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FUNGICIDAS INIBIDORES DA SÍNTESE DE ESTERÓIS. I. TRIAZOLES Carlos Alberto Forcelini Faculdade de Agronomia, Fundação Universidade de Passo Fundo, Caixa Postal 566, 99001-970 Passo Fundo, RS, Brasil RESUMO Nos últimos 30 anos, inúmeros compostos foram pesquisados e desenvolvidos para o controle de fungos fitopatogênicos. Grande parte deles foi sintetizada a partir de moléculas com elevada ação tóxica sobre a formação de ácidos graxos integrantes da membrana celular de Ascomicetos, de Basidiomicetos e de Deuteromicetos, sendo classificados como inibidores da síntese de esteróis (SBI = sterol biosynthesis inhibitors). Com esse modo de ação, fungicidas quimicamente diferentes, identificados como piperazinas, piridinas, pirimidinas, imidazoles e triazoles, são, hoje, ferramentas importantes no controle de ferrugens, de oídios e de manchas foliares em olerícolas, em frutíferas e, sobretudo, em cereais. As principais características dos fungicidas triazoles, os mais importantes entre os inibidores de ergosterol, são apresentadas neste capítulo. SUMMARY STEROL BIOSYNTHESIS INHIBITORS FUNGICIDES. I. TRIAZOLES Over the last 30 years, several chemical compounds have been developed for the control of fungal diseases of plants. Some of them, the sterol biosynthesis inhibitors (SBI), have their mode of action based on the inhibition of ergosterol fonnation in Ascomycetes, Basidiomycetes, and Deuteromycetes. This group of fungicides includes piperazines, pyridines, pyrimidines, imidazoles, and triazolcs, which are used against rusts, powdery mildews, and leaf spots in crops such as vegetables, fruits, and cereals. In this review article, the main characteristics of triazole fungicides, the most important SBI compounds, are presented. INTRODUÇÃO Os esteróis, especialmente o ergosterol, são acumulados na membrana celular da maioria dos fungos, conferindo-lhe estrutura e seletividade. Algumas espécies de Oomicetos, como Pythium e Phytophthora, utilizam-se de esteróis fornecidos pela planta hospedeira, enquanto a maioria dos Ascomicetos, dos Basidiomicetos e dos Deuteromicetos tem de sintetizar o seu próprio ergosterol a partir de moléculas precursoras, como o lanosterol (Figura 1). Esse processo envolve reações químicas e formação de compostos intermediários que podem ser inibidos na presença de substâncias tóxicas, descritas a seguir (Kato, 1986): Inibidores de reações de demetilação Compreende os fungicidas classificados como pirimidinas (fenarimol, nuarimol e triarimol), piridinas (butiobate), piperazinas (triforine), imidazoles (imazalil, procloraz, triflumizol e outros) e triazoles (triadimefon, triadimenol, propiconazole e outros), os quais inibem a passagem do lanosterol (1) para 4,4-dimetil-colesta-8,14,24-trienol (2). Inibidores de reações de isomerização Essa reação ocorre entre os compostos fecosterol (10) e episterol (11), sendo afetada em presença dos fungicidas dimetomorfe, fenpropemorfe e tridemorfe, identificados como morfolinas. Inibidores de reações de redução e de transmetilação Compostos químicos identificados como azasteróis impossibilitam as reações de redução que ocorrem entre os compostos intermediários 4,4- dimetil-colesta-8,14,24-trienol (2) e 4,4-dimetil-colesta-8,24-dienol (3). Os azasteróis podem, ainda, inibir reações de transmetilação que ocorrem na cadeia lateral, entre os compostos zimosterol (5) e fecosterol (10). É objetivo deste trabalho apresentar as principais características dos fungicidas triazoles, classificados como inibidores de demetilação. Os demais grupos químicos com ação inibitória sobre a síntese de ergosterol serão abordados nas próximas edições. FUNGICIDAS TRIAZOLES Os triazoles são fungicidas orgânicos, na maioria de ação sistêmica acropetal, formados pela adição de radicais químicos diferentes a uma molécula básica de 1,2,4-triazol. Quimicamente, são classificados como: a) triazoles