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Fisiologia do sistema imunológico GUYTON (resumo)

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Resumo fisiologia do sistema imunitário - Guyton
As células de defesa atuam de duas formas para impedir o desenvolvimento de doenças: fagocitose; formação de anticorpos e linfócitos sensíveis, capaz de destruir ou inativar um invasor. 
Leucócitos (glóbulos brancos).
Parte deles são formados na medula ossea (granulócitos, monócitos e alguns linfócitos) e outros são formados no tecido linfático (linfócitos e plasmócitos). Após serem formados são transportados pelo sangue aos locais que forem uteis. 
Granulócitos e monócitos detectam e destroem invasores estranhos.
Tipos de glóbulos brancos: neutrófilos polimorfonucleares, eosinófilos polimorfonucleares, basófilos polimorfonucleares, monócitos, linfócitos e plasmócitos (em menor número). 
As plaquetas não fazem parte do sistema imune, são fragmentos de megacariocitos, tambem produzidos na medula óssea. 
* Granulócitos e monócitos atuam por meio da fagocitose e seus mecanismos são explicados mais adiante. Um ser humano adulto tem cerca de 7.000 leucócitos/mL, e os que se apresentam em maior quantidade são os neutrófilos polimorfonucleares (62%) e os linfócitos (30%).
*O número de plaquetas normalmente é cerca de 300.000/mL.
*O numero de hemáceas normalmente é cerca de 5.000.000/mL.
Origem dos leucócitos
Formam-se da diferenciação de celulas tronco pluripotentes hematopoéticas. Estas células tronco se dividem em precursores linfoides (que dará origem aos linfócitos) e precursores mielóides (que dará origem aos leucócitos).
Os granulócitos e monócitos só são formados na medúla óssea.
Os linfócitos e os plasmócitos são produzidos em tecidos linfogênicos (linfonodos, timo, baço, placas de Peyer, medúla óssea, epitélio intestinal... ). 
A medúla armazena uma quantidade de leucócitos 3 vezes maior que a circulante no sangue. A maioria dos linfócitos ficam armazenados em tecidos linfoides. 
*A vida dos granulócitos após a liberação da medula é de cerca de 4 a 8 horas no sangue, e de mais 4 a 5 dias nos tecidos onde são necessários (esse tempo é reduzido em casos de infecções mais graves). Os monócitos duram de 10 a 20 horas no sangue, antes de atravessar a barreira dos capilares em direção aos tecidos; nos tecidos aumentam o volume e se transformam em macrófagos teciduais, realizando fagocitose. 
os linfócitos entram de forma contínua no sistema circulatório, junto com a drenagem da linfa dos linfonodos. Depois de algumas horas passam para os tecidos, por diapedese. Após um tempo, retornam várias vezes ao sangue, mantendo-se em circulaçao contínua. Sua sobrevida varia de semanas a meses. As plaquetas do sangue são substituidas a cada 10 dias; diariamente, aproximadamente 30.000 plaquetas são formadas para cada mL de sangue circulante.
Neutrófilos e macrófagos são as principais celulas que atacam e destroem bactérias, vírus e outros invasores. Os neutrófilos atuam no sangue circulante, enquanto os macrófagos teciduais são pouco atuantes na corrente sanguínea (na forma de monócitos), mas se tornam ativos ao sofrerem diapedese e migrarem aos tecidos, aumentando o seu volume celular em aproximadamente 5 vezes; combatem agentes patológicos intracelulares. 
Os leucócitos se movem pelos espacços teciduais por movimentos ameboides. A presença de várias substâncias químicas diferentes nos tecidos faz com os nuetrófilos e macrófagos se movam em sua direção, este fenômeno é denominado quimiotactismo (ou quimiotaxia). Dentre as substâncias químicas liberadas encontra-se toxinas bacterianas e virais, produtos degenerativos do tecido atingido, produtos de reação de coagulação (...). A quimiotaxa atua por distancias de até 100 micrometros, o que garante eficiência, pois, nenhuma área tecidual se encontra a uma distância maior que 50 micrometros de um capilar. 
A função mais importante desempenhada por neutrofilos e macrófados é a fagocitose. A fagocitose depende de 3 procedimentos seletivos:
1: Superfícies teciduais ásperas, pois, superfícies lisas são mais resistentes à fagocitose. 
2: A maioria das substâncias naturais do corpo tem revestimentos proteicos protetores contra a fagocitose.Tecidos mortos e corpos estranhos não apresentam tal proteção, tornando sucetível à fagocitose. 
3: Os anticorpos aderidos à membranas sinalizam quais células deverão sofrer fagocitose. Ao se ligar ao C3 (do sistema complemento) desencadeia o processo de seleção e fagocitose, chamado de opsonização.
Fagocitose por neutrofilos: se aproximam do organismo estranho, e o envolve por meio de pseudopodes, formando uma câmara fechada. Penetram nos tecidos quando maduros. Fagocita de 3 a 20 bactérias.
