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Biossegurança na Piscicultura Prof. Marcos

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Prévia do material em texto

Marco Túlio D. Peixoto 
Med. Veterinário 
marco@3daqua.net 
(31) 3022-2001 
 
 
 
Biossegurança na Piscicultura 
O que é Biossegurança? 
Histórico 
 Década de 70: Impacto da engenharia genética na 
sociedade. Organização Mundial da Saúde a definia como 
"práticas preventivas para o trabalho com agentes 
patogênicos para o homem". O foco de atenção voltava-
se para a saúde do trabalhador frente aos riscos 
biológicos no ambiente ocupacional 
 
2 
Biossegurança na Piscicultura 
 Década de 80:OMS incorporou a essa definição os 
chamados riscos periféricos presentes em ambientes 
laboratoriais que trabalhavam com agentes patogênicos 
para o homem, como os riscos químicos, físicos, 
radioativos e ergonômicos; 
 Em seminário realizado no Instituto Pasteur em Paris 
(INSERM, 1991), observamos a inclusão de temas como 
ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos 
envolvendo tecnologia de DNA recombinante, em 
programas de biossegurança. 
 
3 
Biossegurança na Piscicultura 
Década de 90: 
Conceito: A biossegurança é o conjunto de ações voltadas 
para a prevenção, e proteção do trabalhador, 
minimização de riscos inerentes às atividades de 
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico 
e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos 
animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade 
dos resultados" (Teixeira & Valle, 1996) 
4 
Biossegurança na Piscicultura 
 
Brasil: Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança – CTNBio 
 Processo de notificação e registro de produto de 
modo a garantir que a remessa, transporte, uso, 
liberação e comercialização de sementes e grãos 
transgênicos 
 
5 
Biossegurança na Piscicultura 
Peixes 
Ambiente Parasitas 
6 . 
Biossegurança na Piscicultura 
Formas de Biossegurança: 
Barreiras físicas: 
7 
Biossegurança na Piscicultura 
8 
Biossegurança na Piscicultura 
9 
Biossegurança na Piscicultura 
Barreia física depende do sistema de produção adotado: 
 
Sistemas de produção: 
 Recirculação 
 Raceway 
 Tanques; 
 Viveiros; 
 Tanques rede. 
 
 
 
10 
Sistema Intensivo com em Taques com Recirculação em 
Águas Claras 
 Conceito: 
 Sistema com total controle do ambiente; 
 Composto setores distintos: 
 Tanques; 
 Filtro para sólidos em suspensão; 
 Filtro biológico; 
 Sistema de oxigenação; 
 Unidade de esterilização de água; 
 Sistema de bombeamento. 
 
Biossegurança na Piscicultura 
Recirculação em Águas Claras 
Monitoramento de paramentos de qualidade de aqua 
Recirculação em Águas Claras 
Filtro rotativo de tambor Filtro biológico 
Recirculação em Águas Claras 
Sistema de filtração para água de reposição 
Raceway 
Características: 
 Tanques (concreto, fibra, metal, etc..) com 
grande taxa de renovação de água; 
 Comum em áreas com canais de irrigação, 
reservatórios de água; 
 Densidade de estocagem 100 a 300 peixes/m3; 
 Alimentação 100% por ração balanceada; 
 Controle limitado do controle da qualidade de 
água de abastecimento. 
 
16 . 
Raceway 
 Densidade de peixes decresce 
de acordo com nível dos 
tanques. 
 Risco de propagação de 
patógenos dentro do sistema
 
17 . 
Raceway 
 
18 . 
Paulo Afonso/BA 
Tanques 
 Caracterização do sistema: 
 Tanques são isolados do solo por lona, concreto etc.; 
 Capacidade de suportar maior biomassa; 
 Utilização de maior aeração; 
 Menor consumo de água e espaço/kg de peixe produzido; 
 Produção de 10 a 30 kg/m2; 
 Risco de contaminação externa (peixes e água); 
19 . 
Tanques 
20 . 
Tanques revestidos e argamassa armada 
Tanques 
 
21 . 
Tanques 
 
22 . 
Tanques de recria (Filipinas) 
Viveiros 
 Ração completa 
 Aeração 
 Monitoramento 
sanitário inicial; 
 Processo de 
desinfecção do 
fundo do viveiro a 
cada lote. 
 Aplicação de cal 50 a 
200gr/m2 
 
 
 
23 
Viveiros 
 
24 . 
Biossegurança na Piscicultura 
 
 Secagem do viveiro 
PROCEDIMENTOS retirada por gravidade ou 
bombeamento da água (100%), incluindo caixa de 
despesca 
 Eliminar os peixes restantes 
PROCEDIMENTOS jogar cal virgem, ou cloro, ou amônia 
quaternária, em todas as poças do viveiro ; 
 Retirada dos peixes mortos 
PROCEDIMENTOS retirar manualmente,, procurando os 
peixes em todo o viveiro e dar destino apropriado aso 
peixes mortos. 
 