com radicais ceto; triadimefon; b) triazoles com radicais cetal: propiconazole e etaconazole; c) triazoles com radicais hidroxi: triadimenol, bitertanol e diclobutrazole; d) triazoles sem outros grupos funcionais: fluotrimazol (Kramer, 1986). Figura 1. Esquema da síntese do ergosterol em fungos (Kato, 1986). Asteriscos indicam as reações de demetilação (*), isomerização (**), redução (***) e transmetilação (****) afetadas por fungicidas. A importância e a utilização desses fungicidas na agricultura evoluíram rapidamente nos últimos anos, em conseqüência da combinação de características positivas, entre as quais destacam-se: - Elevada fungitoxicidade a inúmeros patógenos causadores de importantes doenças, como ferrugens, oídios e manchas foliares, tanto em olerícolas, como em frutíferas e, principalmente, em cereais; - Rápida penetração e translocação nos tecidos vegetais, evitando perda por lixiviação e, ao mesmo tempo, permitindo boa distribuição na planta; - Ação curativa sobre infeções já iniciadas, podendo ser utilizados com base em níveis de controle pré-estabelecidos, evitando-se gastos com aplicações preventivas, muitas vezes desnecessárias; - Efeito residual prolongado, possibilitando o uso de doses reduzidas e/ou de maiores intervalos entre aplicações e reduzindo o número de tratamentos. - Instabilidade dos fungos resistentes, diminuindo o risco da perda de eficiência. MODO DE AÇÃO Os fungicidas triazoles podem atuar como protetores ou como curativos. No primeiro caso, a ação tóxica é exercida sobre a germinação dos esporos, na formação do tubo germinativo e no apressório. Contudo, a inibição é apenas parcial, de modo que pode ocorrer penetração do patógeno nos tecidos tratados. No segundo, o desenvolvimento do haustório e/ou o crescimento micelial no interior dos tecidos são inibidos pela presença do fungicida. As células fúngicas, quando etn contato com fungicidas triazoles, acumulam esteróis como o 4,4-dimetil e o 4(-metil, ambos possuidores do radical 14-metil, revelando a inativação do processo de demetilação do lanosterol (1) até compostos intermediários, precurssores do ergosterol (Gadher et al., 1983). Tal fato está associado à ocupação, pelo fungicida, dos sítios ativos destinados à ligação da enzima 14-demetilase ao citocromo P- 450, catalisador da reação de oxidação do 14(-metil até 14(-hidroximetil, primeiro passo no processo de demetilação (Buchenauer, 1987; Henry, 1987). A deficiência de ergosterol e o acúmulo de compostos intermediários induzem a formação de membranas alternativas e a desorganização da estrutura celular. A adição de ergosterol às células tratadas com fungicidas SBI não reverte o processo, uma vez que as posições a ele destinadas são ocupadas por outros esteróis (Kato, 1986). A inibição de demetilação é considerada como de caráter fungistático e obtida em concentrações ou doses reduzidas do fungicida. Quando essas são elevadas, observa-se dano direto sobre a membrana, assim como outras alterações morfológicas identificadas por incitamento de células, por vacuolização excessiva, por septação incompleta, por aparecimento de vesículas entre a membrana e a parede celular, bem como formação de inclusões membranosas (Buchenauer, 1987; Kato, 1986). Contudo, o principal efeito é aquele relacionado à inibição de demetilação. Plantas de trigo suscetíveis a Puccinia graminis e a Erysiphe graminis, quando tratadas com o fungicida triadimefon, apresentaram reações semelhantes às evidenciadas por cultivares resistentes, ou seja, hipersensibilidade à presença do patógeno e encapsulamento de haustóriospor células epidermais, sugerindo uma interação entre os mecanismos de resistência da planta e o fungicida em favor do controle desses patógenos (Buchenauer, 1987). A oxidação de açúcares e a síntese de proteínas e de ácidos nucléicos (RNA e DNA) não são significativamente afetadas por esses fungicidas (Buchenauer, 1978 e 1987). SISTEMICIDADE