Buscar

Interceptação luminosa no manejo de pastagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UTILIZAÇÃO DA INTERCEPTAÇÃO LUMINOSA COMO ESTRATÉGIA PARA O 
MANEJO DO PASTEJO EM SISTEMAS TROPICAIS 
 
 
SIMÕES, R.A.L1; PRADO, G.A.F2 
 
1 Aluno do curso de Pós-Graduação em Nutrição de Ruminantes, Faculdades Associadas de Uberaba , Uberaba (MG), e-
mail: renatovet@hotmail.com 
 
2 Professora do curso de Zootecnia, Faculdades Associadas de Uberaba , Uberaba (MG), e-mail: glendaafp@hotmail.com 
 
RESUMO: O objetivo desta revisão é elucidar os principais pontos relacionados ao manejo do pastejo baseado na 
utilização da interceptação luminosa pelo dossel forrageiro. Atualmente, pode-se perceber um novo enfoque dado ao 
sistema, não mais utilizando calendários fixos de período de descanso e utilização em piquetes de pastejo rotacionado, mas 
sim respeitando a ecofisiologia das plantas forrageiras, com a intenção de gerar ambientes pastoris mais adequados tanto 
para as plantas como para os animais que as utilizam. Neste modelo, foram revisadas as estratégias de desfolhação quando 
o dossel forrageiro atinge 95% da interceptação luminosa (I.L, momento que o balanço entre os processos de crescimento e 
senescência dos tecidos da planta seria máximo, permitindo maior acúmulo líquido de forragem) ou 100% de IL (momento 
que caracteriza maior processo de senescência das plantas). Pode ser observado que ao utilizar o manejo com 95% de IL, é 
possível se obter um maior número de ciclos de pastejo com boa produção de matéria seca (MS), forragem de maior 
qualidade bromatológica (maior quantidade de folhas e menor de hastes e material morto) gerando uma consequente 
maximização no desempenho animal quando comparados ao manejo de desfolha com 100% de IL. Este novo conceito em 
manejo do pastejo apesar de ser baseado em pesquisas com altos níveis de tecnologia chega aos produtores rurais de forma 
prática a ser realizada, pois a IL de cada espécie forrageira é correlacionada a uma altura fixa padrão do dossel forrageiro, 
permitindo assim seu uso de forma racional e com grandes benefícios ao sistema de produção. 
 
PALAVRAS-CHAVE: manejo do pastejo, interceptação luminosa, ecofisiologia de plantas forrageiras, pastejo 
rotacionado 
 
UTILIZATION OF LIGHT INTERCEPTION AS A STRATEGY FOR GRAZING MANAGEMENT IN 
TROPICAL SYSTEMS 
 
ABSTRACT: The aim of this review is to clarify the main aspects related to grazing management based on the use of 
light interception by the canopy. Currently, it is possible to realize a new focus given to the system, using no more fixed 
calendars of rest and use of rotational grazing in paddocks, but respecting the ecophysiology of forage plants, with the 
intention of generating more pastoral environments suitable for both plants as well as for animals that use them. In this 
model, were revised strategies of grazing when the sward reaches 95% of light interception (L.I, moment that the balance 
between the processes of growth and senescence of plant tissues would be maximum, allowing greater net herbage 
accumulation) or 100% LI (moment that characterizes larger process of plant senescence). It may be noted that by using 
the management with 95% LI, it is possible to obtain a greater number of grazing cycles with good dry matter (DM) 
production, higher bromathological forage quality (higher amount of leaves and smaller stems and dead material) 
generating a consequent maximization in animal performance when compared to grazing management with 100% LI. This 
new concept in grazing management despite being based on research with high technology reaches farmers in a practical 
way to be held, because the LI of each grass species is correlated to a standard fixed height of the canopy, thus allowing its 
use rationally and with great benefit to the production system. 
 
KEY WORDS: grazing management, light interception, ecophysiology of forage plants, rotational grazing 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A utilização de pastagens como recurso forrageiro 
para alimentação de ruminantes vêm crescendo em 
importância na pecuária nacional e internacional por 
proporcionar um alimento de boa qualidade a baixos 
custos, competindo, com vantagem, com produções 
baseadas na utilização de resíduos industriais, grãos e 
suplementos volumosos como fonte de alimento. Para 
tornar a atividade realmente competitiva é necessário 
utilizar a pastagem de forma adequada. Nesse sentido, são 
de fundamental importância estudos baseados na fisiologia 
e ecologia das plantas forrageiras (Carnevalli, 2003). 
O manejo do pastejo embasado nas características 
da planta e nas condições de ambiente tem resultado em 
grande desenvolvimento do setor pecuário em alguns 
países de clima temperado. Centros de pesquisa tidos como 
desenvolvidos neste países têm realizado estudos dessa 
natureza há mais de 50 anos, sendo essa a marca registrada 
da pesquisa em pecuária. Nos países de clima tropical, os 
estudos são basicamente fundamentados em intervalos de 
descanso, taxas de lotação e/ou intensidade de 
corte/pastejos fixos, raramente respeitando a fisiologia da 
planta e sem o devido controle de características estruturais 
do dossel forrageiro (ex: índice de área foliar), variáveis 
fundamentais para o correto manejo da desfolhação e uso 
da forragem produzida. Como consequência, o 
desempenho das pastagens é muito variável e 
inconsistente, resultando em um elevado grau de 
insatisfação por parte de produtores e técnicos do setor 
(Carnevalli, 2003). 
De acordo com Barbosa (2004), para que se 
identifique a condição que maximiza a eficiência de 
produção e colheita, é necessário um banco de informações 
sobre as características morfogênicas que determinam a 
estrutura do pasto. Essas informações, juntamente com a 
evidência dos efeitos da estrutura do dossel sobre o 
consumo de forragem e desempenho animal levam ao 
desenvolvimento de estratégias de manejo baseadas nas 
condições do pasto, com metas de pastejo definidas em 
termos de altura do dossel (Hodgson, 1990) ou massa de 
forragem (Matthews et al., 1999). 
O valor nutritivo das plantas forrageiras é 
determinado por sua composição química e pelos 
nutrientes diretamente responsáveis pela digestibilidade da 
matéria seca (MS), teores de proteína bruta (PB) e de fibra 
insolúvel em detergente ácido (FDA) (Nussio et al., 1998 e 
Euclides, 1995). A associação entre a composição química, 
digestibilidade, consumo voluntário e interação de fatores 
hereditários e ambientais determina a qualidade de uma 
planta forrageira que, em última análise, significa o seu 
potencial em gerar desempenho animal (Mott, 1970; 
Moore, 1994). 
Sistemas planejados e alicerçados em princípios 
baseados em conhecimento científico passam a ter caráter 
primordial, uma vez que diferentemente de plantas 
forrageiras de clima temperado, plantas de clima tropical 
apresentam potencial para acumular maior quantidade de 
constituintes de parede celular (Moore & Mott, 1973), o 
que faz com que haja um acúmulo rápido de material 
fibroso e de baixa digestibilidade, tornando o manejo do 
pastejo em ambientes tropicais um desafio complexo, 
função da necessidade de promover produtividade de 
forma econômica, sustentável e harmoniosa com o meio 
ambiente (Sarmento, 2007). 
Neste sentido, o objetivo desta revisão é elucidar os 
principais pontos relacionados ao manejo do pastejo 
baseado na utilização da interceptação luminosa pelo 
dossel forrageiro, de forma a avaliar os aspectos 
relacionados à produção de MS (quantidade e qualidade), 
sua utilização (ciclos de pastejo), assim como também ao 
desempenho de animais submetidos a este sistema. 
 
