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assistência de enfermagem ao paciente com prolemas renais

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Assistência de enfermagem ao paciente com insuficiência renal crônica
Anatomia:
Situam-se na região retroperitoneal, na parede abdominal posterior, um de cada lado da coluna vertebral (em nível das vértebras L3 e L4), sendo o rim direito ligeiramente mais baixo que o esquerdo;
Os rins medem cerca de 12 cm de comprimento, pesam 125g, tem cerca de 3 cm de espessura. Apresentam uma coloração avermelhado devido sua alta vascularização;
Do pedículo renal parte uma veia renal, ateria renal e ureter;
A unidade de filtração do rim é o néfron, sendo constituído de glomérulo e um longo túbulo;
Os glomérulos estão na região cortical e o túbulo na cortical e na medular.
Os glomérulos são constituídos por uma alça capilar parcialmente envolvido péla capsula de Bowman;
Os túbulos renais apresentam uma porção proximal, alça de Henle e porção distal;
Os túbulos renais desembocam nos túbulos coletores de urina, que se localizam nas pirâmides, se abrindo na pelve renal e posteriormente no ureter.
Fisiologia:
Os rins apresentam as seguintes funções:
Remover as substâncias indesejáveis do nosso corpo, filtrando uréia e ácido úrico;
Reabsorver a albumina e sais desejáveis como sódio, potássio e cálcio;
Excreção de substâncias desnecessárias como fósforo e hidrogênio;
Secretar hormônios para o controle do volume, da pressão arterial, do cálcio e fósforo e da formação de hemácias;
Os rins fazem parte do sistema urinário juntamente com bexiga e ureteres.
Cerca de 180 litros de sangue ao filtrados por dia. 
Todo o plasma é filtrado cerca de 60 vezes ao dia.
Cerca de 1,5 litro de urina por dia é produzida em um adulto.
A filtração glomerular depende da pressão efetiva de filtração e da permeabilidade seletiva da membrana de filtração;
Regulação da taxa de filtração glomerular (TGF):
	Intrínsecos
	Mecanismo miogênico
	 Intrínseco da arteríola eferente que contrai quando aumenta a pressão hidrostática, ou relaxa quando diminuía pressão.
	
	Mecanismo túbuloglomerular
	No aumento da pressão hidrostática (Ph) a mácula densa estimula a secreção de vasoconstrictores. A queda da Ph não tem efeitos eficientes.
	Extrínsecos
	Influência do SNS
	Inerva as arteríolas aferentes e eferentes.
	
	Hormonal
	Liberação de renina para formação de Angio2. A angio2 age no córtex da adrenal, promovendo secreção de aldosterona que eleva a pressão ao promover retenção hídrica.
*A insuficiência renal crônica é configurada quando a capacidade do rim está reduzida a menos de 15%.
Definição: 
È uma deterioração progressiva e irreversível da função renal. Resultando em retenção de substâncias que normalmente seriam eliminadas na urina, como a uréia, a creatinina, o excesso de sódio, de potássio, de água e de outras substâncias tóxicas.
*Insuficiência renal aguda: Caracteriza-se por perda súbita e quase completa da função renal causada pela diminuição da filtração glomerular. As principais causas de insuficiência renal aguda são a hipovolemia e hipotensão por períodos prolongados e a obstrução dos rins ou das vias urinárias. Se estas situações forem devidamente diagnosticadas e tratadas a tempo, os rins serão preservados da ausência de fluxo sangüíneo e não sofrerão danos.
Etiologia:
A causas podem ser divididas em 3 grupos: 
Doença primária ou dos rins;
Doenças sistêmicas que também acometem o rim;
Doenças do trato urinário ou urológico;
Obstrução do trato urinário;
Infecções;
Agentes nefrotóxicos;
Hipertensão arterial;
Diabetes;
Complicações de outras doenças renais;
Cirrose;
Aterosclerose;
Lúpus;
Grupos de risco:
Hipertensos - A transmissão da hipertensão para o glomérulo determina leão no glomérulo capilar;
Diabéticos;
Idosos – A taxa de filtração diminui com a idade secundária a outras doenças crônicas.
Pacientes com doença cardiovascular
Pacientes em uso de medicações nefrotóxica
Patologia: 
A IRC é ocasionada por distúrbios dos vasos sanguíneos, dos glomérulos, dos túbulos, do interstício renal e das vias urinárias inferiores. Com o aumento das lesões renais, progressiva deterioração da função renal e diminuição excessiva dos néfrons, chega a necessidade do paciente com IRC ser submetido a tratamento com diálise ou transplante renal para sobreviver.
Sabe-se que agente ou condições de injúria do epitélio glomerular tendem a causar a esclerose glomerular.
Quadro clínico: 
Os sinais e os sintomas da insuficiência renal variam de acordo com a causa e o nível de prejuízo renal.
	Letargia (redução da acuidade mental)
	Sintomas neurológicos por causa da intoxicação de compostos tóxicos retidos, como a uréia.
	Náuseas
	
