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recurso especial e extraordinário no novo cpc

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INTRODUÇÃO
 	Para abordar a temática dos recursos especiais e extraordinários, para entender a dinâmica desses recursos temos que entender a finalidade desses recursos no sistema processual,e o que se tem como finalidade básica desses recursos é a uniformização do entendimento no âmbito do poder judiciário a respeito das questões vinculados a legislação federal infraconstitucional , que é o caso do recusro especial, e a uniformidade do entendimento da interpretação com relação as questões cosntitucionais no caso do recurso extraordinário.
RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 	Os recursos extraordinários e especial em seu conceito tem por finalidade impedir que as decisões judiciais contrariem a COnstituição Federal ou as leis federais, mantendo a uniformidade da interpretação, todo país, de um e outras. Aquele que apresenta um desses recursos está insatisfeito, e pretende que a decisão seja revista. mas o fundamento que irá apresentar não poderá ser de que a sentança foi injusta, porque eles não constituem uma espécie de "terceira instância" que visa aseegurar a justiça das decisões. São excepcionais, e só cabem quando preenchidas as condições estabelecidas na Constituição federal, relacionadas à proteção e unidade de interpretação da própria Constituição ou leis federais. Só podem ter fundamentos previstos na CF.
	O recurso especial é competência do STJ, e recurso extraordinário do STF, são também chamados de recursos excepcionais e superposição, no código de processo civil antigo de 73, de acordo com novo código não teve mudança substancias a respeito dos recursos, assim justificando que ambos foram retirados da constituição federal, art. 102, III, e 105, III, não havendo mudanças legislativas. 
	Características dos recurso extraordinário e recursos especiais, são usados contra o mesmo acordão, primeiro será julgado o recurso especial e depois vai para extraordinário que a função do STF, de acordo com artigo 1028. do CPC. Também relacionar um fator importante que a fungibilidades dos dois recursos que sempre foi reconhecida pela jurisprudencial, o legislador trouxe no novo CPC, detalhes na sua aplicação tanto no recurso especial quanto no extraordinário buscando hipótese de conversão no caso de interposição de forma equivocada de acordo com artigo 1029 e 1030 do CPC.
	Função do STJ: a primeira e aplicação a lei imediata da lei impugnada, a segunda uniformizar a interpretação da norma aplicada de forma diversa. Que de acordo com a artigo 105, que é competência do superior Tribunal de Justiça. 
	Função do STF: o tribunal federal tem a função de ser guardião da Constituição Federal, fazendo a interpretação correta da lei e de seus dispositivos e ainda realiza o controle constitucional, de acordo com artigo.103, III, alínea “ a, “ B, “c, e“ d” da constituição que cabe ao STF. 
 	No que diz respeito a legitimação e interesse, tem legitimidade para interpor recurso extraordinário: a parte que sucumbiu, o Ministério Público e o terceiro prejudicado. legitimação para recorrer (se confunde com o interesse em recorrer, atrelando-se ao fato de que o indivíduo para recorrer deve ter sofrido prejuízo, seja parcial ou total diante da decisão proferida)
 	 Ambos os recursos tanto Extraordinário quanto o especial devem ser apresentados no prazo de 15 dias, sendo aplicáveis as regras do art. 5°, § 5° da lei n° 1.060/50 e arts. 188 e 191 do cpc. Se a parte interessada verificar que estão presentes os requisitos para a interposição do recurso especial e do recurso extraordinário, poderá interpor ambos, nop prazo legal de acordo com o disposto no art 1031 do CPC que diz que na hipótese interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao SUperior Tribunal de Justiça. A interposição nessa hipótese deve ser simultânea sob pena de haver preclusão consumativa. Tanto o recurso especial quanto o extraordinário podem ser interpostos sob a forma comum ou forma adesiva, caso em que serão apresentadas no prazo para as contrarazões ao recurso do adversário. 