EVOLUÇÃO E CONCEITOS DA 
ECOFISIOLOGIA DE PLANTAS FORRAGEIRAS 
 
A recomendação de práticas de manejo 
generalizadas para plantas forrageiras tropicais não deve 
ser realizada, pois estas apresentam uma grande 
diversidade de gêneros e espécies, o que ocasiona 
diferentes necessidadesfisiológicas e nutricionais. Aliado a 
isso está a grande diversidade edafoclimática existente no 
país, que contribui para a complexidade dos sistemas de 
produção e das estratégias de manejo passíveis de serem 
adotadas (Da Silva et al., 2005; Da Silva & Nascimento 
Jr., 2006). 
Os estudos pioneiros com plantas forrageiras para 
fins de definição de estratégias de manejo do pastejo foram 
realizados com espécies de clima temperado, e serviram de 
base para o planejamento, aprimoramento e progresso dos 
estudos com as espécies de clima tropical (Nascimento Jr. 
et al., 2002). O crescimento de um pasto submetido a 
desfolhação intermitente foi demonstrado por Brougham 
(1955, 1956, 1957, 1959, 1960), que descreveu uma 
trajetória sigmóide da massa de forragem ao longo do 
tempo durante a rebrotação. O autor verificou que as taxas 
de acúmulo do azevém estavam relacionadas à área foliar e 
proporção da luz incidente que era interceptada pelo 
dossel. O acúmulo atingia uma taxa máxima constante que 
era mantida enquanto existia área foliar suficiente para 
interceptar quase toda a luz incidente. Wilson et al., (1961) 
e Donald (1961), quantificaram a luz que era interceptada 
pelo dossel de azevém perene mencionada por Brougham 
(1960). Os autores encontraram redução no acúmulo total 
de forragem dos pastos quando estes eram desfolhados 
com menos de 95% de interceptação da luz incidente. 
Cerca de 30 anos depois, Parsons & Penning (1988) e 
Parsons et al., (1988) demonstraram que o ponto ótimo 
para interrupção da rebrotação de pastos submetidos a 
regimes de corte seria, de fato, aquele em que a taxa média 
de acúmulo de forragem seria máxima. 
Quando o dossel atinge 95% de interceptação 
luminosa (IL) as folhas inferiores passam a ser totalmente 
sombreadas. A ausência de luz numa folha induz uma 
diminuição em sua atividade fotossintética e esta entra no 
ponto de compensação (passa da condição de fonte de 
fotoassimilados para a condição de dreno) (Donald, 1961). 
A partir desse ponto, as taxas de fotossíntese e respiração 
do dossel tornam-se muito próximas. Este é considerado o 
índice de área foliar ótimo, onde a taxa de acúmulo de 
massa seca do pasto atinge um máximo. Aumentos 
subsequentes em índice de área foliar reduzem a taxa de 
acúmulo do pasto em função do aumento nas taxas de 
respiração, resultantes de um aumento na quantidade de 
tecidos sem função fotossintética (senescentes) (Donald, 
1961). 
Os estudos clássicos de Stobbs (1973a,b) e Chacon 
& Stobbs (1976), após a abordagem analítica para estudos 
de pastejo proposta por Allden & Whittaker (1970), 
tiveram grande importância por evidenciarem as diferenças 
estruturais entre gramíneas de clima temperado e de clima 
tropical, e as maneiras pelas quais essas diferenças 
afetavam o comportamento ingestivo de animais em 
pastejo. Como consequência, a importância do estudo da 
estrutura do dossel foi evidenciada, e variáveis como 
altura, massa de forragem, densidade volumétrica e relação 
lâmina/colmo passaram a ser estudadas com mais cuidado, 
sendo consideradas condicionantes do entendimento dos 
processos relativos à atividade de pastejo e comportamento 
ingestivo dos animais. 
No Brasil, até recentemente, o conhecimento da 
curva de acúmulo de forragem dos pastos após corte ou 
pastejo, sua estacionalidade de produção e composição 
morfológica (Pedreira, 1973; Pedreira & Mattos, 1981) não 
foi suficiente para o desenvolvimento de práticas de 
manejo que solucionassem as dificuldades encontradas nos 
sistemas de produção animal em pasto. A grande maioria 
dos trabalhos com plantas forrageiras avaliava o acúmulo 
de forragem como sendo um processo único, singular, sem 
levar em consideração aspectos dinâmicos relacionados à 
população de plantas e competição por luz. Mesmo na 
literatura internacional, foi somente no início da década de 
80 que o processo pôde ser melhor entendido e 
compreendido. Bircham & Hodgson (1983), avaliando o 
efeito da condição de pastos de azevém perene (Lolium 
perenne) mantidos sob condições de controle rígido da 
estrutura do dossel por meio de lotação contínua, foram os 
primeiros a descrever o acúmulo de forragem como sendo 
o resultado líquido de dois processos concomitantes e 
antagônicos (crescimento e senescência). Os autores 
revelaram existir uma amplitude de condições de pasto 
relativamente alta, correspondente a uma grande variação 
em estratégias de manejo, em que o acúmulo de forragem 
seria o mesmo, resultado de compensações entre número, 
área foliar e peso por perfilho. Ficou clara, assim, a 
importância que a estrutura do dossel possui como 
determinante e condicionante das respostas tanto de plantas 
como de animais e surgiu, então, o conceito de desenvolver 
práticas de manejo do pastejo com base em metas de 
condição de pasto (“sward targets”) como forma de 
