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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação Presencial – AP1 Período - 2015/1º Disciplina: Gestão da Interface Empresa x Sociedade Coordenador: Francisco Paulo de Melo Neto Gabarito Questão 01 - O capitalismo chegou a uma nova etapa. Seu modelo tradicional, de espoliação, de propaganda enganosa, de maquiagem de produtos, de estímulo ao consumo desenfreado, de gerador de desigualdades crescentes e de apologia incomum às virtudes do mercado, esgotou-se. Atingiu seu limite. Seu fim já está declarado. O novo capitalismo tem uma forte vertente socioambiental, pois utiliza os investimentos em ações sustentáveis como estratégia de negócio e fator de vantagem competitiva da empresa. As empresas que vinculam suas ações socioambientais às suas estratégias empresariais reforçam suas marcas, posicionam-se melhor em seus mercados, diferenciam-se dos seus concorrentes, motivam seus empregados e parceiros, ganham espaço na mídia, conquistam e fidelizam clientes, conseguem a simpatia do público, obtém a adesão e o apoio dos seus acionistas e estreitam seus relacionamentos com o governo e a sociedade. A era do capitalismo criativo também pode ser denominada era do capitalismo responsável ou sustentável. Isso porque não deve prevalecer a ideia do negocio em si, a primazia do lucro em detrimento de outros fatores, como a preservação do meio ambiente, o bom relacionamento com a comunidade, a ética, a boa imagem, o respeito e a admiração dos clientes, a satisfação dos acionistas, o atendimento das necessidades dos empregados, a aprovação de toda a sociedade e a colaboração com o governo. (pags. 8/9) Questão 02 - A base da pirâmide é constituída pelas classes mais pobres (classes C, D e E), as menos favorecidas. O livro “A riqueza na base da pirâmide”, de C. K. Prahalad, mostra todo o potencial dos mercados de baixa renda, situados em países pobres e de grande população, e as imensas oportunidades empreendedoras representadas por bilhões de pessoas. É possível criar, a partir de ações do setor privado, meios para reduzir os problemas crônicos da pobreza e da desigualdade social, sem necessariamente esquecer os objetivos corporativos da obtenção de resultados e de sobrevivência empresarial. Para o professor Edmund Phelps, não existe desenvolvimento sem inclusão. A entrada no mercado de membros das classes C, D e E (de menor poder aquisitivo) é um exemplo típico de desenvolvimento com inclusão. As empresas que incentivam o consumo e geram emprego para essas classes são socialmente responsáveis porque promovem tal inclusão e adotam como paradigma o capitalismo criativo” (pags. 11/13) Questão 03 - Hoje, a questão ambiental é de vital importância para o sucesso de qualquer negócio. A empresa que causa danos ao meio ambiente, cujos produtos são nocivos à saúde das pessoas, e que não adota práticas sustentáveis tem a sua imagem deteriorada, perde mercado e clientes. A sustentabilidade não é apenas a do negócio, é também a promoção da sustentabilidade local e regional, cuja tarefa a empresa deve repartir com o governo e demais parceiros. Daí a dimensão estratégica empresarial da questão ambiental. (pag. 73) Questão 04 - O empreendedorismo social consiste na aplicação de técnicas empresariais para se alcançar fins sociais. A princípio, é uma iniciativa não-lucrativa, pois esse não é o seu objetivo, mas para gerar recursos para o seu funcionamento é necessário o implemento de ações de empoderamento que gerem rendimentos. Limitando-se às iniciativas não-lucrativas, o empreendimento não tem as características de empreendedorismo: torna-se uma expressão do assistencialismo, filantropismo. Ao contrário, as iniciativas empreendedoras integram pessoas, fortalecem a autoestima, criam e desenvolvem comunidades, geram emprego e renda, desenvolvem capacidades e habilidade e, consequentemente, promovem sustentabilidade e autossustentabilidade. (pags. 97/98) Questão 05 - A sociedade também desempenha o seu papel de agente do desenvolvimento sustentável local. Isso ocorre quando os próprios membros da comunidade se organizam em pequenas cooperativas, criam ONGs locais e desenvolvem negócios sociais próprios. Esses negócios são, muitas vezes, fomentados pelas próprias empresas atuantes na região, que se valem de conhecimentos, capacidades e habilidades dos membros das comunidades para dar suporte aos seus programas e projetos, e há casos de empresas que fomentam a criação de pequenas empresas locais, integrando-as as suas cadeias produtivas, como fornecedoras de insumos. A maior contribuição para o desenvolvimento dos negócios sociais, de base local e comunitária, veio das empresas, que, inclusive, capacitaram as comunidades para a prática da gestão sustentável de seus empreendimentos. A comunidade aprendeu com as empresas como propor e encaminhar soluções inovadoras para os seus problemas sociais emergentes. Era o aporte de uma visão de gestão profissional até então distante e totalmente estranha e desconhecida das comunidades locais. É nesse contexto que emergiram as primeiras organizações da sociedade civil – as ONGs – com seus projetos e empreendimentos inovadores. (pags. 168/169)
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