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CONTRATO DE COMISSÃO
	O contrato de comissão é figura de raiz tipicamente contratual e tem por objeto a aquisição ou venda de bens pelo comissário em seu próprio nome à conta do comitente, por exemplo: o dono da banca de revista.
	Etimologicamente, lembra-nos Washington de Barros Monteiro(2007, p. 300),
O termo comissão deriva do latim comittere, que admitia vários significados: unir, confiar, entregar algo a alguém. No sentido do contato em exame, significa cometer, encomendar, atribuir uma tarefa a alguém. Tem aqui a acepção de cargo de incumbência [...]
	A comissão tem como características ser um contrato consensual tornando-se perfeito pela simples convergência de vontade das partes (consentimento), bilateral não apenas na sua formação, mas também quanto aos seus efeitos, pois impõe direitos e obrigações para ambas as partes, oneroso pois ambas as partes, ao benefício experimentado, sofreram decréscimo patrimonial, comutativo pelo fato das obrigações estabelecidas no Contrato de Comissão se equivalerem, conhecendo os contratantes, de inicio, as suas respectivas prestações e personalíssimo, não exigindo para sua configuração formalidades especiais.No contrato de comissão figura como partes ou elementos o comitente, aquele que confia os negócios a outrem e o comissário, aquele que realiza por conta do primeiro, tendo por objeto a aquisição ou venda de bens por conta de outrem. Quem se obriga perante terceiros é o comissário, sem que surja qualquer vínculo netre o terceiro e o comitente.
	O contrato de comissão pode ser com a remessa de mercadorias ao comissário ou sem a remessa que poderá ser antes ou depois da venda. O termo comissão embora denomine o próprio contrato é também utilizado para designar a contraprestação pecuniária devida ao comissário.
	Incumbe ao comissário realizar o negócio seguindo as condições e instruções do comitente, as quais podem ser alteradas no curso do contrato, salvo convenção em contrário, se não existirem tais instruções o comissário deverá agir de acordo com os usos e costumes locais. Com relação ao prazo para pagamento, a presunção legal que o comitente está autorizado a conceder a sua dilação conforme práticas negociais salvo ordem diversa do comitente, ainda incumbe ao comissário responder pessoalmente perante aqueles com quem tratar, incumbindo ainda agir com cuidado e inteligência com o fim de evitar prejuízos ao comitente e proporcionar as vantagens que razoavelmente se espera do negócio. Incumbe ainda ao comissário responder pelos danos causados pelo comitente em virtude de ação ou omissão sua, não estando, todavia o comissário obrigado a garantir a solvência do terceiro com quem contrata, salvo se agir com culpa ou se houver cláusula "delcredere", cláusula pela qual o comissário passa responder solidariamente com as pessoas com quem houver tratado, neste caso, a lei estipula uma remuneração compensatória superior a convencional tendo em conta a responsabilidade assumida pelo comissário, qual seja a de garantir a capacidade de pagamento por aqueles com quem contratar. Se as partes não estipularam o valor da comissão ou a fórmula do cálculo, ela será arbitrada conforme os usos do local. No caso de morte do comissário ou quando por mitivo de força maior não puder concluir o negócio será devida pelo comitente, comissão proporcional aos trabalhos realizados.
	Com relação a espécies e seguindo a doutrina de DESCARTES DE MAGALHÃES,(1922, p 221) a comissão poderá ser: 
[...] impertaiva por ser a comissão relativa àquele contrato em que sua execução é ditada unilateralmente pelo comitente, caracterizando verdadeiro contrato de adesão. Já na comissão facultativa, reserva-se maior liberdade contratual ao comissário, no que tange ao ato a ser por ele praticado. Diz-se simples, por sua vez, a comissão única, ao passo que a complexa, é a que reúne duas ou mais comissões coligadas, unidas entre si, inseparáveis, enquanto alternativa é a que compreende duas ou mais ordens, facultando-se ao comissionário a escolha entre elas.
CONTRATO DE AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO (arts 710 a 721)
A nomenclatura contratos de Agência e Distribuição é uma novidade do Código Civil de 2002, antes era conhecido como Contrato de Representação Comercial que era encontrado no ar 1° da lei 8.420 (8 de maio, 1992):
Art. 1°: Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego; que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.
E assim ficou o conceito no Código Civil de 2002, já como contratos de Agência e Distribuição:
Art. 710°: Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver a sua disposição a coisa a ser negociada.
Há uma grande discussão quanto a unidade ou distinção de conceitos de contratos de Agência e Contratos de Distribuição, eles estão no mesmo capítulo do Código Civil mas é possível afirmar que apesar do legislador nos passar a impressão de serem sinônimos esses contratos são contratos diferentes. 