Fagocitose por macrófagos: são mais potentes que os neutrofilos, podendo ingerir particulas muito maiores, como parasitas da malária, enquanto os neutrófilos não são capazes de fagocitar particulas maiores que bactérias. Fagocita até 100 bactérias.
Os neutrófilos e os macrófagos possui nos lisossomos enzimas proteolíticas e agentes bactericidas oxidantes. Apenas nos macrófagos há lipases responsavel por degradar barreiras celulares mais espessas.
O sistema reticuloendotelial é formado por monocitos, macrofagos moveis e teciduais fixos, alem de algumas celulas endoteliais especializadas na medula óssea, baço e linfonodos.
Os linfonodos podem ser revestidos por macrofagos teciduais, que impede que corpos estranhos entrem pela linfa e se disseminem pelo corpo.
Inflamação
Ocorre em casos de lesões teciduais, causada por bactérias, traumas, agentes químicos, calor ou outro fenômeno, em que diversas substâncias são liberadas pelo tecido danificado. Caracteriza-se pela vasodilatação dos vasos sanguíneos locais (aumento do fluxo local) aumento da permeabilidade dos capilares, coagulação do líquido nos espaços intersticiais (quantidade aumentada de fibrinogênio), migração da granulócitos e monócitos, dilatação de células teciduais. Dentre os inúmeros causadores do processo, inclui-se a histamina, prostaglandinas, serotonina e produtos da realção do sistema de complemento. Essas reações ativam o deslocamento dos macrofagos para a área afetada. Os espaços afetados logo são revestidos por fibrinogênio, de como que liquidos não fluem.
O macrofago tecidual é o primeiro na linha de defesa durante a inflamação e os neutrofilos vem logo em seguida (devido a liberação de citocinas inflamatorias, como TNF - fator de necrose tumoral - e IL-1).
Formação do pus
Após o processo inflamatório, muitas celulas (macrofagos e neutrofilos) que atuaram na reação acabam mortos. Após alguns dias, ocorre a formação de uma cavidade, onde se acumulam tecidos necróticos, neutrófilos e macrófagos mortos e líquido tecidual, formando o pus. Com o passar do tempo ocorre autolise do pus, e este é reabsorvido pelos tecidos circundantes e pela linfa.
Eosinófilos:
Constitui cerca de 2% dos leucocitos. São fagócitos fracos. Sofrem quimiotaxia. São produzidos em casos de infecções parasitárias, onde realizam fagocitose de parasitas jovens por meio de enzimas hidrolíticas e formas reativas do oxigênio. Também se concentram em casos de reações alérgicas (como tecidos peribronquicos), devido a ação de mastócitos e basófilos, que atuam ativamente na reação, e liberam o fator quimiotáxico de eosinófilos, promovendo a quimiotaxia. Acredita-se que eosinófilos participem da detoxificação de algumas substancias que induzem a inflamação, liberada por mastocitos e basofilos. 
Basófilos:
Assim como os mastócitos, libera heparina (impede coagulação sanguinea), histamina, bradicinina e serotonina (em menor quantidade quando comparados aos mastócitos). Tem grande importancia durante o processo inflamatório, pois a imunoglobulina E (IgE) se liga a ele e aos mastócitos. A fixação do antígeno ao anticorpo promove a ruptura da celula, librando grande quantidade de histamina, bradicinina, serotonina, heparina, substancias de reação lenta da anafilaxia e enzimas lisossomicas.
***Leucopenia:
Condição clínica em que a medúla óssea produz poucos leucócitos, deixando o corpo vulnerável contra bactérias e outros agentes. Nocorpo, em condições fisiológicas, microorganismos vivem em simbiose. Qualquer diminuiçao do número de leucocitos permite imediatamente a invasão de tecidos por bactérias que já estavam ali presentes. Podem surgir úlceras em mucosas e infecções severas. Sem tratamento pode causar óbito em uma semana. Irradiaçãoo por raios X ou gama, exposição a compostos com nucleos de benzeno ou antraceno podem causar aplasia da medúla óssea, provocando perda de celulas tronco, mieloblastos, e hemocitoblastos.
***Leucemias
Produção descontrolada de leucóticos pode ser causada por mutação cancerígena da celula mieloide ou linfóide. Causa aumento do numero de leicocitos circulantes dna corrente sanguinea. 
Existem dois tipos de leucemias: linfocíticas e mielogênicas. A primeira ocorre começando em um linfonodo ou em órgão linfoide. A segunda inicia-se pela produção cancerosa de celulas mielógenas jovens na medula ossea e se dissemina por todo o corpo, de modo que sao produzidos leucocitos em varios tecidos extramedulares, como linfonodos, baço e fígado. As celulas produzidas na leucemia não seguem o mesmo padrão anterior. Quanto mais indiferenciadas as celulas produzidas mais aguda bem a ser a leucemia. Embora tenha aumento na produção de leucócitos, esses não são eficientes contra infecções (ocorre substituição da medula ossea e celulas linfoides normais, por celulas leucemicas não funcionais).

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