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Cálculo Diferencial e Integral I Curso de Agroecologia Profª Paula Reis de Miranda 2012/2º semestre Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS PROGRAMA ANALÍTICO DE DISCIPLINA CAMPUS: Rio Pomba CURSO: Bacharel em Agroecologia PERÍODO: 2º SEMESTRE/ANO: 2º/2012 DISCIPLINA: Cálculo Diferencial e Integral I CÓDIGO: MAT 192 PROFESSOR RESPONSÁVEL PELA DISCIPLINA: Paula Reis de Miranda PROFESSOR (ES) COLABORADOR (ES): CARGA HORÁRIA TOTAL: 66 Nº TOTAL DE AULAS: 72 Nº TOTAL DE AULAS PRÁTICAS: 22 Nº TOTAL DE AULAS TEÓRICAS: 50 PRÉ-REQUISITO (S):MAT 159 OU MAT 151 VIAGEM CO-REQUISITO (S): EMENTA Funções de uma variável real e seus gráficos (Revisão). Limites e Continuidade de Funções Reais. Derivadas. Aplicações da derivada. Máximos e Mínimos. Integral indefinida. Integral definida. Teorema Fundamental do Cálculo. OBJETIVOS Desenvolver a intuição, a capacidade de raciocínio lógico, a observação, a investigação, a análise e o delineamento de conclusões do aluno, testando-os na resolução de problemas no decorrer do curso e na vida profissional. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 2 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO N° AULAS T P Funções de uma variável real e seus gráficos (Revisão). 8 4 Limites e Continuidade de Funções Reais. 8 2 Derivadas. 8 4 Aplicações da derivada. 4 4 Máximos e Mínimos 2 2 Integral indefinida 8 2 Integral definida. 4 4 Teorema Fundamental do Cálculo. 8 0 METODOLOGIA DE ENSINO O conteúdo será ministrado por meio de aula expositiva dialogada, demonstrativa, trabalhos individuais e em equipes, listas de exercícios estimulando o pensamento crítico, levando o aluno a construir seu próprio conhecimento. RECURSOS DIDÁTICOS - Quadro branco, pincel e apagador; - Apresentação de slides, computador e TV. - Softwares educativos: Winplot e Graphmat - Apostilas e listas de exercícios - Livros da Biblioteca AVALIAÇÃO A avaliação será realizada de forma dinâmica, contínua e processual através de atividades em grupo e individual e a partir da observação e análise do desempenho dos alunos durante a aula seguindo os seguintes critérios: Iniciativa, interesse e autonomia; Participação nas atividades propostas; Capacidade de assimilação e construção dos conceitos estudados. Provas individuais: 50 pontos Provas em dupla e com consulta: 25 pontos Trabalhos e seminários: 25 pontos Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 3 BIBLIOGRAFIA BÁSICA BÁSICA: ANTON, Howard; BIVENS, Irl; DAVIS, Stephen. Cálculo. 8ª ed. São Paulo: Editora Bookman, 2006. V. 1. FLEMMING, Diva Marília e GONÇALVES, Mirian Buss. Cálculo A: Funções, Limite, STEWART, James. Cálculo. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 2001. v. 1. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR (MÍNIMO CINCO) ÁVILA, G. Cálculo: Funções de uma variável. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1994. GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001 HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. Tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2002. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO (MEC). Secretaria de Educação à distância. Matemática: conversa de professor: matemática. [s.l.]: TV Escola, 1995. Vol. 2. 1 DVD; (2h 55min). (DVD Escola, 23). SWOKOWSKY, E. W. Cálculo com geometria analítica. V.1. São Paulo: Makron Books, 1994. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 4 0. Revisão 0.1 Produtos notáveis As igualdades a seguir são alguns dos produtos notáveis que ocorrem freqüentemente na Matemática e com os quais o aluno deverá familiarizar o mais rápido possível. a) a c d ac ad b) 2 2a b a b a b c) 2 2 2a b a b a b a 2ab b d) 2 2 2a b a b a b a 2ab b e) 2x a x b x a b x ab f) 3 3 2 2 3a b a b a b a b a 3a b 3ab b g) 3 3 2 2 3a b a b a b a b a 3a b 3ab b Exercícios: Determinar cada um dos seguintes produtos: a) 3x 2x 3y b) 2 3x y 3x 2y 4 c) 3 2 2 33x y 2xy 5 x y d) 2x 3y 2x 3y e) 3 31 5x 1 5x f) 3 2 3 25x x y 5x x y g) 2 3x 5y h) 2x 2 i) 2 ax 2by j) 2 4x 6 k) 2 3y 2 l) x 3 x 5 m) x 2 x 8 n) x 2 x 8 o) 2 2t 10 t 12 p) 3 x 2y q) 33x 2 r) 3 2y 5 s) 3 xy 2 t) 3 2 2x y y 0.2 Fatoração Os métodos mais usuais são os seguintes: a) Fator monônio comum ac ad a c d Exemplos: 2 3 26x y 2x 2x 3y x 3 2 2 22x y xy 3x y xy 2x y 3x b) Diferença de dois quadrados 2 2a b a b a b Exemplos: 2x 25 x 5 x 5 2 24x 9y 2x 3y 2x 3y c) Trinômio quadrado perfeito 22 2a 2ab b a b 22 2a 2ab b a b Exemplos: 22x 6x 9 x 3 22 29x 12xy 4y 3x 2y d) Outros trinômios 2x a b x ab x a x b 2acx ad bc x bd ax b cx d Exemplos: 2x 5x 4 x 4 x 1 2 2x xy 12y x 3y x 4y 23x 5x 2 x 2 3x 1 26x x 12 3x 4 2x 3 28 14x 5x 4 5x 2 x Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 5 Exercícios Fatore os seguintes polinômios a) 22x 3xy b) 4x 8y 12z c) 2 3 4 3 2 4 4 3 210a b c 15a b c 30a b c d) 2x 9 e) 2 225x 4y f) 2 41 m n g) 2 2 4x y 36y h) 81 x i) 3 3x y y x j) 2x 8x 16 k) 21 4y 4y l) 2 2x 16xy 64y m) 2 216m 40mn 25n n) 4 2 2 416a 72a b 81b o) 2x 6x 8 p) 2x 6x 8 q) 2x 2x 8 r) 2x 2x 8 s) 3 23x 3x 18x t) 4 2y 7y 12 u) 2x 1 3 x 1 2 v) 23x 10x 3 w) 22x 7x 3 x) 22y y 6 y) 2 26x xy 2y Respostas: a) x 2x 3y ; c) 2 2 2 2 25a b c 2bc 3ac 6a b ; f) 2 21 mn 1 mn ; g) 2y x 6y x 6y h) 4 21 x 1 x 1 x 1 x ; i) xy x y x y ; j) 2 x 4 ; l) 2 x 8y ; n) 2 2 2a 3b 2a 3b ; o) x 4 x 2 ; s) 3x x 3 x 2 ; u) x 3 x 2 ; v) 3x 1 x 3 ; w) 2x 1 x 3 ; x) 2y 3 y 2 ; y) 3x 4y 2x 3y ; 0.3 Logaritmos Definição:Se xb a , sendo a um número positivo qualquer e b positivo e diferente de 1, o expoente x é o logaritmo de a na base b, escrevendo-se bx log a . Exemplos: 23 9 , logo 2 é logaritmo de 9 na base 3, isto é, 32 log 9 . 