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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA 
DISCIPLINA: CINÉTICA QUÍMICA 
PROFESSORA: MEIRY GLÁUCIA F. RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISITA AO LABNOV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
Ítalo Barros Meira Ramos 
Matrícula: 113111294 
 
 
 
 
Campina Grande – PB, 23 de Março de 2015. 
 
 
 
1 OBJETIVO 
 
 
O presente trabalho tem como finalidade descrever com detalhes, de uma maneira clara e 
objetiva a visita realizada ao Laboratório de Desenvolvimento de Novos Materiais (LabNov) pela 
turma de Cinética Química 2014.2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 INTRODUÇÃO 
 
 
Em visita ao Laboratório de Desenvolvimento de Novos Materiais (LabNov) coordenado 
pela Professora Doutora Meiry Gláucia Freire Rodrigues, pode-se entender melhor alguns dos 
processos que são muito utilizados na área de Catálise e caracterização de materiais. 
Uma das principais técnicas de análise é a de área superficial. Os materiais não são 
totalmente sólidos, eles são formados por poros e cavidades, que quando unidos assemelham-se a 
uma esponja. Os reagentes são adsorvidos nas superfícies desses materiais, reagem dentro dessas 
cavidades e os produtos são formados. Daí, surgiu a necessidade de descobrir a área desses poros. 
Sendo assim, no LabNov o equipamento utilizado para essa técnica é chamado de ASAP 2020 
(Accelerated Surface Area and Porosimetry). Ele faz toda a análise e fornece não só o tamanho dos 
poros, mas outras características importantes, como: a área superficial total, volume, quantidade de 
poros etc. Quanto mais poros o material tem, melhor e mais rapidamente ocorre a reação. O 
equipamento citado é dividido em duas partes, a primeira parte é composta por dois tubos, um é 
responsável pela purificação do material, remoção de umidade e impurezas, e é onde todo o ar 
presente é retirado, deixando a amostra no vácuo, a outra é para onde tais impurezas vão parar. 
Enquanto que a segunda parte é onde ocorre a adsorção, através de um gás inerte (nitrogênio) que é 
adsorvido a fim de que se descubra a área superficial, e com uma diferença de pressão ele descobre 
o tamanho e quantidade de poros. A análise mais comum é a chamada BET, equação proposta por 
Brunauer, Emmett e Teller, que relaciona diretamente o volume adsorvido em função da pressão 
relativa do gás. Outras análises também podem ser feitas através desse equipamento, mas no 
momento essa é a mais interessante aos materiais trabalhados no laboratório. 
Outro equipamento também de grande relevância é o chamado Cromatógrafo Gasoso. É um 
instrumento analítico que permite analisar diversos compostos. Uma solução de amostra é inserida 
no injetor do equipamento e transportada por um gás através de um tubo de separação, que é 
chamado “coluna”. Gás hélio ou nitrogênio podem ser utilizados para este transporte e são 
chamados de gases de arraste, tais gases são descartados após o uso. O tempo de operação desse 
equipamento depende muito do operador e do material no qual está se fazendo a análise. Toda a 
avaliação interna é feita única e exclusivamente pela máquina, a única parte manual é apenas o 
controle externo. Algumas vantagens da cromatografia é a sua rapidez, eficiência e alta precisão, 
sendo limitado apenas a amostras voláteis. 
 
 
 
 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
A turma de Cinética Química 2014.2 realizou em 17 de março de 2015 (terça-feira), às 
10h00min, uma visita promovida pela Professora Doutora Meiry Gláucia Freire Rodrigues ao 
Laboratório de Desenvolvimento de Novos Materiais (LabNov). Os alunos tiveram a oportunidade 
de conhecer o ambiente do laboratório, que desenvolve pesquisas há anos em diversas áreas de 
Ciência e Tecnologia, mas principalmente com ênfase em Catálise e Meio Ambiente. 
 Após a introdução inicial, a Doutoranda Fabiana Medeiros do Nascimento Silva descreveu 
as características e funcionalidades do equipamento ASAP 2020. Posteriormente, o Doutorando 
Tellys Lins Almeida Barbosa explanou o princípio de funcionamento do Cromatógrafo Gasoso e as 
suas aplicações na área de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.1 – Placa do LABNOV. Fonte: Página do LABNOV em rede social. 
 
