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TRABALHO DIREITO CIVIL II

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FESP – FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO PARANÁ 
 
 
 
 
ROBSON MENDES FAGUNDES 
 
 
 
 
 
 
 
INVALIDADE DOS ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CURITIBA 
 2016 
 
 
ROBSON MENDES FAGUNDES 
 
 
 
 
 
 
 INVALIDADE DOS ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
 Trabalho apresentado à disciplina de Direito 
Civil II do Curso de Direito, 3º período matutino, 
sob a orientação da Professora Andrea Abrahão 
Costa. 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE 
TEORIA DA INVALIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
NULIDADE E ANULABILIDADE 
GUSTAVO TEPEDINO 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 Este trabalho tem como intuito realizar um breve resumo sobre a Invalidade 
dos Atos e Negócios Jurídicos, as distinções entre Nulidade e Anulabilidade 
com o Advento no novo Código Civil de 2002. Aborda também, resposta à 
pergunta: É possível que o negócio jurídico nulo produza algum efeito em 
relação a terceiros? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVALIDADE DOS ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
 O negócio jurídico é um ato de vontade que produz os efeitos na ordem civil. Todo 
negócio jurídico deve apresentar os requisitos essenciais gerais (art. 104, CC) e 
especiais (respectivos a cada espécie de negócio jurídico). Os requisitos naturais são 
implícitos e os requisitos acidentais são inseridos para modificar os efeitos do ato 
jurídico. Pergunta: Qual a consequência da inobservância de algum dos requisitos 
essenciais do negócio ou do ato jurídico? Resposta: Nulidade absoluta (nulidade) ou 
nulidade relativa (anulabilidade). Nulidade, em sentido amplo, é a declaração legal de 
que a determinados atos não se prendem os efeitos jurídicos normalmente produzidos 
por atos semelhantes. A declaração da nulidade absoluta ou da relativa depende de 
manifestação do poder judiciário (sentença). Logo, há necessidade de provimento 
judicial (processo). Conforme Maria Helena Diniz, a nulidade vem a ser a sanção, 
imposta pela norma jurídica, que determina a privação dos efeitos jurídicos do negócio 
praticado em desobediência ao que se prescreve. 
 O negócio jurídico pode ser declarado nulo ou anulável. Naquele, não produz 
efeito válido algum. É absolutamente nulo. Declarado a sua nulidade, todos os atos 
deverão ser desfeitos, desde a data da sua celebração, tendo assim, efeitos 
retroativos. Poderá ser declarado de ofício, pois o negócio jurídico não se torna nulo 
a partir da decisão judicial este já o era antes. O magistrado apenas a declarou, ou 
seja, tornou pública e notória sua nulidade. 
 Já na anulabilidade, o negócio jurídico pode ter sido válido até a sua declaração 
de nulidade, e por óbvio, pode ter gerado efeitos até esse momento. Sua nulidade é 
relativa. Nesse ponto, atribui-se ao instituto, a propriedade de ser anulável, podendo 
ou não ser invocado o instituto da Conversão. Este último instituto, consta de um ato 
decisório, regulado pelo artigo 170 e seguintes do Código Civil, pelo qual o juiz 
valendo-se da observância a certos pressupostos, adequa um modelo jurídico 
negocial a outro, preservando seu conteúdo e objetivos, afastando a anulabilidade, 
aproveitando, no que possível, atos válidos e preservando a vontade das partes em 
alcançar um objetivo lícito, que seria prejudicado pela nulidade. 
 A nulidade ou resulta de expressa declaração da lei ou só se verifica quando o 
interessado a reclama. Daí a divisão dos atos jurídicos em nulos e anuláveis. As 
principais diferenças entre as duas espécies, ditas pela doutrina, são: a) a nulidade se 
fundamenta em razões de ordem pública, ao passo que a anulabilidade é instituída no 
interesse privado dos favorecidos com a sua decretação; b) a nulidade pode ser 
declarada de ofício pelo juiz, ou a requerimento do Ministério Público ou de qualquer 
interessado (CC2002 art.168), enquanto a anulabilidade só pode ser invocada pelas 
pessoas a quem aproveite, não podendo ser reconhecida ex officio( CC2002,art 177); 
c) o ato nulo não é suscetível de ratificação (CC2002, art. 169 1ªparte), ao contrário 
do ato anulável, que admite (CC2002 art. 172); d) o ato nulo não convalesce pelo 
decurso do tempo(CC2002 art. 169,2ªparte), enquanto que, para que seja decretada 
a anulação, a lei prevê o prazo decadencial de quatro anos (CC2002, art. 178); e) o 
ato nulo não produz nenhum efeito, ao invés do ato anulável, que produz efeitos 
enquanto não for anulado. 
 Segundo o art. 166, I do Código Civil de 2002, o negócio jurídico é nulo quando 
celebrado por pessoa absolutamente incapaz, ou seja, menor de dezesseis anos. 
Complementando, o art. 171, I do mesmo código atribui a propriedade de anulável aos 
negócios jurídicos celebrados por relativamente incapazes, ou seja, maiores de 
dezesseis e menores de dezoito anos. Numa situação hipotética, um menor de 
dezesseis anos, ou, absolutamente incapaz, adquire um imóvel. No ato, o vendedor 
exige arras confirmatórias e o comprador assim o faz. Tal negócio jurídico é nulo, ex 
vi art. 166, I, CC. No dia seguinte, o representante do menor toma conhecimento do 
negócio e pede a declaração de nulidade do ato, por Ação Declaratória de Nulidade. 
O negócio é desfeito, o arras é devolvido e todos os atos retroagem ao seu estado 
anterior, pois a ação declaratória, por sua natureza, produz efeitos ex tunc. Tudo justo 
e perfeito! 
 Noutra semelhante situação hipotética, uma pessoa de dezessete anos, ou, 
relativamente incapaz, adquire um imóvel. No ato, o vendedor exige arras 
confirmatórias e o comprador assim o faz. Tal ato é anulável, ex vide art. 171, I, CC. 
No dia seguinte, o assistente do menor toma conhecimento do negócio e pede a 
anulação do ato, por Ação Anulatória de efeitos ex nunc e, portanto, não retroativos. 
Esse é o entendimento de muitos juristas. De acordo com o Código Civil, o negócio 
jurídico é nulo quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz; for ilícito, 
impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo determinante, comum a ambas 
as partes, for ilícito; não revestir a forma prescrita em lei; for preterida alguma 
solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; tiver por objetivo fraudar 
lei imperativa; a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar 
sanção (art. 166). Por outro lado, será anulável o negócio jurídico, além dos casos 
expressamente declarados na lei, por incapacidade relativa do agente e por vício 
resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores 
(art. 171). 
 