 
 25 
Biossegurança na Piscicultura 
26 
Biossegurança na Piscicultura 
 Tanques rede de 
pequeno volume e 
alta densidade 
(PVAD) 
 Adequar a densidade 
de acordo com 
qualidade de água, 
corrente, troca de 
água; 
 Controle sanitário 
em todas fases de 
produção; 
 Difícil controle do 
local de produção. 
 
 
27 
Tanques rede 
 
 
28 
Armação em PEAD com sistema de 
aeração de emergência 
Tanques rede 
 
 
29 
Biossegurança na Piscicultura 
30 
Monitoramento 
sanitário 
 Peixes 
Ambiente Parasitas 
Biossegurança na Piscicultura 
Manejo: 
 Nunca remova os peixes da água a não ser que seja 
estritamente necessário; 
 Não manter os peixes empilhados fora da água; 
 Não manter os peixes em altas densidades em recipientes 
sem troca de água; 
 Não mude a temperatura da água em que os peixes se 
encontram (2oC/hora); 
 Utilizar solução de 2-3% NaCl como profilático; 
 Utilizar banhos de Masoten como profilático; 
 
31 
Biossegurança na Piscicultura 
 Características sub-clinicas de patologias: 
 Crescimento lento; 
 Baixa eficiência alimentar; 
 Baixa produtividade; 
 Aumento da incidência de doenças/mortalidade. 
32 
Biossegurança na Piscicultura 
SINAIS DE COMPORTAMENTO ANORMAL NOS PEIXES 
 Letargia; 
 Aneroxia; 
 Perda do equilíbrio; 
 Agrupamento na superfície; 
 Respiração agitada; 
 Produção excessiva de muco; 
 Erosão na pele e/ou nadadeiras; 
 Brânquias inflamadas, erosionadas ou pálidas; 
 Abdômen inflamado; 
 Ânus inchado; 
 Exoftalmia ou enoftalmia; 
 Apatia, pouco reflexo a estímulos; 
 Boqueamento na superfície da água; 
 Peixes isolados do cardume. 
 
33 
Biossegurança na Piscicultura 
SINTOMAS/ MORTALIDADE 
 Mortes repentinas: Geralmente indicam epidemias de 
bactérias ou morte por falta de oxigênio. 
 Baixa mortalidade: sugere infecção por protozoários. 
 Congregação e peixes “raspando”: infecção por ictio. 
 Convulsão: envenenamento. 
 
34 
Monitoramento Sanitário 
35 
 Planificar índices de mortalidade esperado por fase 
e pós movimentação; 
 Utilizar medidas profiláticas de boas práticas de 
manejo (ex. coletor de mortalidade por gaiola, 
desinfecção de equipamentos, cuidado ao manusear os 
peixes e respeitar os períodos críticos de manejo) ; 
 Avaliar mortalidade diária por unidade produtiva ; 
 Realizar coleta para avaliação sanitária; 
 Contato direto com técnico responsável em propor 
medidas de controle. 
 
Monitoramento Sanitário 
O melhor material para ser analisado deve ser 
peixe fresco coletado vivo; 
Material coletado: manter o peixe frio em 
sacos plásticos individuais, mas não congelar. 
Realizar necropsia com ficha apropriada 
mantendo as informações de comprimento, 
altura, peso se possível documentar o 
processo por fotos. 
36Material para necropsia 
Material: 
 Estereoscópico de dissecação; 
 Microscópio ; 
 Lamina e lamínula; 
 Placa de petri descartável; 
 Agentes preservantes (Fomol, alcool etc.) 
 Tesoura, pisturi ou faca, pinças etc.; 
 0,85% NaCl 
 Frascos; 
 
37 
Monitoramento Sanitário 
 Exame externo: 
 Cavidade oral, brânquias, opérculos, cavidade orbital e 
nadadeiras. 
 Principais alterações (excesso de muco, lesões, nadadeira 
desfiada, ulceras, cistos) 
 Realizar raspado da superfície sendo colocado uma gota de 
solução salina 
 Brânquias: remover o opérculo e examinar alteração 
morfológica e anormalidades como excesso de muco 
 Sangue: Com peixe recém abatido, fazer esfregaço e cobri 
entre lamina e lamínula para verificar flagelados no sangue. 
 Olhos: Remover o olho cortando o músculo e nervo óptico 
dissecando o olho examinando a presença de parasitas na 
lente. 
 Cavidade do olho: o peixe deve ser aberto com três cortes. O 
primeiro corte começa anterior ao anus. Somente a cavidade 
celomática deve ser aberto 
 