Meiry Gláucia Freire Rodrigues 
 
Meiry Gláucia Freire Rodrigues possui graduação em Engenharia Química pela Universidade 
Federal da Paraíba (1989), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de São 
Carlos (1992) e doutorado (Doctorat de Chimie Appliquée) pela Université de Poitiers, França 
(1996). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal de Campina Grande, 
Unidade Acadêmica de Engenharia Química. Tem experiência na área de Engenharia Química e 
Engenharia Ambiental, com ênfase em Petróleo e Petroquímica, atuando principalmente nos 
seguintes temas: Processo de separação óleo/água utilizando como adsorventes argilas 
organofílicas, Desenvolvimento de catalisadores (peneiras moleculares), Incorporação de metais em 
peneiras moleculares (Ni, Pt, Ru, Fe, Co), Desenvolvimento de argilas organofílicas, 
 
 
Desenvolvimento de membranas zeolíticas, Remoção de metais pesados (Cu, Cr, Zn, Cd, Ni, Pb) de 
efluentes sintéticos, Processos catalíticos: Isomerização de alcanos, Síntese de Fischer-Tropsch e 
Reforma de nafta. O seu nome em citações bibliográficas é RODRIGUES, M. G. F 
7
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.2 – Professora Doutora Meiry Gláucia. Fonte: Plataforma Lattes. 
 
Fabiana Medeiros do Nascimento Silva 
 
Fabiana Medeiros do Nascimento Silva é atualmente Doutoranda em Engenharia Química 
pela Universidade Federal de Campina Grande atuando como pesquisadora pelo Laboratório de 
Desenvolvimento de Novos Materiais (LabNov). Possui graduação em Licenciatura em Química 
pela Universidade Estadual da Paraíba (2008), especialização em Metodologia do Ensino de 
Química (UNINTER, 2010). Lecionou no período de maio (2010) a julho (2011) no Colégio de 
Santa Rita de Areia (PB) e de julho (2006) até julho (2011) na E.E.E.F.M. José Bronzeado 
Sobrinho em Remígio (PB). Tem experiência na área de Química, Meio Ambiente e Catálise. O seu 
nome em citações bibliográficas é SILVA, F. M. N 
8
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.3 – Doutoranda Fabiana Medeiros. Fonte: Foto retirada de rede social. 
 
 
Tellys Lins Almeida Barbosa 
 
Atualmente Doutorando em Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina 
Grande atuando como pesquisador pelo Laboratório de Desenvolvimento de Novos Materiais 
(LABNOV). Graduado em Química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba, possui curso 
Técnico em Eletroeletrônica pelo Centro de Formação Profissional Stênio Lopes - SENAI. Tendo 
experiências no tratamento de águas e no pré-tratamento de sistemas de dessalinização via osmose 
inversa, como também na área técnica de Automação, Mecatrônica e Robótica, com ênfase em 
Projetos de Automação e Mecatrônica. O seu nome em citações bibliográficas é BARBOSA, T. L. 
A 
9
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.4 – Doutorando Tellys Lins. Fonte: Plataforma Lattes. 
 
 
A partir da próxima página, estão as informações coletadas (durante a visita) referente aos 
equipamentos apresentados ASAP 2020 e o Cromatógrafo Gasoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASAP 2020 
 
 
Qualquer material exibindo propriedades dependentes da área superficial ou porosidade pode 
e deve ser caracterizadoutilizando a técnica de adsorção/dessorção de nitrogênio a 77K. Material 
na forma de pó, incluindo reagentes, produtos de reações, intermediários, solos, argilas, 
catalisadores, precursores particulados, extratos vegetais dessecados, ossos desidratados ou 
qualquer amostra que apresente morfologia na forma de partículas ou contenha poros, irá apresentar 
propriedades dependentes destes aspectos 
1
. 
Exemplos da influência da morfologia no desempenho de materiais: catalisadores na forma de 
pó e com grande área específica são infinitamente mais eficientes que os mesmos materiais na 
forma de sólido compactado. Um material triturado ou moído apresenta maior solubilidade, 
capacidade de adsorção e temperatura de processamento menor. Adsorventes de odores ambientais, 
filtros de máscaras de gases tóxicos, pigmentos de tintas e vernizes, borrachas de pneus, entre 
outros materiais são altamente dependentes de sua morfologia, a ponto dos produtos não poder ser 
comercializado sem que estas características sejam controladas 
1
. 
A técnica de adsorção/dessorção de nitrogênio a 77K permite determinar com relativa 
precisão a área específica dos materiais (área de superfície por grama de material), o volume total 
de poros, seus diâmetros médios predominantes ao longo de um grande intervalo de tamanhos, a 
área superficial externa (excluindo a área interna dos poros), a energia de adsorção e dessorção de 
cada fase contida no material. Permite avaliar materiais sujeitos a lixiviação, corrosão, sinterização, 
sujeitos à deposição de material superficial, monitorar processos de calcinação, recozimento, 
trituração, moagem, dentre outros 
1
. 
O ASAP 2020 é um analisador de área superficial e porosimetria de operação automática, 
técnica de adsorção física por volume estático, não necessita mistura de gases. Disponibiliza 
isotermas de adsorção/dessorção e diferentes métodos de cálculo para determinação de área 
superficial, distribuição de diâmetros e volume de poros. As variedades de recursos de análises 
tornam este modelo ideal para pesquisa e desenvolvimento 
2
. 
Como já dito anteriormente, é um analisador de área superficial, volume e distribuição de 
tamanho de poros. O ASAP 2020 utiliza a técnica de adsorção física de gás para gerar dados de alta 
resolução para aplicações de pesquisa e controle de qualidade. Rotinas automáticas de equilíbrio e 
detecção de poros permitem a determinação da distribuição real de volume e tamanho de poros 
2
.. 
Na Figura 3.4 é demonstrado as partes que compõe o equipamento descrito: 
 