É POSSÍVEL QUE O NEGÓCIO JURÍDICO NULO PRODUZA EFEITOS EM 
RELAÇÃO A TERCEIROS? 
 O ato nulo nenhum efeito produz em tempo algum, nem em juízo nem fora deste, 
porque tal ato não teve nascimento, nunca existiu. Sendo nulo, é o ato jurídico ineficaz, 
ou seja, a ineficácia jurídica é sanção correspondente aos atos nulos. Assim o ato nulo 
é imprescritível e irratificável, não gerando nenhum efeito a terceiros. O Juiz somente 
declara o ato nulo, podendo fazê-lo de ofício (ex officio), ou seja, sem ser provocado. 
A declaração de nulidade é uma penalidade ao desrespeito da norma. Os atos nulos 
não podem ser convalidados, nem ratificados. Também não se convalescem pelo 
decurso de tempo. Não produzem efeito algum.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
TEPEDINO, Gustavo. A Parte Geral do novo Código Civil. 3ª Edição Revista. 
Rio de Janeiro: Renovar, 2007. 
 
DINIZ, Maria Helena, curso de direito civil brasileiro, 18 ed. São Paulo: Saraiva, 
2002. 
 
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 18 ed., Rio de 
Janeiro: forense, 1996. 
 
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 32 ed., São Paulo: Saraiva, 2002.

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