2log 8 é o número x, a que se deve elevar a base 2 para obter 8, isto é, x2 8, x 3 . Assim, 2log 8 3 . Propriedades dos logaritmos: i) O logaritmo do produto de dois números positivos a e b é igual à soma dos logaritmos dos números, isto é: c c clog ab log a log b ii) O logaritmo do quociente de dois números positivos a e b é igual à diferença dos logaritmos dos números, isto é: c c c a log log a log b b iii) O logaritmo da potência p de um número positivo a é igual ao produto p pelo logaritmo do número, isto é: pc clog a p.log a Exemplos: a) 2 2 2 2log 15 log 3.5 log 3 log 5 b) 17 log log17 log24 24 Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 6 c) 3 7 7log 5 3log 5 1 3 3 1 log 2 log2 log2 3 iv) blog b 1 De fato, fazendo blog b x tem-se: xb b x 1 v) blog 1 0 De fato, fazendo blog 1 x tem-se: x 0b 1 b x 0 vi) x blog b x De fato, pelas propriedades (iii) e (vi) temos: xb blog b x.log b x.1 x . vii) Mudança de base *k b k log a log a , k, com k IR , k 1 log b Exercícios 1) Passar da forma exponencial para a logarítmica: i) modelo: q pp r q log r ii) 32 8 iii) 24 16 iv) 2 1 3 9 v) 2 3 1 8 4 2) Passar da forma logarítmica para a exponencial: i) modelo: 25log 25 2 5 25 ii) 2log 64 6 iii) 1 4 1 log 2 16 iv) 3alog a 3 v) rlog 1 0 3) Calcular o valor dos logaritmos seguintes: i) 4log 64 ii) 3log 81 iii) 1 2 log 8 iv) 3log 10 v) 5log 125 5 Respostas: i) 3; ii) 4; iii) 3 ; iv) 1 3 ; v) 7 2 4) Resolver as seguintes equações: i) 3log x 2 ii) 4 3 log y 2 iii) xlog 25 2 iv) x 9 2 log 4 3 v) 2log 3x 2x 4 0 Respostas: i) 9; ii) 1 8 ; iii) 5; iv) 8 27 ; v) 5 1, 3 5) Resolver (use logaritmos e calculadora): i) 2x 2 5x 15 3 ii) 2x 1 x 24 5 iii) x 1 1 3x3 4.5 Respostas: i) 1,898; ii) 3,958; iii) 0,6907 6) Sabendo que 6 6log 5 0,898 e log 2 0,386 calcular (somente use a calculadora nas operações de multiplicação e divisão): a) 6log 10 b) 6log 2,5 c) 2log 5 d) 6log 20 e) 6 5 log 12 f) 6log 5 Respostas: a) 1,284; b) 0,512; c) 2,326; d) 1,67; e) 0,488 ; f) 0,449 Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 7 1. Principais Funções Elementares 1.1 Função Constante Dado um número real c, denominamos função constante à função f : IR IR definida por f x c . Gráfico Propriedades: a) D f IR ; b) Im f c ; c) f é função par, pois f x f x c, x IR ; d) f é limitada, pois c f x c, x IR . 1.2 Função Identidade Denominamos função identidade à função f : IR IR definida por f x x . Gráfico Propriedades: a) D f IR ; b) Im f IR ; c) f é função ímpar, pois f x x f x , x IR ; d) f não é limitada. 1.3 Função Afim Dados os reais a e b, a 0 , denominamos função afim à função f : IR IR definida por f x ax b Gráfico Propriedades: a) D f IR ; b) Im f IR ; c) Se b 0 , f é função ímpar, pois f x a x ax f x , x IR Se b 0 , f não é função par, nem ímpar; d) f não é limitada; e) O gráfico intercepta o eixo x no ponto cuja abscissa é a raiz da equação ax b 0 ; portanto em b ; 0 a . A interseção com o eixo y é 0; b . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 8 1.4 Função Quadrática Dados os reais a, b e c, a 0 , denominamos função quadrática à função f : IR IR definida por 2f x ax bx c . Gráfico 2 Se a 0 e b 4ac 0 Se a 0 e 0 Se a 0 e 0 Se a 0 e 0 Se a 0 e 0 Se a 0 e 0 O vértice da parábola é o ponto V de coordenadas: v b x 2a e 2 v b 4ac y 4a 4a . Propriedades: a) D f IR ; b) v vIm f y IR | y y y ; , se a 0; ou v vIm f y IR | y y ; y , se a 0; c) Se a 0 , f tem um valor mínimo para v b x x 2a ; Se a 0 , f tem um valor máximo para v b x x 2a ; O valor mínimo (ou máximo) de f é vy 4a ; d) Se b 0 , f é função par, pois 2 2f x a x c ax c f x , x IR ; e) f não é limitada; f) Quando 0 , o gráfico intercepta o eixo x nos pontos 1x ; 0 e 2x ; 0 onde 1x e 2x são raízes da equação 2ax bx c 0 . Quando 0 , o gráfico intercepta o eixo x nos pontos 1x ; 0 onde 1x é raiz da equação 2ax bx c 0 . Quando 0 , o gráfico não intercepta o eixo x. Em qualquer caso, a interseção com o eixo y é o ponto 0; c . Exercícios Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 9 1) Se 2x 3 f x x 1 , achar: (i) f 0 , (ii) f 4 , (iii) f 2a , (iv) 1 f z , (v) f x 3 . 2) Se 2f x x 2x , achar f a h f a h . 3) Traçar o gráfico, dar o domínio e imagem das funções: i) f x 3 ii) 5 f x 2 iii) f x 2x iv) x f x 2 v) f x 2x 2 vi) 2f x x x 6 vii) 2f x x 6x 8 viii) 2f x x 6x 9 ix) 2f x x 2x 4 4) Seja f : IR IR tal que 2f x 1 x x 1 para todo x real. Pede-se: a) Calcular f 1 . b) Expressar f x como um polinômio inteiro de potências decrescentes na variável real x. 5) Seja a função f x ax b, x IR , onde a e b são constantes reais. Pede-se determinar a e b não nulos e tais que 2f f x b f x b para todo x real. 6) Os produtos farmacêuticos devem especificar as dosagens recomendadas para adultos e crianças. Duas fórmulas para modificações da dosagem de adulto para uso por crianças são: Regra de Cowling: 1 y t 1 a 24 Regra de Friend: 2 y ta 25 Onde a denota a dose de adulto (em miligramas) e t a idade da criança (emanos). a) se a = 100, faça o gráfico das duas equações lineares no mesmo sistema de eixos para 0 t 12 . b) para que idade as duas fórmulas especificam a mesma quantidade? 7) Considere a função f : IR IR , tal que 2f x ax bx c, f 0 5; f 3 11e f 5 15 . Calcular as constantes a, b e c. 8) A resistência elétrica R (em ohms) para um fio de metal puro está relacionada com sua temperatura T (em o C) pela fórmula oR R 1 aT , para constantes positivas a e oR . a) Para que temperatura se tem oR R ? b) Supondo que a resistência seja 0 (zero) se oT 273 C (zero absoluto), determine a. c) Um fio de prata tem uma resistência de 1,25 ohms a 0 o C. A que temperatura a resistência é igual a 2 ohms? 9) Sejam a e h reais e dadas as funções: i) f x 5x 2 e ii) f x 3 4x , determine para cada uma delas: a) f a h b) f a f h c) f a h f a h 10) Considere a função f : IR IR , tal que 2f x ax bx c, f 0 5; f 3 11e f 5 15 . Calcular as constantes a, b e c. 11) O gráfico de 2f x x bx c , onde b e c são constantes, passa pelos pontos 0,0 e 1,2 . Calcule 2 f 3 . 12) Seja f x 2x 3 . Encontre ( )( )xff e faça o gráfico. 13) No gráfico ao lado representadas as funções (I) e (II), definidas por y 3 x e y kx t , respectivamente. Os valores de k e t são, respectivamente, 14) Obter o valor das constantes m e n, dado que o gráfico da função 3 2f x x x mx n é uma curva quem passa pelos pontos 0,2 e 2,10 . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 10 15) Um muro será usado como um dos lados de um galinheiro retangular. Para os outros lados será usado um rolo de 25 metros de tela de arame. Determinar quais devem ser as dimensões do galinheiro para que sua área seja máxima. 16) A parábola de equação 2y 2x bx c passa pelo ponto 1, 0 e seu vértice é o ponto 3,v . Qual o valor de v? 17) A parábola de equação 2y ax bx c contém a origem do sistema de coordenadas e é tangente à reta de equação y 4 no ponto 2,4 . Obter a b c . Respostas: 1) (i) 3 ; (ii) 13 3 ; (iii) 24a 3 2a 1 ; (iv) 21 3z z 1 z ; (v) 2x 6x 6 x 2 2) 2a 2 h 4) a) 3; b) 2f x x x 1 5) a 1 e b 2 13) 1 2 e 0 14) m 2 e n 2 15) 12,5 por 6,25 16) 8 17) 3 1.5 Função Recíproca Dado um número real x não nulo, o recíproco (ou inverso multiplicativo ou, apenas inverso) de x é o real 1 x . Denominamos função recíproco à função * *f : IR IR definida por 1 f x x . Gráfico Propriedades: a) *D f IR ; b) *Im f IR ; c) f é função ímpar, pois 1 1 f x x x , *x IR ; d) f não é limitada. 