 
 
Figura 3.4 – Componentes do ASAP 2020. Fonte: Bonsai Advanced Technologies, disponível em: 
http://migre.me/p74OE. 
 
Este equipamento permite a realização de análises de área de superfície por isotermas 
Brunauer, Emmett e Taller (BET) e Lagmuir, de volume de poros e distribuição de meso e 
microporos. Estas análises podem ser feitas empregando-se nitrogênio. O método de adsorção de 
BET é o procedimento mais utilizado para a determinação da área superficial específica total. Nesse 
método, o gás passa sobre uma amostra resfriada à temperatura do nitrogênio líquido (77K), sob 
 
 
pressões de até 2 atm e pressões relativas (P/P0) inferiores a 0,3. O N2 adsorvido fisicamente em 
cada pressão produz uma alteração na composição de saída, registrada por um detector de 
condutividade térmica, ligado a um registrador potenciométrico. Ao aquecer a amostra, pela perda 
de contato do N2 líquido com a célula de amostragem, o N2 é dessorvido. A área dos picos é 
proporcional à massa de N2 dessorvida. A partir do volume de N2 obtido no ensaio e utilizando a 
equação de BET, determina-se o volume de nitrogênio necessário para recobrir a superfície 
adsorvente com uma monocamada. Este equipamento é fundamental para a caracterização textural 
de diferentes materiais, como por exemplo, sílicas mesoporosas, zeólitas, polímeros de 
coordenação, catalisadores, dentre outros 
3
. 
 
Área Superficial – 0,01 até 3000 m²/g. 
Tamanho de poros – Diâmetros de 3,5 a 30 Angstrons. 
Opções: Microporo, Hidrocarbonetos e Quimissorção. 
 
- Características: 
 
Hardware Software 
 
Duas estações de aquecimento a vácuo 
 
 
Detecção automática de poros 
 
Sistemas de análise e tratamento simultâneos 
 
 
Preenchimento de Poros por equilíbrio ou 
varredura 
 
 
Seis entradas de gases 
 
 
Isotermas de adsorção de 1.000 pontos. 
 
Temperaturas de preparação de amostra até 
450 ºC 
 
 
Software DFT (Density Functional Theory) 
 
Sistema modular para upgrade de 
quimissorção e microporo 
 
 
Superposição de gráficos de oito amostras 
 
Sistema de dosagem inteligente de gás 
 
 
Protocolos pré-definidos de condições de 
análises 
 
 
 
Tabela 3.1 – Características computacionais do ASAP 2020. Fonte: Laboratório Multiusuário de Caracterização 
de Materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CROMATÓGRAFO GASOSO 
 
A Cromatografia Gasosa (CG) é uma técnica para separação e análise de misturas de 
substâncias voláteis. A amostra é vaporizada e introduzida em um fluxo de um gás adequado 
denominado de fase móvel (FM) ou gás de arraste. Este fluxo de gás com a amostra vaporizada 
passa por um tubo contendo a fase estacionária FE (coluna cromatográfica), onde ocorre a 
separação da mistura. A FE pode ser um sólido adsorvente (Cromatografia Gás-Sólido) ou, mais 
comumente, um filme de um líquido pouco volátil, suportado sobre um sólido inerte 
(Cromatografia Gás-Líquido com Coluna Empacotada ou Recheada) ou sobre a própria parede do 
tubo (Cromatografia Gasosa de Alta Resolução) 
5
. Na cromatografia gás-líquido (CGL), os dois 
fatores que governam a separação dos constituintes de uma amostra são: 
 