assegurar a otimização dos processos de acúmulo e 
consumo de forragem pelos animais (Hodgson, 1985). 
Nos trópicos, a necessidade de se desenvolver 
práticas de manejo para as plantas forrageiras aumentou 
consideravelmente no final da década de 80 e durante a 
década de 90, uma vez que os índices zootécnicos e de 
produtividade obtidos até então não eram condizentes com 
o potencial produtivo das pastagens tropicais, 
particularmente aquelas formadas por novos cultivares, 
tidos como produtores de grande quantidade de forragem 
de qualidade (Da Silva, 2004). 
 Análise mais detalhada do problema revelou que 
existiam certas dificuldades de controle e manejo do 
processo de pastejo e, em curto espaço de tempo, ficou 
evidente que a grande maioria das dificuldades tinha 
origem nas elevadas taxas de alongamento de colmos e 
acúmulo de material morto nos pastos, especialmente em 
situações de fertilidade de solo elevada, irrigação, uso de 
fertilizantes e corretivos, especificamente nitrogênio (Da 
Silva, 2004). 
Surgiram então discussões sobre a viabilidade de 
impedir, controlar ou mesmo selecionar plantas que não 
produzissem tantos colmos (Corsi, 1990), mas logo se 
chegou à conclusão de que o elevado potencial de 
produção de forragem das gramíneas tropicais era, em 
parte, devido à produção de colmos (Da Silva, 2004). 
Como conseqüência, ações que visassem à 
eliminação do componente colmo do processo de acúmulo 
poderiam resultar em diminuição significativa do potencial 
produtivo das pastagens tropicais, razão pela qual o foco 
das atenções mudou e foram iniciados estudos com o 
objetivo de compreender melhor como se dava o 
desenvolvimento de colmos de forma a visualizar 
estratégias para controlar o acúmulo exagerado desse 
componente morfológico sem, contudo, suprimi-lo, bem 
como avaliar o seu efeito sobre plantas e animais e o 
impacto sobre a produção e produtividade de sistemas 
pastoris (Da Silva, 2004). 
Chapman & Lemaire (1993) trouxeram grandes 
contribuições para o entendimento da interação entre as 
variáveis morfogênicas e estruturais e sua relação com os 
fatores abióticos (água, luz, temperatura, nutrientes) e o 
manejo no controle da disponibilidade desses fatores 
(IAF). Dessa forma, foi reconhecido que o crescimento do 
pasto após desfolhação é um processo dinâmico, que 
envolve vários mecanismos ecofisiológicos de adaptação 
das plantas forrageiras ao meio, e é afetado diretamente 
pela época, duração, intensidade e freqüência de corte ou 
pastejo. Esses importantes conhecimentos da dinâmica de 
crescimento de pastos sob pastejo foram muito úteis para a 
determinação de práticas de manejo e de condições do 
pasto que assegurassem produção animal eficiente e 
produtividade em ambientes de clima temperado, onde a 
diversidade de espécies forrageiras é pequena em relação a 
ambientes de clima tropical (Hodgson & Da Silva, 2002). 
O conhecimento das variáveis estruturais e da 
morfogênese das plantas forrageiras tornou-se,assim, uma 
importante ferramenta para a determinação das condições 
do pasto (altura, massa de forragem, massa de laminas 
foliares, IAF) adequadas para assegurar produção animal 
eficiente e sustentável em áreas de pastagem. Esse 
posicionamento correspondeu a um marco nos estudos e 
experimentação com plantas forrageiras tropicais que, ao 
final da década de 1990 e início dos anos 2000, passaram a 
assumir uma postura menos pragmática e mais integrada 
do processo de produção. Nesse contexto, o produto 
animal passou a ser considerado como sendo o resultado da 
interação entre solo, clima, planta e animal e foi 
sumarizado por Freitas (2003), apud Nabinger et al., 
(2005), por meio de uma modificação no tradicional 
modelo proposto por Chapman & Lemaire (1993) para 
plantas de clima temperado e adaptado por Sbrissia & Da 
Silva (2001) para plantas de clima tropical. Esse modelo é 
baseado na hipótese de que os recursos tróficos 
disponibilizados pelo meio (CO2, N, água, radiação solar e 
temperatura) ou por práticas de manejo (adubação e/ou 
fertilização) alteram as características morfogênicas do 
pasto que, por sua vez, alteram as características 
estruturais, condicionando assim a taxa de lotação e o 
comportamento ingestivo dos animais. 
Esse novo modelo conceitual de produção animal 
em pastagens, baseado em uma cadeia de respostas 
sistêmicas e interligadas em que a estrutura do dossel 
representa o núcleo, o ponto de origem das respostas tanto 
de plantas como de animais, passou a ser utilizado 
recentemente como referência para o planejamento e 
idealização de novas séries de experimentos e pesquisas 
com plantas forrageiras tropicais. Dessa maneira, o 
conhecimento relativo à morfogênese e ecofisiologia das 
plantas forrageiras e à ecologia do pastejo tem adquirido 
grande importância, assumindo papel de destaque e 
constituindo premissa básica para a idealização e 
recomendação de práticas de manejo sustentáveis, que 
permitam aumentar a produção e a produtividade dos 
sistemas de produção respeitando os limites e as 
características específicas do ecossistema pastagem 
(Nascimento Jr. et al., 2004). 
 
