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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA ANDRESSA CORREIA DAS NEVES ROTULAGEM TRESINA – PI 2016 ANDRESSA CORREIA DAS NEVES ROTULAGEM PROFESSORA: DRA. KAROLINE DE MACÊDO GONÇALVES FROTA TERESINA – PI 2016 1. Introdução A rotulagem dos alimentos é obrigatória e está regulamentada por leis e regulamentos técnicos de órgãos como o Ministério da Agricultura, ANVISA e Inmetro. Segundo a legislação brasileira, rótulo é toda inscrição apresentada na embalagem de um alimento, de forma visual ou textual, aplicando-se a todo alimento embalado na ausência do cliente, destinado ao comércio nacional ou internacional. É direito de o consumidor receber informações corretas, claras e precisas sobre o produto, escritas em língua portuguesa e apresentando suas características, além dos riscos que possa representar à saúde (EMBRAPA, 2016). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ligada ao Ministério da Saúde, é responsável, entre outras atribuições, por fiscalizar a produção e a comercialização dos alimentos, além de normatizar a sua rotulagem. Embora a elaboração de leis para controle e vigilância de alimentos tenha tido início na década de 1950, somente com a criação da ANVISA, em 1999, a rotulagem nutricional tornou-se obrigatória (PAIVA, 2005). Em 21 de março de 2001, foi publicada a resolução que estabelece que todos os alimentos e bebidas embalados devesse apresentar Informação Nutricional. Isso significa que a partir de 21 de setembro de 2001, além de informações gerais, os fabricantes de alimentos começam a disponibilizar os produtos com as seguintes informações: Valor Calórico, Carboidratos, Proteínas, Gorduras Totais, Gorduras Saturadas, Colesterol, Fibra Alimentar, Cálcio, Ferro e Sódio (ANVISA, 2005). Os rótulos têm que apresentar informações nutricionais na quantidade que podemos consumir, e, além disso, mostrar quanto àquela porção de alimento contribui para o total de nutrientes que devemos ingerir por dia, ou seja, o Percentual de Valor Diário - %VD (ANVISA, 2005). Mas, não são somente essas Informações Nutricionais que os rótulos de alimentos devem apresentar. Como já foi mostrado anteriormente, existem algumas informações que as indústrias de alimentos já devem declarar nos seus rótulos. São elas: nome do produto; lista de ingredientes em ordem decrescente de quantidade. Isto é, o ingrediente que estiver em maior quantidade deve vir primeiro, e assim por diante; conteúdo líquido (quantidade ou volume que o produto apresenta); identificação da origem (identificação do país ou local de produção daquele produto); identificação do lote; prazo de validade: o DIA e o MÊS para produtos com duração mínima menor de três meses e o MÊS e o ANO para produtos com duração superior a três meses; instruções para o uso, quando necessário (ANVISA, 2005). O objetivo do relatório é verificar se o produto avaliado está de acordo com todas as normas exigidas pela Resolução n° 94 de novembro de 2000 e RDC n° 360 de dezembro de 2003. 2. Metodologia A prática foi realizada no Laboratório de Bromatologia e Bioquímica dos Alimentos na Universidade Federal do Piauí no departamento de Nutrição UFPI e utilizou os seguintes materiais: béquer, balança semi-analítica, peneira, funil de vidro e colher de sopa, e como amostra foi utilizada milho verde em conserva. Primeiramente abriu-se a lata do milho em conserva para fazer a pesagem líquida e pesagem drenada. Logo após, pegou-se um béquer e foi tarado na balança semi-analítica, em seguida separou-se primeiro a salmoura com a ajuda de um funil de vidro para pesagem que apresentou e logo depois se pesou o milho verde. 3. Resultados e Discussões As indústrias fabricantes de alimentos e bebidas embalados prontos para oferta ao consumidor estão se adequando à nova legislação que determina a declaração de informação nutricional obrigatória de valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio, nos rótulos de alimentos e bebidas embalados. As informações nutricionais referem-se ao produto na forma como está exposto à venda e devem ser apresentadas em porções, e medidas caseiras correspondentes, devendo conter ainda o percentual de valores diários para cada nutriente declarado, exceto no caso dos ácidos graxos trans, cujo percentual de valor diário não deve ser declarado (ANVISA, 2005). A primeira norma referente à rotulagem de alimentos no âmbito do Ministério da Saúde foi o decreto-lei n° 986 de 1969, que determina que “todo o alimento será exposto ao consumo ou entregue à venda depois de registrado no Ministério da Saúde” (BRAGA, 2008). Tabela 1: Verificação do rótulo do milho verde em conserva Denominação Conforme Não Conforme Denominação de venda Denominação da marca Lista de ingredientes Declaração de aditivos alimentares Identificação de origem/lote/prazo de validade Instruções de uso Informações nutricionais Conteúdo líquido – peso líquido X X X X X X X X Fonte: Laboratório de Bromatologia e Bioquímica de Alimentos, Universidade Federal do Piauí. Teresina, 2016. O alimento analisado (milho verde em conserva) apresentava apenas um erro em sua rotulagem, pois como é claro na legislação “É direito de o consumidor receber informações corretas, claras e precisas sobre o produto” (EMBRAPA, 2016). No rótulo do enlatado diz apenas em sua denominação de venda “Milho”, quando que o certo era ele identificar claramente sua denominação, se era cru, ou em conserva, ou pré-cozido, entre outros. Portanto, essas denominações devem ser facilmente compreensíveis e não devem de forma alguma levar o consumidor a equívocos ou enganos, devendo cumprir com a totalidade dos parâmetros que identifica a qualidade do alimento (MAGALHÃES, et al., 2008). Em relação à pesagem liquida e drenada do milho em conserva enlatado, o peso liquido apresentou o valor de 100,77 g e o drenado apresentou o valor de 207,65 g, onde estava de acordo com o valor apresentado no rótulo. 4. Conclusão Diante de tudo que foi exposto sobre rotulagem, concluiu-se que no alimento analisado, no caso milho verde em conserva (enlatado) está dentro da legislação correntemente com apenas uma informação fora do que a lei exige. Concluiu-se também a importância da rotulagem correta e o que pode ou não conter no rótulo. Referências ANVISA. Rotulagem Nutricional Obrigatória: Manual de Orientação às Indústrias de Alimentos. 2ª versão. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Universidade de Brasília. Brasília: Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2005. 44p. BRAGA, Ana Maria Cheble Bahia; CÂMERA, Maria Cara Coelho; GUILAM, Maria Cristina; MARINHO, Carmem Luisa Cabral. A produção acadêmica sobre a rotulagem de alimento no Brasil. Rev. Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health, 2008. EMBRAPA. Embrapa lança manual de rotulagem de alimentos. Acesso em: < https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/10035039/embrapa-lanca-manual-de-rotulagem-de-alimentos>. Em: 26 maio 2016. MAGALHÃES, A. C. et al. Manual de rotulagem para alimentos embalados: o rótulo identifica o alimento. Curitiba: UFPR, SESA. 2008. 61p. Paiva AJ, Henriques P. Adequação da rotulagem de alimentos diet e light ante a legislação específica. Rev. Baiana Saúde Publica. 2005; 19(Supl. 1): 39–48. 5. Apêndice Figura 1: Béquer sendo tarado Figura 2: Pesagem da salmoura Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal Figura 4: Pesagem do milho verde Fonte:Arquivo Pessoal Figura 4: Rótulo com informações obrigatórias Fonte: Arquivo Pessoal Figura 5: Final da prática Fonte: Arquivo Pessoal
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