→ A solubilidade na FE: quanto maior a solubilidade de um constituinte na FE, mais 
lentamente ele caminha pela coluna. 
→ A volatilidade: quanto mais volátil a substância (ou, em outros termos, quanto maior a 
pressão de vapor), maior a sua tendência de permanecer vaporizada e mais rapidamente 
caminha pelo sistema. 
 
As substâncias separadas saem da coluna dissolvidas no gás de arraste e passam por um 
detector; dispositivo que gera um sinal elétrico proporcional à quantidade de material eluído. O 
registro deste sinal em função do tempo é o cromatograma, sendo que as substâncias aparecem nele 
como picos com área proporcional à sua massa, o que possibilita a análise quantitativa 
5
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- INSTRUMENTAÇÃO 
 
Os constituintes básicos de um sistema cromatográfico são 
5
: 
Figura 3.5: Esquema de uma cromatografia gasosa. Fonte: ATKINS, 2001. 
 
 
 
→ Reservatório de Gás de Arraste. O gás de arraste fica contido em cilindros sob pressão. 
Assim, a escolha do gás de arraste independe da amostra a ser separada. O parâmetro mais 
importante é a sua compatibilidade com o detector (alguns detectores trabalham melhor 
quando se usam determinados gases). Os gases mais empregados são H2, He e N2 e a vazão 
do gás de arraste, que deve ser controlada, é constante durante a análise. 
→ Sistema de Introdução de Amostra. Na CG, a seção do cromatógrafo gasoso onde é feita 
a introdução da amostra é o injetor (ou vaporizador). Na versão mais simples, trata-se de um 
bloco de metal conectado à coluna cromatográfica e à alimentação de gás de arraste. Este 
bloco contém um orifício com um septo, geralmente de borracha de silicone, pelo qual 
amostras líquidas ou gasosas podem ser injetadas com microsseringas hipodérmicas. 
Amostras sólidas podem ser dissolvidas em um solvente adequado. O injetor deve estar 
aquecidoa uma temperatura acima do ponto de ebulição dos componentes da amostra, para 
que a amostra se volatilize completa e instantaneamente e seja carregada para a coluna. Se a 
temperatura for excessivamente alta, pode ocorrer decomposição da amostra. A amostra deve 
entrar na coluna na forma de um segmento estreito, para evitar alargamento dos picos. 
→ Coluna Cromatográfica e Controle de Temperatura da Coluna. Depois de injetada e 
vaporizada, a amostra é introduzida na coluna cromatográfica, onde é efetuada a separação. 
Na CG a "afinidade" de um soluto pela FM é determinada pela volatilidade do soluto, sua 
pressão de vapor, que é função da estrutura do composto e da temperatura. Alterando-se a 
temperatura, altera-se também a pressão de vapor e, por conseguinte, a "afinidade" de uma 
substância pela FM. 
→ O detector quantifica e indica o que sai da coluna. 
→ Eletrônica de tratamentos: Purifica os ruídos para melhor análise. 
→ Registro de sinal: Analisa e avalia os dados obtidos no processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.6: Esquema de um cromatógrafo a gás. 
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / 
Pressão. 
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra. 
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna. 
4 - Detector. 
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 
6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador). 
 
Fonte: ATKINS, 2001. 
 
 
- FASES ESTACIONÁRIAS 
 
 Na CG existe um grande número de fases estacionárias líquidas e sólidas disponíveis 
comercialmente, de modo que a natureza da FE é a variável mais importante na otimização da 
seletividade 
5
. 
 As FE líquidas são as mais empregadas em CG. FE sólidas (carvão ativo, sílica, peneiras 
moleculares e polímeros porosos) são aplicadas para separação de gases e compostos de baixa 
massa molar. Em princípio, para um líquido ser usado como FE em CG ele deve ser pouco volátil 
(pressão de vapor até 0,1 mmHg ou 13,332 Pa na temperatura de trabalho) e termicamente estável. 
Para esta fase ser empregada em uma separação em particular, ela precisa: 
 
