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Medida de segurança 5

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Medida de segurança (art. 96)
É uma sanção penal que tem finalidade exclusivamente preventiva e é aplicada no intuito de submeter à tratamento o autor de um fato típico e ilícito que demonstrou ser portador de periculosidade. 
Espécies de medida de segurança: 
Detentiva é a internação em casa de custódia para tratamento psiquiátrico. Essa medida de segurança é obrigatória para crimes apenados com reclusão.
Restritiva consiste no tratamento ambulatorial. O sujeito permanece em liberdade e vai algumas vezes por semana ao consultório médico. Essa medida pode ser aplicada a crimes punidos com detenção. 
Obs: se o crime for punido com reclusão, a medida de segurança a ser aplicada deverá ser obrigatoriamente a detentiva, mas se o crime for apenado com detenção, o juiz poderá escolher entre a medida de segurança detentiva (internação) ou restritiva (tratamento ambulatorial), a depender do grau de periculosidade do agente.
Sistemas: 
Vicariante;
Duplo binário.
Pelo sistema vicariante o juiz deverá aplicar pena ou medida de segurança ao semi-imputável. Se o juiz optar por aplicar medida de segurança, esta irá perdurar enquanto perdurar a periculosidade do agente. Se, por outro lado, aplicar pena, esta será reduzida de 1/3 a 2/3.
Pelo sistema do duplo binário, o juiz poderá aplicar pena e medida de segurança.
O Brasil adotou o sistema vicariante.
A medida de segurança tem prazo indeterminado, ou seja, dura enquanto não cessar a periculosidade, podendo durar a vida inteira. 
Após um prazo mínimo, no entanto, que varia de 1 a 3 anos (de acordo com a gravidade do crime), será realizado um exame de cessação de periculosidade.
Se a periculosidade não cessou, o internado deve ter o seu exame renovado de ano em ano.
Excepcionalmente, havendo fundadas razões, o exame de cessação de periculosidade pode ser feito antes do decurso do prazo mínimo estipulado em lei.
A natureza jurídica da sentença que impõe medida de segurança é denominada de absolutória imprópria. 
Desinternação e liberação 
Caso haja a cessação da periculosidade daquele que se encontrava internado, haverá a sua desinternação. Em havendo cessação da periculosidade àquele que se encontrava em tratamento ambulatorial haverá a sua liberação.
Tanto a desinternação quanto a liberação serão condicionadas, pois, se dentro do prazo de 1 ano praticar qualquer fato indicativo da sua periculosidade, a medida de segurança será restabelecida (não há a necessidade da prática de crime); basta que o fato indique o retorno da periculosidade.
Conversão da pena em medida de segurança
Se, no curso da execução da pena sobrevier doença mental de natureza duradoura, a pena deverá ser convertida em medida de segurança.
Após a conversão, caso seja comprovado por meio de laudo pericial a cessação da periculosidade, deverá ser posto em liberdade.
Prescrição em medida de segurança
Leva-se em consideração a pena mínima cominada ao crime.

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