CRESCIMENTO DE PLANTAS FORRAGEIRAS E 
PRODUÇÃO DE FORRAGEM 
 
A produção e a colheita eficientes de qualquer 
cultura, como milho, soja, cana-de-açúcar, laranja etc., 
requer conhecimento acerca do ciclo e do crescimento das 
plantas, para que as operações envolvendo tratos culturais 
e de colheita possam ser realizadas no momento correto e 
de maneira a propiciar o maior rendimento e produtividade 
possível. Para plantas forrageiras e pastagens, essa lógica 
de raciocínio é a mesma, o que faz com que o 
conhecimento sobre os padrões de crescimento e 
desenvolvimento dessas plantas seja ponto de partida para 
que estratégias de manejo e de colheita possam ser 
implementadas. As plantas forrageiras acumulam forragem 
de maneira diferenciada ao longo do seu ciclo de 
crescimento, ora priorizando a produção de novas folhas e 
tecidos, ora priorizando a produção de colmos e 
inflorescências (colmos/talos e sementes). Esses diferentes 
padrões de crescimento têm implicações importantes sobre 
a produção de forragem, seu valor nutritivo, consumo e 
eficiência de colheita pelo animal, e precisam ser 
compreendidos para que práticas de manejo eficientes 
possam ser planejadas e utilizadas (Da Silva, 2009). 
O acúmulo de forragem durante o período de 
crescimento e rebrotação das plantas após pastejo é 
determinante da quantidade e qualidade da massa 
produzida. Logo após o pastejo e a saída dos animais dos 
piquetes, o pasto começa a rebrotar com o objetivo de 
refazer sua área foliar, interceptar luz e crescer novamente 
(Figura 1), acumulando nova quantidade de forragem para 
ser utilizada no pastejo seguinte (Da Silva, 2009). 
 
 
Figura 1. Evolução da área foliar e interceptação de luz 
em pastos durante a rebrotação. 
Fonte: Da Silva, 2009. 
 
No início são produzidas principalmente folhas, 
sendo o acúmulo de colmos (talos) e material morto muito 
pequeno. Nessa fase, a prioridade da planta é refazer sua 
área foliar com o objetivo de maximizar a interceptação da 
luz incidente (luz do sol) por meio do componente mais 
eficiente que possui, as folhas. Pelo fato de o pasto 
encontrar-se “aberto” após pastejo, praticamente não há 
competição por luz e a planta prioriza a produção de 
folhas. Esse processo é mantido dessa maneira até que a 
massa de forragem aumente e as folhas comecem a se 
sobrepor e sombrear umas as outras, especialmente aquelas 
mais posicionadas mais perto do solo. Esse ponto é quando 
95% de toda a luz incidente é interceptada. Nesse 
momento, ocorre uma inversão de prioridades no pasto, e 
as plantas, em resposta a competição por luz, começam 
colocar folhas novas em condições de plena luz sempre na 
parte de cima do pasto. Para que isso seja possível, a planta 
inicia um processo intenso de alongamento de colmos, 
fazendo com que as folhas novas, que surgem no cartucho 
de folhas, sejam posicionadas acima das outras mais 
velhas. Quando isso acontece, as novas folhas produzidas 
são menores que aquelas mais velhas, posicionadas 
próximo do solo, que iniciam um processo de morte e 
decomposição, causando redução do acúmulo de folhas e 
aumento do acúmulo de colmos e de material morto. Nesse 
estágio, a altura e a massa de forragem dos pastos 
aumentam rapidamente, porém a massa de forragem 
disponível ao animal para colheita começa a apresentar 
proporções cada vez menores de folhas e maiores de 
colmos e material morto, à medida que o período de 
rebrotação aumenta, ou seja, o intervalo de pastejo é 
prolongado, como mostra a figura 2 (Carnevalli, 2003). 
 
 
 
Figura 2. Acúmulo de forragem durante o período de 
rebrotação em pastos de capim-mombaça submetidos a 
estratégias de pastejo rotativo 
Fonte: Carnevalli, 2003. 
 
O intervalo de pastejo ideal, portanto, seria quando 
o acúmulo de folhas fosse elevado, porém antes do início 
do acúmulo acentuado de colmos e material morto. 
Trabalhos recentes de pesquisa têm demonstrado que esse 
ponto corresponde à condição de 95% de interceptação de 
luz pelo pasto e pode ser determinado no campo por meio 
da altura do pasto medida do nível do solo até o horizonte 
de visão formado pelo plano horizontal de folhas. Cada 
planta possui uma meta própria de altura de entrada e de 
saída dos animais do pasto (Tabela 1) que, uma vez 
implementada, assegura alta produção de forragem com 
elevada proporção de folhas e baixa proporção de colmos e 
material morto, de alto valor nutritivo como pode ser 
observado na tabela 2 (Da Silva, 2009). 
O ritmo de crescimento das plantas varia de 
localidade para localidade, de ano para ano, com o uso de 
fertilizantes, corretivos e irrigação. Como o padrão de 
acúmulo de forragem depende da interceptação e 
competição por luz, quanto mais rápido um pasto crescer 
e/ou rebrotar, mais rápido ele estará em condições de 
receber animais para um novo pastejo, indicando que o uso 
de calendários fixos para intervalos de pastejo é bastante 
limitado e pode causar sérios prejuízos para a qualidade da 
forragem e produção animal (Da Silva, 2009). 
 
Tabela 1. Metas de altura para entrada e saída dos animais 
de pastos utilizando pastejo rotativo. 
 
Altura do pasto (cm) 
 Planta Forrageira 
 Entrada Saída 
Mombaça 90 30 a 50 
Tanzânia 70 30 a 50 
Elefante (Cameroon) 100 40 a 50 
Marandu 25 10 a 15 
Xaraés 30 15 a 20 
Tifton-85 25 10 a 15 
Coastcross e Florakirk 30 10 a 15 
 Fonte: Da Silva, 2009. 
 
Esses prejuízos serão mais críticos quanto melhores 
forem as condições de crescimento para as plantas, ou seja, 
quanto mais rápido elas crescerem (solos de elevada 
fertilidade, adubados, irrigados etc.). Esse fato abre uma 
nova janela de oportunidades paratécnicos e produtores 
em termos de manejo do pastejo e de pastagens, 
permitindo ganhos significativos em termos de produção 
por animal, taxa de lotação e produção por unidade de área 
(produtividade), muitas vezes sem uso de recurso 
financeiro adicional algum. No caso do exemplo do capim-
mombaça utilizado na Figura 2, houve aumento de cerca 
de 30% na produção diária de leite por vaca quando os 
animais foram colocados no pasto no momento adequado 
(altura de 90 cm de entrada) em relação àquele 
normalmente utilizado pelos produtores que usam essa 
planta forrageira (140 cm de altura ou 35 dias de descanso; 
Da Silva, 2009). 
 
Tabela 2. Valor nutritivo da forragem colhida em pastos 
utilizados com base em metas de manejo e respeitando o 
ritmo de crescimento das plantas forrageiras. 
 