→ Ser um bom solvente para os componentes da amostra, caso contrário o efeito será o 
mesmo de temperaturas de coluna excessivamente altas (os compostos ficarão quase que o tempo 
todo no gás de arraste); 
→ Ser um bom solvente diferencial, isto é, além de dissolver bem todos os constituintes 
da amostra, fazê-lo com solubilidades suficientemente diferentes para que eles possam ser 
separados; e ser quimicamente inerte em relação à amostra. 
→ Via de regra, fase estacionária com estruturas similares à da amostra dissolverão 
melhor seus constituintes, provendo melhores seletividades e separações. FE polares dissolvem 
melhor compostos polares, etc. Por exemplo: hidrocarbonetos podem ser separados eficientemente 
usando esqualano (um alcano de massa molar elevada). 
 
As FE mais populares são os silicones. Silicones são polímeros extremamente estáveis e 
inertes, o que os torna e especialmente adequados à CG. Nesta classe, as polidimetilsiloxanas são 
os menos polares. A substituição dos grupos metila na cadeia por outros grupos (fenil, ciano, 
trifluoropropil, etc.) fornece FE com polaridades crescentes. Deste modo, eles podem ser 
empregados na separação de misturas das mais diversas polaridades. Comercialmente, são 
disponíveis sob diversas denominações, muitas delas praticamente equivalentes. SE-30, OV-1 e 
DC-200 são nomes comerciais para polidimetilsiloxano de fabricantes diferentes. 
 
- COLUNA CROMATOGRÁFICA 
 
 
 
A coluna cromatográfica é o local onde ocorre a interação entre a amostra e a FE. Existem 
duas geometrias básicas de colunas para CG: as colunas empacotadas (ou recheadas), e as colunas 
tubulares abertas (ou capilares) 
6
. 
Nas colunas empacotadas, a FE líquida é depositada sob a forma de um filme fino e uniforme 
sobre partículas de um suporte adequado. O suporte deve ser um sólido poroso com grande área 
superficial, inerte e de boa resistência mecânica. O tamanho das partículas e dos poros deve ser o 
mais uniforme possível. O material mais empregado como suporte é a diatomite, esqueletos fósseis 
de algas microscópicas (diatomáceas), compostos principalmente de SiO2 amorfa e traços de óxidos 
metálicos. Muitas vezes, o material é submetido a tratamentos químicos para diminuir a sua 
atividade superficial, e torná-lo mais inerte 
6
. 
 
- DETECTOR 
 
O detector indica e quantifica os componentes separados pela coluna. Um grande número de 
detectores tem sido descritos e usados em CG. Existem, entretanto, algumas características básicas 
comuns para descrever seu desempenho 
6
: 
 
• Seletividade. Alguns detectores apresentam resposta para qualquer substância diferente do 
gás de arraste que passe por ele. Estes são os chamados detectores universais. Por outro lado, 
existem detectores que respondem somente a compostos que contenham um determinado elemento 
químico em sua estrutura, que são os detectores específicos. Entre estes dois extremos, alguns 
detectores respondem a certas classes de compostos (detectores seletivos). 
• Ruído. São os desvios e oscilações na linha de base (sinal do detector quando só passa o gás 
de arraste). Pode ser causado por problemas eletrônicos, impurezas e sujeiras nos gases e no 
detector, etc. Por melhor que seja o funcionamento do sistema, sempre existe ruído. 
• Tipo de Resposta. Alguns detectores apresentam um sinal que é proporcional à 
concentração do soluto no gás de arraste; em outros, o sinal é proporcional à taxa de entrada de 
massa do soluto no detector. Isto depende do mecanismo de funcionamento de cada detector. 
• Quantidade Mínima Detectável (QMD). É a quantidade de amostra mínima para gerar um 
sinal duas vezes mais intenso que o ruído. É uma característica intrínseca do detector. Quanto 
menor a QMD, mais sensível o detector. 
• Fator de Resposta. É a intensidade de sinal gerado por uma determinada massa de soluto, 
que depende do detector e do composto estudado. Pode ser visualizado como a inclinação da reta 
 
