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Cirurgia 1 Resumão bolado Pós operatório ● Orientar o paciente sobre as possíveis ocorrências: ○ Equimose; ○ Hematoma; ○ Saliva sanguinolenta; ○ Dor; ○ Edema; ○ Incomodo. ● Orientações: ○ Dieta ■ Alimentos duros causam trauma! ■ Por 48 horas, líquida ou pastosa, fria ou gelada; ● Contribui para diminuir o traumatismo na área operada; ● Hemostasia. ■ Evitar, para não deslocar o coágulo: ● Bochechos; ● Utilizar canudos; ● Colocar a língua na região. ■ Não ficar em jejum! ○ Higiene oral ■ Realizar regularmente: ● Escova com cerdas macias; ● Não realizar bochechos (48hrs). ■ Evitar trauma local (escovar com calma, sem pressa e sem força), por risco de dor e sangramento; ■ Associar outros recursos a escovação: ● Digluconato de Clorexidina 0,12%, 30 min após a escovação, no máximo por 14 dias por conta dos efeitos negativos da clorexidina (perda do paladar e manchamento dental); ■ Higiene adequada promove melhor cicatrização. ○ Controle do sangramento ■ É esperado o sangramento por 24 horas; ■ Limpar o local com gaze e soro fisiológico (0,9%); ■ NÃO USAR VINAGRE = ele é ácido e impede a coagulação! ■ Compressão digital (manobra de Chompret) + compressão local com gaze (sentado, mordendo a gaze); ■ Estão contraindicados por 48h: ● Praticar esportes; ● Cuspir; ● Usar canudo; ● Bochechar; ● Fumar; ● Evitar falar. ○ Dor ■ Geralmente leve à moderada; ■ Pico nas primeiras 24h (persistência por cerca de 2 dias); ■ Como prescrever? ● Dipirona sódica 500mg/ml, 40 gotas de 6/6h, via oral; ● ou Dipirona sódica 500mg, tomar 1 comprimido de 6/6h, via oral; ● Paracetamol 750mg/ml, 40 gotas de 6/6h, via oral; ● ou Paracetamol 750mg, 1 comprimido de 6/6h, via oral. ○ Repouso ■ Evitar esforço físico nas primeiras 48h; ■ Atividades físicas mais vigorosas deverão ser retomadas após o 5º dia após a exodontia. ○ Edema ■ Resposta esperada do organismo a qualquer trauma; ■ Alcança seu máximo entre 48 e 72h após o procedimento; ■ Regride no 3º/4º dia; ■ Por que pode ocorrer? ● Excesso de deslocamento dos tecidos moles; ● Cirurgias prolongadas; ● Falta de cuidado com o tecido mole. ■ O que podemos fazer para minimizar essa situação? ● Préoperatório: utilização de antiinflamatórios esteroidais; ● Pósoperatório: aplicar bolsas de gelo na região operada. ■ Protocolo: ● Gama Filho: ○ Dexametasona 4mg, tomar 3 comprimidos 12h antes do procedimento; ○ Tomar 2 comprimidos 1h antes do procedimento; ○ Tomar 1 comprimido 12h após o procedimento. ● Outros: ○ Dexametasona 4mg, tomar 2 comprimidos 1h antes do procedimento. ■ Edema x Infecção: ● Principais sinais de infecção: ○ Temperatura > 38ºC; ○ Vermelhidão; ○ Calor; ○ Secreção local. ○ Equimose ■ Sangramento submucoso e/ou subcutâneo póscirúrgico; ■ Frequentemente associado ao edema; ■ Mais frequente em pacientes de pele clara e idosos (fraca fixação celular, fragilidade capilar). ○ Trismo ■ Resposta inflamatória ao procedimento cirúrgico, que se difunde por alguns músculos da mastigação; ■ Múltiplas injeções anestésicas (principalmente muscular); ■ Resolução gradativa; ■ Indicações para melhorar o trismo: ● Bolsa quente, a partir do 3º dia para não deslocar o coágulo; ● Mascar chiclete, como forma de fisioterapia, a partir do 3º dia para não deslocar o coágulo. Princípios da Exodontia Simples ● Contraindicações para realização de uma exodontia: ○ Sistêmicas: ■ Gravidez; ■ Diabéticos descompensados; ■ Cardiopatias; ■ Usuários de anticoagulantes; ■ Portadores de coagulopatias