38 
 DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 
 Piscinoodinium pillulare : Mede cerca de 160 micrometros, 
fixam-se às células epiteliais dos hospedeiros. 
 Sintomatologia: Sinais de desconforto, movimentos 
operculares intensos, sintomas de asfixia. 
 Patogenia: Altamente patogênicos, causam hemorragias 
petequiais no tegumento, degeneração e necrose das 
células, hiperplasia celular e fusão extensa das lamelas 
secundárias. 
 Diagnóstico: Raspado do tegumento e brânquias 
observação ao microscópio. 
 Tratamento: banho de formalina 150 a 300 ml/m3 de 30 a 45 
minutos. 
 
39 
 Ichthyophthirius multifillis: Grupo dos cilióforos e se 
localiza na pele e brânquias dos peixes. Causa a doença 
dos pontos brancos conhecido popularmente como 
ictio. 
 Sintomatologia: Pontos brancos espalhados pelo corpo 
com possível aparecimento de focos hemorrágicos. 
 Patogenia: Os peixes ficam esfregando provocando 
lesões. Aumento da secreção de muco. 
 Diagnóstico: Raspado do tegumento e brânquias 
observação ao microscópio. 
 Tratamento: banho de formalina 1:4.000 por uma hora. 
NaCl a 5% por 30 minutos. Melhora da qualidade de 
água. 
 
40 
 Trichodina spp: Ciliados encontrados na superfície dos 
peixes. 
 Sintomatologia: Mudança de coloração do peixe. 
Patogenia: Os parasitas se alimentam das céluas 
epiteliais provocando hipersecreção de muco e lesões 
no tegumento e brânquias. Diagnóstico: Raspado do 
tegumento e brânquias observação ao microscópio. 
 Tratamento: banho de formalina 1:4.000 por uma hora. 
NaCl a 5% por 30 minutos. Melhora da qualidade de 
água. 
 
41 
DOENÇAS CAUSADAS POR METAZOÁRIOS 
 Monogenéticos (Gyrodactylus salaris): Grupo dos 
plateomintes caracterizando-se pela presença de um 
aparelho de fixação. 
 Sintomatologia: Aumento da secreção de muco e 
movimentação dos peixes raspando no fundo do 
tanque. 
 Patogenia: Os peixes ficam esfregando provocando 
lesões. Aumento da secreção de muco. 
 Diagnóstico: Raspado do tegumento. 
 Tratamento: banho de formalina 1:4.000 por uma hora. 
NaCl a 5% por 30 minutos, Triclorfon na dosagem de 
0,5 mg/l durante 3 dias. 
 
42 
Enfermidades Bacterianas 
 Columnariose (Flexibacter columnaris) 
 Ascite (Aeromonas punctata e Pseudomonas 
fluoresces) 
 Eritrodermatite (Pseudomonas sp, Edwardsiella sp.) 
 Tratamento: Antibióticoterapia. 
 
43 
 
ENFERMIDADE MICÓTICA 
 Saprolegniose 
 
ENFERMIDADES CAUSADAS POR CRUSTÁCEOS 
 Arguloses 
 Lerneoses 
 Trichofon, Masoten, Formol, NaCl 
 
44 
Coleta de material 
45 
Manejo Sanitário 
46 
Monitoramento Sanitário 
47 
Manejo Sanitário 
48 
Manejo Sanitário 
49 
Verificação morfológica e 
posterior coleta de material 
para análise laboratorial 
Corte para exame e coleta de material 
Monitoramento sanitário 
50 
Monitoramento sanitário 
51 
Monitoramento Sanitário 
 Doenças bacterianas: 
 Aeromonas hydrophila, Pseudomonas sp. , Edwardisiella 
tarda, Edwardisiella ictaluri, Yersinia ruckeri, 
Flexibacter columnaris, Streptococcus sp. 
 Coleta de material: 
 Desinfetar o local com etanol 70% (evitar contaminação 
com a flora natural do peixe. 
 Desinfetar todo material usado de coletar para amostra 
bacteriológica. 
 Secar o excesso de mudo com uma tolha absorvente a 
região dorsal e desinfetar com etanol . Fazer um corte via 
dorsal e expor o rim. 
 
 
52 
Coleta de material para analise bacteriológico 
53 
Monitoramento Sanitário 
54 
Monitoramento Sanitário 
55 
Monitoramento Sanitário 
56 
Monitoramento Sanitário 
57

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