Forragem PB (%) 
FDN 
(%) 
FDA 
(%) 
Digest. 
 (%) 
Tifton 85 17,2 67,0 27,4 78,0 
Florakirk 18,2 63,9 25,8 76,1 
Coastcross 17,5 65,5 27,2 74,1 
Marandu 10,0 68,1 32,4 66,8 
Xaraés 12,5 68,4 35,3 69,4 
Mombaça 11,7 66,8 37,8 60,8 
Tanzânia 10,5 76,4 ----- 67,9 
Elefante 
(Cameroon) 14,6 65,1 35,9 58,9 
 Fonte: Da Silva, 2009. 
 
Com capim-elefante, aumentos da ordem de 18% na 
produção diária de leite por vaca têm sido registrados, 
além de aumentos em taxa de lotação (cerca de 40%) e 
produção de leite por hectare ou alqueire (cerca de 50%). 
Dessa maneira, fica claro que o conhecimento dos padrões 
de crescimento e acúmulo de forragem das plantas 
forrageiras é muito importante porque permite controlar a 
composição da forragem produzida por meio de ajustes no 
intervalo de pastejo ou no período de descanso dos pastos. 
Caso um período de descanso muito longo seja utilizado, o 
pasto diminui a produção de folhas e aumenta a produção 
de colmos e material morto, componentes que são 
rejeitados pelos animais em pastejo e normalmente se 
acumulam na base dos pastos, formando a “macega” que, 
em geral, dá origem a ações como roçada e uso do fogo ao 
final do período seco e início do período chuvoso seguinte 
(Da Silva, 2009). 
 