 	Temos aspectos comuns entre os dois recursos, aspectos esses que serão especificados. Para que possa haver a possibilidade de um recurso especial ou um recurso extraordinário temos em comum entre os dois são os esgotamentos dos recursos ordinários, ou seja, só são cabíveis quando não couber nenhum outro recurso, não revisam matéria de fato então o que os tribunais superiores vão fazer nesse caso o STF e o STJ eles vão analisar o caso e vão dar os fatos a interpretação que ja foi dada pelo juízo ad quo no tribunal que o antecedeu na análise daquele caso, portanto eles não vão revisar a matéria de fato, sendo muito difícil fazer chegar por meio desse recurso algo que leve a reapreciação de uma prova por exemplo a não ser que consiga fazer a conexão dessa prova ou dessa matéria de fato com uma questão jurídica e que consiga demonstrar que essa questão jurídica foi mal apreciada seja no âmbito constitucional, seja pelo âmbito federal e infraconstitucional, somente assim conseguirá uma reanalise. Vale ressaltar que os fundamentos desses recursos estão dispostos na constituição federal, ou seja, só vai caber a interposição de recurso extraordinário e interposição de recurso especial nas hipóteses previstas na constituição federal. Ambos os recursos tanto o extraordinário quando o especial, via de regra possuem efeito devolutivo e não possuem efeito suspensivo, via de regra, pois excepcionalmente é possível que se confira efeito suspensivo para ambos, mas na ceara cível via de regra não possuem efeito suspensivo apenas devolutivo.
 	O casos de cabimento do recurso especial estão previstos no art 105 inciso 3° da Constituição Federal que diz assim: Compete ao STJ julgar em recurso especial as causas decididas em uma única ou última instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados. do Distrito Federal e Territórios quando a decisão recorrida, contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência, julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal, a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuido outro tribunal. Pelo que se pode perceber destas 3 hipóteses de fundamento possível para o recurso especial, é que ele sempre é cabível quando houver contrariedade a lei federal infraconstitucional ou quando se tiver uma decisão que negue vigência a uma determinada lei federal ou tratado que vá ventilar uma questão de natureza infraconstitucional ou mesmo alguma decisão que tenha dado uma interpretação que se considere equivocada do texto da lei federal, sendo assim cabível a interposição de recurso especial. Tudo isso para que o STJ possa exercer a sua função de controle da interpretação, de controle e uniformidade da interpretação que os tribunais brasileiros dão a legislação federal infraconstitucional.
 	As hipóteses de cabimento do recurso extraordinário estão previstas no inciso 3° do art. 102 da Constituição Federal que diz assim: Compete ao STF julgar mediante recurso extraordinário as causas decididas em única ou ultima instância quando a decisão recorrida, contrariar dispositivo desta constituição, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta constituição, julgar válida a lei local contestado em face de lei federal, ou seja, sempre caberá recurso extraordinário quando se verificar uma possível ofensa a letra da constituição federal, seja no caso da alínea A que é uma ofensa direta à constituição , no caso de contrariar dispositivo da constituição ou no caso de declarar inconstitucionalidade de tratado ou lei federal como diz a alínea B qundo se retira ou se tenta retirar da aplicação prática um texto de um tratado de uma lei federal que seja considerado ofensivo a constituição federal ou no caso da alínea C quando se julgar válida uma lei ou ato de um governo local cosntestado em face desta consituição, então sempre que tiver u a lei local ouato de governo local que contrarie a constituição vai caber o recurso extraordinário. Ja na línea D ela fala de julgar válida lei local em face de lei federal, sendo discutindo competências legislativas disciplinadas pela constituição federal. Há uma exigência específica com relação ao recurso extraordinário que foi inserida pela reforma do poder judiciário que foi feita pela emenda constitucional número 45 do ano de 2004, a partir dessa modificação que se fez na estrutura do poder judiciário passou a se exigir pra aceitação ou pro recebimento do recurso extraordinário que ficasse demontrada a sua repercussão geral e é isso que disciplina o paragrafo 3° do artigo 102 da constituição que diz o seguinte: No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso nos termos da lei, afim de que o tribunal examine a admissão do recurso somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Esse é o dispositivo constitucional que estabelece a obrigatoriedade de demonstração da repercussão geral pra que o recurso extraordinário seja devidamente recebido pelo STF, ao ponto que o novo CPC vai disciplinar a respeito disto dando mais detalhes a respeito desta exigência de demonstração da repercussão geral a partir do seu art. 1035 que diz assim: O supremo tribunal federal em decisão irrecorrível não reconhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral nos termos desse artigo e o paragrafo 1° prossegue dizendo que para efeitos de repercussão geral será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. Em suma haverá repercussão geral sempre que se estiver discutindo alguma questão relevante do ponto de vista político, social econômico ou jurídico que vá além das partes envolvidas naquele processo que vá afetar mais pessoas do que as partes envolvidas naquele processo, tendo-se de fato repercussão geral, ou seja, os efeitos da decisão que o STF tenha que dar sobre aqueça questão deverão atingir mais pessoas do que as partes envolvidas naquela demanda. No parágrafo 2° diz que o recorrente devrá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo STF, para que o STF possa dizer se há ou não repercussão geral atendendo os requisitos previstos no CPC e na CF.