No contrato de agência o agente, sem vínculo de subordinação, e sem deter a coisa que comercializa, realiza negócios, em área determinada, fazendo jus a uma remuneração fixa ou percentualE assim ficou o conceito no Código Civil de 2002, já como contratos de Agência e Distribuição. Já no contrato de distribuição posto também empreender negócios à conta e no interesse de terceiro, o distribuidor já tem à sua disposição a coisa negociada. O ponto principal na diferença desse contratos , enquanto um não detém a coisa que comercializa o outro detém a coisa que está comercializando. Lembrando que no contrato de agência o agente promove a celebração de negócio entre o proponente e o consumidor enquanto na distribuição é o próprio distribuidor que vende o produto que já encontra na sua posse.
Quanto as característica ambos são consensuais pois se formam pelo acordo de vontades, bilaterais por gerarem obrigações para os dois contratantes, onerosos pois ambos obtém proveitos com o sacrifício correspondente, comutativos por terem prestações certas e determinadas, nominados por serem regulamentados pela lei, intuito personae por não poder haver substituição dos sujeitos , de duração por se cumprirem de atos reinterados e informais por necessitarem apenas do consentimento para sua formação.
Em relação aos direitos e obrigações das partes nos encontramos no art. 711 ao art 719 do Código Civil de 2002, onde versa que um proponente não pode contratar mais de um agente para a mesma área e nem um agente pode trabalhar para mais de um proponente nessa mesma área, devendo atender ao que o proponente quer com toda atenção possível ressalvando estipulação diversa, todas as despesas com a agência ou distribuição correm a cargo do agente ou distribuidor, sendo que determinado produto que determinado agente ou distribuidor está responsável for vendido dentro da sua zona, mesmo não sendo ele que efetuou a venda, poderá receber por isso, tendo tanto o agente quanto o distribuidor direito a indenização se o proponente, sem justa causa cessar o atendimento das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do contrato, havendo remuneração ao agente caso o proponente tenha culpa na não realização do estipulado.
É direito do agente ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao proponente, ainda que dispensado por justa causa, sem que haja embargo de haver perdas e danos pelos prejuízos sofridos, sendo que se esta dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direito a remuneração até então devida inclusive sobre os negócios pendentes. Caso o agente não possa continuar o trabalho por motivode força maior, terá direito a remuneração correspondente de acordo com o serviço realizado, podendo exercer o direito os herdeiros no caso de sua morte. 
Referente a extinção do contrato segundo Pablo Stolze os contratos de Agencia e Distribuição admitem todas as formas de dissolução do contrato Resilição resolução e rescisão.
CORRETAGEM (arts 722 a 729)
O contrato de Corretagem é o negócio jurídico por meio do qual uma pessoa não vinculada a outra em decorrência de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer outra relação de dependência, se obriga a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas, sendo tal conceito extraído diretamente do art. 722 do Código Civil/2002.
A corretagem, como visto, é um contrato típico e nominado. Quanto à natureza da obrigação, trata-se de um contrato bilateral, que implica direitos e obrigações para ambos os contratantes, necessariamenteoneroso, embora a remuneração do corretor dependa sempre da concretização do negócio. Uma de suas características mais evidentes é o de ser um contrato aleatório, uma vez que a obrigação do comitente somente poderá ser exigida em função da concretização do negócio. Quanto a forma, trata-se de um contrato não solene, e consensual, uma vez que se concretiza com a simples declaração de vontade, podendo ser realizado até mesmo verbalmente (em que se pese a regra do art. 227 do CC-02 – art. 141 do CC-16) e para qualquer tipo de negócio jurídico, quanto ao aspecto pessoal é personalíssimo, ou intuitu personae, ou seja é celebrado em função da pessoa do contratante, que tem a influência decisiva para o consentimento do outro, para quem interessa que a prestação seja cumprida por ele próprio, pelas suas características, particulares (habilidade, experiência, técnica, idoneidade etc.), sendo estabelecido sempre de forma individual.
Em relação ao seu aspecto obrigacional, é um dever de todo corretor de imóveis ao intermediar uma transação, seja ela de permuta compra e venda ou de locação, firmar um contrato de corretagem por escrito . Essa obrigação esta prevista nalei 6530 /1978, esta prevista também nas resoluções do conselho federal.
