKIBA, F. & D╓BEREINER, J. 1991. Dinitrogen fixation and infections of grass leaves by Pseudomonas rubrisubalbicans and Herbaspirillum seropedicae. Plant and Soil 137:61-5. SALLIDAS, P.G. & PANAGOPOULUS, C.G. 1975. A new bacteriosis of almond caused by Pseudomonas amygdali sp. nov. Annals of the Institute Phytopathological 11:94-108. RAGUNATHAN, C. 1928. Bacterial leaf spot of betel. Annals of the Royal Botanic Gardens of Peradeniya 11:51-62. RAMUNDO, B.A. & CLAFLIN, L.E. 1990. Demonstration of synonymy between the plant pathogens Pseudomonas avenae and Pseudomonas rubrilineans. Journal of General Microbiology 136:2029-33. ROBBS, C.F. 1956. Uma nova doença bacteriana do mamoeiro (Carica papaya L.). Revista da Sociedade Brasileira de Agronomia 12:73-6. ROBBS, C.F. 1981. Caracterização de espécies fitopatogênicas de Pseudomonas que acumulam poli-beta-hidroxibutirato. Fitopatologia Brasileira 6:309-10. ROBBS, C.G.; RODRIGUES NETO, J.; RIBEIRO, R. de L.D. & KIMURA, O. 1981. Annotated list of bacterial plant pathogens in Brazil. In: Lozano, J.C. (Ed.). V International Conference on Plant Pathogenic Bacteria. Cali. p.601- 13. ROBERTS, S.J.; EDEN-GREEN, S.J.; JONES, P.; AMBLER, D.J. 1990. Pseudomonas syzygii, sp. nov., the cause of Sumatra disease of cloves. Systematic Applied and Microbiology 13:34-43. SANDS, D.C.; SCHROTH, M.N. & HILDEBRAND, D.C. 1970. Taxonomy of phytopathogenic pseudomonads. Journal of Bacteriology 101:9-23. SANDS, D.C.; SCHROTH, M.N. & HILDEBRAND, D.C. 1980. Pseudomonas. In: Schaad, N.W. (Ed.). Laboratory guide for identifiction of plant pathogenic bacteria. St. Paul, APS Press, p.36-44. SAVULESCU, T. 1947. Contribution à la classification des bacteriacées phytopathogènes. Analele Academiei Romane Ser. III, Tom. 22, Mem. 4:1- 26. SCARLETT, C.M.; FLETCHER, J.T.; ROBERTS, P. & LELLIOTT, R.A. 1978. Tomato pith necrosis caused by Pseudomonas corrugata n. sp. Annals of Applied Biology 88:105-14. SCHROTH, M.N.; HILDEBRAND, D.C. & PANOPOULUS, N. 1992. Phytopathogenic pseudomonads and related plant-associated pseudomonads. In: Balows, A.; Truper, H.G.; Dworkin, M.; Harder, V. & Schleifer, K. (Ed.). The Prokaryotes - a handbook on the biology of bacteria: ecophysiology, isolation, identification, applications. 2║ ed., New York, Springer-Verlag, p.3104-31. SCHROTH, M.N.; HILDEBRAND, D.C. & STARR, M.P. 1981. Phytopathogenic members of the genus Pseudomonas. In: Starr, M.P.; Stolp, H.; Truper, H.G.; Balows, A.; Schlegel, H.G. (Ed.). The Prokaryotes: a handbook of habitats, isolation and identification of bacteria. Berlim, Springer-Verlag, v.1, p.701-18. SKERMAN, V.B.D.; McGOWAN, V. & SNEATH, P.H.A. 1980. Approved list of bacterial names. International Journal of Systematic Bacteriology 30:225- 420. STACKEBRANDT, E.; MURRAY, R.G.E. & TR▄PPER, H.G. 1988. Proteobacteria classis nov., a name for the phylogenetic taxonthat includes the "purple bacteria and their relatives". International Journal of Systematic Bacteriology 38:321-5. STANIER, R.Y.; PALLERONI, N.J. & DOUDOROFF, M. 1966. The aerobic pseudomonads: a taxonomic study. Journal of General Microbiology 53:159-271. STEAD, D.E. 1992a. Grouping of plant-pathogenic and some other Pseudomonas spp. by using cellular fatty acid profiles. International Journal of Systematic Bacteriology 42:281-95. STEAD, D.E. 1992b. Classification of P. syringae pathovars by fatty acid profiling. In: INTERNATIONAL WORKSHOP GROUP ON PSEUDOMONAS SYRINGAE, Florence, Italy, Universidade Florence, p.381-90. YABUUCHI, E.; KOSAKO, Y.; OYAIZU, H.; YANO, I.; HOTTA, H.; HASHIMOTO, Y.; EZAKI, T. & ARAKAWA, M. 1992. Proposal of Burkholderia gen. nov. and transfer of seven species of the genus Pseudomonas homology group II to the new genus, with the type species Burkholderia cepacia (Palleroni and Holmes 1981) comb. nov. Microbiology and Immunology 36:1251-75. YOUNG, J.M.; BRADBURY, J.F.; DAVIS, R.E.; DICKEY, R.S.; ERCOLANI, G.L.; HAYWARD, A.C. & VIDAVER, A.K. 1991. Nomenclatural revisions of plant pathogenic bacteria and list names 1980- 1988. Review of Plant Pathology 70:211-21. YOUNG, J.M.; TAKIKAWA, Y.; GARDAN, L. & STEAD, D.E. 1992. Changing concepts in the taxonomy of plant pathogenic bacteria. Annual Review of Phytopathology 30:67-105. XIANG LI; DORSCH, M.; DEL DOT, T.; SLY, L.I.; STACKEBRANDT, E. & HAYWARD, A.C. 1993. Phylogenetic studies of the rRNA group II pseudomonads based on 16S rRNA gene sequences. Journal of Applied Bacteriology 74:324-9. WILLEMS, A.; DE LEY, J.; GILLIS, M. & KERSTERS, K. 1991. Comamonadaceae, a new family encompassing the acidovorans rRNA complex, including Variovorax paradoxus gen. nov., comb. nov., for Alcaligenes paradoxus (Davis 1969). International Journal of Systematic Bacteriology 41:445-50. WILLEMS, A.; GOOR, M.; THIELEMANS, S.; GILLIS, M.; KERSTERS, K. & DE LEY, J. 1992. Transfer of several phytopathogenic Pseudomonas species to Acidovorax as Acidovorax subsp. avenae subsp. nov., comb. nov., Acidovorax avenae subsp. cattleyae, and Acidovorax konjaci. International Journal of Systematic Bacteriology 42:107-19.
Compartilhar