severas; ■ Etc. ○ Locais: ■ História de radiação terapêutica contra tumores malignos; ■ Dente em área de tumores malignos; ■ Pericoronarite severas. ● Segundo Hupp: ○ “O dente não deve ser puxado do osso, e sim delicadamente elevado do processo alveolar.”; ● Se aplicarmos muita força, podemos lesar: ○ Tecidos locais; ○ Dentes vizinhos; ○ Estruturas nobres; ○ Osso circunjacente. ● Avaliação por imagem: ○ Raízes curtas e cônicas são mais fáceis de serem removidas. ● Posicionamento adequado: ○ Maxila: ■ Plano oclusal deverá formar um ângulo de 60º com o solo; ■ Altura da cadeira um pouco abaixo do cotovelo do cirurgião. ○ Mandíbula: ■ Plano oclusal paralelo ao solo; ■ Altura da cadeira mais baixa; ■ Braço inclinado para baixo, fazendo um ângulo de 120º com o cotovelo; ● Como iniciar uma exodontia? ○ Sindesmotomia ■ Deslocamento do tecido gengival ao redor do dente; ■ Rompimento das fibras do ligamento periodontal; ■ Dilatação das paredes alveolares; ○ Alavancas ■ Utilizado para luxar (soltar) o dente do osso circunjacente (expansão do osso alveolar); ■ Luxar o dente antes da utilização do fórceps, minimiza a incidência de fratura radicular; ■ Indicações para o uso das alavancas: ● Dentes inacessíveis ao uso do fórceps; ● Raízes fraturadas; ● Raízes seccionadas; ● Remanescente radiculares abaixo da crista alveolar. ● Além disso, auxiliam da adaptação do fórceps nos casos de: ○ Dentes com cárie extensa; ○ Dentes tratados endodonticamente. ■ Contraindicações para uso da alavanca: ● Dentes que só possam ser extraídos com uso do fórceps; ● Dentes com ponto de contato que impeçam a saída do dente em questão; ● Nunca apoiar na palatina ou na lingual! ■ Tipos de alavancas: ● Reta (movimentos de Alavanca e Cunha): ○ 301: ponta ativa pequena, para início da luxação ○ 304: ponta ativa mais larga, para deslocamento do elemento do alvéolo; ● Apexo = ideal para dentes posteriores; ● Seldin (movimentos de Roda e Eixo) = Bandeirinha = Triangular ○ Raiz fraturada permanece no alvéolo; ○ 3º molar superior; ○ Apoiar apenas em regiões M e D; ○ Realizase movimento de rotação no seu longo eixo. ● Pott ○ Cabo em “T”; ○ Devem ser usadas com cautela para não gerar forças desnecessárias; ○ Indicações: ■ 3º molar superior localizado acima do ápice do 2º molar; ■ 3º molar superior onde a raiz ainda não tenha sido formada. ■ Utilizar no sentido digitopalmar, com o dedo indicador repousado sobre sua haste; ■ A parte ativa da alavanca deve ser aplicada entre o tecido ósseo do alvéolo e o elemento a ser extraído; ● Crista óssea do espaço interdental; ● Espaço intraradicular. ■ Não utilizar o dente vizinho como fulcro! ■ Não utilizar corticais P ou L como ponto de apoio! ■ Movimentos das alavancas: ● Alavanca ○ Realizado a partir de um ponto na crista alveolar; ○ Movimentos realizados: rotação ou elevação; ○ Em alguns casos poderá ser necessária a realização de um ponto de apoio. ● Cunha ○ A técnica baseiase na colocação da parte ativa da alavanca (ou lâmina) entre a raiz do dente e o osso; ○ Lâmina paralela ao longo eixo da raiz; ○ A força de cunha é exercida no sentido apical. ● Roda e Eixo ○ Raiz residual. ○ Fórceps ■ Adaptação: palatina/lingual, depois na vestibular; ■ Maxila: ● 150: 1, 2, 3, 4 e 5; ● 18R/18L: 6, 7 e 8; ■ Mandíbula: ● 151: 1, 2, 3, 4 e 5; ● 16/17/23: 6, 7 e 8; ○ 17: coroa íntegra; ○ 16/23: coroa destruída. ■ Raízes residuais: ● 65 ● 69 ■ Primeiro movimento: intrusão (sentido apical); ■ Segundo movimento: luxação (movimento VP ou VL) ● Mais força na vestibular, pois