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1 ATPS.LITERATURA INFANTIL PEDAGOGIA

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PEDAGOGIA/5º SEMESTRE
LITERATURA INFANTIL
POLO JULIO DE CASTILHO
Campo Grande/MS, maio de 2015
ATIVIDADES DE PRÁTICAS 
SUPERVISIONADAS
  
DELUCENIA REZENDE MARCELINO RA. 425661
 JAIR ROMEIRO RA.434276
 LAUDELINA APARECIDA DA COSTA RA. 426887
 NEUZA MEIRELLES BENITEZ RA. 437128
 ROSEMEIRE LUIZ DA SILVA RA .418903
 SOLANGE LUIZ DA SILVA RA. 444492
GRUPO
	Este trabalho discorrerá sobre a Literatura Infantil. Literatura infantil é um campo de conhecimento relativamente recente no Brasil, mas que nos últimos anos vem sendo debatido e pesquisado por diversos estudiosos da área da educação. 
	Por literatura infantil entende-se um conjunto de textos – escritos por adultos e lidos por crianças – que foram paulatinamente sendo denominados como tal, em razão de certas características sedimentadas historicamente, por meio, entre outros, da expansão de um mercado editorial específico e de certas instâncias normalizadoras, como a escola e a academia (MORTTATI 2001).
	Na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é imprescindível que o profissional docente conheça todos os mecanismos fundamentados acerca da Literatura infantil e ilustrações para facilitar o processo inicial de alfabetização desses alunos. 	 	
	
INTRODUÇÃO
	Ao pesquisar a história das culturas e a maneira como foram transmitidas para as gerações, consegue-se identificar que nesse percurso a literatura sempre foi um veículo importantíssimo. Dessa forma, você compreenderá que a literatura pode revelar conhecimentos que perpassam geração a geração, mostrando maneiras de refletir ou conceber o mundo de acordo com a realidade social de cada época.	
	Coelho (2000) enfatiza que Literatura é uma linguagem específica que, como toda linguagem, expressa uma determinada experiência humana, e dificilmente poderá ser definida com exatidão. Cada época compreendeu e produziu literatura a seu modo. Conhecer esse ‘modo’ é, sem dúvida, conhecer a singularidade de cada momento da longa marcha da humanidade em sua constante evolução (COELHO, 2000, p. 27). Para tanto, a autora sugere alguns princípios orientadores úteis para a seleção e escolha de livros considerados adequados para cada faixa etária dos respectivos leitores.
A Literatura Infantil e Seus Caminhos
	São exemplos de categorias elencadas por Coelho (2010):
	• Pré-leitor se divide em duas fases: Primeira infância (dos 15/17 meses aos 3 anos) e Segunda infância (a partir dos 2/3 anos). Nessa fase é importante oferecer livros de pano e plástico e colocá-los em seus brinquedos. A participação do adulto é fundamental. 
	• Leitor iniciante (a partir dos 6/7 anos). Nessa fase a imagem predomina sobre o texto e os personagens são reais ou simbólicos. 
	• Leitor em processo (a partir dos 8/9 anos). Nessa fase há presenças de imagens mas agora em dialogo com o texto e o realismo e imaginário despertam interesses. Alguns exemplos de livros: 
	• Leitor fluente (a partir dos 10/11 anos). Nessa fase as imagens já não são indispensáveis pois o texto começa a ter um grau de importância maior e o maravilhoso e o mágico continuam sendo importantes. 
	• Leitor crítico (a partir dos 12/13 anos). Essa é a fase que o texto literário deve extrapolar o mero prazer e provocá-lo para os mecanismos da leitura. 
