Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula – 11/03/2016 CITAÇÃO Art. 240 – CPC (Prescrição) – A Prescrição se relaciona ao fator tempo – (Matéria de D. Civil) A partir do momento que nasce o direito a você pretender algo em juízo, esse seu direito poderá ser exercido pelo judiciário apenas em determinado tempo, após esse tempo, você perde o direito. No Cód. Civil diz que, em uma ação de indenização tem um prazo prescricional de 03 anos Ex. Bateram em seu carro; você tem 03 anos para entrar com uma ação pleiteando o seu direito perante o Poder Judiciário, se der 03 anos e 01 dias, você perde o direito de mover a ação, ou seja, prescreveu o direito. No NCPC, diz que o que interrompe a prescrição, é o despacho do Juiz que determina a Citação. Imagina-se que você entrou com uma petição inicial aqui: │_______________│_______10 dias______________│ P.Inicial Despacho Citação Após o despacho, tiver corrido até 10 dias após o vencimento e ocorrer a citação, retroage até a data da distribuição da Petição inicial; Pode ocorrer de demorar até mais dias, porém, se o prazo não for respeitado por culpa do Poder Judiciário, Você não vai ser prejudicado e retroage também. (art. 240 § 2º do CPC) Citação é o primeiro ato de comunicação Intimação É o ato pelo qual se dá ciência a pessoa sobre um ato antecedente para que a mesma se quiser pratique um ato consequente. Ex. Vem um Juiz e designa a audiência, (ato antecedente); só que você precisa tomar conhecimento e é intimado (ato consequente) A intimação por exceção se dá pessoalmente, ou seja, é feita diretamente a pessoa e é realizada através dos Correios ou por Mandado e excepcionalmente por edital. Ex. Intimação para que a parte compareça na audiência para depoimento pessoal. (Realizado a intimação pelo Correio) Regra A intimação é feita na pessoa do Advogado, pelas seguintes formas: Forma eletrônica; Forma DOJ (Diário Oficial da Justiça); Exceção - feita de forma pessoal por mandado ou por correio; Obs; a intimação feita pelo DOJ ou Sitio Eletrônico, devendo constar na intimação o nome inteiro do Advogado, (se vários Advogados representarem uma parte através de um o escritório, pode aparecer o nome do escritório); Aula – 11/03/2016 Obs: A jurisprudência ela diz que, mesmo que exista o erro de grafia no nome do Advogado, o ato será valido se anteriormente tiver acontecido outras vezes o erro de grafia. Ex. Imagina-se que desde o começo do processo, o Marcelo estava sendo intimado com um erro de grafia, onde toda a publicação estava sendo chamado de “Macelo”, desde o começo do processo e ele nunca reclamou, por que toda a vez que saia publicado esse erro de digitação no DOJ, não gerava confusão, ele via que era ele e ia praticar o ato que era necessário; porém, chega em um momento da sentença, sentença essa que é o contrário que ele esperava, Ele perde o prazo para recorrer, ai justifica que o nome dele veio errado e o mesmo quer que seja republicado. (Neste caso, não será republicado, porém o erro de grafia não será o causador de invalidade no ato judicial). Carta Precatória É o ato judicial necessário na hipótese de que o ato seja praticado em outra Comarca e não a do processo. Ex. O processo está correndo em São Paulo, mas o Réu mora em Fortaleza, é necessário que eu comunique ao Juiz de Fortaleza sobre o processo, para que o Juiz de Fortaleza, através de um Oficial de Justiça através de Mandado, pratique a citação do Réu. (Essa comunicação se dá através de uma Carta Precatória). OBS: A carta precatória não serve apenas para Citação, mas para qualquer ato. Da onde sai a determinação, é o juízo deprecante; Quem cumpre a determinação, é o juízo deprecado; Passo-a-passo 1 – O juízo deprecante realiza a citação no processo; 2 – A parte interessada pede que seja feita por carta precatória; 3 – A carta precatória é expedida no juízo deprecante; 4- Advogado retira no juízo deprecante e distribui na comarca do deprecário; 5 – A Carta precatória é autuada no juízo deprecado; 6 – O juízo deprecado, determina o cumprimento da carta precatória; 7- Expede-se o mandado de citação; 8 – O Oficial de Justiça, cita o réu; 9 – Cartório do juízo precatório, junta o Mandado na Carta Precatória; 10 – O juiz deprecário, devolve a Carta Precatória para o juízo deprecante; 11 – A Carta Precatória, é juntada nos autos principais; 12 – O caso ocorre no dia seguinte da juntada da Carta Precatória nos autos principais; Carta Rogatória Se aplica na mesma dinâmica da Carta Precatória, a diferença é que a Carta Rogatória é a comunicação entre países. Ex. Tem uma testemunha lá na Espanha e ela não é obrigada a vir para o Brasil, a testemunha vai ser escutada na Espanha, através de uma Carta Rogatória. OBS: O cumprimento da Carta Rogatória se dá por meio de atos diplomáticos; ou seja, é realizado através da Embaixada. Envia-se a Carta Rogatória para a Embaixada do País e a Embaixada envia para o Poder Judiciário e vice-versa; Aula – 11/03/2016 Necessário a tradução que será realizada em mão dupla. Ao sair daqui tem que ser traduzido na língua do pais e também vice-versa; O ato praticado fora do Brasil através de Rogatória