1.6 Função Modular Denominamos função modular à função f : IR IR, definida por f x x . Pela definição de módulo, x se x 0 f x -x se x 0 Gráfico Propriedades: a) D f IR ; b) Im f IR ; c) f é função par, pois f x x x f x , x IR ; d) f não é limitada. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 11 Exercícios 1) Traçar o gráfico, dar o domínio e imagem das funções: i) f x 2x ii) 2f x x 2x iii) 2f x x 5x 6 iv) 1 f x 2x v) 2 1 f x x 2 vi) 3 1 f x x 4 vii) 1 y x 2 viii) 2 1 f x x ix) 1 f x x 2) Numa determinada comunidade economicamente ativa, o número de pessoas cuja renda anual excede o valor x (em real) é igual a 12 2 10 x . Quantas pessoas nessa comunidade têm uma renda anual entre R$20.000,00 e R$50.000,00? 3) À medida que a altitude de uma nave espacial aumenta, o peso do astronauta diminui até atingir um estado de imponderabilidade. O peso de um astronauta de 60kg, a uma altitude de x quilômetros acima do mar, é dado por 2 6400 W 60 6400 x . A que altitude o peso do astronauta será inferior a 2kg? 4) Provar que se 2x 1 f x x 2 , então f f x x . 5) A reta e a parábola, representadas no plano cartesiano ao lado, são gráficos de uma função do 1º grau f e de uma função do 2º grau g, respectivamente. Observe os gráficos e responda: a) Para quais valores de x f x g x ? b) Qual é o domínio e a imagem de f e g? Respostas: 2) 2100 3) x 28.654,24368 km 1.7 Função Exponencial Dado um número real a positivo, a 0 , denominamos função exponencial de base a à função f : IR IR definida por xf x a . Gráfico Se a 1 Se 0 a 1 Propriedades: a) D f IR ; b) *Im f IR ; c) f não é função par, nem ímpar; d) f não é limitada. Exercícios 1) Se xf x 2 , mostrar que 15 f x 3 f x 1 f x 2 . 2) Traçar o gráfico, dar o domínio e imagem das funções: i) xf x 3 ii) xf x e iii) xf x e iv) x 1 f x 3 Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 12 v) x 1f x 2 vi) 2xf x 2 vii) xf x 2 2 viii) xf x 2 1 3) Na figura ao lado está representado o gráfico de xf x ka , sendo k e a constantes reais positivas, com a 1 . Calcule, baseando-se no gráfico, o valor de f 2 . 4) Após x anos um capital de R$1.000,00 aplicado à taxa de 21% ao ano dará um montante (capital + rendimento) x M x 1000 1,21 . Calcule: a) O montante após meio ano; b) O rendimento em meio ano. 5) Suponha que daqui a t anos o valor de um certo carro seja dado por t 0V t V 0,9 , onde 0V é o valor atual do carro. Qual a porcentagem de desvalorização desse carro em um ano (relativamente ao valor inicial). 6) Numa cultura de bactérias existem inicialmente 1000 bactérias presentes e a quantidade após t minutos é 0,7tN t 1000.3 . Verifique que em 10 minutos a quantidade de bactérias presentes na cultura será superior a 2.000.000. 7) O radium é uma substância que se desintegra ao longo do tempo. Partindo de uma quantidade inicial 0Q , suponha que a quantidade de radium existente após t anos seja dada por t 1000 0Q t Q 1,5 . a) Calcule a porcentagem da quantidade de radium existente após 1.000 anos, relativamente à quantidade inicial. b) Que porcentagem da quantidade inicial se desintegra entre o 1000 o e 2000 o ano? Respostas: 4) a) R$1.100,00; b) R$100,00 5) 10% 7) a) 66%; b) 22% 1.8 Função Logarítmica Denominamos função logarítmica à função *f : IR IR definida por af x log x . Gráfico Caso a 1 Caso 0 a 1 Propriedades: a) *D f IR ; b) Im f IR ; c) f não é função par, nem ímpar; d) f não é limitada.Exercícios: 1) Se f x logx , mostrar que f 2x f x f 2 . 2) Se a 1 f x log x , mostrar que 3f a 3 e 1z 1f a z . 3) Traçar o gráfico, dar o domínio e imagem das funções: i) 3f x log x ii) 1 3 f x log x iii) f x lnx iv) 2f x log x 1 4) Determine, em IR , o conjunto solução de cada uma das equações: Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 13 a) x 3 27 2 8 b) 3 x25 5 c) 3log 6x 9 4 d) xlog 32 5 5) Suponha que uma substância radioativa se desintegre, de modo que partindo de uma quantidade 0Q , a quantidade existente após t anos seja dada por 0,05t0Q t Q .e . Dado ln2 0,693 , calcule t de modo que se tenha 0 Q Q t 2 . (Este valor de t é denominado meia-vida da substância). 6) Partindo de uma quantidade inicial de 0Q bactérias de uma dada espécie, após t horas a quantidade existente é kt0Q t Q .e onde k é uma constante. Se a quantia inicial dobrar em hora, quanto tempo levará para se ter 1.000.000 bactérias partindo de uma quantidade inicial de 1.000 bactérias? Dado log2 0,3 . 7) Sabendo que 2k 110 7 , log7 0,845 e log5 0,699 , calcule t para que se tenha kt 110 5 . 8) O álcool no sangue de um motorista alcançou o nível de 2 gramas por litro logo depois dele ter bebido uma considerável quantidade de cachaça. Considere que esse nível decresce de acordo com a fórmula t N t 2 0,5 , onde t é o tempo medido em horas a partir do momento em que o nível é constatado. Quanto tempo deverá o motorista esperar antes de dirigir seu veículo com segurança se o limite permitido de álcool no sangue é de 0,8 gramas por litro? Use log2 0,301. 9) Partindo de uma quantidade inicial de 0Q bactérias de uma dada espécie, após t horas a quantidade existente é kt0Q t Q .e onde k é uma constante. Se a quantia inicial triplicar em hora, quanto tempo levará para se ter 1.000.000.000 bactérias partindo de uma quantidade inicial de 1.000 bactérias? Dados: ln3 1,099 e 6ln10 13,816 . 10) O período T de um pêndulo simples de comprimento c é dado pela fórmula T 2 c / g , onde g é a aceleração da gravidade. Achar T(em segundos), sabendo que c 281,3cm e 2g 981,0cm/s . Tomar 2 6,283 . 11) Resolver a seguinte equação de hidráulica: 1,32 20,0 0,0613 14,7 x . 12) Dada a fórmula T 2 c / g , achar c se T 2,75, 3,142 e g 32,16 . 13) Dados A 0,0807, G 0,0056 e P 1250 encontre D na fórmula 3 P D 05236 A G . Respostas: 5) 14 anos 6) 10 horas 7) 3,884 8) 4 3 hora. 9) 12,57 horas 10) T 3,365 segundos 11) x 0,0486 12) 6,16 13) 31,7 Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 14 1.9 Função definida por várias sentenças Uma função f pode ser definida por várias sentenças abertas, cada uma ligada a um D diferente contido no domínio definido. Gráficos (Exemplos) a) 1, se x 0 f x 2, se 0 x 1 1, se x 1 b) 2 x, se x 0 f x x , se x 0 Gráficos: 1 x y 1 2 x y D f IR e Im f 1,2 D f IR e Im f IR Exercícios 1) Traçar o gráfico e dar o domínio e imagem: i) 2 1 se x 1 f x x se 1 x 2 4 se x 2 ii) 2 2x+3 se x 0 f x x se 1 x 2 1 se x 2 iii) x 1, se x 3 f x x 2, se x 3 iv) 2 2, se x 1 f x x 3x, se x 1 v) 2x x 2, se x 0 f x 1, se 0 x 2 x 2, se x 2 vi) log 2x , se x 1 f x 1, se 1 x 1 x log , se x 1 3 2) De acordo com o World Wildlife Found, um grupo que lidera a luta contra o comércio ilegal de marfim, o preço do marfim (em euros por quilo) compilado de várias fontes é aproximado pela função: 8,37x 7,44 se 0 x 8 f x 2,84x 51,68 se 8 x 30 Onde x é medido em anos, considera t 0 corresponde ao início de 1970, t 1 corresponde ao início de 1971 e assim por diante. a) Esboce o gráfico da função f; b) Qual era o preço do marfim no início de 1970? E no início de 1990? 