Através do contrato de corretagem não existe um vínculo de subordinação entre o corretor e o contratante, o corretor vai exercer uma função pela qual foi contratada e sua remuneração advém do resultado alcançado naquele trabalho que está previsto no contrato de corretagem, sendo essas as principais importâncias deste instrumento na vida profissional. O corretor se não tiver firmado um contrato inicial de corretagem, pode inserir no próprio instrumento de promessa de compra e venda ou promessa de cessão de direitos a sua contratação, tende ele garantido a sua remuneração os seus honorários de contratação, sendo esta uma característica em decorrência do contrato de corretagem não ser o contrato principal, mas ser o contrato acessório, que depende do resultado do fechamento do negócio, sendo importante fazer uma distinção entre desistência e arrependimento, se o negócio se realizar e posteriormente houver um arrependimento de qualquer das partes o corretor faz jus ao recebimento de seus honorários profissionais.
O recebimento dos honorários profissionais não dependem do cumprimento do contrato das partes contratantes, havendo a possibilidade de fazer os contratos com exclusividade, hoje em dia as imobiliárias e corretores de imóveis trabalham em parceria em rede, sendo que aquele profissional em que o imóvel foi confiado a intermediação, por ter divulgado o trabalho com seus colegas o trabalho para realizar aquela transação e com a segurança já prevista no código civil de que se a intermediação for realizada, mesmo sem a presença do corretor, mas se houver a exclusividade ele fará jus ao recebimento de seus honorários.
Sobre a remuneração de imóveis é importante salientar que os honorários profissionais do corretor são honorários de resultado, portanto, dependem da conclusão do negócio, e em relação a compra e venda o corretor que intermedia, faz juz aos honorários de 5%, havendo participação de outro corretor de outra imobiliária devem dividir os honorários de forma igual. 
Com relação a extinção, o "fim natural" e desejado" doi contrato de corretagem se dá com a celebração do negócio jurídico principal pretendido e o pagamento da remuneração, pois estará realizada a obrigação de resultado assumida, bem como adimplida a retribuição correspondente, sendo que são perfeitamente aplicáveis ao contrato de corretagem todos os meios comuns de dissolução de contrato já analisados anteriormente.
TRANSPORTES
	Contrato de transporte, Segundo Silvio de Salvo Venosa, é um negócio jurídico pelo qual um sujeito assume a obrigação de entregar coisa em algum local ou percorrer um itinerário a algum lugar para uma pessoa. Maria Helena Diniz, em sua obra destaca a observação de que o antigo Código Civil (1916) não contemplava em seu texto. Isso se deve em razão de ter sido o projeto elaborado por Clóvis Beviláqua na última década de 1800, quando o transporte coletivo estava começando a obter o seu deslinde. Enquanto o projeto do Código Civil Brasileiro tramitava no Congresso por quase trinta anos, o transporte coletivo foi se desenvolvendo, fazendo-se necessária a elaboração de uma lei que o regulamentasse, E nesse ínterim para suprir as necessidades entre o antigo e o novo Código Civil surge então o Decreto nº. 2.681/1912, para aplicação por analogia, mais conhecido como Lei das Estradas de Ferro, que disciplinou o contrato de transporte em seus artigos 734 a 756, incorporando o texto da Lei das Estradas de Ferro e as posições e entendimentos dominantes traçados pela doutrina e pela jurisprudência nos quase cem anos de sua vigência. "O contrato de transporte, apesar de ser um dos negócios jurídicos mais usuais, não foi regulamentado pelo Código Civil de 1916, e muito escassamente disciplinava o Código Comercial, referindo-se apenas nos arts. 99 a 118 aos condutores de gêneros e comissários de transporte" (DINIZ, p. 467, 2007).
Conforme aduz o vigente Código, contrato de transporte é aquele que uma pessoa ou empresa se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um local para outro, pessoas ou coisas animada ou inanimada (CC, art. 730). A empresa de transporte tem a capacidade desse tipo de prestação de serviços, seja por via terrestre, aquática, ferroviária ou aérea, e independente da distância, através de contratos celebrados com os respectivos usuários.
A distância maior ou menor não lhe é essência: o transporte pode ser de um pavimento para outro ou de um cômodo de edifício para outro. A evolução técnica modifica os instrumentos de transporte, por terra, mar e ar, daí dividirem-se em transportes terrestres, marítimos ( fluviais, lacustres) e aéreos. ( VENOSA, p. 324, 2009).
