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Resumo de Fundamento de Economia AV2

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Resumo de Fundamento de Economia AV2 
Aula 4
O que é mercado? 
O mercado é o local onde atuam as forças de demanda e oferta em busca de um equilíbrio.
 Demanda X Oferta 
Então, os preços dos produtos podem ser definidos em função da quantidade de reais (R$) necessários para obter em troca de uma determinada quantidade de mercadorias. Fixando preços para todos os produtos, o mercado permite a coordenação dos compradores e dos vendedores, assegurando a viabilidade do sistema capitalista por meio do chamado livre jogo da oferta e demanda.
Entendendo a demanda e a procura 
A demanda (ou a procura) de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas por um determinado produto indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas desejam consumir, a dado preço, esse produto em um determinado período de tempo.
Segundo Vasconcellos, na maioria das vezes, os fatores que afetam a quantidade procurada (demandada) do produto podem ser representados por uma função, chamada função geral da demanda, como segue:
Qx = f (Px, Py, Pz, R)/t
Entendendo a oferta 
A oferta (de uma mercadoria em um determinado mercado) é a quantidade de um produto X que um produtor ou conjunto de produtores está disposto a vender, a determinado preço, em um período de tempo.
Equilíbrio de mercado
O equilíbrio do mercado pode ser definido pela interação entre demanda e oferta de mercado para um bem ou serviço. Da interação entre essas curvas define-se um ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço e a quantidade de equilíbrio.
Interferência externa
Estabelecimento de impostos:
Um imposto sobre bens e serviços vai recair em um aumento de custos para a empresa. Se quiser manter a quantidade ofertada, a empresa deverá aumentar o preço do seu produto (repassando o imposto para o consumidor), ou reduzir o custo em outra área de produção. Ou então, reduzir a quantidade ofertada.
Política de preços mínimos na agricultura:
A finalidade é garantir preço para as atividades agrícolas, pecuárias e extrativas. O governo pode comprar os produtos dos produtores (atualmente menos utilizado) ou conceder empréstimos para produtores ou cooperativas para estocar seu produto e vender em um período mais favorável. 
c)Tabelamento: 
Intervenção do governo na tentativa de coibir abusos de preços por parte dos ofertadores e frear um processo inflacionário. Já foi utilizado aqui no Brasil no Plano Cruzado, por exemplo.
Aula 5 
Premissa
Na análise padrão, que fizemos de demanda e oferta, implicitamente estava sendo suposta uma estrutura de mercado em um contexto de uma estrutura chamada de “concorrência perfeita”.
Concorrência perfeita
o produto é homogêneo e a empresa possui uma posição pequena, em relação ao seu mercado, a empresa não pode influenciar o preço de mercado, ou seja, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores.
Monopólio
O prefixo mono, como se sabe, significa a unidade. Assim, monopólio representa o caso limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço.
Nesse tipo de mercado existem as seguintes premissas:
1) Uma empresa detém 100% do produto em um determinado mercado 
2) Produto sem substituto próximo 
3) Elevadas Barreiras á entrada de novos concorrentes 
Por que os monopólios surgem e/ou são mantidos? Algumas situações vejam:
A presença de patentes
Quando a empresa e a única que detém a tecnologia para produzir aquele bem. Dependendo do tempo de duração da patente no mercado em que opera, a patente pode promover a uma determinada firma uma posição monopolista.
Controle de matéria-prima básica
Quando uma empresa tem um acesso exclusivo a uma matéria-prima essencial pode levá-la a consolidação de posições de monopólio.
Monopólio natural ou puro
Existem situações que promovem esse tipo de monopólio, como por exemplo, quando a empresa já está instalada no mercado operando com grandes plantas produtivas, elevadas economias de escala e custos unitários baixos. Outra situação é quando o próprio mercado exige um volume de capital elevado e acaba por criar barreias à entrada de novos concorrentes.
Oligopólio
É uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio.
O número de ofertadores é reduzido, mas essa quantidade pode ser variável. Como são poucos, as ações de uma das empresas podem afetar as demais. Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas: pequeno número de ofertadores;
 Produto pode ser homogêneo ou diferenciado;
Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes.
Concorrência monopolística
É um mercado que, apesar de ter um grande número de ofertadores e consumidores, há uma heterogeneidade dos produtos.
Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
1 Grande número de ofertadores;
2 Produto é diferenciado, seja por características físicas ou pela propaganda e prestação de serviços complementares (exemplo: pós venda), mas há substituto próximos;
3 Não há barreiras à entrada de novos concorrentes.
Concorrência monopolística
Em longo prazo: A tendência é um lucro normal e em curto prazo um lucro extraordinário.
Em curto prazo: Exatamente por ter lucros extraordinários, acabam por atrair novos concorrentes até chegar ao ponto de lucro normal.
Observação 
É interessante destacar uma característica desse tipo de estrutura de mercado: cada empresa possui certo poder sobre os preços, uma vez que os produtos são diferenciados, ou seja, o consumidor pode escolher, de acordo com a sua preferência, a marca do produto. A empresa americana Apple Inc. é um exemplo que cumpre com todas as características.