3) O cálculo do imposto de renda devido por um contribuinte é feito da seguinte forma: depois de algumas deduções sobre o total de rendimentos anuais, chega-se a um valor denominado base de cálculo. Sobre a base de cálculo aplica-se uma alíquota e, do resultado obtido, deduz-se uma parcela. A alíquota e a parcela dependem da base de cálculo conforme o quadro: Base de cálculo Alíquotas Parcela a deduzir Até $12.696,00 0 0 De $12.696,01 a $25.380,00 15% $1.904,40 Acima de $25.380,00 27,5% $5.075,90 Seja f x o valor do imposto devido quando a base de cálculo for x reais. Dê uma expressão para f x e esboce seu gráfico. Respostas: 2) b) 7,44 euros e 108,48 euros. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 15 3) 0, 0 x 12.696,00 f x 0,15x 12.696,00 x 25.380,00 0,275x 3.172,50 x 25.380,00 1.10 Funções polinomiais Dados os números reais 0 1 2 3 n 1 na ,a ,a ,a ,...,a ,a , denominamos função polinomial à função f : IR IR definida por n n 1 n 20 1 2 n 1 nf x a x a x a x ... a x a . Os números 0 1 2 3 n 1 na ,a ,a ,a ,...,a ,a são os coeficientes. As funções constante, afim e quadrática são casos particulares da função polinomial. Demais comentários sobre as funções polinomiais serão vistos nas aplicações de derivadas, ou no decorrer do curso. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 16 2. Continuidade. Limites 2.1 Noção de Continuidade Toda função cujo gráfico é uma linha geométrica contínua é chamada função contínua. São exemplos de função contínua: a) uma função quadrática, como 2f x x 2x 3 , cujo gráfico é uma parábola, portanto uma linha geométrica contínua; b) a função módulo, f x | x | , cujo gráfico é formado por duas semi-retas de origem em (0,0); c) a função seno, f x senx , cujo gráfico é a senóide; d) uma função exponencial, como xf x 2 , cujo gráfico é também uma curva contínua sem interrupções. 2.2 Introdução ao Conceito de Limite Consideremos a função f x 2x 1 , definida em IR . Ao estudar o seu comportamento quando a variável x assume valores cada vez mais “próximos” de 1, isto é, quando x tende a 1, observam-se as duas situações: 1 o ) Atribuindo valores menores que 1, cada vez mais próximos de 1, ou seja, fazendo x tender a 1 pela esquerda, observa-se: x 0,6 0,7 0,8 0,9 0,95 0,99 0,999 0,9999 x 1 f x 2x 1 2,2 2,4 2,6 2,8 2,9 2,98 2,998 2,9998 f x 3 Quando x tende a 1 pela esquerda a função, ou seja, o valor de y,tende a 3. 2 o ) Atribuindo valores maiores que 1, cada vez mais próximos de 1, ou seja, fazendo x tender a 1 pela direita, observa-se: x 1,4 1,3 1,2 1,1 1,05 1,01 1,001 1,0001 x 1 f x 2x 1 3,8 3,6 3,4 3,2 3,1 3,02 3,002 3,0002 f x 3 Quando x tende a 1 pela direita a função, ou seja, o valor de y, tende a 3. Em ambos os casos nota-se que, quando x tende a 1, f(x) tende a 3. Podem-se obter valores de f(x) tão próximos de f(1) quanto se quer, bastando para isso escolher x suficientemente próximo de 1. Diz-se, então, que o limite de f(x) quando x tende a 1 é igual a f(1). Simbolicamente, escreve-se: x 1 limf x f 1 . Assim, x 1 lim 2x 1 2.1 1 3 As duas figuras a seguir esquematizam o cálculo dos limites laterais. Exercícios 1) Calcular as constantes a e b sabendo que x 1 lim ax b 5 e x 3 lim ax b 7 2) Calcule os limites indicados das funções: Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 17 a) x 2 1 lim senx c) 2 3t 0 4t 3t 2 lim t 2t 6 e) 2 x 2 limlog x 6 g) x 1 x 1 lim2 i) 3 3 10 2x 1 27x 4x 4 lim x 4x 3x k) x 3 5x 11 lim x 1 m) x 2 lim 3x 1 b) x 3 lim 2x 3 d) 2 x 1 x 8 lim x 3 f) x x 0 lime h) 2 x 2 9 lim 2x x x 2 j) 2 t 0 lim 4t 3t 2 l) 2 x 5 lim x 2x n) x 2 lim 3x 1 Respostas: 1) a 1; b 4 2) a) 1; b) 3; c) 1 3 ; d) 3 2 ; e) 1; f) 1; g) 1; h) 8 ; i) 3 2 ; j) 2; k) 13; l) 35; m) 7 ; n) 5 2.3 Limites Laterais Quando considera x a lim f x , está-se interessado em valores de x no intervalo aberto contendo a, mas não o próprio a, isto é, em valores de x próximos a a, maiores ou menores do que a. Mas, suponha que tem uma função f como por exemplo, f x x 3 . Como f x não existe para x 3 , f não está definida em nenhum intervalo aberto contendo 3. Logo x 3 lim x 3 não tem significado. Entretanto, se x estiver restrito a valores maiores do que 3, o valor de x 3 poderá torna-se zero quanto deseja-se, tomando-se x suficientemente próximo de 3, mas maior do que 3. Em tal caso, deixa-se aproximar de 3 pela direita e considera-se o limite lateral direito. Daí, segue que, x 3 lim x 3 0 . Se, entretanto, a variável independente x estiver restrita a valores menores do que um número a, diz-se que x tende a a pela esquerda; neste caso o limite é chamado de limite lateral esquerdo. Por exemplo, seja a f x 3 x . Logo faz sentido calcular o x 3 lim 3 x . Portanto, x 3 lim 3 x 0 . 2.4 Limites de funções algébricas Vimos que para calcular este limite x 1 lim 2x 1 bastou substituir o valor de x por 1. A expressão x 1 lim “desaparece” porque x assume valores tão próximos a 1 (tanto pela direita como pela esquerda) que podemos considerar “ser o próprio” 1. Assim, x 1 lim 2x 1 2.1 1 3 . Este processo é válido para funções especiais chamadas de funções contínuas. Entretanto, a técnica utilizada não é aplicável a algumas funções algébricas, aquelas que são descontínuas em um determinado x. Considere a 2x x 2 f x x 1 , note que o domínio desta função é D x IR | x 1 . Para todo x 1 é permitido simplificar o fator comum x 1 no numerador e denominador, pois x 1 x 2 f x x 1 e x 1 f x x 2 x 1 , logo f x x 2 . Graficamente as funções Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 18 2x x 2 f x x 1 e f x x 2 são idênticas, diferem somente em x 1 , especificamente, o ponto (1, 3) está no gráfico de f x x 2 , mas não está no gráfico de 2x x 2 f x x 1 . Abaixo são consideradas três funções com gráficos idênticos, que diferem em x 1 . Embora as funções assumam valores diferentes para x 1 , em f x , f 1 3 ; em g x , g 1 ; em h x , h 1 2 , observa-se que x 1 x 1 x 1 lim f x lim g x lim h x 3 . Nem sempre o valor que a função f assume para um determinado x a é o mesmo para x a lim f x . Valor da função Gráfico Limite quando x 1 f x x 2 x 1 limf x 3 2x x 2 g x x 1 x 1 limg x 3 2x x 2 , se x 1 h x x 1 2, se x 1 x 1 limh x 3 Manipulações algébricas podem e devem ser usadas para determinar certos limites. Exemplo: i) 2 2 2x 5x 2 f x 5x 7x 6 , encontre o x 2 lim f x Solução: Observe que o número 2 não pertence ao domínio da função. Se substituir o 2 na função tem-se, 2 2 2 2 5 2 2 0 f 2 05 2 7 2 6 que é uma indeterminação. Note que se fatorar o numerador e o denominador, obtém-se x 2 2x 1 f x x 2 5x 3 . Não pode cancelar o fator x 2 neste momento, pois não existe divisão por zero. