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D e s e n v o l v i m e n t o e m b r i o n á r i o P r o f ª . M s c . J u l i a n a M u n d u r u c a Primeira semana de gestação: o início do desenvolvimento humano Clivagem do Zigoto • As sucessivas divisões mitóticas do zigoto provocam um rápido aumento no número de células embrionárias (blastômeros) que tornam-se menores a cada divisão; • Inicia-se cerca de 30 horas após a fecundação, dentro da zona pelúcida e ocorre durante a passagem do zigoto pela tuba uterina até o útero; Compactação e Morulação • Após atingir nove células o zigoto sofre compactação – os blastômeros mudam de forma e se agrupam firmemente uns com os outros formando uma bola compacta de células; • A partir de 12 blastômeros esse agrupamento de células chama-semórula; • A mórula se forma cerca de três dias após a fecundação e alcança o útero. Formação do Blastocisto • No útero (~ 4 dias após a fecundação) surge no interior da mórula um espaço preenchido por fluido (proveniente da cavidade uterina), conhecido como cavidade blastocística ou blastocele; Formará a parte embrionária da placenta. Dará origem ao embrião Formação do Blastocisto • Após permanecer suspenso nas secreções uterinas por aproximadamente 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera. • Enquanto isso o embrioblasto se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto se torna a parede do blastocisto; • O desaparecimento da zona pelúcida permite ao blastocisto aumentar rapidamente de tamanho; • Ele nutre-se das secreções das glândulas uterinas. O sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem os tecidos maternos permitido a implantação do blastocisto no endométrio e produz o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), que vai manter o funcionamento do corpo lúteo. • Cerca de 6 dias após a fecundação ocorre a adesão ao endométrio e o trofoblasto começa a se proliferar e diferenciar em sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto. Eventos da primeira semana Segunda semana de gestação: formação do disco embrionário bilaminar Transição entre a primeira e a segunda semana de gestação: Início da implantação do blastocisto no endoderma Segunda semana de gestação A cavidade exocelômica é delimitada superiormente pelo hipoblasto, que se continua com a membrana exocelômica formando o saco vitelínico primitivo. Segunda semana de gestação: formação do disco embrionário Segunda semana de gestação: logo após formação do disco embrionário - Surgem as lacunas no sincicio, que são preenchidas por sangue materno dos capilares endometriais rompidos e de restos celulares das glândulas uterinas. - A essa mistura é dado o nome de embriotrofo, que passa por difusão para o disco embrionário nutrindo-o (Circulação uteroplacentária primitiva). Segunda semana de gestação • No 10° dia, o concepto (embrião e membranas extraembrionárias) está completamente implantado no endométrio. • Como consequência de sua passagem há uma falha no epitélio endometrial que é preenchida por um tampão (coágulo), por aproximadamente dois dias quando o epitélio se regenera recobrindo o tampão. Segunda semana de gestação • Após a implantação, as células do tecido conjuntivo endometrial sofrem uma transformação (reação decidual), na qual passam a acumular glicogênio e lipídios em seu citoplasma ficando intumescidas (células deciduais). • Essa modificação do tecido conjuntivo favorece o sucesso da gestação pois dão início a formação da decídua, camada endometrial, que entre outras funções dará origem à parte materna da placenta oferecendo proteção física e imunológica para o embrião. Segunda semana de gestação • Por volta do 12º dia as lacunas do sincicio fundem-se para formar as redes lacunares que, além de darem um aspecto esponjoso ao sincicio, serão as precursoras dos espaços intervilosos da placenta, que estarão relacionados com a nutrição embrionária. • O mesoderma extraembrionário cresce e surgem no seu interior os espaços celômicos extraembrionários, que se fundem rapidamente, formando o celoma extraembrionário, cavidade preenchida por fluido que contem em seu interior o âmnio e o saco vitelínico. • O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias. Segunda semana de gestação Segunda semana de gestação Sítios de implantação dos blastocistos • Geralmente ocorre no endométrio na porção antero-superior do corpo uterino. • A implantação pode ser confirmada com ultrassonografia ou por dosagem do hCG. Implantação extrauterina • Gestação ectópica � ocorre quando o blastocisto se implanta fora do útero. • 95% a 98% das implantações ectópicas ocorrem na ampola e no istmo da tuba uterina. • A gestação ectópica é a principal causa de morte materna durante o primeiro trimestre. Gravidez ectópica Gravidez ectópica • Sintomas: – Dor abdominal, sangramento anormal, irritação do peritônio pélvico (peritonite). • Causas: – Estão frequentemente associadas a fatores que atrasam ou impedem o transporte para o útero do zigoto em clivagem. • Ex: aderências na mucosa da tuba uterina, obstruções causadas por cicatriz resultante de infecção na cavidade pélvica abdominal, etc. Gravidez abdominal • Ocorre quando o blastocisto se implanta na cavidade peritoneal, na bolsa retouterina. • A gestação pode chegar a termo, com o feto removido cirurgicamente, entretanto a placenta aderida aos órgãos abdominais causa um considerável sangramento intraperitoneal, aumentando o risco de morte materna. Gravidez cervical • É incomum. • A placenta se adere firmemente aos tecidos musculares e fibrosos do colo, resultando, frequentemente, em sangramento e subsequente intervenção cirúrgica, como a histerectomia (excisão do útero). Aborto espontâneo • A maioria acontece durante as 3 primeiras semanas. Estima-se que 30% a 50% de todos os zigotos nunca se desenvolvem em blastocistos nem se implantam. • Frequentemente ocorrem antes que a mulher perceba que está grávida, sendo confundido com atraso menstrual. • Prováveis causas: – Endométrio pouco desenvolvido, anormalidade cromossômica letal, defeitos do tubo neural, fenda labial e fenda palatina. Inibição da implantação • Pílula do dia seguinte: doses grandes de progestinas e/ou estrogênios durante vários dias não impede a fecundação, e sim a implantação do blastocisto. • DIU: interfere na implantação ao provocar uma reação inflamatória local. Alguns DIU contêm progesterona, que é lentamente liberado e interfere no desenvolvimento do endométrio de modo que não ocorra a implantação.
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