Aula 6 
Premissa 
O estudo da Macroeconomia está baseado na atividade econômica global, isto é, de todos os indivíduos, empresas, mercados e governo, no que se referem à compreensão dos chamados agregados econômicos, tais como o produto interno bruto, PIB per capita.
PIB 
A principal medida do Sistema Nacional de Contabilidade é o Produto Interno Bruto (PIB).
O PIB de um país representa a produção de todas as unidades da economia (empresas públicas e privadas produtoras de bens e prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos, governo etc.), em um determinado período de tempo, a preços de mercado. Essa medida consegue, de uma forma abrangente, medir o porte da economia.
Cálculo do PIB 
Ótica do Produto
O cálculo do PIB pela ótica do produto mede o valor agregado em cada etapa do processo de produção de bens e serviços.
Vamos explicar com um exemplo: Considere a produção de iogurtes por uma firma industrial. Suponha que sejam produzidos 500 litros de iogurte por ano, ao preço médio de R$2,00, logo o valor da produção da firma no ano será de 500*R$ 2,00=R$1.000,00. Como medir a contribuição da firma para o PIB do país?
Para chegarmos a real contribuição, no PIB da economia, devemos descontar do valor da produção de cada firma o que foi adquirido de outras firmas, ou seja, o produto intermediário. Desta forma estaremos considerando aquilo que cada firma agrega de valor durante o seu processo de produção.
Seguindo no exemplo, suponha que a firma compre o equivalente a R$300,00 de leite para produzir os 500 litros de iogurte. Logo, o valor adicionado (ou agregado) da firma produtora de iogurte no ano terá sido de R$700,00 (R$1000,00 menos R$300,00), e esta é sua contribuição ao PIB, e não R$1.000,00.
Assim, o PIB pela ótica do produto é calculado:
Ótica do produto = Valor da Produção – Valor dos Consumos Intermediários
Ótica da Renda
A medida do PIB pela ótica da renda consiste em somar todos os pagamentos efetuados como:
Salários (remuneração pelo trabalho), 
Aluguéis (remuneração pela propriedade), 
Lucro (remuneração ao capital de risco), 
Juros (remuneração ao capital). 
Ótica da renda = Soma das remunerações dos fatores de produção
Ótica da Despesa
Por fim, a mensuração do PIB pela ótica da despesa considera que, em contas nacionais, toda produção de bens e serviços é destinada ou para gasto corrente (consumo) ou gasto em formação de capital (investimento). A medidade PIB pode ser obtida então pela soma do total dos gastos dos agentes econômicos em consumo de bens e serviços, e em investimento para ampliação de capacidade produtiva ou manutenção do equipamento.
Ótica da despesa = Soma dos gastos com bens de consumo final e bens de investimento em capital
Emprego e Desemprego 
Ouvimos nos noticiários, lemos no jornal sobre um grande problema da economia brasileira que é o desemprego. 
Mas como se mede o desemprego?
Para se chegar a uma medida é necessário calcular primeiro a população em idade de trabalhar, ou seja, do total da população exclui-se quem não está em idade de formação escolar básica (abaixo de 14 anos pela nova pesquisa do IBGE), os idosos, os incapacitados ao trabalho etc.
Questões de curto prazo (conjunturais):
São questões conjunturais de uma economia o emprego e a inflação.
Questões de longo prazo (estruturais):
São questões estruturais de uma economia o crescimento e o desenvolvimento econômico.
Política Fiscal
São instrumentos que o governo dispõe para arrecadar tributos e controlar suas despesas (política tributária e política de gastos públicos).
Por exemplo, para atingir o objetivo de promover crescimento econômico, o governo pode reduzir a carga tributária (com isso aumenta a demanda agregada) e aumentar os gastos públicos (promovendo mais emprego, produção e consumo). Se o objetivo for o controle de inflação, os instrumentos devem seguir o sentido inverso.
Política Monetária
É a atuação do governo na quantidade de moeda, títulos de dívida pública e taxa básica de juros (SELIC).
Por exemplo, se a meta for de reduzir a inflação, as medidas de política monetária devem ser de retrair a base monetária, ou seja, aumentar a SELIC, os depósitos compulsórios e/ou a venda de títulos de dívida pública. Se a meta for de crescimento econômico, as medidas seriam inversas.
Política cambial e comercial 
A política cambial é a atuação do governo no mercado cambial. Vamos estudar sobre os regimes cambiais existentes e o atual modelo brasileiro.
A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior. As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência. Quanto maior a tarifa mais dificultada se tornará as importações e mais protegida da concorrência externa estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados.
Política de rendas 
Refere-se à intervenção do governo na formação de rendas, ou seja, aluguéis e salários, podendo também tratar do controle e congelamento de preços. Um exemplo é a determinação do salário mínimo pelo governo. 