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 19 Todavia se tomar o limite de f x quando x 2 , tal simplificação é permitida. Assim, 2 2x 2 x 2 x 2 x 2 x 2x 2 2x 12x 5x 2 lim f x lim lim lim x 2 5x 35x 7x 6 2x 1 x 2 x 2 2x 1 2 2 1 3 lim 5x 3 5 2 3 135x 3 . ii) x 9 f x x 3 , encontre o x 9 lim f x Solução: Note que o número 9 não está no domínio de f. Para achar o limite, racionalize o denominador: x 9 x 9 x 9 x 9 x 9 x 3x 9 x 9 x 3 lim f x lim lim . lim x 9x 3 x 3 x 3 . Como está calculando o limite x 9 lim f x , sabendo que x 9 é diferente de x 9 , pode-se simplificar x 9 x 9 x 9 x 3 x 9 lim lim x 9 x 3 x 9 x 9 lim x 3 9 3 6 . Exercícios Calcule os limites indicados das funções: a) 2x 2 x 2 lim x 4 b) 2 x 1 2x x 1 lim x 1 c) 2 x 0 x x 1 1 lim x d) 2 x 2 x 6x 2x lim x 2 e) 2x 7 2 x 3 lim x 49 f) x 0 x 4 3x 4 lim x 1 1 g) x 4 x 4 lim x 29 5 h) x 0 1 x 1 x lim x i) x 4 3 5 x lim 1 5 x j) 2 2 x a x a lim x a k) 3 3 2x 2 x 8x 8 lim 3x 15x 6x 4 l) 3 2 2x 2 x x 5x 2 lim 3x 5x 2 Respostas: a) 1 4 ; b) 3; c) 1 2 ; d) 2 3 2 ; e) 1 56 ; f) 1 ; g) 10; h) 1; i) 1 3 ; j) 4a a ; k) 0; l) 11 7 2.5 Inexistência do Limite Considere a função | x | f x x , cujo D f x IR/ x 0 e cujo gráfico é: Observe que os valores de f x , quando x tende a zero, não tendem a um mesmo número L: se x 0 , tem-se que f x 1 (ou seja, x 0 lim f x 1 ); se x 0 , tem-se que f x 1 (ou seja, x 0 lim f x 1 ). Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 20 Como os limites laterais são diferentes, diz-se, então que não existe x 0 lim f x . Note que os limites laterais existem. Para a existência do limite em x a relação entre limites laterais e limites tem que ser válida: x a limf x L se e somente se x a x a lim f x lim f x L Outro exemplo: Considere o gráfico abaixo: Os limites laterais são: x 1 x 1 lim f x lim 3 x 2 2 x 1 x 1 lim f x lim x 1 2 Como os limites laterais esquerdo e direito são iguais, decorre que x 1 limf x 2 . Note que o valor da função f 1 4 é irrelevante para a determinação do limite. Exercícios 1) Esboce o gráfico e ache o limite indicado: i) 2, se x 1 f x 1, se x 1 3, se 1 x x 1x 1 x 1 a) lim f x ; b) lim f x ; c) limf x ii) 2, se x 0 f x 2, se 0 x x 0x 0 x 0 a lim f x ; b lim f x ; c limf x iii) 2 2 x 4, se x 2 f x 4, se x 2 4 - x , se 2 x x 2x 2 x 2 a lim f x ; b lim f x ; c limf x iv) 2 2x 3, se x 1 f x 4, se x 1 x 2, se 1 x x 1x x 1 a limf x ; b lim f x ; c limf x 2) Dada 3x 2 se x 4 f x 5x k se 4 x . Ache o valor de k para o qual x 4 lim f x existe. 3) Dada 2x se x 2 f x ax b se 2 x 2 2x 6 se 2 x . Ache os valores de a e b, tais que x 2 lim f x e x 2 lim f x ambos existam. 4) As taxas para despachar cargas por navio são freqüentemente baseadas em fórmulas que oferecem um preço menor que por quilo quando o tamanho da carga é maior. Suponha que x quilos seja o peso de uma carga, C(x) seja o seu custo total e 0,80x se 0 x 50 C x 0,70x se 50 x 200 0,65x se 200 x a) Faça um esboço do gráfico de C. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 21 Ache cada um dos seguintes limites: b) x 50 lim C x ; c) x 50 lim C x ; d) x 200 lim C x ; e) x 200 lim C x 5) Use o gráfico para determinar cada limite, quando existe: a) x 2 lim f x b) x 2 lim f x c) x 2 lim f x d) x lim f x e) x 0 lim f x f) x 0 lim f x 6) Faça o gráfico da função 4, se x 0 f x x 2, se x 0 e encontre o limite indicado: a) x 0 lim f x b) x 0 lim f x c) x 0 lim f x 7) Considere o gráfico de 2 3 x, se x 1 f x 3, se x 1 x 1, se x 1 . Assinale V (verdadeira) ou F (falsa). Justifique a sentença quando ela for falsa. a) ( ) x 1 x 1 lim f x lim 3 x 2 _________________________ b) ( ) 2 x 1 x 1 lim f x lim x 1 2 ________________________ c) ( ) x 1 limf x 2 ___________________________________ d) ( ) f 3 1 ______________________________________ e) ( ) f 1 3 ______________________________________ f) ( ) x x lim f x lim f x __________________________ g) ( ) A função é descontínua em x 1 __________________ Respostas: 1) i) a) -3 b) 2 c) ; ii) a) 2 b) -2 c) ; iii) a) 0 b) 0 c) 0; iv) a) 3 b) 5 c) 2) k 6 3) 3 a ; b 1 2 4) b) 40; c) 35; d) 140; e) 130 2.6 Definição de Continuidade Diz-se que f x é contínua em x a quando x a limf x f a . A função f x é chamada de função contínua quando é contínua em todos os pontos nos quais está definida. Em resumo, terá que satisfazer as três condições a seguir: i) f a , isto é, f x é definida para x a ii) x a lim f x iii) x a f a limf x . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 22 Exemplos: a) Descontinuidade no ponto x 2 b) Continuidade no ponto x 3 c) Descontinuidade no ponto x 1 d) Descontínua no intervalo de 1 a 4 1, 4 Exemplo: Verificar se as funções a seguir são contínuas nos pontos indicados: a) 2f x 2x x, no ponto x 2 Solução: Para determinar se a função é contínua no ponto indicado é necessário que as três condições sejam satisfeitas: i) f a , isto é, f x é definida para x a ii) x a lim f x iii) x a f a limf x . Verificaremos cada uma delas no ponto x 2 . - Condição (i): 2f 2 2 2 2 10 . Logo, f 2 , isto é, f x é definida para x 2 . - Condição (ii): 2 x 2 lim 2x x 10 . Portanto, x 2 lim f x e é igual a 10. - Condição (iii): 2 x 2 f 2 lim 2x x , então a função é contínua no ponto x 2 , pois as três condições foram satisfeitas. b) 2x 2x 1 f x , x 1 x 1 Solução: Para determinar se a função é contínua no ponto indicado é necessário que as três condições sejam satisfeitas: i) f a , isto é, f x é definida para x a ii) x a lim f x iii) x a f a limf x . Verificaremos cada uma delas no ponto x 1 . - Condição (i): 21 2.1 1 f 1 f 1 1 1 . A função não é definida em x 1 . Não satisfazendo a condição (i) ou qualquer outra já pode-se concluir que a função é descontínua no ponto dado. