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ADEC Processo Civil III

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Atividade
Parte I – Pesquisa
Tendo em vista a Lei dos Juizados Especiais (9.099/95), responder:
Quem é a parte legítima ativa (autor) para promover ações no juizado? 
R: De acordo com o art. 8º, § 2º, da Lei nº 9.099/95, somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas; as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da L.C. nº 123, de 14 de dezembro de 2006; pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei nº 9.790 de 23 de março de 1999; as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1º da Lei nº 10. 194 de 14 de fevereiro de 2001; e de acordo com o §2º do art. 8º da Lei dos Juizados Especiais, o maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação.
Quem não pode ser autor nos Juizados?
R: Conforme o art. 8º, “caput”, não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
E quem pode ser réu nos Juizados?
R: Vide primeira questão.
Quem não pode ser réu nos Juizados?
R: Segundo o art. 8º da Lei 9.099/95, as seguintes pessoas ou instituições não podem atuar como parte num processo do Juizado Especial Cível: "art. 8º. Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
§ 1º Somente as pessoas físicas capazes serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas.
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação." 
Qual a competência do Juizado? Explique.
R: O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, orientando-se pelos critérios da oralidade, simplicidade, formalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação (art. 3º e 2º, respectivamente).
Cabe litisconsórcio nos Juizados?
R: Conforme o art. 10 admitir-se-á o litisconsórcio. Marcus Vinicius Rios Gonçalves diz que “O litisconsórcio pode ser ativo ou passivo, mas exige que todos tenham possibilidade de figurar como partes, perante o juizado especial. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei, o que ocorrerá com mais frequência nos juizados federais, já que nos estaduais o incapaz não pode ser parte, nem se pode propor ação para discutir o estado e a capacidade das pessoas.”.
Cabe intervenção de terceiros?
R: O art. 10 da Lei n. 9.099/95 é peremptório. “Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiros, nem a assistência. [...]”. A Razão para que a intervenção de terceiros seja vedada é que traria demoras incompatíveis com a celeridade dos processos nos juizados especiais.
O que vem a ser o pedido contraposto do art. 31 da referida Lei?
R:  O art. 31 prevê: “Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a designação da nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os presentes.”. Isto é, não se admitirá num mesmo processo judicial, ação pela qual o réu, simultaneamente à sua defesa, proponha uma ação contra o autor.
Parte II – Questionário para exercício prévio para a 2ª Avaliação.
Explique a revelia.
R: De acordo com o art. 344, a revelia é a falta de contestação por parte do réu em relação à ação proposta em face dele (“Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor”); ou então, é revel aquele que ofereceu contestação, mas fora de praz; ou, ainda, aquele que apresenta contestação, mas sem impugnar os fatos narrados na petição inicial pelo autor. Em contrapartida, não será revel o réu que, citado, deixa de oferecer contestação, mas apresenta reconvenção, cujos fundamentos não sejam compatíveis com os da pretensão inicial. Também será revel o réu que comparecer aos autos, constituindo advogado, se este não apresentar contestação. Portanto, a falta dela poderá trazer consequências gravosas, contrárias aos seus interesses. Por isso, quando citado, ele é advertido das consequências que advirão da sua omissão (art. 250, II, do CPC).
Quais os efeitos da revelia?
R: Da revelia poder-lhe-ão advir duas consequências de grande importância: a presunção de veracidade dos fatos narrados na petição inicial e a desnecessidade de sua intimação para os demais atos do processo. Os dispositivos legais que tratam das consequências da revelia são os arts. 341 e 344, relacionados à presunção de veracidade, e o art. 346, relativo à desnecessidade de intimação para os demais atos do processo, e à fluência dos prazos, para ele, a partir da publicação do ato decisório do órgão oficial.
Tais efeitos são absolutos ou relativos?	
R: São relativos.
Quando não ocorrerão os efeitos da revelia?
R: O art. 345 menciona que a revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Explique a contestação e sua divisão interna.