AULA 7 
Sistema de trocas e a evolução da moeda 
Não se pode afirmar com exatidão quando surgiu e qual foi à primeira moeda. Remontando aos primórdios da civilização, imagina-se facilmente que o homem primitivo produzia tudo quanto bastava ao seu sustento. Suas necessidades limitavam-se à garantia de sua sobrevivência.
As associações e o desenvolvimento natural da vida em grupo criaram, porém, outras necessidades para cuja satisfação o indivíduo, isoladamente, se viu impotente. Sua auto-suficiência se reduzia na medida do crescimento de suas necessidades.
Nesta cadeia de raciocínio, o próximo elo foi a introdução paulatina da divisão e especialização do trabalho: cada indivíduo passou a produzir um ou poucos produtos, consumindo uma parte deles e tentando passar a outro o excedente em troca de outros bens que necessitava.
Estabeleceu-se, então, um sistema de trocas diretas, conhecido por escambo, de mercadorias por mercadorias, mercadorias por serviços ou serviços por serviços. 
Economia de Escambo 
É fácil imaginar as dificuldades para um razoável funcionamento dessa economia de escambo: 
Primeiro, exige uma permanente coincidência de interesses (o indivíduo “A” dispõe de arroz e quer trocar por carne; para se realizar essa troca, é imprescindível que ele encontre um indivíduo “B” que tenha carne e queira arroz!). 
Segundo, há a dificuldade de se estabelecer as relações ou preços de troca (valores entre dois bens bastante diferentes). Por tudo isso, esse sistema, que vigorou na mais remota antiguidade, era claramente ineficiente. As mudanças requeridas se realizaram lentamente. 
Moeda mercadoria
Geralmente escolhia-se uma mercadoria que fosse relativamente escassa e não facilmente perecível (nem sempre possível). A história registra que, em diferentes locais e épocas, foram usados como moeda: sal, peles, fumo, gado, trigo, rum, carne seca, ferro, cobre, dentre outros. 
Moeda metálica 
Sem dúvida, de todas as mercadorias, a preferência maior recaía, geralmente, sobre os metais, não só pela sua relativa escassez, mas, também, pela sua durabilidade e fácil divisibilidade. Muito embora o ferro, o cobre e o bronze tenham sido bastante utilizados, houve uma predominância do uso dos metais preciosos, notadamente a prata e o ouro. 
Moeda papel
 Com o tempo, e diante da crescente demanda por tais certificados, as casas de custódia passaram a emitir certificados cujo valor global em circulação excedia o valor total dos metais preciosos ali depositados. A experiência acumulada pelos custodiadores mostrava que nem todos os depositantes resgatavam, ao mesmo tempo, seus depósitos. Além do mais, enquanto alguns vinham para reconverter seus certificados em ouro, outros vinham para depositar. Assim, com um encaixe metálico menor, era possível garantir a liquidez dos certificados, isto é, garantir as reconversões que, em média, na semana ou no mês, correspondia a apenas uma fração do total dos certificados em circulação. 
Papel moeda 
Com o crescimento do volume e valor das transações, o manejo de grandes quantidades de metais preciosos tornou-se problemático pelas dificuldades de transporte e os riscos envolvidos. Pouco a pouco, nota-se o aparecimento de casas de custódia desses metais em diversos pontos. Essas casas passaram a receber em depósito os metais preciosos dos comerciantes, emitindo em troca um recibo ou certificado de valor correspondente. Esse certificado recebeu a denominação de moeda papel e era generalizadamente aceito nas transações. Sua característica principal era possuir lastro integral (100%) em ouro, isto é, a qualquer momento o possuidor do certificado poderia ir à casa de custódia emissora e reconvertê-lo em ouro ou prata. Daí sua crescente aceitabilidade como meio de pagamento em substituição aos próprios metais preciosos.
Começar pela moeda! 
Ocorreu, assim, um novo marco histórico na evolução das formas de moeda: a passagem da moeda papel para os certificados emitidos sem o correspondente lastro em ouro ou prata e que vieram a ser chamados de papel moeda. Pouco a pouco o papel moeda passou a ter uso generalizado como meio de pagamento nas transações pelo simples fato de que sua aceitação era geral, não se questionando sobre a possibilidade de convertê-lo ou não em ouro. 
O esquema a seguir retrata como se desenvolveu o sistema de trocas e a devolução da moeda:
Tipos de moeda 
Moeda manual Vem a ser aquela emitida pela Casa da Moeda, representada pelas cédulas e moedas metálicas em circulação.
Moeda escritural ou bancária Representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Vale lembrar que se trata das chamadas moedas fiduciárias (isto é, em que se tem fé ou se acredita), já que não possuem valor intrínseco, constituindo-se em moeda simplesmente porque têm aceitação generalizada nas transações econômicas. 
Funções da moeda (Instrumento de troca / Padrão de referência de valor / Reserva de valor) 
Instrumento de troca: Tendo aceitação generalizada como meio de pagamento nas transações, a moeda exerce sua função mais cristalina e fundamental – que é servir como instrumento ou intermediária de trocas entre os indivíduos para satisfação de ambas as partes.