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 23 c) 2x x 2 , se x 1 h x x 1 2, se x 1 , x 1 Solução: Para determinar se a função é contínua no ponto indicado é necessário que as três condições sejam satisfeitas: i) f a , isto é, f x é definida para x a ii) x a lim f x iii) x a f a limf x . Verificaremos cada uma delas no ponto x 1 . - Condição (i): f 1 2 . Logo, f 1 , isto é, f x é definida para x 1 . - Condição (ii): 2 x 1 x 1 x 1 x 1x 1 x 2x x 2 lim lim lim x 1 x 1 x 2 x 1 x 1 lim x 2 1 2 3 . Portanto, x 1 limf x e é igual a 3. - Condição (iii): 2 x 1 x x 2 f 1 lim x 1 , pois f 1 2 e 2 x 1 x x 2 lim 3 x 1 , então a função é descontínua no ponto x 1 , pois uma das três condições não foi satisfeita. Exercícios 1) Faça a análise matemática das funções abaixo, se são contínuas ou descontínuas nos pontos dados: i) 2x 4 f x para x 2 e x 3 x 2 ii) 1 x f x para x 1e x 1 1 x iii) 2 5x f x para x 2; x 3 e x 3 x 9 iv) 2x 2x 1 f x , para x 2 e x 1 x 1 2) Verifique quais das funções cujos gráficos estão representados são contínuas em x 1 . Justifique. 2.7 Limites que Envolvem Infinito Observe os valores da função 1 f x x , quando x tende a zero. x 0 0,5 0,1 0,01 0,001 0,0001 f x 2 10 100 1.000 10.000 x 0 -0,5 -0,1 -0,01 -0,001 -0,0001 f x 2 10 100 1.000 10.000 Quanto mais próximo de zero é o valor de x, maior é o valor de f x . Quando acontece uma situação dessas, diz-se que f x cresce ilimitadamente quando x tende a zero. Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 24 Generalizando, quando x tende a um número a e os valores de f x ficam maiores que qualquer número positivo considerado, diz-se então que f x cresce ilimitadamente ou que existe o limite infinito: x a limf x . Semelhantemente, se quando x tende a a os valores de f x ficam menores que qualquer número negativo considerado, diz-se então que f x decresce ilimitadamente ou que existe o limite infinito: x a limf x . Por exemplo, ao considerar 1 f x x , tem-se: x 0 x 0 1 lim f x lim x . Observe o gráfico: Note que para a função 1 f x x , quando x tende a zero pela direita f x cresce ilimitadamente, e quando x tende a zero pela esquerda f x decresce ilimitadamente: x 0 1 lim x x 0 1 lim x Neste caso, diz-se que x 0 1 lim x . Exercícios 1) Encontre os limites: a) 2x 0 1 lim x b) 3 x 2 3 lim x 2 c) x 0 2 lim x d) 2x 0 3 lim x e) 3x 0 1 lim x 2.8 Limites no Infinito Há funções que, quando x ou x , crescem ou decrescem ilimitadamente. Em resumo, podemos ter: x lim f x ; x lim f x ; x lim f x ; x lim f x . Exemplos: 2f x x cresce ilimitadamente quando x e também quando x . 3f x x cresce ilimitadamente quando x e decresce quando x . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 25 2 x lim x e 2 x lim x . 3 x lim x e 3 x lim x . 2f x 4 x 2 x lim 4 x e 2 x lim 4 x . x f x 1 2 x x lim 1 2 e x x lim 1 2 . Há funções que, quando x ou x , apresentam tendência para um número real determinado. É o caso, por exemplo, da função 1 f x 1 x . Nesta função observa-se que quanto maior for o valor de x, 1 x tende a zero e, então, f x tende a 1. Portanto, x 1 lim 1 1 x . Note também que x 1 lim 1 1 x . Deve-se ter conhecimento que há funções que, quando x ou x , não apresentam tendência para nenhum número especificamente. É o caso, por exemplo, das periódicas f x senx , f x cosx e f x tgx Exercícios Calcule os limites: i) 3 2 x lim 2x 5x 2x 1 ii) 2 x lim 2x 5x 1 iii) x lim 4x 1 iv) x 8x 1 lim 4x 5 v) 2x 3x 2 lim x 5x 6 vi) 2 x 2x 7 lim 6x 1 vii) 2 x 2x 7 lim 6x 1 viii) 3 2 x lim 2x x x 1 ix) 2 2x x 3x lim x 1 x) 2 n 6n 1 lim 2n 3 xi) n lim n 1 n Respostas: i) ; ii) ; iii) ; iv) 2; v) 0; vi) ; vii) ; viii) ; ix) 1; x) 9; xi) 0 Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 26 3. Derivadas 3.1 Retas Coeficiente angular m Forma Ponto-Coeficiente angular Forma Coeficiente angular- Intercepto 2 1 2 1 y y m x x 1 1y y m x x y mx b Retas especiais: Vertical: m não definido Horizontal: m 0 Paralelas: 1 2 m m Perpendiculares: 1 2 m m 1 3.2 Introdução à Derivada O conceito de derivada é fundamental no cálculo diferencial e integral. Além de inúmeras aplicações práticas, tais como: determinação de máximos e mínimos e pontos de inflexão de uma função. As derivadas também tornam o estudo da física simples e lógico. 3.3 Acréscimos Definição: Seja x uma variável independente qualquer e 1 2 x e x dois valores particulares desta variável. Chama-se acréscimo de 1 x , a diferença 2 1 x x que representaremos por x . 3.4 Acréscimo de uma função Seja y f x uma função qualquer. Dando a x um acréscimo arbitrário x , obteremos, para y, um acréscimo que representaremos por y . Algebricamente obtemos: 1 y f x 2 y y f x x Subtraindo (2) de (1) vem y f x x f x Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 27 Nota-se que y é o acréscimo da função e x é o acréscimo da variável. Exemplo: Calcular o acréscimo sofrido por cada uma das funções seguintes: a) f x ax b Solução: y f x x f x y a x x b ax b y ax a x b ax b y a x b) f x 3x 2 Solução: y f x x f x y 3 x x 2 3x 2 y 3x 3 x 2 3x 2 y 3 x Note que o acréscimo sofrido pela função é proporcional ao acréscimo da variável. c) 2f x x Solução: 2 2 22 2 y f x x f x y x x x y x 2x x x x y x 2x x 3.5 Razão Incremental É a razão entre o acréscimo sofrido pela função, y , e pelo acréscimo dado à variável, x . y x : razão incremental. Como: f x x f xy 1 x x A relação (1) que é a razão incremental representa um valor numérico que nos indica a velocidade de variação de uma função num ponto. Exemplo: Calcular a razão incremental das seguintes funções: i) y x, x IR Solução: f x x f x x x xy x 1 x x x x Interpretação: a velocidade da função é a mesma da variável em qualquer ponto. ii) 2y x , para x 3 e x 1 Solução: 2 2 22 2 2f x x f x x x x x 2x x x x 2x x x x 2x xy 2x x x x x x x x Assim para x 3 e x 1 , temos: y 2 3 1 7 x Interpretação: a velocidade de variação da função no ponto x 3 é 7 vezes à da variável para um acréscimo de x , ou seja, para x 1 . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 28 3.6 Derivada ou função derivada (definição) Chama-se derivada ou função derivada da função y f x em relação a x o limite da razão incremental quando x 0 . Em símbolos: x 0 x 0 f x x f xdy y lim lim dx x x Podemos encontrar na literatura: x x df xdy , y , f x , , d y, D f x dx dx , entre outras. Exemplo: Achar a função derivada das seguintes funções: i) 2y x Solução: 2 22 2 2 x 0 x 0 x 0 x 0 f x x f x x x x x 2x x x xdy lim lim lim lim 2x x 2x dx x x x . Logo, 2f x x f x 2x ii) 2f x x 5x 6 Solução: 2 22 2 2 x 0 x 0 x x 5 x x 6 x 5x 6 x 2x x x 5x 5 x 6 x 5x 6dy lim lim dx x x 2 x 0 x 0 2x x x 5 x lim lim 2x x 5 2x 5 x . Logo, 2f x x 5x 6 f x 2x 5 Exercícios Determinar a derivada das funções usando a definição. a) 2f x 3x . Resposta dy 6x dx b) 2f x x 2x . Resposta dy 2x 2 dx c) 2f x x x . Resposta dy 2x 1 dx d) 2f x x 5x 6 . Resposta dy 2x 5 dx e) 2 x f x 3 x . Resposta 2 dy 5 dx 3 x f) f x 2 . Resposta dy 0 dx g) f x x 1 . Resposta dy 1 dx h) f x 2x 2 . Resposta dy 2 dx i) f x 2x 2 . Resposta dy 2 dx 3.7 Derivada de uma função num ponto (definição) Definição: Seja f x uma função contínua no ponto o x x . Chama-se derivada da função no ponto o x x o valor numérico (finito) da função derivada para o x x . Notações: o o x xo dy f x , y x , dx Exemplo: Calcular a derivada de 2f x x no ponto x 2 Solução: Para calcular a derivada de uma função f x no ponto o x x faz: o o x xo o f x f x f x lim x x Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 29 Exemplo: Sendo 2y x 5x 6 , calcular y 2 . Solução: 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 3x 5x 6 y 2 lim lim lim x 3 1 x 2 x 2 Observação: 1) Se o limite da razão incremental existir penas para ox x x 0 , pela direita ou pela esquerda, diremos que a derivada é lateral. 2) Se f x f x diremos que a função f x é derivável no ponto o x x . Notação: o o x xo o f x f x lim f x x x (à esquerda) e o o x xo o f x f x lim f x x x (à direita) Exemplo: Calcular a derivada de f x x no ponto o x 0 . Solução: o o x 0 x 0 x 0 f x f x x 0 x f x lim lim lim x 0 x 0 x . Como chegamos em um limite sem resolução, temos que, neste caso, estudar as derivadas laterais. Assim, x 0 x lim 1 x e x 0 x lim 1 x . Logo, f x x não é derivável no ponto o x 0 . Exercícios Achar a derivada da função no ponto indicado: i) 2y x , para x 2 . Resposta y 2 4 ii) 2f x x 5x 6, para x 2 . Resposta f 2 1 iii) 2f x 3x , para x 1 . Resposta dy 6 dx iv) 2f x x 2x , x 0 . Resposta dy 2 dx v) 2f x x x,no ponto x 3 . Resposta f 3 7 vi) 2f x x 5x 6, no ponto x 1 . Resposta f 1 3 vii) 2 x f x , no ponto x 1 3 x . Resposta 5 f 1 4 3.8 Interpretação geométrica da Derivada Seja f x uma função cujo gráfico representaremos ao lado: Considere o ponto P x,y fixo. Dando a x um acréscimo x obtemos para y um acréscimo y e conseqüentemente um o ponto Q qualquer na curva. Traçando uma secante s em ______ PQ formará então um triângulo retângulo nos pontos PQR de onde tiramos: ______ ______ QR y tg xPR . Veja em detalhes no triângulo abaixo: Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 30 Imaginemos que: x 0 , logo Q P . Deste modo a secante s no ponto PQ à tangente geométrica no ponto P. Nota-se que . E também s t . Em símbolos representaremos assim: x 0 y lim limtg tg x Donde: x xo dy tg dx . Conclusão: a derivada de uma função f x num ponto o x x representa a tangente trigonométrica do ângulo que a tangente geométrica à curva no ponto P forma com o eixo positivo Ox. Observe o desenho a seguir: Cada ponto da curva gera uma reta tangente. Recordamos: y ax b é a equação geral da reta. A vogal a na equação representa o coeficiente angular, ou seja, tg . O ângulo formado pela reta tangente e o eixo x é . 3.9 Fórmulas para o Cálculo das Derivadas Veremos agora as propriedades das derivadas, que podem ser comprovadas usando a definição de derivada. Função Representação Derivada Potência (expoente real) * *IR e x IR y x 1y x Constante y c y 0 Afim y ax b y a Soma algébrica y u x v x y u x v x Produto y u x .v x y u x v x v x u x Quociente u x y v x 2 u x v x v x u x y v x Exponencial a 0 e a 1 uy auy u a lna Logarítmica a 0, a 1e x 0 a y log u a u y log e u Seno y senx y cosx Co-seno y cosx y senx Tangente y tgx 2y sec x Cotangente y cotgx 2y cossec x Secante y sec x y sec x.tgx Co-secante y cossec x y cossec x.cotgx Composta y f g x y f g x .g x ou dy dy du f u g x dx du dx Exemplos: Achar a derivada das funções i) f x 2 f x 0 ii) 2f x sen a f x 0 iii) f x ln a b f x 0 Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 31 iv) f x 2x 3 f x 2 v) f x 5x 2 f x 5 vi) 6 5f x 5x f x 30x vii) f x x f x 1 viii) 2 2 1 1 3 3 3 2 2 f x x f x x x 3 3 ix) 2f x 2 senx x f x cosx 2x x) 2 2f x x .senx f x 2x.senx x cosx xi) 22 2 2 2 2x x 1 1.xx x 2x f x f x x 1 x 1 x 1 xii) x xf x 2 f x 2 ln2 xiii) x x xf x e f x e lne e xiv) 1 1 f x lnx f x lne x x xv) 2 2 1 f x log x f x log e x xvi) 2f x senx . Primeiro façamos: 2 2 2dy dux u y senu y . cosu.2x cosx .2x 2x.cosx du dx xvii) 3f x sen x . Primeiro façamos: 3 2 2dy dusenx u y u y . 3u cosx 3sen xcosx du dx Exercícios 1) Achar a derivada da função no ponto indicado (calcule a derivada e depois substitua o valor de x na derivada): i) para xy senx 4 . Resposta 2 y 4 2 ii) 2y x , para x 2 . Resposta y 2 4 iii) f x cosx, para x 3 . Resposta 3 f 3 2 iv) 2f x x 5x 6, para x 2 . Resposta f 2 1 2) Calcule a derivada das seguintes funções: i) senx f x cosx . Resposta 2f x sec x ii) x 2 f x x Resposta 2 2 f x x iii) 2f x 3x .cosx Resposta 2f x 6x.cosx 3x .senx iv) 3 2f x 7x 2x x 1 . Resposta 2f x 21x 4x 1 v) 4 3 2 1 2 1 1 f x x x x 2 3 2 4 . Resposta 3 2f x 2x 2x x vi) f x 2x 3cosx . Resposta f x 2 3senx vii) 2f t t t . Resposta 1 f t 2t 2 t viii) 3f s s s . Resposta 23 1 1 f s 2 s3 s ix) f x sen3x Resposta f x 3cos3x Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 32 x) f x cos6x . Resposta f x 6sen6x xi) f x ln senx . Resposta cosx f x senx xii) 2f x log x 3x . Resposta 2 2x 3 f x loge x 3x xiii) 22f x log 4x 8x 1 . Resposta 22 8 x f x log e 4x 8x 1 xiv) 22f x log x 2x 1 no ponto x 2 .Resposta 2 6 f 2 log e 7 xv) 2f x ln x 6x 8 nos pontos x 1e x 1 . Respostas 4 8 f 1 e f 1 3 15 3) Calcule as derivadas das funções: a) 5f x x b) 23f x x c) 3 1 f x x d) 5 / 2f x x e) 3f x x f) 3 2f t 4t 5t 2t g) 3 2f s s 2s s 1 h) 2f t t t i) 3f s s s j) 4 3 2 1 2 1 1 f x x x x 2 3 2 4 k) f x 2x 3cosx l) 3 2f x x 7 2x 3 m) 3 2f x x 2x 3x n) 2 2f x x x 3x 2 o) f x 3x.senx p) f x senx.cosx q) 2f x x cosx r) 2 2 x f x x 1 s) 4x 5 f x 3x 2 t) 2x 5 f x 4x u) 2 x f x x 4 v) 22x 3x 4 f x 2x 1 w) 1 senx f x 1 senx Repostas: a) 4f x 5x b) 232 x f x 3x c) 4 3 f x x d) 5 f x x x 2 e) 4 3 f x x f) 2f t 12t 10t 2 g) 2f s 3s 4s 1 h) t f t 2t 2t i) 3 s s f s 3s 2s j) 3 2f x 2x 2x x k) f x 3senx 2 l) 3f x x 10x 9x 28 m) 3f x 2x 5x 6 n) 2f x x 4x 9x 4 o) f x 3 senx xcosx p) 2 2f x cos x sen x q) f x x 2cosx xsenx r) 2 2 2x f x x 1 s) 2 23 f x 3x 2 t) 2 5 f x 4x u) 2 2 2 x 4 f x x 4 v) 2 2 4x 4x 5 f x 2x 1 w) 2 2cosx f x 1 senx 4) Calcule a derivadas exponenciais e logarítmicas: a) xf x 3 b) x 1 f x 2 c) 3x 1f x 3 d) xf x 5.2 e) 2x 1f x 10 f) xf x 10.e g) 1 f x lnx 2 h) 2f x 3log