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Mecanismo de Resposta Imunológica Quando a gente fala em resposta imune específica essa resposta imune já está pronta no nosso corpo, as nossas células já estão prontas, nós temos que encontrar para aquele determinado antígeno uma célula que seja especifica para ele ,ou seja, você pode ter ou não essa célula. A situação que nós temos e a seguinte, temos um antígeno que está presente no meio extracelular uma vez que esse antígeno foi detectado pelo sistema imunológico ele vai ser fagocitado, por exemplo um macrófago, que é uma célula apresentadora de antígeno, porque ele vai pegar o fragmento do antígeno e através de uma molécula de MHC classe 2 (porque o antígeno é de origem extracelular) vai apresentar para o linfócito TCD4. Aqui nós estamos tendo ação da imunidade inata só que ele está querendo passar para uma ação da imunidade específica, para isso vai ser necessário o processo de seleção clonal então entre os milhões de linfócitos TCD4 que existem dentro de nós, teria que ser selecionado aquele que tem um receptor específico para determinado antígeno, é preciso utilizar uma molécula que são os TCR (receptores de células T). O que é seleção clonal? É verificar entre os milhões de linfócitos TCD4 aquele que tenha um TCR que possa se ligar de forma específica a este antígeno então. Podemos observar que este linfócito pelo formato do desenho dele poderá se ligar ao antígeno então entre os milhões de linfócitos T esse é o que tem o TCR específico (ou você tem esse receptor ou não tem). A partir do momento que foi feita a seleção dos Clones de linfócitos TCD4 daquele que tem um receptor específico a partir de agora eu já tenho para esse antígeno um linfócito específico (escolhido) esse linfócito TCD4 vai ser ativado e passar por um processo chamado de expansão clonal ou seja ele vai entrar em atividade celular e vai começar a se modificar, vai fazer vários clones dele mesmo. Então na seleção clonal a vão ser selecionados entre os milhões de clones de linfócitos TCD4 aquele que tem um receptor específico, uma vez feito isso aquele Clone selecionado entrará em divisão celular dando origem a milhões dele mesmo que é expansão clonal. Lembrando que o linfócito TCD4 é o que vai organizar todo o sistema imunológico e ele faz isso através da secreção de citocinas por isso que podemos classificar um linfócito TCD4 em TH1 ou TH2. Então cada clone vai começar a secretar citocinas de padrão th1 e th2 e todos eles são específicos para este antígeno. Observando o desenho todos os cones que estão na parte preta são secretores de citocinas de padrão th1 e todos os cones que ficaram dentro dessa parte vermelha secretam citocinas de padrão th2. A resposta imunológica específica para esse antígeno vai predominar o padrão TH1. Todas as respostas imunológicas são assim: primeiro você faz o processo de seleção depois a expansão então os clones vão começar a escolher se vão secretar th1 ou th2 e o que vai determinar são as características do antígeno. Então nesse exemplo a resposta imunológica vai te predominar o padrão th1. Se por acaso for observado que a maioria dos clones estão secretando linfócitos de padrão th2 a resposta imunológica para o antígeno vai predominar th2. Não pode ter 0% de um e 100% de outro e nem 50% dos dois. Vamos supor que lá no padrão th2 sejam secretadas as citocinas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, e no padrão th1 sejam secretadas as citocinas a, b, c, d, e , a citocina "E" inibe a ação da célula de padrão th2 a presença da citocinas 2 inibe a ação das células de padrão th1, uma dessas citocinas vai ter ação inibitória sobre a outra de um outro grupo, então se tivesse 50% seria um anulando o outro e ficaria parado, é preciso ter o predomínio de um sobre o outro para que a resposta possa existir. Não pode ter 0% de um e 100% de outro porquê é necessário que tenha um controle do outro grupo para que a resposta não seja tão intensa que seria as reações de hipersensibilidade. Então é assim que acontece o mecanismo de resposta imunológica, no caso do linfócito TCD4 terá o predomínio das citocinas TH1 ou Th2 isso está acontecendo porque tem a presença do antígeno e o objetivo final é eliminar esse antígeno. Mas nem todas essas células vão ser utilizados para eliminar o antígeno, as que realmente vão gerar a resposta imunológica contra o antigo são chamadas de células efetoras porque são células que vão efetuar a resposta imunológica e as que sobraram serão as células de memória e não vão ser usadas, elas ficarão armazenadas no corpo enquanto as células efetoras morrem. Então quando tiver um contato posterior com esse antígeno é mais fácil selecionar as células porque já tem várias no corpo. Por isso que a resposta imunológica específica se