é a parede mais delgada e friável. ● Em toda a cavidade bucal, exceto molares inferiores, a maior força vai para a lingual. ● Nos molares inferiores, a maior força vai para a lingual. ■ Terceiro movimento: rotação (somente em dentes uniradiculares com raizes cônicas); ■ Como usar o fórceps: ● Mordente paralelo ao longo eixo do dente; ● Apreender estrutura sadia e sempre pelo cemento; ● Antes de firmar o fórceps ao dente, introduzilo o maisapical possível. ● Resumão: ○ Sindesmotomia; ○ Luxação do dente com a alavanca; ○ Adaptação do fórceps; ○ Luxação do dente com o fórceps; ○ Remoção do elemento dentário. ● Após a exodontia: ○ Curetagem do alvéolo; ○ Irrigação com soro fisiológico. ● Ordem das exodontias! ○ Devemos sempre começar pelo dente superior, para evitar que algo do superior (cálculos ou pedaços do elemento) caia no alvéolo do inferior. ○ Começar sempre pelos dentes posteriores, pulando o primeiro molar e o canino. ○ Pular o primeiro molar (pilar zigomático) e o canino (pilar canino), pois eles são os pilares e são os dentes que apresentam maior dificuldade. Pré‐operatório ● Exame clinico ○ Anamnese ■ Identificação; ■ Queixa do paciente (entre aspas); ■ Histórico da doenca atual (HDA); ■ Histórico da patologia pregressa HPP (doenças prévias; cirurgias previas; internações hospitalares; tratamento médico recente ou atual); ■ História dental (HD); ■ Antecedentes familiares; ■ Hábitos nocivos e higiênicos; ○ Exame físico ■ Aspecto geral do paciente; ■ Exame local (intra e extra); ➢ *** No caso de infecção odontogenica, o sinal vital que não tem alteração é a pressão arterial. ■ Sinais vitais: ● Pressão Arterial: 120/80 mmHg; ● Frequência Cardíaca: de 60 a 110 bpm; ● Frequência Respiratória: homem de 16 a 18 mpm; mulher de 18 a 20 mpm; criança de 20 a 25 mom; ● Temperatura: baixa de 37,5 a 38º; média de 38 a 39º; alta acima de 39º. ○ Objetivos do exame clínico: ■ Estabelecer o diagnóstico; ■ Conhecer as condições medicas preexistentes; ■ Descobrir as doenças concomitantes; ■ Controlar as emergências; ■ Tratar o paciente. ● O CD pode solicitar exames laboratoriais? ○ *** Súmula da ANS de 27/08/2007 permite ao CD solicitar qualquer exame laboratorial/complementar, bem como internações hospitalares decorrentes de situações clínicas e cirúrgicas de natureza odontológica. ● ASA ○ 1 indivíduo normal e saudável; ○ 2 paciente com doença sistêmica leve à moderada; ○ 3 paciente com doença grave que não é incapacitante; ○ 4 paciente com doença grave que é uma ameaça constante a vida. ○ 5 e 6 não atendemos… ● Agentes sedativos: ○ Midazolan: efeito em 40m e excreção em 1:30h; ele é o único sedativo que dá amnésia anterógrada; ○ Não há nada na literatura que indique parada cardiorrespiratória no uso de agentes sedativos; ○ Marcar cirurgia na parte da manhã e diminuir tempo de espera; ● Profilaxia antibiótica: ○ Não existe amoxicilona EV, somente oral; ○ AINES = antiinflamatórios não esteroidaes; ○ Ciclosporina A, usada após transplantes de órgãos, induz a hiperplasia gengival; ○ Pacientes com distúrbios hepáticos tem deficiência na produção de vitamina K, logo, tem maiores chances de problemas de coagulação; ○ Pacientes com disfunção hepática grave podem necessitar do ambiente hospitalar devido a reduzida capacidade de metabolizar o nitrogênio contido no sangue deglutido, podendo causar encefalopatia; ○ Em pacientes diabéticos, os leucócitos demoram a chegar no local da infecção; ● Cuidados: ○ Coagulopatia hereditária: anestesia local por infiltração