será valido salvo se o ato for contrário aos costumes ou ao ordenamento jurídico brasileiro; Ex. Eu quero escutar uma testemunha lá na Arábia, e lá o Juiz começa a perguntar para a testemunha e o Juiz percebe que a testemunha começa a mentir, aí tem que obedecer a lei de lá onde diz que tem que colocar a testemunha no tronco para ser chicoteado. Este ato vai ser válido aqui no Brasil? Claro que não, não se encaixa nem aos costumes e nem ao ordenamento jurídico brasileiro. Diferença entre Carta Precatória e Carta Rogatória: A Carta Precatória é um ato de comunicação realizada entre Comarcas; A Carta Rogatória é um ato de comunicação realizada entre Países; Carta de Ordem Nós sabemos que no Brasil, temos: A 1º instância, onde ficam os juízes de 1º grau; A 2º instância, que são os Tribunais e seus órgãos utilizados pelos Embargadores; A instância Superior, que é a Instância Suprema; Nós trabalhamos no Poder Judiciário, no regime de hierarquia. Podendo as decisões ser alteradas entre eles. A Carta de Ordem ela é utilizada para que seja praticado um ato por um órgão hierarquicamente inferior; Existem alguns atos que não são praticados nem nos Tribunais e nem na Instância Superior, quando o Desembargador ou Ministro quiser que seja realizada um ato, ele não realiza pessoalmente, ele determina que alguém abaixo dele realize o ato. Ex. No caso do Mensalão, vamos dizer que antes da condenação o juiz queira ouvir uma “testemunha chave”, ele não escuta a testemunha lá dentro, ele determina que alguém aqui embaixo (1º instância) a escute. Aí esse juiz aqui de baixo vai escutar a testemunha e enviar essa oitiva para o Supremo. Por lei, quem está em cima, determina quem está embaixo; quando um Desembargador quer alguma coisa, ele envia uma Carta de Ordem; quando é o STF ou STJ, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado é que determina qual a Comarca que tem que ser. Aí essa pessoa recebe a Carta de Ordem, mandando ela fazer alguma coisa, aí o Juiz, cumpre e junta com o pedido da Carta de Ordem cumprida. (A Carta de Ordem determina cumprimento com o regimento de cada Tribunal). Nulidades Teoria das Nulidades - está previstaa partir do art. 276 até 293 do CPC Existem 03 atos na Nulidade: Inexistência, Nulo, Anulável; _ Ato da inexistência é aquele que não contém sequer, os elementos básicos estruturais que a lei determine para formação do ato; Ex.1 - Uma faxineira entra na sala do juiz e assinada uma sentença; (é um ato jurídico totalmente inexistente, ou seja, não vale de nada essa assinatura.) Aula – 11/03/2016 Ex.2 – Uma sentença não assinada por um juiz de Direito. (É um ato inexistente) Ex.3 – Para que você possa casar, são necessários três elementos básicos - Que seja realizada entre pessoas; - Que tenha consentimento das partes; - Que seja realizado por órgão competente; Vamos supor que uma mulher quer se casar com um cachorro – (Ato inexistente); A Nulidade Relativa É aquela que atinge só aos envolvidos, não importando mais ninguém, podendo ser declarada somente por provocação por interesse de uma das partes; Teoria da nulidade para o direito material; _O Ato anulável, pode ser convalidado (aceito) pela outra parte; _A ação é desconstitutiva e tem prazo decadencial para a propositura; _Ato nulo é aquele que interessa não só aos interessados, mas sim toda a sociedade; _Ação declaratória, pode ser ingressada por qualquer pessoa e também pelo Ministério Público; _Pode ser decretada de ofício pelo juiz e não tem prazo decadencial e nem prescricional. (Não há prazo); Regras da nulidade para o direito processual: Regra nº 1 – É adotado o Princípio da Instrumentalidade das formas: Pelo princípio da instrumentalidade se a lei não determinar uma forma específica, você pode praticar o ato do jeito que você quiser. *Não Forma Ex. a Lei não diz como o Oficial de Justiça deve fazer para realizar as suas diligências. (Se ele vai de moto, de carro ou de ônibus). *Forma nulo – não aceita outra forma; Vamos dizer que a Lei ela exige uma forma específica e na sequencia ela diz sob pena de nulidade, ou seja, ou você pratica de acordo com a lei, ou o ato será nulo. É a própria lei que dita as regras. *Forma – atinge o fim (válido) / não atinge o fim (repetir) Quando a lei exigiu a forma específica, mas não impor uma sanção pelos cumprimentos, você deverá cumprir conforme a lei, mas se caso você não praticar de acordo com a lei; 1ª possibilidade - Pode ser que você consiga atingir o fim desejado, o ato é considerado válido; 2ª possibilidade - Forma sem consequência de sanção; você pratica de outro jeito e não consegue atingir a finalidade, o ato deverá ser repetido. Regra nº 2 – Só pode pedir a declaração de nulidade quem tem interesse; Regra nº 3 – quem deu causa a nulidade, não pode pedir a sua declaração; Regra nº 4 – Uma vez declarado sua nulidade, todos os atos subsequentes também serão nulos; (salvo se eles forem independentes); Regra nº 5 – O juiz sempre poderá declarar a nulidade de ofício, (nulidade processual); Regra nº 6 – Nos processos em que o Ministério Público deve intervir obrigatoriamente, a sua ausência, gera nulidade.
Compartilhar