As Categorias de Leitores
	A infância nem sempre foi sinônimo de um ser em formação com características peculiares. Cada estória, com seus enredos, revela as características próprias de sua época, conforme Coelho (2012, p. 27), ressalta: a literatura é uma linguagem específica que, como toda linguagem, expressa uma determinada experiência humana e, dificilmente, poderá ser definida com exatidão. Cada época compreendeu e produziu literatura a seu modo. Conhecer esse “modo” é, sem dúvida, conhecer a singularidade de cada momento da longa marcha da humanidade em sua constante evolução”. No caso brasileiro, especificamente, trata-se de um gênero literário, cuja origem está diretamente relacionada com a organização de um aparelho escolar republicano e com certas concepções de infância, segundo as quais a criança – leitor previsto para o textos do gênero e responsável pelo qualificativo infantil – é um ser considerado “sem voz” e “em formação”. Para ser crescimento integral, necessita submeter-se: ao processo de escolarização, enquanto prática sociocultural mediadora entre o mundo adulto e o infantil; e à aprendizagem da leitura, enquanto prática sociocultural mediadora entre os textos produzidos por adultos com finalidades de formação e seus leitores infantis (MOTTARTI 2001).
A Literatura Como uma Linguagem
	Para a autora se analisarmos as grandes obras que através dos tempos se impuseram como “literatura infantil”, percebe-se que pertencem simultaneamente a duas áreas distintas, embora limítrofes e interdependentes, que são a Arte e a Pedagogia. 
	A autora Nelly Coelho (2010) destaca que, para que o convívio do leitor com a literatura resulte efetivo, nessa aventura espiritual que é a leitura, muitos são os fatores em jogo. Entre os mais importantes está a necessária adequação dos textos às diversas etapas do desenvolvimento infantil/juvenil”. Nesse sentido, o ato de ler (ou de ouvir), pelo qual se completa o fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem”.
Leitura: uma Aventura Espiritual
	Para as crianças pequenas que não sabem ler convencionalmente, elas são atraídas pelas cores e ilustrações contidas nos livros, conforme nos aponta Colombo (2011) que segundo ele é inevitável pensar na ilustração como uma ferramenta capaz de promover aprendizagens significativas, ao passo que possibilita a criança o acesso à leitura antes mesmo desta dominar a linguagem do código escrito. 
	Dentro dessa perspectiva, as ilustrações de livros de literatura infantil e o projeto gráfico de livros de literatura infantil são de grande importância para ajudar a atrair a atenção da criança para o livro e possivelmente sua leitura, auxiliando na formação de leitores e contribuindo no processo de aquisição da leitura e escrita por parte das crianças. Os investimentos têm ocorrido em projetos gráficos de livros de literatura infantil cada vez mais modernos, com ilustrações cada vez mais ricas em conteúdos que, em alguns casos, chegam a dispensar a linguagem escrita, como nos livros de imagens (COLOMBO 2011).
A Importância da Ilustração de Livros Literários Infantis
	Um dos grandes desafios da atualidade para os professores e professora é criar nas crianças o gosto pela leitura, uma vez que, segundo Colombo (2011), atualmente, os diversos tipos de mídia acabam prendendo cada vez mais a atenção e interesse de jovens, adultos e crianças, principalmente do público infantil, que estão constantemente em contato com diferentes tipos de mídia, como televisão, vídeo-game, computadores e Internet. Dessa forma, as crianças afastam-se da leitura de livros de literatura infantil, agentes importantes na formação de leitores ativos no processo de leitura e escrita, contribuindo para a não formação de crianças leitoras.
	Nessa perspectiva, Colombo (2011) ressalta que o resgate da leitura de livros de literatura infantil por parte das crianças, é algo de grande necessidade e importância, já que nessa fase se constrói a necessidade pela leitura e se formam a personalidade e atitudes de um futuro adulto leitor. A leitura, frequente, na infância, também, contribui de forma direta para o sucesso no processo de aquisição da escrita.
	
A Importância da Ilustração de Livros Literários Infantis
	 A concepção de livros para crianças era diferente da que se tem na atualidade. Os livros para adultos eram adaptados às crianças e transformados em livros “infantis”. 
	“Deu a louca na Chapeuzinho” é a releitura ou a adaptação de uma versão clássica de “Chapeuzinho Vermelho” com uma linguagem atual, forma de reagir dos personagens bem peculiar à contemporaneidade e que tem um desfecho bem diferente do tradicional. 