Inicialmente muito se divergia sua natureza, ela era confundida com locação de serviços, empreitada, depósitos, misto de locação e depósito, todas essas são comparações equivocadas, embora a semelhança e a congruência de alguns dos princípios entre tais institutos, não se incorrelata pois, a afinidade com o depósito que é palpável, tanto que o art. 751 do Código Civil estabelece que a coisa depositada ou guardada nos armazéns do transportador, em virtude de contrato de transporte, reger-se-á, no que couber, pelas disposições relativas ao depósito. Também não se relaciona com a empreitada conforme aduz Silvio de Salvo Venosa, em que, neste instituto o dono da obra quer o resultado contratado, qual seja, a obra. No transporte a pessoa que o deslocamento da coisa ou do indivíduo. Nem se confunde com o fretamento, neste o navio, aeronave, ônibus, têm seu respectivo uso cedido. O outorgado no contrato de trabalho de fretamento, o afretador, dará a destinação que desejar ao veículo. No contrato de transporte, quem navega ou dirige é o transportador. No Contrato de Transporte uma das partes, o transportador, obriga-se a deslocar de um lugar para o outro pessoas ou coisas, mediante o pagamento de umpreço.
Assim, o Contrato de Transporte é Bilateral ou Sinalagmático, pois gera obrigações para ambas as partes, obrigação entre o transportador e o passageiro ou expedidor, consensual, porque se aperfeiçoa com simples acordo de vontades, oneroso porque as partes buscam vantagens recíprocas, o destino para a coisa ou para o passageiro e preço para o transportador, Típico porque previsto no CC de 2002, de duração pois sua execução não se limita em um só ato ou instantaneamente, necessitando sempre de um lapso temporal para ser cumprido, comutativo porque as partes conhecem as obrigações respectivas de início, não dependendo de evento futuro ou incerto, é um contrato por adesão, que se efetiva mediante condições uniformes e tarifas invariáveis, não solene porque não depende de forma prescrita para ser concluído. É preciso distinguir o transporte de pessoas da simples carona amigável, pois nesta não existem os caracteres supracitados, acarretando apenas efeitos de responsabilidade extracontratual (CC, art. 736).
Pode ser de pessoas ou de coisas, esse conceito é unânime e não diverge de nenhum doutrinador. Fica de total responsabilidade do transportador a integridade física do passageiro, dando todo o aconchego e espaço prometido no contrato, camarote, poltrona, aperitivos, hidratação, etc. Assim como deve também preservar a integridade e a guarda da coisa transportada. Uma observação importante é que a bagagem do passageiro não caracteriza coisa nesse caso, ele é equiparado ao bem acessório do contrato, não obstante a diversidade dos princípios aplicáveis.
Tratando de coisa . Existem partícipes indiretos do contratos de transporte que não são classificados como sujeito. É o caso do destinatário que possui direitos e obrigações mas não é sujeito da relação contratual perante o transportador, salvo se for o próprio expedidor. São participantes do ato material de transporte, remetente, expedidor ou carregador, o indivíduo que entrega a coisa ao transportador para ser deslocada, comissário de transportes, aquele que obriga, mediante remuneração, a transportar a mercadoria, embora não faça o transporte pessoalmente, mas por intermédio do transportador, destinatário ou consignatário, é a pessoa designada para receber a coisa.
Quando o transporte é realizado de coisa, o objeto é a mercadoria a ser carregada, e no transporte de passageiro, é o deslocamento dele o objeto.
A carga deve se devidamente embalada em conformidade com a sua natureza, caso contrário o destinatário pode recusar a mercadoria. Objetos inflamáveis, explosivos e corrosivos principalmente, o art. 746 do Código civil aduz: Poderá o transportador recusar a coisa cuja embalagem seja inadequada, bem como a que possa pôr em risco a saúde das pessoas, ou danificar o veículo e outros bens.
Na mesma hipótese o transportador tem o dever de recusar o transito de mercadoria cuja comercialização não seja permitida, ou que venha sem as conformidades documentais legais. Art. 747. O transportador deverá obrigatoriamente recusar a coisa cujo transporte ou comercialização não sejam permitidos, ou que venha desacompanhada dos documentos exigidos por lei ou regulamento.
Com relação ao frete também chamado de porte, o frete nada mais é do que o preço pago pelo transporte ao transportador. É um elemento essencial no contrato, por que o transporte gratuito deve ser considerado uma categoria a margem da regra geral. O princípio exceptio non adimpleti contractus diz que o transportador não precisa transportar algo se nao for pago o frete, salvo se estipulado no contrato que o pagamento realizará no caminho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil – Sireito das Obrigações (2ª Parte), cit., p. 300
BOBBIO, Norberto. A era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. GAGLIANO, PabloStolze. Novo Curso de Direito Civil – Contratos em Espécie. 3.º ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
Código Civil de 2002
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 23. ed. rev. SãoPaulo.Saraiva, 2007
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 9. ed. São Paulo. Atlas, 2009.
Aluno David Fernando Vieira dos Santos 5° Período / Direito / Matutino
Professor: Rafael Firminino

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