R: A contestação é apresentada na audiência de instrução e julgamento, depois de ter sido tentada a conciliação. Pode ser oferecida por escrito ou verbalmente, e deve veicular todas as defesas que o réu tenha a apresentar, já que também no Juizado Especial vigora o princípio da eventualidade. É na contestação que o réu alegará preliminares, e toda a defesa de mérito que tiver. Há também o ônus da impugnação especificada dos fatos, sob pena de presunção de veracidade. Mas o juiz deverá considerá-la em consonância com os princípios reguladores do juizado, tolerando eventuais deficiências, sobretudo quando a defesa não seja oferecida por advogado. A contestação é, por excelência, a peça de defesa do réu, por meio da qual ele pode se contrapor ao pedido inicial. Nela, concentrará todos os argumentos de resistência à pretensão formulada pelo autor, salvo aqueles que devem ser objeto de incidente próprio. A regra é de que na contestação o réu não possa formular pedidos contra o autor, exceto o de que as pretensões dele sejam desacolhidas. Se quiser apresentar pedidos de outra natureza, terá de valer-se da reconvenção. Mas há ações – denominadas dúplices – em que o réu pode valer-se de contestação não só para defender-se, mas também para formular pretensões em face do autor, sem que haja a necessidade da reconvenção. As defesas podem ser classificadas em três categorias: processuais, cujo acolhimento implique extinção do processo sem resolução de mérito (p. ex.: a falta de condições da ação ou pressupostos processuais); processuais, que não impliquem extinção do processo, mas a sua dilação (como a incompetência do juízo ou o impedimento do juiz, que, se acolhidos, determinarão a remessa dos autos a outro juízo ou juiz); e defesas substanciais ou de mérito. 
O que vem a ser o ônus da impugnação específica ou articulada?
R: Está descrito no art. 341 do CPC: “incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas (...)”. Ou seja, cada fato constitutivo do direito do autor deve ser impugnadopelo réu. O mesmo tem o ônus de impugnar especificamente os fatos narrados na p.i., sob pena de presumirem-se verdadeiros.
Quais as exceções a este ônus?
R: O parágrafo único do art. 341 esclarece que “o ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.” Estes podem contestar por negativa geral, sem impugnar especificamente os fatos, tornando-os ainda assim controvertidos, sem presunção de veracidade. P. ex.: se o curador especial contesta por negativa geral, por falta de elementos para a contestação especificada, o réu, conquanto revel, não sofrerá o efeito da revelia consistente na presunção de veracidade dos fatos alegados na petição inicial.
Explique o princípio da concentração na contestação.
R: O princípio da concentração exige que o réu alegue, na contestação, tudo aquilo que sirva de resistência à pretensão inicial. A contestação é o contraposto da petição inicial: nesta, o autor deve formular todos os pedidos e apresentar os respectivos fundamentos, naquela o réu deve oferecer todas as defesas que tiver. O art 342 do NCPC apresenta algumas alegações que o réu pode fazer a posteriori:
“Art. 342.  Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.”
Explique o princípio da eventualidade na contestação
R: O princípio da eventualidade alude que toda defesa deve ser apresentada na contestação, sob pena de preclusão. 
NOTA: “O Princípio da Concentração diz, basicamente, que o réu deve concentrar na peça de contestação toda a matéria que seja útil à sua defesa, sejam matérias de direito processual ou de direito material. Isto é fácil de compreender. Entretanto, pode surgir a seguinte dúvida: se o réu vai mesmo fazer isso, alegar tudo que lhe possa ser útil, há a possibilidade de que ele faça alegações excludentes em relação a outras, ou aparentemente contraditórias. Exemplifico: primeiramente o réu alega que o juízo é incompetente para aquela ação, depois começa a se defender no mérito perante aquele juízo que ele diz ser incompetente (perceba que se o juízo é incompetente, não poderia julgar o mérito da causa - havendo aparente contradição na alegação do réu).
   Neste momento, surge o Princípio da Eventualidade, dizendo que "na eventualidade de o juiz não julgar procedente uma matéria alegada, passará ao julgamento da outra, e ao da seguinte (e assim por diante)". Neste sentido, aplicando-se o Princípio da Eventualidade ao exemplo mencionado, o juiz analisará sobre a incompetência primeiramente, e, na eventualidade de não acolhê-la, passará à análise da outra tese defensiva, que seria , in casu, o mérito.
