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Primeira semana de gestação:
o início do desenvolvimento humano
Clivagem do Zigoto
• As sucessivas divisões mitóticas do zigoto provocam um rápido
aumento no número de células embrionárias (blastômeros) que
tornam-se menores a cada divisão;
• Inicia-se cerca de 30 horas após a fecundação, dentro da zona
pelúcida e ocorre durante a passagem do zigoto pela tuba
uterina até o útero;
Compactação e Morulação
• Após atingir nove células o zigoto sofre compactação – os
blastômeros mudam de forma e se agrupam firmemente uns
com os outros formando uma bola compacta de células;
• A partir de 12 blastômeros esse agrupamento de células
chama-semórula;
• A mórula se forma cerca de três dias após a fecundação e
alcança o útero.
Formação do Blastocisto
• No útero (~ 4 dias após a fecundação) surge no interior da
mórula um espaço preenchido por fluido (proveniente da
cavidade uterina), conhecido como cavidade blastocística ou
blastocele;
Formará a parte embrionária da 
placenta.
Dará origem 
ao embrião
Formação do Blastocisto
• Após permanecer suspenso nas
secreções uterinas por
aproximadamente 2 dias, a zona
pelúcida gradualmente se degenera.
• Enquanto isso o embrioblasto se
projeta para a cavidade blastocística
e o trofoblasto se torna a parede do
blastocisto;
• O desaparecimento da zona pelúcida
permite ao blastocisto aumentar
rapidamente de tamanho;
• Ele nutre-se das secreções das
glândulas uterinas.
O sinciciotrofoblasto produz 
enzimas que erodem os tecidos 
maternos permitido a 
implantação do blastocisto no 
endométrio e produz o 
hormônio gonadotrofina 
coriônica humana (hCG), que vai 
manter o funcionamento do 
corpo lúteo.
• Cerca de 6 dias após a 
fecundação ocorre a 
adesão ao endométrio e o 
trofoblasto começa a se 
proliferar e diferenciar em 
sinciciotrofoblasto e 
citotrofoblasto.
Eventos da primeira semana
Segunda semana de gestação:
formação do disco embrionário bilaminar
Transição entre a primeira e a segunda semana de gestação: 
Início da implantação do blastocisto no endoderma
Segunda semana de gestação
A cavidade exocelômica
é delimitada 
superiormente pelo 
hipoblasto, que se 
continua com a 
membrana exocelômica
formando o saco 
vitelínico primitivo.
Segunda semana de gestação:
formação do disco embrionário
Segunda semana de gestação:
logo após formação do disco embrionário
- Surgem as lacunas no 
sincicio, que são preenchidas 
por sangue materno dos 
capilares endometriais 
rompidos e de restos celulares 
das glândulas uterinas. 
- A essa mistura é dado o 
nome de embriotrofo, que 
passa por difusão para o disco 
embrionário nutrindo-o 
(Circulação uteroplacentária 
primitiva).
Segunda semana de gestação
• No 10° dia, o concepto (embrião e membranas extraembrionárias)
está completamente implantado no endométrio.
• Como consequência de sua passagem há uma falha no epitélio
endometrial que é preenchida por um tampão (coágulo), por
aproximadamente dois dias quando o epitélio se regenera recobrindo
o tampão.
Segunda semana de gestação
• Após a implantação, as células do tecido conjuntivo endometrial
sofrem uma transformação (reação decidual), na qual passam a
acumular glicogênio e lipídios em seu citoplasma ficando
intumescidas (células deciduais).
• Essa modificação do tecido conjuntivo favorece o sucesso da
gestação pois dão início a formação da decídua, camada
endometrial, que entre outras funções dará origem à parte
materna da placenta oferecendo proteção física e imunológica
para o embrião.
Segunda semana de gestação
• Por volta do 12º dia as lacunas do sincicio fundem-se para
formar as redes lacunares que, além de darem um aspecto
esponjoso ao sincicio, serão as precursoras dos espaços
intervilosos da placenta, que estarão relacionados com a
nutrição embrionária.
• O mesoderma extraembrionário cresce e surgem no seu
interior os espaços celômicos extraembrionários, que se
fundem rapidamente, formando o celoma
extraembrionário, cavidade preenchida por fluido que
contem em seu interior o âmnio e o saco vitelínico.
• O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento
das vilosidades coriônicas primárias.
Segunda semana de gestação
Segunda semana de gestação
Sítios de implantação dos blastocistos
• Geralmente ocorre no
endométrio na porção
antero-superior do
corpo uterino.
• A implantação pode ser
confirmada com
ultrassonografia ou por
dosagem do hCG.
Implantação extrauterina
• Gestação ectópica � ocorre quando o
blastocisto se implanta fora do útero.
• 95% a 98% das implantações ectópicas
ocorrem na ampola e no istmo da tuba
uterina.
• A gestação ectópica é a principal causa de
morte materna durante o primeiro trimestre.
Gravidez ectópica
Gravidez ectópica
• Sintomas:
– Dor abdominal, sangramento anormal, irritação
do peritônio pélvico (peritonite).
• Causas:
– Estão frequentemente associadas a fatores que
atrasam ou impedem o transporte para o útero do
zigoto em clivagem.
• Ex: aderências na mucosa da tuba uterina, obstruções
causadas por cicatriz resultante de infecção na cavidade
pélvica abdominal, etc.
Gravidez abdominal
• Ocorre quando o blastocisto se implanta na
cavidade peritoneal, na bolsa retouterina.
• A gestação pode chegar a termo, com o feto
removido cirurgicamente, entretanto a
placenta aderida aos órgãos abdominais causa
um considerável sangramento intraperitoneal,
aumentando o risco de morte materna.
Gravidez cervical
• É incomum.
• A placenta se adere firmemente aos tecidos
musculares e fibrosos do colo, resultando,
frequentemente, em sangramento e
subsequente intervenção cirúrgica, como a
histerectomia (excisão do útero).
Aborto espontâneo
• A maioria acontece durante as 3 primeiras semanas.
Estima-se que 30% a 50% de todos os zigotos nunca se
desenvolvem em blastocistos nem se implantam.
• Frequentemente ocorrem antes que a mulher perceba
que está grávida, sendo confundido com atraso
menstrual.
• Prováveis causas:
– Endométrio pouco desenvolvido, anormalidade
cromossômica letal, defeitos do tubo neural, fenda labial e
fenda palatina.
Inibição da implantação
• Pílula do dia seguinte: doses grandes de
progestinas e/ou estrogênios durante vários dias
não impede a fecundação, e sim a implantação
do blastocisto.
• DIU: interfere na implantação ao provocar uma
reação inflamatória local. Alguns DIU contêm
progesterona, que é lentamente liberado e
interfere no desenvolvimento do endométrio de
modo que não ocorra a implantação.

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