Excetuando-se o fungicida bitertanol, classificado como locossistêmico, os triazoles comercializados no Brasil são absorvidos e translocados pela planta. Tal característica confere a esses fungicidas algumas vantagens sobre os produtos protetores convencionais (Kuck e Scheinpfiug, 1986), entre as quais: - Absorção e translocação pela planta, permitindo o acesso do produto a partes não expostas ou emitidas após a aplicação; - Reduzida perda por lixiviação, uma vez que a absorção se processa em curto espaço de tempo; - Ação curativa. A absorção dos fungicidas triazoles pelos tecidos ocorre rapidamente. Experimentos realizados com triadimefom mostraram que, 45 minutos após a aplicação, apenas 40 % do produto aplicado fora removido pela água, sendo que 60 % já havia sido absorvido pelos tecidos (Kraus, 1981, citado por Kuck e Scheinpfug, 1986). Com outro fungicida (etaconazole), 90% do ingrediente ativo foi incorporado pela planta, no espaço de 12 horas após a aplicação (Kelley & Jones, 1981). Em trabalhos realizados no Brasil, com eucalipto e com goiaba, o triadimenol foi absorvido pelas folhas no lapso de 30 minutos (Ruiz e Alfenas, 1989; Ruiz et al., 1990). Em algumas situações, o movimento do produto pode ser limitado à cutícula e à parede das células adjacentes ao local de absorção, não havendo translocação via xilema. Nesse caso, a ação é denominada locossistêtnica (Jacob & Neumann, 1987; Kuck & Scheinpflug, 1986) e o efeito curativo manifesta-se apenas sobre os patógenos que crescem próximo a superfície tratada, como Ventuila e Erysiphe. No entanto, uma vez absorvidos, os triazoles, em sua maioria são transportados via apoplasto (xilema, cutícula e parede celular) (Peterson & Edington, 1975), determinando: - Acúmulo do ingrediente ativo em locais de alta transpiração, como extremidades e margens das folhas. No caso do triadimefom, 28-51 % do montante aplicado foi detectado em folhas de cevada, 12 dias após o tratamento das plantas (Fuhr et al., 1978). Com relação ao triadimenol, 7,7 % da quantidade usada em tratamento de sementes de trigo e cevada foi observada em folhas analisadas até 51 dias após a emergência (Steffens et al., 1982); - Limitado movimento do produto em frutos e em folhas jovens, devido à reduzida transpiração; - Ausência de movimento descendente, tanto ao nível de folha como ao de planta. Experimentos realizados com ô fungicida triadimefon mostraram que esse processo ocorreu em percentuais de apenas 0.30.5 % (Brandes et al., 1978; Fuhr et al., 1978), não possibilitando aos triazoles ação sistêmica sobre doenças do sistema radicular e do colo de plantas. O aproveitamento do fungicida em outras partes da planta, diferentes das do local de aplicação, pode ser incrementado pela absorção do ingrediente ativo na forma de vapores liberados no processo de volatilização, especialmente para aqueles compostos com alta pressão de vapor e para culturas cujas arquiteturas de planta permitam a retenção dos gases liberados. PRINCIPAIS COMPOSTOS Atualmente, os fungicidas triazoles registrados e em uso, no Brasil, são os seguintes (Figura 2): Triadimefon: Introduzido em 1973, o triadimefon foi o primeiro fungicida triazole amplamente comercializado, em razão de sua sistemicidade e da elevada eficiência no controle de ferrugens e de oídios. Uma vez absorvido pelos tecidos vegetais, esse fungicida é transformado (reduzido) em triadimenol, composto de maior fungitoxicidade. Em cereais de inverno, o triadimefon cedeu espaço a outros compostos de maior espectro, como o propiconazole e o tebuconazole. Contudo, o triadimefon continua representando boa opção de tratamento em olerícolas (alho, cucurbitáceas), em frutíferas, em feijoeiro e em cafeeiro. Triadimenol: Esse fungicida foi lançado em 1977, tendo-se caracterizado, desde então, pelo seu uso em tratamento de sementes de Figura 2. Estrutura química dos fungicidas triazoles com radicais ceto (triadimefon), cetal (propiconazole), hidroxi (bitertanol) e sem outro funcional (fluotrimazole). cereais de inverno. Aliado ao controle de fungos veiculados às sementes, corno Bipolaris, Drechslera, Stagonospora e Ustilago, esse composto protege a planta contra infecções iniciais por E. graminis. Esse fato tem justificado sua preferência corno fungicida para tratamento de sementes, muito embora outras formulações permitam sua utilização em parte aérea ou via raiz/solo como no caso do cafeeiro. Bitertanol: Embora estruturalmente relacionado ao triadimefon, esse fungicida apresenta ação sistêmica restrita aos locais de absorção, sendo considerado como locossistêmico. É mais tóxico a fungos imperfeitos que o seu antecessor, sendo utilizado para o controle de espécies de Cercospora e de Venturia, em culturas como banana, amendoim e maçã. Pode, também, ser empregado em tratamento de sementes de cereais de inverno, controlando Stagonospora, Ustilago e Tilletia. Contudo, a formulação para esse fim não se encontra disponível no Brasil. Propiconazole: Caracteriza-se pelo seu amplo espectro de ação, controlando eficientemente ferrugens, oídios e manchas foliares induzidas por fungos dos gêneros Bipolaris, Cercospora, Drechslera, Rynchosporium e Stagonospora. Esse fungicida tem sido amplamente utilizado em culturas como cevada e trigo, porém a extensão de seu uso em frutíferas e em olerícolas tem sido pesquisada e mostra-se potencialmente possível. Tebuconazole: De modo similar ao propiconazole, representa uma evolução no espectro de ação dos fungicidas triazoles, apresentando maior toxicidade sobre fungos imperfeitos. Esse fato tem permitido seu uso em diferentes culturas, como cereais, olerícolas e plantas ornamentais, não apenas para o controle de ferrugens e de oídios, mas sobretudo, de manchas foliares causadas por espécies de Altentaria e de Cercospora. Ciproconazole: Esse fungicida tem sido utilizado nas culturas de café e de trigo, visando o controle de ferrugens, e mostra-se bastante efetivo em pequenas doses. Sua mistura com o procloraz apresenta bom controle sobre as manchas foliares que ocorrem em cereais de inverno. Flutriafol: Recentemente lançado no Brasil, flutriafol é recomendado para o controle de ferrugens e de oídio, em trigo. Contudo, apresenta fungitoxicidade a B. sorokiiziaiia, a D. teres e a S. nodorum, qualidade que poderá ser explorada em tratamentos de sementes e da parte aérea. Triciclazole: O uso de triciclazol é bastante difundido no controle de Pyricularia grisea, podendo ser aplicado às sementes, às plantas ou diretamente ao solo, quando adotado o sistema de transplante. Nesse caso, a absorção do fungicida se dá através do sistema radicular. Além desses produtos, inúmeros outros fungicidas triazoles, tais como difenoconazole, diniconazole, epiconazole, fembuconazole, fluzilazole e triciconazole, tem sido desenvolvidos e poderão ser futuramente utilizados. USOS TRATAMENTO DE SEMENTES O uso de triazoles em tratamento de sementes no Brasil tem se restringido ao fungicida triadimenol, eficientemente empregado no controle de patógenos causadores de manchas foliares, de carvões e de oídios, em cereais de inverno como aveia, cevada e trigo. Contudo, outros compostos como o difenoconazole,têm sido desenvolvidos e poderão ser utilizados para o mesmo propósito. De modo geral, os patógenos transmitidos por semente e controláveis pelo tratamento de sementes com fungicidas triazoles são os seguintes: - aveia: Drechslera avenae (helmintosporiose); - cevada: Drechslera teres (mancha reticular), Bipolaris sorokiniana (mancha marrom), Ustilago hordei (carvão); - trigo: B. sorokiniana (mancha marrom / helmintosporiose), Stagonospora nodorum (mancha da gluma), U. tritici (carvão) (Forcelini & Reis, 1987, 1988; Kolbe, 1982; Luz et al., 1983; Reis & Forcelini, 1993; Reunião, 1994). Alguns patógenos são controlados na parte aérea pelo tratamento de semente com triadimenol, como é o caso