Padrão de referência de valor: Nesse caso, a moeda possibilita que todos os fatores de produção e os produtos (bens e serviços) possam ter seus valores expressos em unidades monetárias,propiciando a fácil avaliação e comparação de todos os recursos e produtos disponíveis na Economia. 
Reserva de valor: A moeda desempenha, também, a função de reserva de valor no sentido de que o indivíduo pode manter sua riqueza (ou parte dela) sob a forma de moeda, por um período de tempo, sabendo que, amanhã ou depois, esse ativo será aceito em qualquer transação por ter liquidez absoluta. Trata-se, no entanto, de uma função que merece duas ressalvas: primeiro, se o indivíduo prefere manter sua riqueza sob a forma de moeda, ele deixa de ganhar, pois a moeda em si não gera rendimentos; segundo, e ao contrário, em períodos inflacionários o indivíduo perde com a desvalorização da moeda.
Inflação
A inflação é definida como sendo um aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços, em outras palavras, uma perda progressiva do poder de compra da moeda. Em uma economia com inflação é necessário cada vez mais moeda para se comprar a mesma quantidade de bens e serviços. 
Mas o que faz aparecer esse fenômeno que chamamos de inflação, melhor dizendo, quais são as suas causas, de âmbito socioeconômico, com os seus respectivos efeitos, não só em toda a vida econômica, como também na vida política, na vida social e até na vida individual de cada pessoa que forma a sociedade de um país?
As suas causas estão diretamente ligadas ao que podemos identificar e classificar como tipos básicos de inflação. 
Inflação de demanda 
A inflação de demanda é o tipo de inflação causada por um excesso de procura, dada a oferta disponível de bens e serviços na economia. Entre os fatores que fazem aparecer este fenômeno, cabe destacar: o aumento da renda disponível das pessoas; expansão dos gastos públicos (sendo que o governo é um dos agentes que demandam bens e serviços na economia, pressionando o nível da demanda agregada, que, dependendo de como o governo mexe com os seus gastos, ele pode até gerar um déficit público, e fazer gerar mais ainda um maior nível de demanda global do país); expansão do crédito e redução da taxa de juros (aumentando a liquidez, a moeda em circulação e, por conseguinte, os gastos da sociedade) e as expectativas dos agentes econômicos.
É importante destacar que o aumento excedente da demanda só causa inflação, se a economia do país estiver tendendo a chegar no pleno emprego da utilização dos recursos (ou fatores) de produção disponíveis na economia do país.
Inflação de custos (ou de oferta)
Uma determinada experiência brasileira demonstra que pode haver inflação, mesmo sem a presença de um excesso de demanda sobre a oferta: a demanda pode permanecer inalterada, isto é, não é excessiva em relação à oferta, e, não obstante, aparece a inflação, porque os custos (despesas com a produção) sobem, melhor dizendo, há a chamada inflação de custos (ou de oferta). Entre os fatores que fazem aparecer este outro fenômeno inflacionário, cabe destacar: a taxa de juros (ao mesmo tempo em que contribui para reduzir a demanda, gera um aumento dos custos de produção, pois as empresas muitas vezes pegam dinheiro emprestado em bancos), a desvalorização cambial (pois gera um aumento nos preços dos produtos importados que servem de matéria-prima), os preços externos de determinados produtos (tais como o preço internacional do petróleo), custo da mão de obra (devido a aumentos salariais) e aumento de impostos.
O empresário, a empresa, trata de passar adiante essas elevações de despesas e eleva o preço de venda do seu produto. E a maior ou menor proporção que o empresário, ou a empresa, conseguirá repassar tais elevações para o preço do seu produto, depende das condições que se tem em relação ao seu poder de concentração de mercado, ou a maior ou menor concorrência que se tem neste mesmo mercado.
Inflação inercial.
O último tipo de inflação que pode ocorrer independente de pressões de demanda e/ou de custos é a inflação que está associada aos mecanismos de indexação da economia, melhor dizendo, a chamada inflação inercial. Ela é desenvolvida por meio da garantia que se tem de reajustar preços, a partir da constatação da existência de inflação, onde a inflação de hoje passa a ser o piso para a inflação de amanhã, mesmo não se tendo pressões de demanda e de custos, onde a inflação pode não ceder.
Distorções do Processo Inflacionário 
A principal consequência de um processo inflacionário são as disparidades de preços, porque os preços dos produtos variam com taxas diferentes. Portanto, com a inflação, os preços relativos mudam: os preços de alguns insumos aumentam mais do que o de outros, as empresas tendem a variar a intensidade com que são usados. 
Por outro lado, estes tendem a gerar expectativas de que a inflação tenderá a subir no futuro (gerando expectativas de inflação futura), onde procurarão resguardar as suas margens de lucro, aumentando os preços dos seus produtos. 
E, ao mesmo tempo, um processo inflacionário provoca distorções sobre as finanças públicas; pois este processo acaba gerando uma defasagem entre o fato gerador e o recolhimento efetivo do imposto; assim, quanto maior a inflação, menor tende a ser a arrecadação do governo. 
