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Pedro A. P. Nascente Universidade Federal de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais 13565-905 São Carlos, SP E-mail: nascente@ufscar.br Macroestrutura, Microestrutura e Nanoestrutura 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10-15 10-12 10-9 10-6 10-3 100 103 Partículas elementares Núcleo Átomos Moléculas Fases Microestruturas Estruturas de Engenharia Monômero Polímero de cadeia longa Células Unitárias Espessura de contornos de grão e interfaces Grãos grandes Circuitos Integrados Muralha da China (m) Representação gráfica dos principais tamanhos encontrados. Escalas Relativas Alberto Moreira Jorge Junior, comunicação particular. Representação gráfica das principais características estruturais encontradas em materiais. Sidnei Paciornik, PUC-Rio, e Carlos P. Bergmann, UFRGS; in W.D. Callister Jr, D.G. Rethwisch, Materials Science and Engineering: an Introduction, 8th edition. Representação gráfica das faixas de resolução das técnicas microscópicas. Sidnei Paciornik, PUC-Rio, e Carlos P. Bergmann, UFRGS; in W.D. Callister Jr, D.G. Rethwisch, Materials Science and Engineering: an Introduction, 8th edition. Grafite Denise A. Tallarico, comunicação particular. Aumentos em microscopia óptica Tomaz T. Ishikawa, comunicação particular. Microscópio óptico O microscópio óptico é utilizado para estuda a microestrutura. Os seus elementos básicos são os sistemas ópticos e de iluminação. Apenas a superfície de um material opaco é submetida à observação e o microscópio óptico deve ser usado no modo de reflexão. Os contrastes na imagem produzida resultam das diferenças na refletividade das várias regiões da microestrutura. A superfície da amostra deve ser lixada e polida, até atingir um acabamento liso e espelhado, utilizando-se lixas e pós abrasivos sucessivamente mais finos. A microestrutura é revelada por um ataque químico, que é tratamento superficial que emprega um reagente químico apropriado. A luz é refletida da amostra. T. Fischer, Materials Science for Engineering Students. Microscópio óptico (a) Grãos polidos e atacados quimicamente. (b) Seção feita através desses grãos. (c) Fotomicrografia de uma amostra de latão policristalino. W.D. Callister Jr, D.G. Rethwisch, Materials Science and Engineering: an Introduction, 8th edition. (a) Seção de um contorno de grão e do seu sulco superficial. (b) Fotomicrografia de uma amostra de uma liga ferro-cromo policristalina. W.D. Callister Jr, D.G. Rethwisch, Materials Science and Engineering: an Introduction, 8th edition. Microscópio eletrônico de varredura Na microscopia eletrônica de varredura (MEV), um feixe de elétrons incide e é varrido sobre a superfície de uma amostra. O feixe de elétrons refletido (ou retroespalhado) é coletado e exibido, na mesma taxa de varredura, sobre um tubo de raios catódicos. A imagem na tela representa as características da superfície da amostra. A superfície da amostra deve ser condutora elétrica. Para materiais não condutores, um revestimento metálico muito fino deve ser depositado sobre a superfície. Equipamentos acessórios permitem análises qualitativas e semiquantitativas da composição de elementos em áreas bem localizadas da superfície. Esquema de um microscópio eletrônico de varredura T. Fischer, Materials Science for Engineering Students. Microscópio eletrônico de transmissão Na microscopia eletrônica de transmissão (MET), um feixe de elétrons atravessa a amostra e forma uma imagem. Os detalhes das características microestruturais internas são acessíveis à observação. Os contrastes na imagem são produzidos por diferenças na dispersão ou difração do feixe entre os vários elementos ou defeitos da microestrutura. A amostra deve ser produzida na forma de uma folha muito fina, para que uma parcela significativa do feixe seja transmitida. Ao MEV e ao MET, podem ser acopladas técnicas analíticas que exploram os vários sinais gerados pela interação do feixe de elétrons com a amostra. A microanálise