		Ambos os ecursos Extraordinário e especial exigem preparo e porte de remessa e retorno. O regimento interno do STF sempre previu a necessidade de preparo, mas o STJ não: até há agum tempo, bastava o recolhimento do porte. Mas a lei n° 11.636/2007, regulamentada pela resolução 01/2008 da presidência do superior Tribunal de Justiça, passou a exigir o preparo também para recurso especial.
Forma dos recursos (regularidade formal).
	Conforme previsto no Art. 188 do CPC 2015, os atos processuais não dependem de forma determinada, só se a lei exigir expressamente. No que se diz sobre recurso, além da forma escrita, a legislação pede um conjunto de requisitos para que a peça processual possa ser considerada regular, para ai sim dar início ao módulo recursal. Elas admitem correções de eventuais defeitos que possam impedir que a peça não seja aceita, o artigo 932 estabelece que: “Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de cinco dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.”
	Assim, se detectada ausência de algum requisito formal da petição recursal, o relator não poderá rejeitar o recurso de plano e deverá intimar o recorrente para sanar os vícios ou completar com os documentos que faltam. Se o recorrente não sanar tais problemas o relator poderá não aceitar o recurso, mediante decisão unipessoal.
	Temos também o que se refere ao agravo de instrumento, onde a petição deve ser instruída com cópias da petição inicial, da contestação, da petição da decisão agravada, da decisão recorrida, da intimação ou algum outro documento oficial que comprove a tempestividade ou das procurações para os advogados do agravante e do agravado ou com uma certidão retirada em cartório que ateste que nenhum desses documentos existe.
	O parágrafo 2º do artigo 1.024 permite que o tribunal venha a aceitar os embargos de declaração como agravo interno, caso entenda ser este o recurso viável, ele intimará o recorrente para complementar suas razões no prazo de 5 dias, tornando-as compatíveis com o disposto no artigo 1.021, parágrafo 1º.
	O parágrafo 4º do artigo 1.024 deixa claro que se os embargos de declaração resultar em modificação da decisão impugnada, o embargo que tiver interposto outro recurso poderá completar ou alterar suas razões, nos limites da modificação e no prazo de 15 dias contados da intimação da decisão proferida.
	Assim quando se normatizou a fungibilidade entre recurso especial e o recurso extraordinário, o artigo 1032 fala que o relator no STJ deve conceder prazo de 15 dias para a demonstração do recorrente a respeito da repercussão geral e fale sobre a questão constitucional do processo, se entender ser o recurso extraordinário encaminhará os autos ao STF. Embora a legislação processual defina alguns requisitos formais para cada modalidade recursal, as petições possuem exigências em comum, como identificação das partes e suas qualificações, a causa de pedir e o pedido (artigo 337, § 2º).
	No mais, é intuitivo que a petição recursal contenha o endereçamento ao órgão jurisdicional competente para o julgamento da pretensão relacionada à reforma, à declaração de nulidade, ao esclarecimento ou à integração da decisão recorrida, assim também àquele que possuir competência para a correção do erro material nela detectado. 
	Procedimento no tribunal recorrido (descrever o procedimento que o recorrente deve adotar após a prolação do acórdão no tribunal a quo, para que o RESP ou o REXT possa subir para o tribunal ad quem). 
	Primeiro o procedimento do recurso se desenvolve perante o juízo a quo, prolator da decisão recorrida, a este cabe colher as contrarrazões, após essa parte os autos são remetidos ao juízo ad quem, onde o mérito do recurso será analisado. Segundo os artigos 1029 e 1030 do CPC:
Art. 1029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou arecurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.
Art. 1030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido. 