de Erysiphe graminis em trigo e cevada. Nesta instância, a absorção do fungicida pela semente e sua translocação até as folhas, protege as plantas contra infeções nos primeiros estádios de desenvolvimento da cultura (Forcelini & Reis, 1988; Franck & Ayers, 1986; Kolbe, 1982; Leath & Bowen, 1989; Luz & Bergstrorn, 1986). Estudos semelhantes realizados com Puccinia coronata (ferrugem da folha da aveia) não apresentaram resultados satisfatórios, provavelmente devido à ocorrência mais tardia dessa moléstia (Forcelini, C.A., não publicado). Outras doenças foliares do trigo que podem ser controladas por triadimenol via tratamento de sementes são ferrugem da folha (induzida por Puccinia recondita Rob. ex. Desm. f.sp. tritici (Line & Rakotondradona, 1980), ferrugem estriada (induzida por Puccinia styiiformis West f.sp. tritici (Line & Rakotondradona, 1980), mancha foliar (induzida por Septoria tritici Rob.) (Brown, 1984) e a mancha bronzeada (induzida por Drechslera tritici- repentis (Died.) Shoem.) (Luz & Bergstrom, 1986). O controle da mancha reticular da cevada (induzida por Drechslera teres Sacc. (Shoem.) nos primeiros estádios de desenvolvimento das plantas também tem sido reportada (Luz, 1982, Luz et al., 1983; Forcelini & Reis, 1987). TRATAMENTO DA PARTE AÉREA O principal uso dos fungicidas triazoles concentra-se no tratamento de doenças da parte aérea de plantas. Nesse sentido, esses compostos representaram grande avanço no controle de epidemias por ferrugens em cereais de inverno como o trigo (Picinini & Fernandes, 1989; Picinini et al., 1987), com percentuais de controle próximo de IOO% (Goulart & Paiva, 1993a,b). Tal avanço foi determinado pela elevada efíciência e pela sistemicidade de compostos como triadimefon e triadimenol, fato que permitiu eliminar freqüentes aplicações de fungicidas protetores convencionais, de resultados insatisfatórios em regiões tritícolas chuvosas, como as do sul do Brasil. Posteriormente, com o desenvolvimento de triazoles de amplo espectro, como o propiconazole e o tebuconazole, a eficiência de tratamento foi ampliada para o controle de manchas foliares (helmintosporiose e septoriose) e de doenças da espiga (mancha da gluma e giberela). Atualmente, cinco compostos, são recomendados para o tratamento de doenças em trigo: triadimenol, propiconazole, tebuconazole, ciproconazole e flutriafol (Reunião..., 1994). Outro benefício proporcionado por compostos triazoles pode ser visualizado no controle de doenças em frutíferas, tais como de ferrugem em nectarina (Nogueira, 1991) e em goiaba (Ruiz et al., 1990), de cercosporiose em bananeira (Nogueira & Santos, 1992) e sarna em macieira (Brignani Neto et al., 1989; Nogueira, 1993). Nesta última, os fungicidas, como o bitertanol, são efetivos no controle de infecções iniciadas até 72 horas antes da aplicação, permitindo o seu uso em tratamento curativo (Dahmen & Staub, 1992; Kelley & Jones, 1981; O’Leary & Sutton, 1986). A expansão do uso de fungicidas triazoles mostra-se promissora em certas culturas, como amendoim (Lopes et al., 1993), batata e feijão (Goulart, 1989), e em olerícolas, como alho (Costa & Ventura, 1989; Crusius et al., 1992), cebola e tomate (Calvete et al., 1992). Nesse sentido, resultados experimentais têm demonstrado a eficiência do difenoconazole (Dahmen e Staub, 1992) e do tebuconazole (Calvete et al., 1992), produtos que, com menor número de aplicações, proporcionaram excelente controle de manchas causadas por Alternaria, representando economia de mão-de-obra. Os fungicidas triazoles também têm sido utilizados para o controle de doenças em plantas ornamentais, tais como ferrugem do gladíolo (Ferreira e Nevil, 1989), ferrugem branca (Toledo e Rolim, 1989) e ascoquitose (Fancelli et al., 1990) do crisântemo, bem como de doenças de plantas extrativas, como no caso da vassoura-de-bruxa do cacaueiro (Bastos, 1989). TRATAMENTO DE RAIZ E DE SOLO PARA CONTROLE DE DOENÇAS DA PARTE