	Vômitos e diarréia
	
	Distúrbio do sono
	
	Dificuldade de concentração
	
	Redução do apetite
	
	Câimbras
	
	Alterações plaquetárias
	
	Pele e mucosas apresentam-se secas por desidratação
	
	Hálito urêmico (a respiração pode ter o mesmo odor da urina)
	
	Sonolência
	
	Queixas constantes de cefaléia
	
	Volume urinário apresenta-se diminuído
	
	Valores de uréia e creatinina aumentados
	
	Anemia
	Causada pela diminuição da produção de eritropoetina pelos fibroblastos peritubulares renais. A eritropoetina e um hormônio que vai comandar a síntese de hemoglobina na medula óssea vermelha
	Lesões gastrointestinais sangrantes
	
	Acidose metabólica
	O rim é a principal via de eliminação dos ácidos não voláteis. Com o comprometimento da FG, os ácidos ficam acumulados.É corrigido com uso de bicarbonato oral.
	Hiperfosfatemia e hipocalcemia
	 A função renal normal é fundamental na manutenção do balanço de cálcio e do fósforo. A diminuição da função renal diminui a produção de calcitriol, forma ativa da vitamina D. A deficiência de vitamina D determina a hiperplasia da paratireóide. Logo o metabolismo do cálcio, do fósforo e do paratormônio fica comprometido.
	Dislipidemia
	A doença renal evolui com alta prevalência de alterações no metabolismo dos lipídeos. Alterações no LDL, HDL e Triglicerídeos devem ser tratadas. 
Estágios da insuficiência renal:
Quadro
Diagnóstico:
Anamnese + quadro clínico;
Exame de urina – checa presença de proteína na urina;
Exame de sangue - mede uréia e creatinina ( usada para calcular TGF – taxa de filtração glomerular);
Urinálise – detecta na urina a presença de pus, sangue, açúcar e bactérias;
Microalbuminúria – detecta pequenas qtds de proteína;
Ultra – som ou TC – mostra tamanho dos rins, se há bloqueio por pedra ou tumores ou se há problemas estruturais.
Biópsia renal – usado para identificar um tipo específico de insuficiência, determinar o nível da lesão e planejar tratamento;
* A evolução da doença é testada periodicamente com a aferição da TFG – Exame de sangue;
Tratamento:
	Controle dos demais problemas de saúde 
****Todos os problemas comprometem a vasculatura, logo a microvasculatura do glomerular, comprometendo o controle de pressão sanguínea nessa vasculatura..
	Pressão alta:
Os IECA e os Inibidores AT2 ajudam a preservar a função renal.
Pode ser indicada também a perda de peso e a redução do consumo de sal para controlar a pressão sanguínea alta;
Diabetes:
A monitoração do açúcar no sangue, controle de dieta e uso de medicação são indicados para os diabéticos;
*O controle da diabetes e pressão favorecem a prevenção de problemas cardíacos provocados pela IRC.
Anemia:
A anemia deve ser tratada, pois pode prejudicar o coração; Suplementação de ferro;
Colesterol alto:
Mudança de dieta, exercícios físicos e medicação;
 Estatinas são usadas.
Fumo e álcool:
O fumo tem efeitos vasoconstrictores, tromboembolíticos e diretos no endotélio vascular. 
	Restrição protéica
	Diminui a quantidade de metabólitos a serem filtrados pelo rim que está prejudicado;
	Diálise
	É o processo de extração dos produtos residuais e do excesso de água do corpo. Há dois métodos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
Diálise peritoneal: é um método pelo qual seintroduz um líquido estéril (líquido dialisador) na cavidade abdominal por meio de um cateter. O peritônio** é banhado com este líquido dialisador, que faz a remoção das substâncias tóxicas presentes no organismo. A quantidade de líquido infundido e a duração das infusões variam de acordo com as necessidades de cada um.
Hemodiálise: é um processo pelo qual, através de uma fístula*** arteriovenosa ou cateter de longa ou curta duração, o sangue do indivíduo passa por uma máquina que contém um sistema de filtro artificial, simulando os rins, eliminando assim as substâncias tóxicas do corpo.
	Transplante renal
	Tornou-se o tratamento de escolha para a maioria dos portadores de doença renal crônica.
** Peritônio – É uma membrana serosa que reveste internamente a cavidade abdominal e pélvica (peritônio parietal), bem como os órgãos contidos nela (peritônio visceral).
*** Fístula arteriovenosa – É um canal que faz comunicação entre artéria e veia, obtido através de um procedimento cirúrgico.
 
Cuidado de Enfermagem:
	Balanço hídrico
	
	Controle de peso
	
	Observar, comunicar e anotar presença de edema
	
	Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial
	
	Higiene oral
	
	Cuidados com métodos dialíticos, se necessário

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