MANEJO DO PASTEJO 
 
O pastejo corresponde à ação de colheita da 
forragem produzida por meio dos animais em pastejo. 
Dessa forma, manejá-lo significa manejar o processo de 
colheita da forragem produzida e disponível nos pastos, o 
que requer conhecimento para identificar o momento 
correto de início do processo e as características da 
forragem nesse ponto que afetam e determinam o consumo 
e o desempenho animal. Como a planta cresce e acumula 
forragem em velocidades diferentes, em função de 
condições climáticas, fertilidade do solo e uso de práticas 
como adubação e irrigação, o ponto ideal de colheita 
ocorre a intervalos de tempo variáveis, o que impõe a 
necessidade de monitoramento constante dos pastos e 
planejamento do processo de pastejo na fazenda, um hábito 
essencial, porém raro entre produtores e técnicos (Da 
Silva, 2009). 
A realização do manejo do pastejo com base nas 
metas de manejo significa trabalhar com períodos de 
descanso variáveis, mais curtos quando as condições de 
crescimento forem favoráveis às plantas e mais longos 
quando forem desfavoráveis. Isso quer dizer que, para uma 
mesma planta forrageira, numa mesma fazenda, o intervalo 
de pastejo irá variar de um piquete para outro e de uma 
época do ano para outra, assim como de ano para ano, fato 
que aparentemente cria um grande problema para quem 
maneja os pastos (Da Silva, 2009). 
As variações no período de ocupação, aliadas a um 
aumento de frequência de pastejo, têm sido uma das 
estratégias mais eficiente no controle do crescimento da 
pastagem. Entretanto, o dimensionamento dos piquetes 
depende do período de ocupação: quanto menor este 
período, maior o número de divisões. Sistemas baseados 
em períodos de ocupação de um dia seriam reduzidos a 
meio dia por ocasião da aceleração do crescimento da 
pastagem, o que poderia, muitas vezes, dificultar a 
logística de troca de piquetes. Por esse motivo, 
normalmente têm sido planejados sistemas baseados em 
períodos de ocupação de dois dias, utilizando-se apenas um 
dia quando a velocidade de crescimento estiver acelerada 
(Carnevalli, 2009). 
Para calcular o número e tamanho dos piquetes, 
vários fatores devem ser considerados: potencial da espécie 
forrageira a ser utilizada, tamanho do animal e consumo 
estimado de forragem, lotação estimada, período de 
ocupação e densidade volumétrica do pasto. Para a 
realização das medições de altura no campo, o percurso 
deve ser errático ou em ziguezague, evitando locais que 
apresentam formigueiros, cupins, e pontos extremos (muito 
altos ou muito baixos), os quais, por algum motivo, foram 
evitados pelos animais. Na área ou piquete a ser medido, a 
recomendação tem sido a medição de 10 a 20 pontos a 
cada 2.000 m2, sendo que esta variação ocorre de acordo 
com as condições locais. Quanto maior a uniformidade do 
pasto e menor o tamanho do piquete, menor o número de 
pontos necessários para a obtenção de uma medida 
representativa. O valor da altura é obtido por meio de 
medição do plano superior médio de folhas, sem esticar ou 
comprimir os perfilhos (Carnevalli, 2003). A frequência de 
monitoramento da altura mais utilizada tem sido uma vez 
por semana em todos os piquetes com altura próxima à 
altura meta de pastejo (Carnevalli, 2009). 
Os piquetes que compõem a área de pastagem 
rotacionada podem apresentar taxas de crescimento 
diferenciadas dentro do mesmo período de tempo devido a 
vários fatores, como: diferenças nos tamanhos de piquetes, 
proporcionando variações na quantidade de fertilizantes; 
manchas de fertilidade de solo; diferenças de topografia; 
sombreamento; índice de área foliar residual, entre outros. 
Desta forma, a ordem de entrada nos piquetes deve ser 
estabelecida pela sequência decrescente dos valores 
médios de altura; a sequência numérica de entrada nos 
piquetes nem sempre é respeitada (Carnevalli, 2009). 
Uma simulação poderá exemplificar um 
procedimento de cálculo de piquetes. Vamos considerar a 
utilização de uma pastagem de capim-mombaça em 
condições específicas, que permitiriam uma lotação de 8 
UA/ha e 50 vacas em lactação com peso médio de 600 kg. 
Cada vaca representaria 1,33 UA (600 kg ÷ 450 kg), e 50 
vacas representariam 66,66 UA. O tamanho da área a ser 
rotacionada seria de 8,33 há (66,66 UA ÷ 8 UA/ha). Cada 
animal consumiria, nesta simulação, 2% do peso vivo de 
forragem, ou seja, 12 kg de MS; assim, o consumo do 
grupo todo seria de 600 kg de MS (12 kg x 50 vacas). 
Adicionando uma porcentagem de perdas de 20%, a 
remoção diária de forragem pelas 50 vacas será de 720 kg 
de MS/dia. Considerando que os animais entrariam nesse 
pasto na altura meta de 90 cm e saída de 40 cm, haveria 
remoção de 50 cm do pasto. Considerando uma densidade 
volumétrica do capim-mombaça de 70 kg de MS/cm/ha, 
em 50 cm haveria uma remoção de 3.500 kg de MS/ha. 
Para alimentar as 50 vacas em um dia de ocupação seria 
necessária uma área de 2.057 m2 (720 kg MS ÷ 3.500 kg 
MS/ha). Para dois dias de ocupação, a área de cada piquete 
seria de 4.114 m2 cada. A área necessária de 8,33 há seria 
dividida em 20 piquetes de aproximadamente 4.200 m2 
cada. Na verdade, este número de piquetes é aproximado, 
já que depende de várias estimativas. Desta forma, se após 
os cálculos a aplicação no campo permitir um ou dois 
piquetes a mais ou a menos, isso não irá interferir no 
manejo do pastejo. Vale lembrar que dividir a área em 20 
piquetes com dois dias de ocupação não significa que o 
período de descanso será de 38 dias (NP = (PD/PO) + 1), 
como se preconizava no passado. Os piquetes serão apenas 
identificados e pastejados conforme a sequência de alcance 
da altura meta, cada qual com sua velocidade de 
crescimento. Piquetes que apresentarem maiores taxas de 
crescimento em função de maiorfertilidade de solo, ou que 
receberem dosagem de nitrogênio mais elevada, ou, ainda, 
que mantiverem um IAF residual mais alto após o pastejo, 
terão períodos de descanso mais curtos que os piquetes que 
apresentarem menores taxas de crescimento. O período de 
descanso varia conforme a condição de cada pasto e é 
condicionado pela disponibilidade dos fatores de 
crescimento e índice de área foliar residual; portanto, não é 
objetivo encontrar um período de descanso caracterizado 
por um número de dias (Carnevalli, 2009). 
Na realidade, quando se usam as metas de manejo e 
a movimentação dos animais pelos pastos da fazenda é 
feita com base nelas, o manejador está trabalhando em 
conformidade com a qualidade do ambiente de que dispõe 
e respeitando os limites de tolerância e resistência da 
planta forrageira ao pastejo, assegurando produção e 
persistência dos pastos. Dessa maneira, o manejador pode 
ir ajustando o período de descanso em conformidade com o 
ritmo de crescimento dos pastos, de forma a assegurar que 
os animais sempre entrem nos piquetes na meta 
recomendada (Da Silva, 2009). 
Situações de ajuste são necessárias quando, por 
exemplo, são necessários 4 piquetes em uma semana e ao 
monitorar os pastos detecta-se que estarão chegando 6 
piquetes, sabe-se de antemão que existe uma sobra de 
forragem antes da entrada dos animais nos piquetes e que, 
neste caso, corresponde a 33% (2 piquetes em 6). Desta 
forma, utilizam-se 4 piquetes e pulam-se os dois 
excedentes como forma de assegurar que os demais 
continuarão sendo colhidos no ponto ideal. Os dois 
piquetes que sobraram podem ser pastejados por outro lote 
de animais (aumento da taxa de lotação) ou colhidos para 
conservação de forragem de qualquer tipo (fenação ou 
ensilagem). O importante é que a forragem excedente 
tenha valor nutritivo tão bom quanto aquele da forragem 
que os animais colheram via pastejo, uma vez que foi 
colhida no mesmo ponto. Por outro lado, se ao invés de 4 
piquetes, sabe-se que apenas 2 estarão chegando, fica claro 
que, a partir daquela semana, começa a ocorrer falta de 
forragem no pasto (50% - 2 piquetes em 4) e está na hora 
de reduzir a taxa de lotação e/ou iniciar o fornecimento de 
forragem suplementar (pode ser excedente colhido 
anteriormente na época das sobras), como forma de 
permitir um aumento no período de ocupação dos pastos 
utilizados e, com isso, ampliar o período de descanso, 
favorecendo atingir as metas de entrada (Da Silva, 2009). 
Em princípio, a lógica e a rotina de manejo são as 
mesmas, ou seja, aumento ou diminuição da taxa de 
lotação e/ou conservação de forragem ou suplementação 
volumosa, respectivamente. A diferença é que o excedente 
ou déficit é detectado antes do pastejo e a decisão sobre o 
que fazer é facilitada, uma vez que se detecta o problema 
no começo e se tem tempo hábil para a escolha da melhor 
solução possível para cada situação específica. Na 
condição de número fixo de dias de descanso e ocupação, 
quando ocorrem excedentes e déficits, em geral o que se 
observa no campo é sobra de forragem e pastos muito altos 
no momento da retirada dos animais dos piquetes, ou 
pastos extremamente “batidos”, quase sem folhas, e 
animais esperando para serem trocados de piquete ao lado 
do colchete da cerca. De um jeito ou de outro, o problema 
já aconteceu e a solução vem sempre atrasada, o que 
costuma fazer que as decisões de manejo sejam tomadas de 
forma precipitada e normalmente equivocada, causando 
prejuízos para plantas e animais. Esse quadro de erros e 
acertos torna-se cada vez pior quanto mais rápido a planta 
cresce e, consequentemente, maior é a estacionalidade de 
produção de forragem, condição essa que costuma estar 
associada com pastagens manejadas com elevadas doses de 
fertilizantes, em particular nitrogênio, e irrigação (Da 
Silva, 2009). 
 