AÉREA A sistemicidade dos fungicidas triazoles permite sua utilização via raiz e solo, visando o controle de doenças na parte aérea da planta, como ocorre na aplicação de triadimenol próxima do sistema radicular do cafeeiro e o subsequente controle da ferrugem nas folhas (Santini, 1990; Zambolim et al., 1989). Essa tecnologia tem sido aperfeiçoada e representa benefício importante, pois permite o controle da doença em locais de topografia acidentada, onde as aplicações mecanizadas são de difícil execução. Estudos semelhantes têm sido realizados visando avaliar o potencial desse sistema no controle de cercospora em bananeira. FITOTOXICIDADE Os sintomas mais comuns de fitotoxicidade causada por fungicidas triazoles são encurtamento de entre-nós, o lento crescimento da planta, forte esverdeamento das folhas e atraso no processo de senescência dos órgãos fotossintéticos, os quais estão relacionados à inibição da síntese de ácido giberélico e/ou de esteróis na planta (Kuck & Sscheinpfiug, 1986). Lento crescimento da planta é mais freqüentemente observado quando os triazoles são usados em tratamento de sementes ou aplicados a plantas jovens. No primeiro caso, é comum verificar a inibição do entre-nó subcoronal (mesocótilo) de trigo e de cevada, causada pelo fungicida triadimenol nos primeiros dias posteriores à germinação e à emergência, normalizando-se após 30 dias (Forcelini, C.A., não publicado). Resultados experimentais mostraram que o trigo e a cevada foram mais suscetíveis a esse tipo de fitotoxicidade que a aveia e o centeio, sendo que o efeito dos produtos acentuou-se na seguinte ordem: triadimenol - propiconazole - etaconazole - diclobutrazole - paclobutrazole (Buchenauer et al., 1984). Em plantas jovens, as aplicações de tebuconazole em tomateiro, antes do inicio de florescimento, induzem o encarquilhamento da haste principal e o atrofiamento de folhas e de plantas, processo que, dependendo da dose utilizada, toma-se irreversível (Forcelini, C.A., não publicado). Os efeitos fitotóxicos são, geralmente, proporcionais à sistemicidade dos compostos, especialmente em condições de clima quente e úmido, uma vez que a baixa temperatura e/ou a ausência de umidade no solo reduzem a sua translocação. Como exemplo, pode-se citar o fungicida bitertanol (locossistêmico), o qual é menos fitotóxico que outros compostos quimicamente relacionados, corno o triadimenol e o triadimefon, ambos sistêmicos (Brandes et al., 1979, citado por Kuck & Scheinpflug, 1986; Kelley & Jones, 1981). Em algumas situações, a fitotoxicidade pode ser interpretada como um aspecto benéfico ao produtor. Como exemplo, o tratamento do tomateiro com tebuconazole atrasa a senescência das plantas, prolongando o período de produção e escalonando a colheita dos frutos (Forcelini, C.A., não publicado). RESISTÊNCIA À TRIAZOLES A resistência pode ser definida como um ajuste estávele hereditário de um fungo a um fungicida, resultando em considerável redução na sensibilidade do patógeno (Koller & Scheinpflug, 1987) e cujo surgimento está condicionado por fatores inerentes ao: - Fungo: maiores taxas de reprodução e de variabilidade genética conferem ao fungo maiores chances de adaptação a um novo fungicida. - Fungicida: quanto mais específica a afinidade fungicida-fungo (modo de ação), maior a probabilidade de resistência, visto que a alteração de apenas um gene pode tornar o fungo insensível ao produto químico. - Uso do fungicida: a ocorrência de mutantes resistentes é proporcional à freqüência de uso do produto, o que é conseqüência da pressão de indução por este exercida. Os fungicidas triazoles apresentam modo de ação específico, induzem facilmente a ocorrência de mutantes em laboratório e são amplamente utilizados (cereais, frutíferas e olerícolas) no controle de patógenos que apresentam vários ciclos anuais (Koller & Scheinpflug, 1987; Smith e Koller, 1990). Tais fatores classificariam os triazoles como altamente