	A literatura infantil de acordo com Coelho (2010),
é classificada por diferentes gêneros literários, os quais, por sua vez, dividem-se em alguns subgêneros. Há ainda dentro das estruturas dos gêneros os contos que se diferenciam, segundo Coelho (2010), entre Contos maravilhosos, Contos de Fadas, Contos exemplares, Contos Jocosos, Facécias, Contos religiosos, Contos etiológicos e Contos acumulativos. Sobre o conto maravilhoso e conto de fadas, a autora coloca que no conto maravilhoso, fonte misteriosa de onde nasceu a literatura, nascem os personagens que possuem poderes sobrenaturais, que se deslocam contrariando a lei da gravidade, sofrem metamorfoses, sofrem embates com forças do Bem e do Mal, entre outras situações maravilhosas. 
Adaptação das Versões
	A origem dos contos maravilhosos é oriental, mas eles foram difundidos pelos árabes, cujas histórias são representadas, por exemplo, por “As Mil e Uma Noites”, “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa”, “O gato de Botas”, entre outras.
	O conto de fadas, famoso entre as crianças, teve origem entre os celtas, com heróis e heroínas atrelados a histórias e aventuras sobrenaturais e misteriosas que visavam à realização interior do ser humano. A presença da fada, pertencente à área do mito, ocupa lugar privilegiado, contemplando a possível realização de sonhos e ideais próprios ao ser humano. Muitas vezes, as fadas atuam nos contos como uma ajuda mágica que auxilia as personagens.
	Coelho (2010) estabelece uma relação entre elementos que se encontram na estrutura dos dois contos acima (contos maravilhosos e de fadas): onipresença da metamorfose, o uso de talismãs, a força do 20 destino, o desafio do mistério ou do interdito, a reiteração dos números, a magia e divindade e, por fim os valores éticos-ideológicos. Em resumo, os diferentes gêneros e subgêneros revelam características únicas quanto às suas origens e classificações da literatura vontade aos pequenos leitores. 
Os Contos
	Reflexão sobre o seguinte trecho de Nelly Coelho: 
	“A matéria narrativa ou corpus narrativo resulta, pois, de uma voz que narra uma história a partir de um certo ângulo de visão (ou foco narrativo) e vai encadeando as sequências (efabulação), cuja ação é vivida por personagens; está situada em determinado espaço; dura determinado tempo e se comunica através de determinada linguagem ou discurso, pretendendo ser lida ou ouvida por determinado leitor/ouvinte”. 
	A Literatura é um vasto campo imaginário que provoca diferente sentidos em diferentes pessoas. Do nível narrativo para o nível ideológico a mesma história pode ganhar diferentes significados tanto para quem lê como para quem ouve. Diante desses apontamentos, é imprescindível perceber que as obras literárias revelam certa consciência de mundo e até da concepção de vida de cada escritor, assim como toda leitura traz uma determinada consciência de mundo para quem lê. Essa relação entre leitor e o outro (escritor) reflete a consciência e, consequentemente, o conhecimento. É dessa forma que o ato de ler se transforma em ato de aprendizagem, é quando esse ato permite à criança estabelecer relações entre o que ela leu e o que ela já viveu. 
Compreensão do Grupo
	Era uma vez um comerciante e ele tinha uma filha muito linda! 
	Por isso seu nome se chamava Bela!
	Bela era uma ótima filha: muito carinhosa, atenciosa, querida e sempre ajudava seu velho pai a cuidar da casa. Afinal, eram só eles dois. Eles se davam muito bem e se amavam muito. 
	Bela cuidava de seu pai, pois já era um senhor de idade e mesmo assim ainda trabalhava para manter o seu conforto e de sua filha.
Reconto do Clássico “A Bela e a Fera”
	Um belo dia, o pai de Bela vem caminhando de volta do trabalho para casa quando se depara com um lindo jardim de um Castelo e decide pegar uma linda rosa para levar para sua filha mais. No momento exato em que ele pega a Rosa, um homem muito feio desce o Castelo e o acusa de roubo e diz para o comerciante que ele ficará preso em seu Castelo para pagar pelo que fez. 