CARACTERÍSTICAS DO DOSSEL FORRAGEIRO 
 
Intervalo entre pastejos e número de pastejos 
 
Nos trabalhos de Voltolini et al., (2010a) e Voltolini 
et al., (2010b) foram comparados dois intervalos de pastejo 
no capim-elefante: 95,47% de IL vs. 26 dias de descanso 
fixo ou 97,91% de IL. Esses autores observaram que o 
intervalo de pastejo com IL 95% foi significativamente 
inferior (19,4 dias) quando comparado ao intervalo fixo de 
26 dias, permitindo desta forma 4,12 ciclos de pastejo 
contra 2,96 ciclos com o intervalo fixo de 26 dias. Esse 
comportamento foi semelhante aos reportados por Pedreira 
et al., (2009) que avaliaram três intervalos de pastejo 
(95%; 28 dias fixos e 100% de IL) de pastagens de capim-
braquiária cv. Xaraés e encontraram períodos de descanso 
de 22; 27,7 e 31,7 dias com 6; 5 e 4 ciclos de pastejo 
respectivamente. De acordo com Carnevalli (2003), a 
interceptação luminosa foi a principal determinante do 
intervalo entre pastejos no capim-mombaça, na qual 
observou que tratamentos de 95% de IL apresentaram 
intervalos entre pastejos menores (22 a 25 dias) que os 
tratamentos de 100% de IL (31 a 40 dias) durante a 
primavera e verão apresentando maior número de pastejos 
no ano (7,6 pastejos) que pastos manejados com 100% de 
IL (5,9 pastejos). 
De forma semelhante, Barbosa et al., (2007) 
compararam os tratamentos de 90, 95 e 100% de IL no 
capim-tanzânia e observou 6,5; 5,5 e 4,5 ciclos de pastejo 
respectivamente, resultado que levou a um maior intervalo 
entre pastejos para a condição de 100% de IL quando 
comparado a 90 e 95% de IL. Bueno (2003) em estudo 
com capim-mombaça verificou menores intervalos entre 
pastejos (23,5 vs. 36 dias) no período de primavera-verão 
nos tratamento de 95 e 100% de IL respectivamente. 
Carareto (2007) observou menor intervalo entre pastejos na 
condição de 95% de IL (23 dias) quando comparado a 
intervalos fixos de desfolha (27 dias) no capim elefante. 
Souza Júnior (2007) e Sarmento (2007) observaram que 
pastos de capim-marandu submetidos a pastejos com 95% 
de IL apresentaram maior número de pastejos (6,5 ± 0,45) 
que aqueles com 100% de IL (4,9 ± 0,46), verificando-se 
que no verão o intervalo entre pastejos foi menor para o 
manejo de 95% de IL (45 dias) quando comparado a 100% 
de IL (60 dias). 
Outro fator que pode alterar o intervalo entre 
pastejos é a altura de resíduo ou pós-pastejo utilizada. 
Uebele (2002) em estudos com capim-mombaça relatou 
que nos pastejos iniciados com 100% de IL, tratamento de 
resíduo de 50 cm apresentou um intervalo entre pastejos 
mais curto que o de 30 cm na estação de primavera/verão 
(33 vs. 39 dias). Carnevalli (2003) obteve um maior 
número de ciclos de pastejo para o resíduo de 50 cm (7,0 ± 
0,49) em relação a 30 cm (6,5 ±0,49). No trabalho de 
Bueno (2003) com capim-mombaça, o intervalo médio 
entre pastejos foi inferior para o resíduo de 50 cm (28,5 
dias) em relação ao resíduo de 30 cm (31 dias). Da mesma 
forma, Sarmento (2007) e Salim Souza (2007) verificaram 
que a altura de pós-pastejo de 15 cm resultou em maior 
número de pastejos (6,4 ± 0,46) que a altura de pós-pastejo 
de 10 cm (5,0 ± 0,48) em capim-marandu. Esses resultados 
também corroboram os de Barbosa et al., (2007) que 
obtiveram com resíduo de 50 cm 5,7 ciclos de pastejo 
contra somente 4,7 ciclos quando o resíduo situava-se com 
30 cm. 
Questões também relacionadas ao período do ano 
também podem interferir no intervalo entre pastejos e 
consequentemente no ciclo de pastejos como pode ser 
analisado no trabalho de Uebele (2002) que observou 
durante a época de primavera/verão, época de crescimento 
vegetativo das plantas, os pastos com resíduo de 50 cm se 
recuperaram mais rápido, resultando no menor período de 
descanso em relação a aqueles de resíduo 30 cm. No 
entanto, durante o outono/inverno, época de crescimento 
reprodutivo e florescimento das plantas, o comportamento 
foi inverso, com pastos de resíduo 50 cm demorando mais 
para se recuperar que pastos comresíduo 30 cm, 
provavelmente consequência da maior proporção e 
intensidade de florescimento naquelas condições. Pastos 
manejados com 50 cm de resíduo apresentaram 
florescimento mais intenso que os de resíduo de 30 cm. 
Esse comportamento relacionado ao período do ano 
também pode ser verificado em outros experimentos 
(Carnevalli, 2003; Bueno, 2003). 
 
Massa forragem pré-pastejo 
 
De acordo com Bueno (2003) a massa de forragem 
pré-pastejo em capim-mombaça foi menor para os 
tratamentos com 95% de IL (5.500 kg/MS/ha) quando 
comparados a 100% de IL (7.340 kg/MS/ha). 
Barbosa et al., (2007) observaram que a massa de 
forragem pré-pastejo no capim-tanzânia foi maior no 
tratamento 100% de IL (6.640 kg/MS/ha) em relação aos 
tratamentos com 95 e 90% de IL respectivamente (4.990 e 
4.280 kg/MS/ha). Uebele (2002) também observou o 
mesmo padrão de acúmulo, verificando que pastos com 
tratamento de 95% de IL apresentaram massa de forragem 
pré-pastejo inferior (5.405 kg/MS/ha) a tratamentos com 
100% de IL (8.085 kg/MS/ha). Sarmento (2007) obteve 
como resultado no capim-marandu maior massa de 
forragem pré-pastejo quando o mesmo estava com 100% 
de IL (8.260 kg/MS/ha) em comparação com o tratamento 
de 95% de IL (7.100 kg/MS/ha). O mesmo ocorreu no 
experimento de Pedreira et al., (2009) com valores de 
4.800 kg/MS/ha em 100% de IL e 2.230 kg/MS/há no 
tratamento com 95% de IL. Bueno (2003) cita que a massa 
de forragem maior no tratamento de 100% em comparação 
a 95% de IL foi devido a um período de crescimento mais 
longo e com maior incremento de colmos e material morto. 
 
Massa de forragem pós-pastejo 
 
Barbosa et al., (2007) observaram que a massa de 
forragem pós-pastejo foi superior no tratamento com 
resíduo de 50 cm (4.070 kg/MS/ha) em relação ao resíduo 
de 25 cm (2.260 kg/MS/ha) no capim-tanzânia durante o 
período de outono/verão. Resultados semelhantes também 
foram observados por Uebele (2002) que obteve como 
resultado maiores quantidades de forragem pós-pastejo 
para o resíduo de 50 cm (4.550 kg/MS/ha) em comparação 
ao resíduo de 30 cm (2.555 kg/MS/ha). Bueno (2003) 
também verificou maior massa de forragem pós-pastejo no 
capim-mombaça quando o resíduo apresentava-se com 50 
cm (4.460 kg/MS/ha) quando comparado ao resíduo de 30 
cm (2.430 kg/MS/ha). No capim-marandu, Sarmento 
(2007) verificou maior massa de forragem pós-pastejo no 
resíduo de 15 cm (3.740 kg/MS/ha) em relação a 10 cm 
(2.690 kg/MS/ha), verificando que esses resultados se 
justificam devido a uma maior colheita de forragem no 
grupo com resíduo menor (10 cm) em comparação ao 
grupo de maior resíduo (15 cm). 
 