x i) 2 f x lnx j) 2 f x logx k) 3f x 2log x l) 2f x log 3x 5x m) f x ln cosx n) f x ln tgx o) 22x 3xf x e Respostas: a) xf x 3 ln3 b) x 1 f x ln2 2 c) 3x 2f x 3 ln3 d) xf x 5.2 ln2 e) 2x 1f x 2x.10 ln10 f) xf x 10.e g) 1 f x 2x h) 2 3 f x log e x i) 2lnx f x x j) 2logx.loge f x x k) 3 2 f x log e x l) 2 6x 5 f x loge 3x 5x m) f x tgx n) 1 f x cosx.senx o) 22x 3xf x 4x 3 e Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 33 3.10 Derivadas Sucessivas Sendo f x uma função f x - representa a derivada primeira da função f x f x - representa a derivada segunda da função f x f x - representa a derivada terceira da função f x 4f x - representa a derivada quarta da função f x ... nf x - representa a derivada enésima da função f x Exemplos: i) Calcular a derivada segunda da função 4 3f x x 2x : 3 2 2 f x 4x 6x f x 12x 12x f x 12x x 1 ii) Calcular a derivada terceira da função f x senx no ponto x 3 . f x cosx f x senx f x cosx 1 f cos 3 3 2 Exercícios 1) Dada a função 3 4f x 1 4x x calcular 4f x . Resposta 4f x 24 2) Dada a função 3 4f x 1 4x x , resolver a equação f x 0 . Resposta x 1 3) Calcule a derivada segunda de 4 3f x 4x 5x 2x 1, para x 0 . Resposta f x 0 4) Se f x senx cosx , determine f x para x 6 . Resposta 1 3 f 6 2 5) Determine a derivada segunda de 3 2f x 4x 5x 2x 1 , para x 2 e x 2 . Resposta f 2 38 e f 2 58 6) Seja a função 3 2f x 4x 2x 5x 2 calcule f 0 f 0 f 0 . Resposta f 0 f 0 f 0 23 7) Achar todas as derivadas da função 3 2y x 6x 3x 2 . Resposta 4 y 0 8) Achar a derivada de ordem n da função 1 y x . Resposta nn n 1 n! y 1 x 3.11 Aplicações 3.11.1 Reta Tangente Achar a equação da tangente geométrica à curva 2y x no ponto x 3 . Solução: 2f x x f x 2x f 3 2.3 6 tg a 6 A reta tangente passa em: 2f 3 3 9 . Portanto P 3,9 . Temos: 1 1y y a x x y 9 6 x 3 y 6x 9 0 . Logo, y 6x 9 0 é a equação da tangente no ponto x 3 . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 34 O gráfico para esta situação é: Exercícios 1) Determine a equação da reta tangente à curva correspondente a cada equação: a) 3f x x 12x, no ponto x 4 . Resposta y 36x 128 0 b) 2f x 5x 1, no ponto x 2 . Resposta y 20x 21 0 c) 3f x x 12x, no ponto x 1 . Resposta y 9x 2 0 d) 2f x x 9x 20, no ponto x 2 . Resposta y 5x 16 0 e) 2f x x 6x 5, no ponto x 0 . Resposta y 6x 5 0 2) Equações das retas tangentes à curva 3y x 6x 2 paralela à reta y 6x 2 . Resposta: y 6x 14 e y 6x 18 3) A tangente à curva 3y x , no ponto P 1,1 corta a curva em algum ponto? Qual é esse ponto? R.: Q 2, 8 4) Escrever a equação da tangente à curva 2f x x 5x 6 que satisfaça as condições: (a) passar pelo (vértice) e (b) ser paralela ao eixo-x. 1 y 4 5) Escrever a tangente à curva anterior passando pelo ponto t 4,2 . R.: x 3y 10 0 6) Encontre uma equação da reta tangente à curva 1 3y 6 2x em cada ponto: a) T 3,0 R.: ¨ b) P 7, 2 R.: x 6y 5 0 3.11.2 Aplicação na Física Seja S f t a equação do espaço percorrido por um móvel qualquer. No tempo o t o móvel percorreu o espaço o S . Se aumentarmos o tempo de t o espaço aumentará de S . Definições: i) A velocidade média Vm entre os instantes o t e t é a razão incremental S t , Isto é: o o o o o o f t t f t f t f t S S s Vm t t t t t t . A velocidade instantânea Vi que a velocidade no instante o t , será o limite da velocidade média quando o t t . Ou seja, t t t 0o t to S dS Vi limVm lim t dt . Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 35 Logo, dada a equação horária S f t , a sua derivada t to dS dt indica em cada instante a velocidade do ponto do móvel. ii) A aceleração média ma entre os instantes o t e t é a razão incremental v t . Isto é: seja dS v v t dt e temos: o o o o m o o v t t v t v t v t v v v a t t t t t t A aceleração instantânea que a é aceleração no instante o t , será o limite da aceleração média quando o t t . Assim, i m t t t 0o t to v dv a lima lim t dt . Conclusão: a derivada t to dv dt da função v v t indica em cada instante o t a aceleração do ponto material. Observação: a derivada segunda da função S f t nos dá a aceleração no instante o t : 2 2 dv d dS d S a dt dt dt dt . Exemplo: um ponto material se desloca numa reta e sua equação horária é 3 2S t t . Determinar nos instantes t 0 e t 2 : a) a posição do móvel; b) a velocidade Vi ; c) a aceleração i a . Solução: a) para 3 2t 0 S 0 0 0 0 S 0 0m para 3 2t 2 S 2 2 2 12 S 2 12m b) para 22 t 0 dS t 0 Vi 3t 2t 3 0 2.0 0 Vi 0m/ s dt para 22 t 2 dS t 2 Vi 3t 2t 3 2 2.2 16 Vi 16m/ s dt c) para 2 2 i i2 t 0 d S t 0 a 6t 2 6.0 2 2 a 2m/ s dt para 2 2 i i2 t 2 d S t 2 a 6t 2 6.2 2 14 a 14m/ s dt . Exercícios 1) Lança-se uma bola verticalmente para cima com a velocidade de 32 dm/seg; sua altura após t segundos é dada por 2 1 s 32t 9,81 t 2 . Em que instante a bola atingirá a altura máxima? Qual será essa altura? R.: t 3,26 seg; s 0,522 m 2) Um ponto material descreve uma trajetória retilínea obedecendo a função horária 2s 3 6t t SI . a) Determine as funções horárias da velocidade e da aceleração. v t s 2t 6 ; 2a t s 2m/ s b) Calcule a velocidade do material no instante 10 s. v 10 14m/ s c) O espaço percorrido pós 10 s. s 43m Cálculo I Apostila Adaptado do material original de autoria do Professor Flávio Bittencourt flavio.bittencourt@ifsudestemg.edu.br 36 3) Um corpo se desloca sobre uma trajetória retilínea de acordo com a função horária 3 5 s t t SI 2 . a) Determinar as funções horárias da velocidade e da aceleração. 2 5 v t s t 1 2 ; a t s 15t b) Calcule a velocidade e a aceleração do ponto material no instante 6 s. 2a 6 90m/ s c) Em que instante a velocidade do corpo é de 66,5m/s ? t 3s d) Qual a aceleração do corpo no instante 2 s? 2a 2 30m/ s 4) Qual é a aceleração de um móvel que descreve uma curva segunda a função 2 3s 2t 4t (s em metros e t em segundos) no instante t 1,5s ? 2a 1,5 40m/s 5) Um móvel tem a velocidade variável segundo a função 2v 6 2t . Calcule sua aceleração no instante 5 s. 2a 5 20m/ s 3.11.3 Derivadas Implícitas Uma função é implícita quando ela é definida pela equação: f x,y 0 . Por exemplo 2 3x xy y 0 é uma função implícita onde y Q x . Para derivar uma função implícita usamos dois processos: 1º processo) Se as variáveis são de fácil separação, para a forma explícita que é y Q x derivamos normalmente. Exemplo: a derivada de 3y 2x 0 f x,y 0 é encontrada explicitando a variável y. Assim, 3 2y 2x Q x y 6x . 2º processo) Se as variáveis são de difícil separação derivamos a função na forma implícita e em seguida tiramos o valor de y
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