Preparo no RESp e no REXT
	Todo processo possui custas, assim como a maioria dos recursos, como também o resp e o rext, como podemos ver no art. 1007 no NCPC:
Art.1007: No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
	Mas para entender melhor, é preciso saber o que são as custas referidas pelo artigo acima: o primeiro a ser mencionado é o preparo, que nada mais é do que o pagamento pelo serviço prestado pelo Estado, e uma contraprestação a atuação do estado mediante a lide, a contra prestação dada ao estado pela apreciação e julgamento da custa. Essa é a idéia do preparo. Temos que ter em mente também que o preparo não se confunde com porte de remeça e de retorno, pois são coisas diferentes, enquanto o preparo é a contra prestação feita pela apreciação do estado á custa própria, porte de remessa e de retorno são as custas pagas para que o recurso vá do tribunal a quo para o tribunal ad quem para ser apreciado, e após a sentença, volte para o tribunal que deu inicio ao caso.
	Deserção é o abandono do recurso pelo recorrente por não cumprir o que lhe fora estipulado para dar seguimento ao recurso nos termos da lei. Importante sabermos que nem todos necessitam pagar preparo, pois são pessoas que estão ligadas, ou que fazem parte do mesmo, como vemos no parágrafo primeiro do artigo 1007:
§1º São dispensados do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Publico, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
Como também pode existir a possibilidade de se completar o preparo se este não foi feito na quantidade certa, e também custas de recolhimento em dobro por inadimplência do apelante, como podemos perceber nos parágrafos subseqüentes do mesmo artigo:
§2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa ou retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa do seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 dias.
§3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
§4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa ou retorno, será intimado, na pessoa do seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do §4º
§6º Provado o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 dias para efetuar o preparo.
§7º O equivoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação de pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de duvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vicio no prazo de 5 dias.
	Completados os requisitos do preparo do porte de remessa e de retorno, o recurso será remetido ao tribunal competente que apreciará o pedido ou não, fazendo um juízo de admissibilidade.
Procedimento do Recurso especial no STJ
	Os pressupostos gerais do recurso especial são os mesmos referentes aos outros recursos. Contudo, adicionam-se a eles pressupostos específicos, que são: existência de causa decidida em única ou última instância por Tribunais; que a decisão, a ser impugnada através dele, seja definitiva; existência de questão federal encontrada no art. 105 da Constituição. 
	É importante esclarecer que a Constituição, ao contrário do que acontecia com o recurso extraordinário, versando matéria infraconstitucional, não admite possa o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça restringir os casos de cabimento de recurso especial.
	Diz o texto que cabe ao Superior Tribunal de Justiça: "Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida".
Procedimento do Recurso Extraordinário no STF
	O recurso extraordinário é um mecanismo processual que viabiliza a análise de questões constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. 
	Para que o recurso chegue à Suprema Corte é necessário que o jurisdicionado tenha se valido de todos os meios ordinários, ou seja, que tenha percorrido as demais instâncias judiciais do País. Também se exige que o recorrente preencha alguns requisitos legais para que o recurso extraordinário possa ser recebido pelo STF. 
	O art. 102, III, da Constituição Federal, fala das hipóteses de cabimento do recurso extraordinário: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (…) III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição; d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal”.
	Não se pode esquecer que o STF é um órgão composto por um número limitado de Ministros e que tem jurisdição nacional, ou seja, tem competência para receber recursos de todas as partes do Brasil. 
	Sendo assim, o número de decisões a serem tomadas pelos Ministros é enorme, de forma, que eles têm que otimizar as causas a serem analisadas. Por isso, a demonstração da repercussão geral da questão constitucional é vista com bons olhos pelo STF. 
	Outro requisito a ser preenchido pelo recorrente é o do prequestionamento da matéria constitucional. Por esse requisito, o recorrente deve arguir a controvérsia constitucional em todas as instâncias, de forma que a matéria já tenha sido discutida pelos demais órgãos jurisdicionais antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal.
ARTIGOS COMENTADOS
	ARTIGO 1029 : O § 1º do art. 1.029, indica as exigências formais a serem observadas nos casos em que o recurso especial fundamenta-se em dissídio jurisprudencial (letra c do inciso III do art. 105 da CF). Chama a atenção, neste particular, a nova regra veiculada no § 2º do art. 1.029, pela qual, neste caso, é vedado ao órgão jurisdicional inadmitir o recurso especial com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. Considerada a mais importante novidade é o § 3º admite, que o STF ou o STJ poderá desconsiderar erro formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que o erro ‘não seja grave’. O § 4º estabelece a hipótese de o Presidente do STF receber requerimento de suspensão dos processos em todo o território nacional durante a tramitação do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. O § 5º do art. 1.029, por fim, similarmente ao que o § 3º do art. 1.012 regula para a apelação, trata da competência para concessão de efeito suspensivo ao recurso extraordinário e/ou recurso especial.