por raios X fornece informação sobre a composição elementar da amostra, em termos de quantidade e distribuição. Esquema de um microscópio eletrônico de transmissão e varredura (STEM) T. Fischer, Materials Science for Engineering Students. A.D. Romig, Jr, Analytical Transmission Electron Microscopy; in ASM Handbook, Vol. 10, Materials Caracterizations. Colunas ópticas de elétrons para MEV (esquerda), MET (centro) e STEM (direita). Microscópio de força atômica A microscopia de varredura por sonda (MVS) emprega uma sonda com uma ponta muito fina, que é colocada a uma distância da ordem do nanômetro da superfície da amostra. Ocorre tunelamento de elétrons entre a ponta e a superfície da amostra. As forças de interação entre a ponta e a amostra geram as informações topográficas da superfície. Os movimentos da sonda no plano da superfície e para fora do plano da superfície são controlados por componentes cerâmicos piezoelétricos, que têm resoluções nanométricas. Esses movimentos são monitorados eletronicamente e transferidos e armazenados em um computador, que gera a imagem tridimensional da superfície. Interação entre a ponta e a superfície. Denise A. Tallarico, comunicação particular. Sensor mede alguma Sensor mede alguma propriedade da propriedade da superfsuperfííciecie Amostra Amostra éé movimentada em relamovimentada em relaçção ao sensorão ao sensor (ou o sensor (ou o sensor éé movimentado em relamovimentado em relaçção a amostra)ão a amostra) Sistema de controle Sistema de controle éé utilizado para manter a utilizado para manter a altura entre o sensor e a altura entre o sensor e a superfsuperfíície constantecie constante Denise A. Tallarico, comunicação particular. Microscopia de varredura por sonda (MVS). Esquema de um microscópio de tunelamento (STM) T. Fischer, Materials Science for Engineering Students. Esquema de um microscópio de força atômica (AFM) T. Fischer, Materials Science for Engineering Students. A atração de força atômica dobra o cantilever. O dobramento é medido por um feixe de laser refletido. Microscópio de varredura por sonda. PHI VersaProbe II Multi-Technique Scanning XPS Microprobe SC A En erg y Ad jus tm en t (Le ns 3) En erg y Ad jus tm en t (Le ns 2) Sc an nin g Fo cu sin g L en s 16 C ha nn el De tec tor X Y Z R T Sample Platen En erg y Ad jus tm en t Le ns 16 C ha nn el De tec tor Imageamento e Mapeamento por XPS 50 µm50 µm Cu Si 50 µm 12 8 C ha nn el De tec tor Mapas de XPS são obtidos varrendo-se o feixe de raios X sobre a área selecionada. Os espectros de cada elemento são coletados para cada pixel do mapa. 50 µm 50 µ m 20 µm 20 µ m Micro Focused Raster Scanned X-ray Source Physical Electronics. Micrografias obtidas por MO da solidificação dendrítica em uma liga Ni-5Ce (% at.). Aumentos de 25 X, 75 X e 250 X. M.R. Louthan, Optical Metallography; in ASM Handbook, Vol. 10, Materials Caracterizations. M.R. Louthan, Optical Metallography; in ASM Handbook, Vol. 10, Materials Caracterizations. Micrografia obtida por MO de uma liga de urânio (U-0,75Ti). Micrografia obtida por MEV de um compósito de borracha vulcanizada reforçada com negro de fumo. Goodyear Tire & Rubber Company, in W.D. Callister Jr, Materials Science and Engineering: an Introduction, 7th edition. Micrografia obtida por MEV de uma amostra de porcelana. Agulhas de mulita Grão de quartzo Poro Grão de feldspato Fase vítreaH.G. Brinkies, Swinburne University of Technology, Australia; in W.D. Callister Jr, Materials Science and Engineering: an Introduction, 7th edition. Micrografia obtida por MET de uma liga de titânio. As linhas escuras são as discordâncias. M.R. Plichta, Michigan Technological University, in W.D. Callister Jr, Materials Science and Engineering: an Introduction, 7th edition. Padrão de anéis de difração obtido por MET de alumínio policristalino. Os índices dos anéis (começando com o mais interno) são (111), (200), (220), (311), (222), etc. O parâmetro de rede pode ser determinado dos raios dos anéis de difração. A voltagem de