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Reincidência - Direito Penal

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Reincidência art.63 
Ocorre quando, o agente, após ter sido condenado por sentença penal condenatória transitada em julgado pela prática de crime, vem a cometer outro crime. 
Trata-se de uma agravante, prevista no artigo 61, I, CP. É uma circunstância agravante genérica de caráter subjetivo ou pessoal. Logo, não se comunica ao participe ou coautor. 
A reincidência é levada em consideração pelo juiz, na segunda fase da aplicação da pena. 
Todo reincidente é portador de maus antecedentes. 
Quando da aplicação da pena, constatando o juiz ser o réu reincidente, não poderá elevar a pena na primeira fase, por ser o réu portador de maus antecedentes; deverá elevar a pena apenas na segunda fase, quando da análise da reincidência. (súmula 241, STJ)
A reabilitação criminal não exclui a reincidência. 
A reincidência só se prova mediante a certidão da sentença condenatória transitada em julgado, com a data do transito. 
A condenação no estrangeiro induz a reincidência, sem necessidade de homologação do STJ.
Extinção da punibilidade em relação ao crime anterior: se a causa extintiva ocorreu antes do transito em julgado, o crime anterior não prevalece para efeitos de reincidência; se for posterior, só nos casos de anistia e abolitio criminis a condenação perderá esse efeito. A PPE não afasta a reincidência do réu em face do novo delito, já no caso da PPP, além de extinguir a punibilidade afasta também o precedente criminal. 
Condenação anterior for a pena de multa também gera reincidência, poderá, contudo, obter sursis. 
A ocorrência da reincidência se dá não importa qual a natureza dos crimes praticados. 
A sentença que aplica o perdão judicial não induz a reincidência. 
A composição civil homologada não gera reincidência. 
Todo aquele que não for reincidente deve ser considerado primário. 
Período depurador ou prescrição quinquenal art. 64
Consiste no período de mais de 05 anos entre a data da extinção ou do cumprimento da pena e a prática de novo crime. Transcorrido esse período, o agente não será considerado reincidente. 
Será portador de maus antecedentes, mas não reincidente. 
Para obtenção do prazo do período depurador, será considerado o período de prova do “sursi” e do livramento condicional, se não houver revogação. Uma vez comprovado o beneficio do art. 64, o agente readquire sua condição de primário, pois se operou a retirada da eficácia da decisão condenatória anterior. 
Nos termos do CP, reincidente é aquele que pratica CRIME e, após sentença condenatória transitada em julgado, vem a cometer novo CRIME. Portanto, aquele que possui condenação transitada em julgado pela prática de uma CONTRAVENÇÃO PENAL e vem a cometer CRIME não será considerado reincidente (art. 63). Nos termos da LCP, o condenado pela prática de CONTRAVENÇÃO PENAL, com sentença transitada em julgado, que vier a praticar nova CONTRAVENÇÃO PENAL, será considerado reincidente. Também será considerado reincidente, nos termos da LCP, aquele que cometer CONTRAVENÇÃO após ter sido condenado pela prática de CRIME (art. 7º LCP).
Termo inicial do período depurador: se a pena foi cumprida, inicia-se a contagem do quinquênio na data em que o agente termina o cumprimento da pena, mesmo unificada; se a pena foi extinta por qualquer causa, inicia-se a partir da data em que a extinção da pena realmente ocorreu e não da data da decretação da extinção; se foi cumprido período de prova, inicia-se na data da audiência de advertência do sursis ou livramento.
Termo final: está relacionado a data da prática do segundo crime e não a data da nova sentença condenatória. 
Crimes que não induzem reincidência: crimes militares próprios e crimes políticos. 
Reincidente específico
É aquele que, após ser condenado por sentença penal condenatória pela prática de determinado crime, vem a cometer o mesmo crime. 
Para fins de crimes hediondos, reincidente específico será aquele que, condenado por sentença penal condenatória pela prática de crime hediondo, vem a cometer posteriormente qualquer outro crime hediondo, por ex. condenado anteriormente pela prática de estupro, vem a cometer um homicídio qualificado; seu efeito é impedir o livramento condicional
Os crimes hediondos estão previstos no art. 1º, da Lei 8072/90.

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