 
Note que um Princípio complementa o outro. Em resumo, o Princípio da Concentração informa que se deve alegar tudo na contestação, mesmo que possa fazer surgir contradições. Em seguida, o Princípio da Eventualidade vem para tranquilizar o réu quanto a fazer alegações que excluam ou contradigam outras, dizendo-lhe: "querido réu, pode alegar tudo, sem medo, mesmo que pareça que você está se contradizendo, pois pode ser mesmo que o juiz não acolha a alegação de incompetência ou a de ilegitimidade passiva, etc. então ele deverá acolher as outras matérias". (GABRIEL, citação pelo Passei Direto)
Explique a alegação de ilegitimidade de parte passiva na contestação.
R: O art. 338 alude que “alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu”. Isto é, permite a substituição do réu, sempre que ele alegar ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo dano. 
Explique a exceção de impedimento e suspeição.
R: Impedimento e suspeição trazem risco grave ao processo, afetando princípios fundamentais que conduzem Código de Processo Civil. Estão prescritos nos art. 144 e 145 NCPC, respectivamente. As causas de impedimento são sempre objetivas, e, portanto, de mais fácil demonstração do que as de suspeição, de cunho pessoal, nem sempre de fácil constatação ou demonstração. Tanto as causas de impedimento quanto as de suspeição aplicam-se a juízes singulares ou de órgãos colegiados, em qualquer instância. Os atos decisórios praticados por juiz impedido serão nulos, independentemente de prova de prejuízo. A suspeição põe em risco a imparcialidade do juiz, mas com menos gravidade do que o impedimento. Por isso, se o processo for conduzido por um juiz suspeito, sem que ele o reconheça nem as partes reclamem, não haverá vício ou nulidade. Ao contrário do impedimento, que exige que o juiz se afaste da causa, sob pena de nulidade absoluta e até mesmo ação rescisória, a suspeição não impõe tal exigência, nem caberá ação rescisória nela fundada. Presentes as hipóteses de suspeição, o juiz pode tomar a iniciativa de pedir a sua substituição no processo, e, se não o fizer, qualquer das partes pode, por meio de petição, invocar a suspeição e formular o pedido, que será apreciado pela superior instância. Reconhecida a suspeição, os atos praticados pelo juiz quando já presentes as suas causas serão reputados nulos.
Explique e exemplifique a reconvenção.
R: A reconvenção é uma nova ação num mesmo processo judicial, pela qual o réu, simultaneamente à sua defesa, propõe uma ação contra o autor. A ação principal e a reconvenção terão um processo conjunto e serão julgadas por uma só sentença. É um meio de contra-ataque do réu. O que justifica a reconvenção é a economia e maio eficiência do processo, por as pretensões de ambos os litigantes serão julgadas de uma só vez. Mas também – e sobretudo – a possibilidade de se afastar o risco de decisões conflitantes. Afinal, a pretensão formulada pelo réu tem de ser conexa com a do autor ou com os fundamentos da defesa. Está caracterizado pelo art. 343 e seus respectivos parágrafos, no NCPC. Exemplo: o autor A inicia uma ação de cobrança contra B, mas B acredita que ele é quem possui o direito de cobrar A, então em face da ação de cobrança de A, pela reconvenção, B diz: "Eu não lhe devo, é você quem me deve.”.
O que se deve entender por princípio da autonomia da reconvenção?
R: Nas ações dúplices, os pedidos formulados na contestação não implicam nova ação. Haverá uma só e um só processo; porém, tal como ocorre na reconvenção, os pedidos contrapostos passam a gozar de autonomia, em relação aos principais: havendo desistência ou extinção, sem resolução de mérito, das pretensões iniciais, o processo prosseguirá em relação aos pedidos formulados na contestação.
Pode ocorrer litisconsórcio na reconvenção?
R: E A reconvenção é própria do processo de conhecimento e não cabe em processos de execução. Dentre os de conhecimento, só nos de jurisdição contenciosa; nos de jurisdição voluntária, não. De acordo com o art. 343, § 4º, “a reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro”.

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