 
que correlaciona o sinal com a massa de um soluto (curva de calibração). Quanto maior o fator de 
resposta, mais confiável a análise quantitativa. 
• Faixa Linear Dinâmica. É a razão entre a menor e a maior massa entre as quais o fator de 
resposta de um detector para um soluto é constante, isto é, onde a curva de calibração é linear. Os 
dois detectores mais significativos em CG são o Detector por Condutividade Térmica (DCT) e o 
Detector por Ionização em Chama (DIC). 
O funcionamento do DCT é baseado no fato de que a velocidade de perda de calor de um 
corpo quente para um corpo mais frio é proporcional, dentre outros fatores, à condutividade térmica 
do gás que separa estes corpos. Um filamento metálico muito fino (de W, Au ou liga W-Re) é 
aquecido pela passagem de uma corrente elétrica constante. Este filamento fica montado dentro de 
um orifício em um bloco metálico (cela), aquecido a uma temperatura mais baixa que aquela do 
filamento, por onde o gás de arraste proveniente da coluna passa continuamente. Enquanto passar 
gás de arraste puro pela cela, a taxa de perda de calor do filamento para o bloco é constante e a 
temperatura do filamento não varia. Quando um componente é eluído da coluna, ele sai misturado 
com o gás de arraste e passa pelo detector. Se a condutividade desta mistura for diferente daquela 
do gás de arraste puro, o filamento passa a perder calor para o bloco numa taxa diferente daquela do 
equilíbrio. Por exemplo, se a taxa de perda de calor diminuir, o filamento se aquece quando a 
amostra é eluída. O aquecimento do filamento causa uma variação na sua resistência elétrica e a 
resistividadede um metal aumenta com a temperatura. O filamento é montado em um circuito de 
ponte de Wheatstone, que converte a variação na resistência elétrica do filamento numa variação de 
voltagem, que é coletada em um registrador gerando o cromatograma 
6
. 
 O DCT é um detector universal, sensível à concentração do soluto no gás de arraste. 
Geralmente, quando se usa DCT, o gás de arraste é He ou H2. Pelo fato destes gases terem 
condutividades térmicas altíssimas, as misturas gás de arraste mais o soluto sempre terão 
condutividades térmicas menores que a do gás de arraste puro, o que impede sinais negativos, além 
de se obter maiores fatores de resposta. Entretanto, ele é considerado um detector pouco sensível. A 
QMD de um modelo moderno, para propano, é de 400 pg/ml de gás de arraste, com faixa linear de 
106. Apesar disso, o fato de ser universal, barato e de operação simples, o faz extremamente útil 
para análises que não necessitem de alta sensibilidade 
6
. 
Durante a queima de um composto orgânico, são formados diversos íons e como 
consequência, a chama resultante torna-se condutora de eletricidade. O funcionamento do DIC 
baseia-se neste fenômeno. O gás de arraste saindo da coluna cromatográfica é misturado com H2 e 
queimado com ar ou O2. A chama resultante fica contida entre dois eletrodos, polarizados por uma 
voltagem constante. Como a chama de H2 forma poucos íons, ela é um mal condutor elétrico e 
 
 
quase nenhuma corrente passa entre os eletrodos. Ao eluir um composto orgânico, ele é queimado e 
são formados íons na chama, que passa a conduzir corrente elétrica. A corrente elétrica resultante, 
da ordem de pA, é amplificada e constitui o sinal cromatográfico 
6
. 
Quase todos compostos orgânicos podem ser detectados pelo DIC. Apenas substâncias não 
inflamáveis (CCl4, H2O) ou algumas poucas que não formam íons na chama (HCOOH) não dão 
sinal. Assim, ele é um detector praticamente universal. De um modo geral, quantas ligações C-H 
tiver o composto, maior a sua resposta (maior sensibilidade). Ele é muito mais sensível que o DCT, 
pois dependendo do composto, podem ser detectados entre 10 pg e 400 pg, com faixa linear 
dinâmica de 107. Provavelmente é o detector mais usado em CG 
6
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
1
ASAP 2020 - Accelerated Surface Area and Porosimetry System. Universidade Estadual do 
Mato Grosso do Sul, Campo Grande - MS. Disponível em: 
<http://www.uems.br/pgrn/arquivos/7_2012-07-13_16-21-10.pdf>. Acessado em 20 de março de 
2015. 
 
2
Micrometics Brasil. Disponível em: <http://micrometics.com.br/site/produtos/area-
superficial/asap/>. Acessado em 20 de março de 2015. 
 
3
Laboratório Multiusuário de Caracterização de Materiais. Universidade Federal Fluminense, 
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Currículo Lattes: Fabiana Medeiros do Nascimento Silva. Disponível em: 
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Currículo Lattes: Tellys Lins Almeida Barbosa. Disponível em: 
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4388377J8>. Acessado em 20 de 
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