	ARTIGO 1030: O parágrafo único determinou que a remessa do recursoseja enviada diretamente aos tribunais superiores, aos quais caberá fazer a admissibilidade recursal. Dessa forma, o recurso especial e ou extraordinário, com a nova redação, foi suprimida a competência do Presidente e do vice-presidente do Tribunal de interposição para o juízo de admissibilidade.
	ARTIGO 1031: O referido artigo versa sobre a situação de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, sendo que os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. O parágrafo primeiro e segundo estabelecem a remessa do recurso extraordinário e especial ao STF, respectivamente em situações distintas.
	ARTIGO 1032: Ao contrário da hipótese prevista no art. 1.031, não há, no artigo 1032, recursos extraordinário e especial interpostos concomitantemente. Existe apenas um recurso especial, que, de acordo com seu relator, no âmbito do STJ, versa sobre questão constitucional.
	ARTIGO 1033: O art. 1.033, disciplina o reverso da hipótese tratada pelo art. 1.032. Diferentemente como acontece no art. 1.032, não há previsão para o STJ recusar sua competência que, em última análise, deriva da própria Constituição (art. 105, III) e que encontra no STF seu guardião maior.
	ARTIGO 1034: O art. 1.034 tem como objetivo a fixação da abrangência do efeito devolutivo dos recursos extraordinário e especial. O caput do dispositivo traz relembra a Súmula 456 do STF, que tal regra, deve ser lida à luz dos incisos III dos arts. 102 e 105 da CF: o recurso extraordinário e o recurso especial pressupõem causa decidida, sendo por isso mesmo, extremamente discutível que questões não decididas, mesmo que de ordem pública, possam ser julgadas pelo STF e pelo STJ naquelas sedes recursais.
	ARTIGO 1035: O art. 1.035, aprimora a dinâmica da repercussão geral do recurso extraordinário. As principais novidades são as seguintes: são ampliados os casos de presunção da repercussão geral, em harmonia com os indexadores jurisprudenciais propostos pelo novo CPC; a suspensão dos processos, individuais e coletivos, alcança todo o território nacional (§ 5º); a possibilidade de formular perante o tribunal de origem pedido de exclusão e imediata inadmissão dos recursos intempestivos do sobrestamento (§ 6º), decisão esta sujeita ao agravo do art. 1.042 (§ 7º) e, por fim, o dever de o recurso extraordinário com repercussão geral ser julgado no prazo de um ano, tendo preferência sobre os demais casos, ressalvadas as exceções que indica (§ 9º), sob pena de cessar a suspensão dos processos em geral (§ 10). 
	ARTIGO 1036: No novo CPC, não só o recurso especial mas também o recurso extraordinário passa a receber disciplina de recurso repetitivo. Esse avanço do novo CPC em relação à disciplina do CPC anterior, que não admite o processamento e o julgamento de recursos extraordinários repetitivos, mas apenas a discussão sobre recursos extraordinários múltiplos apresentarem, ou não, repercussão geral. É interessante ressaltar, que de acordo com o § 3º do artigo 1036, é permitido apenas a interposição do recurso de agravo interno da decisão que exclua a decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente.
	ARTIGO 1037: Se comprovado o pressuposto do caput do artigo 1036, ocorrerá o procedimento se o Relator do STF/STJ confirmar a seleção por meio da ‘decisão de afetação’ prevista no art. 1.037. O Novo CPC traz importante novidade que vem corrigir um enorme defeito do sistema anterior o distinguishing. Se alguma das partes não concordar com a vinculação do seu caso àquela hipótese, terão agora um mecanismo de distinção: o § 9.º do art. 1.037 prevê que a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo ao demonstrar distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado.O § 4º do art. 1.037 regulamenta o prazo de um ano para julgamento do recurso repetitivo estabelecendo a preferência para tanto com as ressalvas, findo o qual cessa o sobrestamento dos processos (§ 5º), sem prejuízo de relator do mesmo Tribunal Superior afetar dois ou mais novos recursos representativos da controvérsia (§ 6º).
	ARTIGO 1038: O referido artigo em seu caput estabelece algumas atribuições que o relator poderá realizar. O inciso I do art. 1.038 permite que o relator solicite a participação de terceiros intervenientes na qualidade de amicus curiae. O inciso II do art. 1.038 prevê a possibilidade de prévia participação em sede de audiências públicas. O § 3º do art. 1.038 é novidade em relação ao CPC anterior. Esse parágrafo estabelece que o conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida, favoráveis ou contrários.