Aula 8 
Política Monetária e seus Instrumentos 
Refere-se à atuação do governo no sentido de controlar as condições de liquidez do país. Com esse objetivo, o governo atua sobre a quantidade de moeda na economia, sobre a capacidade de concessão de empréstimos por parte dos bancos e, por consequência, sobre os níveis das taxas de juros.
Conceito de Moeda na Política Monetária
Muitas coisas são usadas como dinheiro, inclusive o cartão de crédito. Mas o conceito de moeda que é usado na Política Monetária é o M1.
M1 = papel-moeda em poder da sociedade + depósitos em conta corrente bancária
Obs.: Quando se fala “sociedade”, não contabilizamos as moedas que estão em poder do governo.
Demanda por Moeda (M1)
É a quantidade de moeda (M1) que a coletividade deseja deter em um determinado momento. As pessoas demandam moeda (M1):
Para Transações (compras/vendas);
Por Precaução (contra a incerteza na economia) e
Por Especulação (guardar provisão de moedas para quando aparecer um investimento interessante).
Oferta de Moeda (M1)
Quantidade de moeda disponível para a sociedade em um determinado momento; o Banco Central é o órgão do governo encarregado por controlar a oferta de moeda.
Sobre a dívida pública interna
Oferta de taxa de juro SELIC ( Sistema Especial de liquidação e custodia ) A oferta de moeda permite que o Banco Central determine a taxa de juros, que resulta da relação entre oferta e demanda de moeda. Supondo constante a demanda por moeda, a sua oferta passa a ser a maneira de influenciar a taxa de juros
Aumento de oferta de moeda   Juros SELIC
Redução da oferta de moeda    Juros SELIC 
Política fiscal e seus instrumentos
A política fiscal é realizada pelo governo ao administrar seus gastos e ao decidir como vai financiá-los. Para dar conta de suas tarefas de forma sustentável, o governo deve cobrir seus gastos com sua receita, ou seja, por meio da cobrança de impostos e tarifas.
Tipos de Política Monetária
A política fiscal pode ser contracionista (= recessiva) ou expansionista. Diz-se contracionista quando reduz a demanda agregada, e expansionista, quando expande a demanda agregada.
Política fiscal contracionista: ocorre se o governo corta gastos com o setor privado, ou aumenta os impostos. Se o governo diminui gastos, também reduz a demanda agregada. Já se o governo aumenta os tributos, isto afeta indiretamente a demanda agregada, por meio de consumo e investimento. Afinal, pagando mais impostos, o consumidor poderá reduzir o consumo e as empresas, eventualmente, reduzem o investimento. Os preços dos exportados podem se tornar menos competitivos, devido aos impostos embutidos:
Impostos sobem e gastos gov. caem inv. produção 
 emprego, consumo, produto
Uma política fiscal expansionista ocorre se o governo aumenta seus gastos com o setor privado, ou reduz os impostos. Se o governo aumenta gastos, também aumenta ademanda agregada. Já se o governo reduz os tributos, isto aumenta indiretamente a demanda agregada, por meio de consumo e investimento. A redução de impostos se reflete em mais capacidade de gasto, tanto para consumo quanto para investimento:
Impostos caem e gastos gov. sobem inv. produção 
 emprego,   consumo,   produto 
Efeitos da Política Fiscal sobre a Inflação
Como visto, uma política fiscal expansionista aquece a demanda agregada. Desta forma, as vendas aumentam, criando um ambiente mais propício à elevação de preços. Por isto, uma política fiscal expansionista pode contribuir para o aumento da inflação, mesmo que a economia não esteja próxima ao nível de pleno emprego. Já se a economia estiver operando próxima do nível máximo, com certeza haverá inflação, neste caso, inflação de demanda.
Resultados do Governo
Para manter o equilíbrio fiscal, o governo pode se endividar junto à sociedade e também emitir moeda. Mas para que sua dívida não provoque pressão inflacionária, o governo não deve mais emitir dinheiro, seu endividamento deve ser financiado através da emissão de títulos da dívida publica. Os títulos são comprados por investidores institucionais, bancos etc.
Saiba Mais
O governo paga os famosos juros da dívida pública, sendo que o total pago é fortemente influenciado pela taxa de juros dos títulos da dívida pública. Esta, por sua vez, está em grande parte vinculada à SELIC.
São e 3 as formas de calcular o saldo entre receitas e gastos do Governo, em reais:
Resultado Primário
Receitas menos gastos, sem incluir, nesta conta, pagamento de juros e correção monetária pelo governo, ou seja, a dívida pública. Normalmente, o governo brasileiro tem buscado superávit primário.
Resultado Operacional
Receitas menos gastos, incluindo o pagamento de juros da dívida pública. Neste conceito, o resultado mais comum é de déficit.
Resultado Nominal
Receitas menos gastos, incluindo o pagamento de juros da dívida pública, mais a correção monetária ou cambial (alguns títulos têm rendimento correspondente à variação do câmbio). Este é o conceito mais completo; normalmente é um déficit. O financiamento do déficit nominal se dá através da colocação de mais títulos públicos no mercado, elevando, dessa maneira, a dívida pública.