propensos à ocorrência de resistência, não fosse a menor capacidade de competição apresentada pelos mutantes resistentes ao nível de campo (Dekker, 1985). Tal fato pode explicar a ocorrência parciais de reduções na eficiência desses fungicidas, as quais estão, geralmente, associadas a adaptações temporárias do patógeno ao produto. Contudo, o uso freqüente e isolado de compostos inibidores da demetilação pode levar esses mutantes ao nível de estabilidade que determina a resistência, coin a conseqüente perda de fungitoxicidade. Visando evitar o processo acima referido, é recomendado (Koller & Scheinpflug, 1987; Staub, 1991; Urech & Egli, 1991): - Utilizar os fungicidas com base em recomendações oficiais, sobretudo com relação a doses, a épocas e a estádios de aplicação; - Em combinações patógeno-hospedeiro que requeiram freqüentes aplicações: - iniciar com fungicidas protetores, reservando os sistêmicos para aplicações estratégicas ao longo do ciclo da doença; - evitar aplicações sucessivas do mesmo produto; - utilizar misturas de fungicidas sistêmicos e protetores. - Devido à reação cruzada entre fungicidas com o mesmo modo de ação, não realizar mistura e/ou alternância de triazoles, de imidazoles, de piridinas, de pirimidinas e de piperazinas. Com relação aos fungicidas classificados como morfolinas, em que pese a inibição da síntese de ergosterol em ponto diferente do metabolismo, os resultados disponíveis são contraditórios (Lorenz et al., 1992; Peever & Milgroom, 1993), não permitindo concluir sobre sua compatibilidade com os triazoles. Além das recomendações acima, é imprescindível monitorar o uso desses fungicidas, especialmente quando situações de controle insatisfatório forem observadas. Atualmente, E. graminis hordei (Butters et al., 1984), E. graminis tritici (Waard et al., 1986), Sphaerotheca fuliginea (Shepers, 1985), V. inaequalis (Smith, 1989; Stanis & Jones, 1985; Thind et al., 1986), Sclerotinia homeocarpa (Golembiewski et al., 1993) e Pyrenophora teres (Peever & Milgroom, 1993) são alguns dos fungos cuja ocorrência de mutantes resistentes já foi relatada. CONCLUSÕES Os triazoles representam um marco no desenvolvimento de defensivos agrícolas e constituem um dos mais modernos e importantes grupos de fungicidas atualmente em uso. Tal importância é atribuída a características especiais, como: elevada ação inibitória sobre a formação de componentes da membrana celular; rápida absorção e translocação pela planta; eficiência em doses pequenas; ação curativa; efeito residual prolongado; amplo espectro de ação; flexibilidade para uso em tratamentos de sementes e da parte aérea e via sistema radicular e moderado risco de resistência. Embora os cereais ainda representem a maior demanda de fungicidas triazoles, outras doenças importantes em olerícolas e em frutíferas, plantas ornamentais e extrativas podem ser eficientemente controladas por esses compostos. Contudo, a utilização crescente de triazoles, a exemplo de outros compostos sistêmicos, deve ser acompanhada de tecnologia apropriada, especialmente com relação aos níveis de controle para aplicações curativas, à integração com outros fungicidas protetores e sistêmicos e ao monitoramento de seu uso, representando um vasto campo de estudo a ser explorado. Há de considerar-se, ainda, que o uso inadequado pode incrementar o surgimento e a multiplicação de mutantes resistentes, afetando, por reação cruzada, todos os compostos desse grupo e expondo inúmeras culturas a epidemias. LITERATURA CITADA BASTOS, C.N. 1989. Avaliação de fungicidas no controle da vassoura-de- bruxa (Crinipelis perniciosa) do cacaueiro. Summa Phytopathol. 15:7. BRANDES, W.; STEFFENS, W.; FUHR, F. & SCHEINPFLUG, H. 1978. Further studies on translocation of 14C triadimefon in cucumber plants. Pfianzenschutz-Nachr. Bayer 31:132-44. BRIGNANI NETO, F.; TOLECO, A.C.D. & OLIVEIRA, D.A. 1989. 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