operação foi 200 keV. A.D. Romig, Jr, Analytical Transmission Electron Microscopy; in ASM Handbook, Vol. 10, Materials Caracterizations. Micrografia obtida por MET de um chip microprocessador. As regiões claras constituem uma camada superior em alumínio e as regiões mais escuras referem-se ao silício dopado. M.R. Plichta, Michigan Technological University, in W.D. Callister Jr, Materials Science and Engineering: an Introduction, 7th edition. Seagate Recording Media; in W.D. Callister Jr, D.G. Rethwisch, Materials Science and Engineering: an Introduction, 8th edition. Micrografia obtida por MET do meio magnético do disco rígido. As regiões mais escuras correspondem a uma liga Co-Cr e as mais claras, a um óxido. Micrografia obtida por MET de alta resolução (HRTEM) de um catalisador de óxido misto de ZrO2-CeO2. W.J. Stark et al., Chem. Comm. 5 (2003) 588-589. A. Joshi, Auger Electron Spectroscopy; in ASM Handbook, Vol. 10, Materials Caracterizations. Microscopia de elétrons de Auger de uma estrutura cristalina em um circuito integrado: elétrons secundários (centro), (a) SiO2, (b) Si, (c) O e (d) Al. Micrografia obtida por microscopia de tunelamento (STM) Densidade local dos estados eletrônicos no nível de Fermi para o “estádio” de 76 átomos de ferro. Análise por AFM da superfície de DVD Perspectiva Altura pela cor Medida do perfil T. Fischer, Materials Science for Engineering Students. Mapeamento por XPS de um Dispositivo Semicondutor Mapeamento elementar usando um feixe de raios X com 20 µm de diâmetro 50 µm 50 µ m SXI 50 µm 50 µ m Si 2p 50 µm 50 µ m W 4f 50 µm 50 µ m O 1s Physical Electronics. Micrografia óptica da sessão transversal de uma amostra de aço austenítico nitretado a plasma L.C. Gontijo, R. Machado, S.E. Kuri, L.C. Casteletti, P.A.P. Nascente, Thin Solid Films 515 (2006) 1093-1096. Substrato de aço austenítico com uma camada supersaturada em nitrogênio com estrutura CFC, chamada de fase S. Micrografia óptica obtida com luz polarizada de uma amostra de vidro foto-termo-refrativo (PTR) E.D. Zanotto, Cristais em Vidros – Ciência e Arte, EdUFSCar, 2011. Cristais de NaF em um vidro de Na2O-K2O-ZnO-Al2O3-SiO2 dopado com íons de F, Br, Ce, Ag, Sb e Sn. Micrografias obtidas por MEV de amostras de zircônia (ZrO2) estabilizada com céria (CeO2) (A) 12% mol de CeO2 e (B) 20% mol de CeO2; ambas com 0,3% mol de Fe2O3. A adição de óxido de ferro promoveu a densificação e a estabilização da fase tetragonal. Pedro A. P. Nascente, Dulcina P.F. de Souza, Appl. Surf. Sci. 144-145, 228-232 (1999). Micrografia obtida por MEV de uma amostra de aço contendo Cr, Mo e V. Carbetos de vanádio e de cromo estão distribuídos uniformemente em uma matriz martensítica. R.M. Muñoz Riofano, L.C. Casteletti, P.A.P. Nascente, Surf. Coat. Technol. 200, 6101-6111 (2006). Micrografia obtida por MEV de uma amostra de poli(fluoreto de vinilideno) (PDVF) L.M.M. Costa, R.E.S. Bretas, R. Gregorio Filho, Polímeros 19 (3), 183-189 (2009). O diâmetro médio dos esferulitos é 12 m. Micrografia obtida por microscopia óptica com luz polarizada de uma amostra de PDVF Rinaldo Gregorio Filho, comunicação particular. Micrografia obtida por MEV de um filme de diamante A. Amorim, P.A.P. Nascente, V.J. Trava-Airoldi, E.J. Corat, A.R. Alves, J.R. Moro, Vacuum 83, 1054-1056 (2009) (a) Amostra não atacada, (b) amostra atacada e (c) seção transversal. A espessura do filme é de 57,9 m. Micrografia obtida por MEV da perovskita La2CuO4 com adição de cálcio S.S. Maluf, P.A.P. Nascente, C.R.M. Afonso, E.M. Assaf, Appl. Catal. A 413-414, 85-93 (2012). Nanopartículas de (a) La2CuO4 e (b) La1,95Ca0,05CuO4 com tamanhos de grão de 80 e 100 nm, respectivamente. Micrografia obtida por microscopia de força atômica (AFM) em um filme de Zr/Ti/Nb sobre Si(111) O tamanho médio dos grão é de 10 nm e a rugosidade média é de 1,5 nm. D.A. Tallarico, A.L. Gobbi, P.I. Paulin Filho, A. Galtayries, P.A.P. Nascente, J. Vac. Sci. Technol. A 30(5), 051505 (2012).
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