Dívida Bruta e Dívida Líquida
Dívida Bruta Evolução da nossa dívida pública em proporção ao PIB. A “dívida bruta” engloba todo tipo de débito do Estado brasileiro:
Títulos públicos vendidos ao “mercado”;
Empréstimos bancários;
Empréstimos feitos por organismos internacionais;
Débitos estaduais e municipais assumidos pelo governo federal.
Dívida Líquida Já no cálculo da “dívida líquida” desconta-se tudo o que o país já tem em caixa tanto em reais depositados aqui, como em dólares mantidos no exterior — ou vai receber no futuro. Inclusive aquilo que vai receber do mesmo “mercado” de quem o Brasil é devedor.
Resumo
O governo paga os famosos juros da dívida pública, sendo que o total pago é fortemente influenciado pela taxa de juros dos títulos da dívida pública. Esta, por sua vez, está em grande parte vinculada à SELIC.
AULA 9 
Política Cambial e Comercial
A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior. As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência. Quanto maior as tarifas, mais dificultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados.
ATENÇÃO
A taxação que incide sobre os veículos importados é um bom exemplo da intervenção do governo através da política comercial que, em última análise, preserva o emprego de milhares de trabalhadores brasileiros.
Começar pela Política Cambial
Mas o que é taxa de câmbio?
É o preço do dólar no país; mede quantas unidades da moeda nacional são necessárias para comprar U$1.
O que é uma taxa de câmbio valorizada ou valorização cambial?
Significa que para comprar U$1 é preciso menos moeda nacional. Ou seja, serão necessários menos reais (R$) para comprar o mesmo dólar (U$).
A Política Cambial inclui a escolha, pelo Governo, da forma como é determinada a taxa de câmbio oficial — se é fixada pelo governo ou livremente pelo mercado.
Mas o que são esses regimes cambiais?
Veremos a seguir!
Regimes Cambiais
O Governo se compromete (oficialmente) com uma determinada taxa fixada. Isto significa dizer comprar e vender dólar a um valor por ele pré-estabelecido, por exemplo, pode estipular que U$1 = R$1,00.
Esse regime já foi muito utilizado na economia mundial e possui vantagens e desvantagens:
Vantagens O preço do dólar não varia, portanto, não encarece os importados; não impacta sobre a inflação.
 Desvantagens O governo precisa gastar as reservas internacionais para manter a taxa. E se a taxa for valorizada (baixa), a balança comercial fica deficitária. 
Suponhamos que o valor da moeda americana seja fixado em R$1,50. Neste caso, o Banco Central assume o compromisso de comprar qualquer quantidade de dólar por esse valor.
Se ocorrer uma crise financeira internacional, as condições do mercado cambial se deterioram, porque, nesses momentos, os investidores estrangeiros procuram retirar seus recursos do país; para isso, compram dólares no mercado de câmbio, levando a uma tendência à valorização da moeda americana.
ATENÇÃO
Para impedir que o valor do dólar suba, o Banco Central seria então forçado a vender dólares, sempre a R$1,50. A capacidade do Banco Central brasileiro de vender dólares esta limitada à quantidade das reservas internacionais. Com elas reduzindo, o BC pode utilizar uma política monetária contracionista e aumentar a taxa de juros para atrair mais dólares para o país. E isso poderia comprometer o crescimento econômico brasileiro. Outra desvantagem é a concorrência dos produtos nacionais frente aos produtos importados com um câmbio fixo.
Efeito da Taxa de Câmbio sobre a Balança Comercial do país (exportação — importação)
Exportador:
O exportador recebe em dólar e troca por reais.
Ex.: Venda de U$100
Se a taxa de câmbio = R$2,90, a sua receita, em reais é = 100 x 2,90 = R$290,00
Se a taxa de câmbio = R$4,00, a sua receita, em reais é = 100 x 4,00 = R$400,00
→ O exportador fica estimulado quando a taxa cambial está desvalorizada porque a receita em reais vai ser maior.
Importador:
O importador gasta em dólar; para isto, usa reais para comprar dólares e pagar a encomenda.
Ex.: Importação de mercadorias, no valor de U$100
Se a taxa de câmbio = R$2,90, seu gasto, em reais, é = 2,90 x 100 = R$290,00
Se a taxa de câmbio = R$4,00, seu gasto, em reais, é = 4,00 x 100 = R$400,00
→ O importador fica estimulado quando a taxa cambial está valorizada, porque o gasto em reais vai ser menor.
Conclusão: a taxa de câmbio valorizada (real valorizado frente ao dólar)  desestimula as exportações, apesar de fomentar as importações, o que pode vir a causar uma balança comercial deficitária.
Efeitos da Taxa de Câmbio sobre a Inflação no país.
Se a taxa de câmbio aumentar, ou seja, o real desvalorizar, pode ocorrer uma inflação de custos. Isto porque a importação fica mais cara.