torna mais rápida porque você tem um número maior de células que são células específicas para aquele antígeno. Esse é o mecanismo que acontece no corpo toda vez que tenho contato com algum antígeno. Quando estamos trabalhando com antígenos intracelulares eles acabam condenando a célula então não se tem mais o que fazer a não ser matar e para isso é preciso achar o linfócito TCD8 que seja específico, é o mesmo processo. O antígeno intracelular infecta a célula e esse fragmento do antígeno vai ser apresentado através do MHC de classe 1 e agora é preciso achar entre os milhões de linfócitos TCD8 aquele que possua um TCR específico. Esse foi o processo de seleção clonal e agora este linfócito específico vai passar pelo processo de expansão clonal dando origem a milhões de cópias Todas Iguais uma parte se torna célula efetora e outra parte se torna a célula de memória. Todas as vezes que as células efetoras combatem o antígeno elas morrem e sobra as células de memória. ATENÇÃO: O padrão th1 e th2 é só para os linfócitos TCD4. Para os linfócitos B é o mesmo processo porém tem uma diferença, os linfócitos B consegue reconhecer diretamente o antígeno através de receptores que são chamados de TCL receptores de células B. Os receptores de células B , nada mais são do que anticorpos presentes na superfície do linfócito B. Então é preciso selecionar entre os milhões de linfócitos B o que possui TCL específico para o antigeno, ele vai fazer a ligação e depois a expansão clonal vai dar origem a várias células, vários clones, uma parte vai se tornar células efetoras e a outra parte células de memória. As células selecionadas vão produzir anticorpos contra o antígeno, e quando o linfócito B é ativado , produz e secreta grande quantidade de anticorpos, ele é chamado de plasmócito e eles serão as células efetoras, depois de entrar em ação morrem por apoptose e só vão sobrar as células de memória. As moléculas TCR e TCL são compostas de proteínas que são sequências de aminoácidos eu só consigo produzir essa molécula se no meu DNA tiver o gene para essa molécula. Então a capacidade de você responder especificamente ou não a um antígeno é uma característica genética. Se eu não tiver o gene para a molécula específica para o antígeno quem vai atuar é a resposta imunológica inata. A chance de você não desenvolver a resposta contra o antígeno específico é muito pequena porque várias partes dele poderão ser reconhecidas, já que eles são reconhecidos pelos seus fragmentos. As doenças autoimunes é uma situação em que o organismo gera uma resposta contra ele mesmo, exemplos: esclerose múltipla diabetes dependente de insulina, imagine se o macrófago chega e fagocitar uma uma proteína e uma molécula de MHC classe 2 apresenta essa proteína para o linfócito TCD4 que vai ser específico para essa proteína e vai gerar uma resposta imunológica secretando as citocinas só que essa proteína é a insulina, ou seja você está com diabetes. Isso não pode acontecer, mas infelizmente aconteceu, Se você deixar prosseguir o sistema imunológico vai continuar e vai acabar com a suainsulina. O sistema imunológico sabendo disso determinou que a interação (MHC antígeno e TCR) não pode ser suficiente para gerar a resposta imunológica ou seja essa interação é o que a gente chama de primeiro sinal de ativação significando que isso não quer dizer que a resposta imonológica vai acontecer. É preciso acontecer um segundo sinal de ativação, ou seja, quando o primeiro sinal correr serão enviados sinais para dentro das células e essas células vão expressar outras moléculas, se essas moléculas forem expressas e se encaixarem, nós teremos um segundo sinal de ativação e a resposta imunológica pode continuar. Mesmo que tenha o primeiro sinal de ativação precisa do segundo sinal, para poder continuar e isso pode falhar. Como eu posso ser capaz de deixar uma célula conhecer uma substância do meu próprio corpo permanecer nele? Será que não tem algo anteriormente para evitar isso? Tem mas falhou. Essa célula nasce na medula óssea e quando ela nasce a primeira coisa que o sistema imunológico faz dentro do timo quando os linfócitos T são produzidos antes de serem liberados para a corrente sanguínea é preciso verificar se entre essas células existe alguma que pode reconhecer o próprio corpo, algum antígeno próprio. Então lá no timo é feito isso, as células são apresentadas a vários antígenos próprios e a célula que reconhecer o antígeno do próprio corpo através do apoptose é eliminada. Esse mecanismo pode falhar, e quando falhar vai ser preciso utilizar o primeiro e o segundo sinal de ativação. Existe um mecanismo que induz a célula ao estado de anergia, a célula reconhece o antígeno mas ela não prossegue com a resposta imunológica.
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