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Diferenças entre Contratos e Atos Unilaterais

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Diferenças entre Contratos e Atos Unilaterais. 
Tanto os contratos quanto os atos unilaterais são fontes das obrigações, ou seja, as obrigações não surgem do nada, precisa-se de um acontecimento para nascerem. Assim sendo, Venosa (2007, p.43) preleciona: “As obrigações derivam de certos atos, que dão margem à criação, ao surgimento das obrigações (...) as fontes das obrigações, referem-se ao nascedouro, a todos os atos eu fazem brotar as obrigações”. 
As fontes das obrigações se resumem sempre a um fato, normalmente ato humano, sobre o qual incide a norma jurídica. O que faz surgir às obrigações no contrato e nos atos unilaterais é à vontade e a lei. 
Os atos unilaterais derivam da necessidade das pessoas assinantes do pacto social, fazendo com que esta necessidade condutora de vontade tem que estar em consonância com o Estado. Neste sentido, Fiuza (2011) esclarece: “(...) a fonte de uma obrigação não será a vontade, mas um fato derivado da necessidade, movida pela vontade(...) ocorre que o fato oriundo da necessidade, mesmo após ser praticado, de nada valeria sem o beneplácito do ordenamento jurídico da lei. Destarte, a obrigação nasce de um fato sobre o qual incide a norma jurídica”. 
Posto isto, nos atos unilaterais a necessidade é condutora de apenas uma única vontade, ou seja, alguém se obriga sozinha, independentemente da existência de um credor. Não é necessária a outra vontade para que sobrevenha a eficácia da obrigação. 
Os autos unilaterais estão descrito no atual código civil a partir do artigo 854, abrangendo primeiramente “da promessa de recompensa”, partindo-se então para “gestão dos negócios” já no artigo 861, “do pagamento indevido” no artigo 876 até o 884 quando se inicia o capítulo próprio “do enriquecimento sem causa” que vai até o artigo 886. Não há liberdade para se estabelecerem obrigações nos atos unilaterais e só se constituirão nos casos preordenados pela lei. 
Nos contratos a obrigação é constituída por declarações bilaterais de vontade, quando as partes têm direitos e deveres, como é o caso da compra e venda, e pelas declarações unilaterais de vontade, pois quanto a estas, somente uma das partes é possuidora de deveres e direitos. 
Desta forma, a necessidade conduz as vontades gerando efeitos jurídicos sobre a esfera de cada declarante, assim que as vontades são ajustadas. Na maioria das vezes os contratos não são tipificados, ou seja, há contratos atípicos. Conforme Lisboa (2006. P.40) aduz: “no caso de obrigação constituída pela vontade bilateral por outro lado, duas ou mais pessoas assumem obrigações, recíprocas ou não, ou ainda perante terceiros, que devem ser cumpridas em virtude do consensualismo, isto é, convergência de vontades (...) o aceitante tão somente se vinculara perante a outra parte por meio de decçlaração, expressa, tacita, ou ainda, por exceção, ante o seu silencio, em havendo causa jurídica anterior que autorize tal conclusão. Antes disso ocorrer, não haverá negocio jurídico e, portanto, inexistira o contrato”.

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