Se o empresário brasileiro, que compra o importado, decidir repassar o custo maior ao preço da mercadoria final, realmente ocorrerá inflação.
Se a taxa de câmbio reduzir, ou seja, o real valorizar, haverá uma queda nos preços dos produtos importados e uma menor pressão inflacionária.
Política Monetária Restritiva
Aumenta a Taxa de Juros
Atrai Dólares para o País
Provoca Desvalorização do Dólar
Valorização do Real
Queda nos Preços dos Produtos Importados
Menor Pressão Inflacionária
Valorização do Real
Aumento das Importações /
 Redução das Exportações
Déficit na Balança Comercial
Política Comercial
São medidas para influenciar as exportações e as importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio.
Afetam as exportações: O crédito mais barato /A isenção de impostos
Afetam as importações: O estabelecimento de cotas(limites de quantidade) para a importação de um produto; Definir obstáculos burocrático Dar subsídio ao produto nacional, para que fique mais barato que o importado Colocar tarifas sobre os produtos importados
Balanço de Pagamentos
É o registro mensal das transações entre residentes e não residentes do país. Contabiliza não só transações do governo, mas principalmente das empresas e cidadãos. As contas são feitas em dólares.
AULA 10 
Crescimento Econômico
É a evolução quantitativa da produção de bens e serviços de uma determinada economia dividida pelo número de indivíduos que formam a população do país, a chamada renda (ou produto) per capita.
ATENÇÃO
O ponto importante a destacar é que pode haver crescimento econômico sem, necessariamente, ocorrer o desenvolvimento econômico. Nesse caso, o crescimento estaria acontecendo, mas sem promover mudanças nos processos de produção e na distribuição da renda que levassem a uma maior inclusão social e redução das desigualdades de renda e riqueza.
Crescimento da produção no longo prazo?
A teoria econômica inicia essa explicação apresentando uma função de produção agregada, que pode ser representada da seguinte fórmula:
Y = f (K, L, T) 
Onde K – estoque de capital L – quantidade de mão de obra T – conhecimento tecnológico disponível
O estoque de capital (K) representa a capacidade produtiva de uma economia, isto é, a quantidade de bens e serviços que ela pode produzir a cada período de tempo. A força de trabalho (L) é determinada pelo crescimento da população. Quanto maior a população, maior a força de trabalho. O nível de conhecimento tecnológico (T) depende de todo progresso técnico disponível até os dias de hoje.
Desenvolvimento econômico
O desenvolvimento econômico vai além de um aumento na quantidade de bens e serviços produzidos, em temos absolutos ou per capita, em um determinado período. Portanto, na análise do desenvolvimento econômico, incluem-se as mudanças de caráter quantitativo e qualitativo. De acordo com Gremaud (op.cit., 2006), para ocorrer o desenvolvimento econômico devemos observar se o crescimento econômico, que acontece ao longo do tempo, está provendo:
a) Crescimento do produto por habitante;
b) Redução dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade social;
c) Melhoria nas condições de vida, tais como: saúde, nutrição, educação, moradia e transporte.
Assim, para analisar o desenvolvimento de um país é necessário obter não só indicadores de crescimento econômico, como a taxa de crescimento do PIB e do PIB per capita, mas por outros indicadores que reflitam mudanças na qualidade de vida da população de uma economia, os principais indicadores sociais atualmente são o índice de Gini e o índice de desenvolvimento humano (IDH).
Vamos estudar cada um deles a seguir.
Índice de Gini 
É o instrumento comumente utilizado para medir o grau de concentração de renda de um país. Por meio dele, é possível comparar os diferentes graus de concentração de renda entre países.
O índice de Gini mostra a diferença entre a renda dos mais pobres e dos mais ricos de um mesmo país, e varia em uma escala de zero a 1. O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor 1 está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda riqueza. Dessa forma, quanto mais próximo de zero menor será a concentração de renda e desigualdade. 
E quanto mais próximo da unidade, maior será a concentração de renda, mostrando que tal nação tem uma desigualdade de renda muito elevada. Quando um país se encontra nesse último cenário, a maior parte da população recebe a menor parte da renda. Veja o gráfico a seguir com a evolução do índice de Gini ao longo dos anos na sociedade brasileira.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Unindo-se o conceito de produto per capita com indicadores sociais, tenta-se avaliar o bem-estar de uma população, ou o seu grau de desenvolvimento social. A ONU criou um índice que agregou alguns indicadores sociais com o produto per capita. Esse índice é o IDH que vem sendo elaborado desde o início da década de 1990 e construído para mais de 170 países.
SAIBA MAIS
O conceito de desenvolvimento humano difundido pelo PNUD pressupõe um processo de ampliação das escolhas das pessoas, para que tenham capacidade e oportunidade para ser o que desejarem. 
O IDH é um índice que vai de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido o país é considerado, ele é a média aritmética de três indicadores:
Um indicador de renda (produto interno bruto per capita);
Um indicador que procura captar a saúde da população (longevidade: a expectativa de vida da população ao nascer) e
Um indicador que retrata as condições educacionais no país (uma média ponderada da taxa de alfabetização dos adultos e da matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior).