	ARTIGO 1039: Esse artigo diz respeito as decisões sobre recursos pendentes no respectivo tribunal superior, que são declarados prejudicados, com a finalidade de obter provimento contrário a tese firmada e providos, na hipótese inversa.
	ARTIGO 1040: O artigo 1040 trata dos efeitos da decisão sobre processos pendentes nas instâncias ordinárias. Os parágrafos desse artigo têm a intenção de inibir a propositura de ações que defendam teses a respeito de questões repetitivas já resolvidas em sentido contrário pelos Tribunais Superiores – contudo, não deve significar violação ao contraditório e ao devido processo legal.
	ARTIGO 1041: O artigo 1041 também se relaciona com os efeitos da decisão sobre processos pendentes nas instâncias ordinárias. Com a nova redação, o presidente ou vice-presidente do Tribunal deve determinar a remessa do recurso ao tribunal para julgamento, quando o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminou o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, com acórdão que contraria a orientação do tribunal superior. 
MODELO DE RECURSO ESPECIAL
Tribunal de Justiça
Presidência
RECURSO ESPECIAL CÍVEL N.º 045828/2015 (0004421-84.2005.8.10.0040) - Imperatriz
Recorrente: D. F. V. F. representado por Edder Souza Freire
Advogados: Dr. Oziel Vieira da Silva e Dr. Antonio Alves de Souza Júnior
1.º Recorrido: Rápido Açailândia Ltda.
Advogada: Dra. Elayne Cristina Galletti
2.ª Recorrida: Sulina Seguradora S/A
Advogado: Dr. Carlos Eduardo Ramos Silveira
Vistos, etc.
D. F. V. F., representado por Edder Souza Freire, interpôs o presente recurso especial cível, com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, visando à reforma do acórdão proferido pela Segunda Câmara Cível desta Corte de Justiça no julgamento da Apelação Cível n.º 10.262/2012.
Versam os autos sobre ação de indenização movida pelo recorrente em desfavor de Rápido Açailândia Ltda. e Sulina
Seguradora S/A , cujos pleitos indenizatórios foram julgados improcedentes pelo Juízo a quo (sentença de fls. 303/311).
Inconformado com a decisão de 1ª instância, o recorrente apelou e, por votação unânime, ao recurso foi negado provimento (Acórdão n.º 169.940/2015, fls. 374/381).
Nas razões deste apelo especial, é alegada violação aos artigos 186 e 927 do Código Civil, e ao artigo 5.º, V, da Constituição Federal.
Contrarrazões apresentadas às fls. 400/413. É o relatório. Decido.
Ab initio, convém esclarecer que, tratando-se o caso em tela de recurso interposto em face de acórdão publicado antes do advento do novo Código de Processo Civil (decisões publicadas até 17.03.2016), o juízo de admissibilidade será exercido à luz do CPC/1973, em observância ao disposto no Enunciado Administrativo nº 02 do STJ (aprovado pelo Plenário da Corte Superior, na sessão do dia 09.03.2016 [1] ).
Pois bem. Compulsados os presentes autos, observo atendidos os requisitos extrínsecos de admissibilidade, tendo em vista que o recorrente encontra-se devidamente representado, assim como interpôs este recurso no prazo de lei. Não houve recolhimento de preparo, por ser beneficiário da assistência judiciária gratuita (certidão de fl. 397).
Todavia, quanto à alegada violação aos artigos 186 e 927 do Código Civil, nãohá como ser atendida a pretensão sem que haja rediscussão de fatos e reexame de provas, atraindo, assim, o óbice da Súmula 7/STJ. Vejamos:
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DAS AUTORAS. NÃO COMPROVAÇÃO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA DA LIDE. SÚMULA 7/STJ. NÃO PROVIMENTO.
1. Se as questões trazidas à discussão foram dirimidas, pelo Tribunal de origem, de forma suficientemente ampla, fundamentada e sem omissões deve ser afastada a alegada violação aos artigos 165, 458 e 535 do Código de Processo Civil.