local ao invés de bloqueio de nervo, pois a chance de acertar uma arteria maior é grande; ○ Farmacos como a aspirina (AS), geralmente, não necessitam ser interrompidos para cirurgias de rotina, pois o dano causado pela remoção pode ser maior que o induzido pela cirurgia; Terapêutica Medicamentosa ● Antimicrobianos ○ Penicilinas: ■ Naturais: ● Penicilina G cristalina: ○ Pequeno espectro; ○ Bactericida; ○ Baixa toxicidade; ○ Dose: 4 milhões de ui de 4/4h IV; ■ Semisintéticas: ● Oxacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina: ○ Espectro reduzido; ○ Penicilinase resistente; ○ Staphylococcus aureus; ● Amoxicilina e Ampicilina: ○ Espectro ampliado para Gram; ○ Bactericida; ○ Baixa toxicidade; ○ Dose: ■ Amoxicilina 500mg 8/8h IV; ■ Ampicilina 500mg 6/6h IV. ● Amoxicilina + Clavulanato de Potássio: ○ Espectro ampliado; ○ Bactericida; ○ Penicilinase resistente; ○ Dose: Amoxicilina 500mg + clavulanato de potássio 125mg 8/8h VO; ○ Cefalosporinas: ■ Espectro ampliado, maior que o das penicilinas semisintéticas; ■ Bactericida; ■ Baixa toxicidade; ■ 3 gerações; ■ Dose: Cefalexina 500mg 6/6h VO; ○ Clindamicina: ■ Espectro similar ao das penicilinas semisintéticas, ampliado para anaeróbios; ■ Bactericida dose dependente; ■ 1ª escolha para alérgicos a penicilina; ■ Dose: Clindamicina 300mg a 600mg 6/6h VO ou IV; ○ Macrolídeos: ■ Espectro ampliado, similar ao das penicilinas semisintéticas; ■ Bacteriostáticos; ■ 2ª escolha para alérgicos a penicilina; ■ Dose: ??? ○ Metronidazol: ■ Antiprotozoário; ■ Bactericida; ■ Atua exclusivamente em anaeróbios; ■ Utilizado em associação com: Pen g, Amox, Ciprofloxacino, Clindamicina; ■ Dose: Metronidazol 500mg 8/8h VO ou IV; ○ Efeitos adversos: ■ Gastrointestinal; ■ Alterações hepáticas; ■ Nefrotoxicidade; ■ Ototoxicidade; ■ Neurotoxicidade; ■ Neutropenia; ■ Interações Medicamentosas; ■ Reações alérgicas. ○ Indicações de uso dos antibióticos: ■ Infecção difusa e não circunscrita; ■ Presença de toxemia; ■ Evolução rápida; ■ Envolvimento dos espaços fasciais; ■ Paciente com comprometimento sistêmico. ○ Contraindicações do uso dos antibióticos: ■ Abscesso crônico e circunscrito; ■ Localização intrabucal; ■ Alvéolo seco (alveolite localizada); ■ Pericoronarite leve. ● Profilaxia antibiótica ○ Ferida cirúrgica ■ Para o uso profilático em uma ferida cirúrgica, o procedimento precisa ter um risco de contaminação bacteriana significante. ■ Classe 1 ferida limpa; ■ Classe 2 ferida limpacontaminada; ■ Classe 3 ferida contaminada; ■ Classe 4 ferida suja; ○ Infecção Metastática ■ Área distante suscetível; ■ Propagação por via hematogênica. ● Antiinflamatórios: ○ Não seletivo: ■ Diclofenaco 50mg, 8/8h, VO; ■ Ibuprofeno 400mg, 6/6h, VO; ■ Tenoxicam; ■ Aspirina. ○ Parcialmente seletivo COX2: ■ Nimesulida 100mg, 12/12h, VO; ■ Meloxicam 15mg, 1x ao dia, VO. ○ Altamente seletivo COX2: ■ Rofecoxib; ■ Celecoxib; ■ Etoricoxib. ● Corticosteróides: ○ Dexametasona 8mg, tomar 2 comprimidos, 1h antes do procedimento, VO; ○ Reações adversas: ■ Gastrointestinais; ■ Nefropatias; ■ Hepatopatias; ■ Hipersensibilidade; ■ Interações medicamentosas. Extrações Complexas ● Retalhos Mucoperiosteais: ○ A base do retalho deve ser mais ampla que a margem livre; ○ A dimensão da base do retalho não pode ser menor que a altura; ○ Incisão sempre em osso sadio; ○ Evitar lesões a estruturas vitais; ○ Tipos de retalhos: ■ Envelope ■ L ou Triangular ■ Quadrangular ■ Semilunar e Vestibular ■ Y e Duplo Y
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