Políticas públicas para promover o desenvolvimento
Já foi mostrado que o padrão de vida da sociedade depende de sua capacidade de produzir bens e serviços, e que sua produtividade depende dos fatores de produção: do capital físico, do capital humano, dos recursos naturais e do conhecimento tecnológico.
Mas o que os formuladores de política podem fazer para estimular o aumento do produto por trabalho, que traz efeitos positivos sobre a renda e a contínua melhoria do padrão de vida da sociedade?
Incentivo a Acumulação de Capital
O incentivo à acumulação de capital produtivo nada mais é do que estimular o investimento na formação de capital fixo. Isso poderia ser feito, por exemplo, com uma política que concedesse vantagens tributárias para a empresa adquirir novo equipamento ou pelo desenvolvimento de um sistema financeiro (concessão de empréstimos bancários em prazos e condições razoáveis).
Incentivos da Educação e do Direito de Propriedade
Para um país crescer e se desenvolver ao longo do tempo não basta acumular capital físico, mas também capital humano. Ou seja, são fundamentais políticas públicas que elevem o nível de educação da população. Gasto público para oferecer boas escolas e bolsas de estudos a alunos (ou à sua família), para mantê-lo na escola e evitar a evasão escolar.
O investimento no capital humano gera benefícios para a sociedade como um todo. Uma pessoa com instrução, por exemplo, pode gerar novas ideias dentro da empresa. A “fuga de cérebros” é um problema atual, ou seja, emigração de trabalhadores mais instruídos e preparados para países desenvolvidos a fim de desfrutar de um melhor padrão de vida. A fuga desses “cérebros” reduz ainda mais o estoque de capital humano nos países em desenvolvimento.
Quanto ao Direito de propriedade, é importante que o governo promova a eliminação dos obstáculos ao bom funcionamento do mercado, como garantir os direitos de propriedade de todos os residentes e não residentes no país. A ineficiência do sistema de justiça, por exemplo, poderia desestimular a geração de investimento doméstico e estrangeiro.
Incentivos ao Livre Comércio
O livre comércio contribui para a melhoria da qualidade e aumenta a quantidade de produto nacional, gerando mais emprego e renda para seus habitantes, bem como o comércio internacional pode melhorar o bem-estar dos cidadãos de um país. Mas é importante destacar que para possibilitar isso, isto é, para que o livre comércio coopere com o desenvolvimento econômico de um país em desenvolvimento, é preciso que o conhecimento e a tecnologia disponíveis sejam acessíveis para todas as nações.
Incentivos a Pesquisa e Desenvolvimento
Outra política pública é o apoio à Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O avanço do conhecimento técnico ao longo do tempo pode ser considerado a principal razão para a evolução da qualidade de vida. Assim, o governo poderá adotar políticas que estimulem o desenvolvimento tecnológico, não só criando incentivos para que a iniciativa privada (empresas e universidades particulares) incremente as pesquisas, como também estimulando o desenvolvimento tecnológico por meio das instituições públicas (como os institutos de pesquisa e as universidades públicas).Globalização e Desenvolvimento
Já estudamos a importância do Estado no estímulo ao crescimento econômico e na promoção do desenvolvimento, certo?
Na realidade, observando os processos de desenvolvimento das principais economias atuais – como o Japão, a Alemanha, a França, a própria Inglaterra, berço da revolução industrial e os Estados Unidos –, verificamos que, em diversos momentos, principalmente no início dos seus respectivos processos de industrialização, o Estado desempenhou um papel crucial. As doutrinas econômicas, no entanto, não são unânimes em definir um tamanho para o Estado, em relação ao setor privado, nem no grau de intervenção na economia.
Concluindo: a questão do desenvolvimento
As decisões tomadas pelas maiores economias têm forte influência sobre os países menos desenvolvidos. A condução do sistema político e econômico mundial, arranjados nos subsistemas de comércio, de pagamentos, entre outros, exerce forte influência sobre as economias locais.
EXEMPLO
Um exemplo foi o chamado Consenso de Washington. Essa doutrina estabelecia uma série de mediadas de caráter liberal para o ajuste macroeconômico, foi adotado pelo FMI e influenciou a condução das políticas econômicas de muitos países, promovendo o enxugamento da administração pública, a partir dos anos 1990.
O desenvolvimento, que impõe a necessidade de reformas continuadas no Estado brasileiro, mostra-se complexa, como vimos, não se resolvendo apenas de um ponto de vista “técnico”. A questão passa, necessariamente, pela construção de um arranjo político que não tem, a priori, uma direção a ser seguida. 
O objetivo genérico de desenvolvimento econômico e social requer que se o defina, antes de tudo. Os objetivos de desenvolvimento tecnológico, da elevação educacional do povo, do fortalecimento das instituições, da preservação ambiental, da afirmação de uma cultura brasileira, da distribuição de renda, entre tantos outros, devem surgir do debate democrático.

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