2. Inviável o recurso especial cuja análise impõe reexame do contexto fático-probatório da lide (Súmula 7 do STJ).
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 695.810/RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 10/03/2016, DJe 16/03/2016)
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. RESPONSABILIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA. SÚMULA Nº 7 DO STJ. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Para afastar as conclusões do acórdão em relação à ilegitimidade passiva da sociedade empresária, porque não foi suficientemente demonstrada sua responsabilidade, quer como preponente, quer como contratante do serviço de transporte terceirizado do veículo que causou o acidente e, como consequência, o óbito do genitor e cônjuge dos autores, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a aplicação da Súmula nº 7 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido.
(AgRg no REsp 1483095/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe 15/03/2016)
Em análise última, não tem cabimento recurso especial interposto por suposta ofensa à matéria constitucional (artigos 5.º, V, da Constituição Federal), sob pena de usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal, conforme manifestação da Corte Superior no sentido de que "O recurso especial não se presta ao exame de suposta afronta a dispositivos constitucionais, por se tratar de matéria reservada à competência do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, III, da Constituição da República"(AgRg nos EDcl no AREsp 34.300/BA, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/05/2012, DJe 24/05/2012).
Ante o exposto, inadmito o presente recurso especial.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
São Luís, 29 de abril de 2016.
Desembargador CLEONES CARVALHO CUNHA
PRESIDENTE
[1] Enunciado Administrativo nº 02 do STJ - "Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade da forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça."
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Antonio Alves de Souza Junior
Oziel Vieira da Silva
Elayne Cristina Galletti
Presidência do TJMA
MODELO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Comarcas do Interior
Chapadinha
Turma Recursal Cível e Criminal da Comarca de Chapadinha
Juiz Otávio Terças Santos
Recurso Extraordinário n.º 191/2016
Origem: Comarca de Itapecuru-Mirim
Recorrente: Banco Bradesco Financiamentos S/A (Banco BMC S/A)
Advogado: José Edgard da Cunha Bueno Filho – OAB/MA 9588A
Recorrido: João Pereira
Advogado: Nemésio Ribeiro Góes Júnior – OAB/MA 6603
Relator: Juiz Rodrigo Otávio Terças Santos DECISÃO Cuida-se de Recurso Extraordinário interposto por Banco Bradesco Financiamentos S/A, com fulcro no art. 102, inciso III, letra a, da Constituição Federal, contra o acórdãodesta Turma Recursal que não conheceu do recurso inominado interposto, por considerá-lo deserto, face à ausência do comprovante original do recolhimento do preparo. Examinando os requisitos genéricos de admissibilidade do recurso, tenho, pelo exame dos autos, que estão presentes. No que concerne ao requisito da demonstração de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, estabelecido pela Emenda Constitucional nº. 45/04, que acrescentou ao artigo 102 da Constituição Federal de 1988 o § 3º, cumpriu o recorrente a demonstração do mesmo, como lhe era exigido, abrindo tópico em seu recurso para argumentar a existência de repercussão geral da questão discutida. Contudo, no tocante aos requisitos específicos constitucionais formais, vinculados às alegadas violações à Lei Maior, não os vejo implementados. Pretende o recorrente, de forma reflexa, com o apelo extraordinário à Corte Suprema de Justiça, sob o argumento de que houve ofensa aos arts. 5º, LIV, LV, XXXV da Constituição da República, 
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O reexame dos fatos e das provas, o que não é admitido por essa via recursal (Súmula 279 do STF). A alegação de afronta ao princípio do contraditório e da ampla defesa, ainda que configurada, apresenta-se de forma indireta, não sendo suficiente para
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viabilizar recurso extraordinário. (Súmula 284 do STF). Desse modo, a partir do momento em que a pretensão do recorrente é examinar a convicção judicial, observa-se que o cerne do recurso extraordinário se transmuta para análise de questões fáticas, que no presente caso foram julgadas com base em legislação infraconstitucional, o que inviabiliza o conhecimento do presente recurso extraordinário. Enfatize-se, ainda, que a nossa Corte Maior de Justiça tem sua competência para controle constitucional, por via do recurso extraordinário, vinculada à violação frontal a preceito da Constituição Federal, sendo esse apelo admitido apenas quando se tratar de questões de direito. Ante o exposto, por lhe faltarem pressupostos específicos de admissibilidade, não admito o presente Recurso Extraordinário, negando-lhe seguimento. Publique-se. Chapadinha /MA, 29 de abril de 2016. Rodrigo Otávio Terças Santos Juiz Relator
[1]“Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
[2]“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”.
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Comarcas do Interior do TJMA
Chapadinha do TJMA

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