	O comerciante desesperado pede perdão para o homem mas nada adiantou. Então, pediu um pequeno favor: que ele pudesse ir se despedir de sua querida filha que ele tanto amava. 
	O homem feio então permitiu que o velho fosse se despedir.
	Chegando em casa ele conta toda a estória para Bela que fica horrorízada com a noticia que recebe de seu velho pai e diz que vai com ele tentar conversar com o tal homem. O pai diz que não iria adiantar de nada, que era melhor deixar pra lá, mas Bela insiste e o pai acaba cedendo. Bela e seu pai foram, então, muito tristes caminhando até o Castelo. Quando chegaram lá, Bela suplicou para o homem feio que deixasse seu pai ir embora pois ele estava velho demais e não aguentaria. O homem então permitiu que eles trocassem: o pai voltasse pra casa e Bela ficasse presa no Castelo. O pai, então, foi muito triste pra casa.
	
	
	Bela demorou para se acostumar com a casa e com aquele homem feio. 
	Ao passar do tempo, a intimidade foi crescendo e o homem disse que o chamavam de Fera. Então Bela o chamava de Fera sempre. Começaram a conversar no jardim, ler juntos, almoçar e jantar juntos até que um dia em que os dois se apaixonam um pelo outro e dançam no salão do Castelo. Fera gostava tanto de Bela que permtiu que ela fosse visitar seu pai depois de tanto tempo. Então Bela foi ver seu pai. Ao voltar se deparou com uma cena inesperada.
	
	Bela viu que Fera estava muito doente e quase morrendo. Bela então perguntou o que tinha acontecido, mas Fera estava tão abatida que não conseguia responder Bela. 
	Bela desesperada diz em alto e bom som que Fera não poderia lhe deixar pois ela o amava muito e em seguida beijou seu rosto.
	No mesmo momento, Fera começou a se transformar, a ter outra feição.
	Fera se transformou em um lindo príncipe e explica para Bela que uma bruxa o tinha enfeitiçado a muito tempo, e que o feitiço só seria desfeito se alguém que o amasse de verdade, o beijasse.
	Depois disso, Bela e Fera se casaram e viveram felizes para sempre no Castelo.
	Através desta Atividade Prática Supervisionada descobrimos o mundo mágico e da literatura infantil que tem o poder de encantar as crianças e despertá-las para o gosto da leitura. Percebemos que há duas possibilidades de compreender as finalidades das produções literárias através da Arte e da Pedagogia. Uma como intenção artística e a outra como intencionalidade pedagógica e, que ambas podem e devem se complementar. Aprendemos também que existe uma adequação das produções literárias considerando as diferentes fases do leitor, observando a relação entre a criança, o livro e o ato de ler e que isto foi possível após o surgimento da psicologia experimental.
	Profissionais da área de Educação Infantil e dos anos Iniciais devem se dedicar cada vez mais ao estudo da literatura infantil enfatizando suas possibilidades de aplicação no processo de ensino-aprendizagem escolar nessa modalidade de ensino com o objetivo de suscitar, desde cedo na criança, o contato com os mais variados gêneros literários que certamente contribuirão aquisição do saber de forma lúdica e prazerosa. 
Considerações Finais
	COLOMBO, Fabiano José. A importância do trabalho educativo com ilustrações de livros de literatura infantil. Marília: UNESP, 2011. Disponível em:<https://docs.google. com/a /aedu. com /document/d/1-ik3ipilJOafGTy9k1Ldv0lNOaVeF4NJYsN2xAxDyb0/edit?hl=pt_BR#>. Acesso em: 21 maio. 2013.
	MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Leitura Crítica da Literatura Infantil. Revista Itinerários. Araraquara, 2001. Disponível em:<https://docs.google.com/a/aedu.com/document/d/1DV0TSoBuLPqgdy7KrckqMKQsOQMqH3BOe_LsQoNpsic/edit?hl=pt_BR#>. Acesso em: 24 maio. 2015.
	Wikipédia , a enciclopédia livre. Disponível em www.wikipedia.org/. Acesso em 10/05/2015.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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