Quantidade total de MS produzida 
 
Barbosa et al., (2007) observaram que a produção 
total de MS no capim-tanzânia foi a mesma nos 
tratamentos de 95% (13.530 kg de MS/ha) e 100% de IL 
(12.170 kg/MS/ha); entretanto foram maiores em 
comparação ao tratamento com 90% de IL (10.590 
kg/MS/ha). Da mesma forma, Carnevalli (2003) não 
encontrou diferenças na produção de MS do capim-
mombaça nos tratamentos 95 e 100% de IL 
respectivamente (22.410 vs. 22.590 kg/MS/ha), assim 
como Sarmento (2007) que verificou no capim-marandu a 
não existência de diferença na produção de forragem entre 
os tratamentos com 95 e 100% de IL (14.780 vs. 16.940 
kg/MS/ha). Bueno (2003) no capim-mombaça também não 
verificou diferenças significativas entre os tratamentos 
com 95 e 100% de IL (24.410 vs. 22.590 kg/MS/ha), da 
mesma forma que Uebele (2002) que verificou produção 
total de MS de 22.720 e 22.630 kg/MS/ha para os 
tratamentos de 95 e 100% de IL respectivamente no capim-
mombaça. Entretanto, Pedreira (2006) obteve resultados 
diferentes, no qual identificou que o acúmulo total de 
forragem foi inferior no tratamento de 95% de IL (17.380 
kg/MS/ha) quando comparado a 100 de IL% (22.760 
kg/MS/ha). Souza Júnior (2007) não verificou alteração no 
acúmulo total de forragem entre os tratamentos de 95 e 
100% de IL em capim-marandu (14.780 kg/MS/ha vs. 
16.940 kg/MS/ha). 
 
Quantidade de folhas, hastes (colmos) e material morto 
 
De acordo com Carnevalli (2003) em capim-
mombaça os tratamentos de 100% de IL apresentaram uma 
expansão acumulada de folhas por pastejo 33% superior 
aquela dos tratamentos com 95% de IL. No entanto, o 
número de pastejos no tratamento de 95% foi maior, de 
forma que a expansão acumulada de folhas no ano foi de 
25.900 kg/MS/ha para 95% de IL e 24.540 kg/MS/ha para 
100% de IL. A senescência média acumulada de folhas foi 
de 7.950 kg/MS/ha para 95% de IL e de 12.920 kg/MS/ha 
para 100% de IL, gerando desta forma uma senescência 
acumulada de folhas dos tratamentos com 100% de IL de 
4.970 kg/MS/ha maior que a do tratamento com 95% de 
IL. Sendo assim, Carnevalli (2003), verificou que o 
acúmulo líquido de lâminas foliares no ano (expansão – 
senescência) foi de 17.950 kg/MS/ha para os tratamentos 
de 95% de IL e de 11.620 kg/MS/ha para os tratamentos de 
100% de IL. Já para o alongamento de hastes durante o 
ano, foram observados 7.450 kg/MS/ha para o tratamento 
com 95% de IL e 15.140 kg/MS/ha para o tratamento com 
100% de IL. 
De forma semelhante, Bueno (2003) obteve como 
resultado maiores proporções de material morto na massa 
da forragem de capim-mombaça nos tratamentos com 
100% de IL (7,8%) em comparação ao tratamento com 
95% de IL (6,6%). Em relação à proporção de material 
vivo, o tratamento de 95% de IL apresentou maiores taxas 
(93,6%) em relação ao tratamento com 100% de IL 
(90,5%), sendo que a proporção de folhas na massa de 
forragem pré-pastejo também foi superior (82,9 vs. 74,5%, 
respectivamente). Entretanto, a produção de hastes na 
massa de forragem foi maior para o tratamento com 100% 
de IL (14,7%) quando comparado ao tratamento com 95% 
de IL (8,0%). 
Barbosa et al., (2007) analisaram o acúmulo de MS 
folhas de capim-tanzânia entre os tratamentos com 95 e 
100% de IL e obteve como resultados valores de 9.330 e 
7.390 kg/MS/ha, respectivamente. O acúmulo de colmo foi 
maior no tratamento com 100% de IL (4,3 e 5,7 
cm/perfilho) do que no tratamento com 95% de IL (2,2 e 
1,7 cm/perfilho) nas épocas de primavera e verão 
respectivamente. 
Pedreira et al., (2009) verificaram maior proporção 
de colmos nos tratamentos com 100% de IL (1.880 
kg/MS/ha) quando comparados aos de 95% de IL (1.260 
kg/MS/ha) na massa de forragem pós-pastejo. Já na massa 
de forragem pré-pastejo foi observado valores de 845 e 205 
kg/MS/ha, respectivamente. Em relação à massa de folhas 
pré-pastejo foi observada 88,5% para o tratamento com 
95% de IL e 81,6% para 100% de IL. 
No experimento de Sarmento (2007) foi concluído 
que na massa de forragem pré-pastejo de capim-marandu a 
proporção de folhas foi maior nos tratamentos com 95% de 
IL (51,8%) em comparação ao tratamento com 100% de IL 
(41,9%) no período de primavera, não observando, 
entretanto esses mesmos resultados no verão e outono. A 
proporção de colmos e material morto no pré-pastejo da 
primavera também foi maior no tratamento com 100% de 
IL (41,5 e 16,6%) em comparação ao tratamento com 95% 
de IL (39,1 e 9,1%) respectivamente. 
Voltolini et al., (2010a) relataram que não houve 
diferença na massa de folhas pré-pastejo para os 
tratamentos com 95,47 e 97,91% de IL respectivamente 
(3.440 e 3.250 kg/MS/ha), entretanto para massa de 
material morto pré-pastejo (330 vs. 425 kg/MS/ha) e pós-
pastejo (300 vs. 360 kg/MS/ha) respectivamente foram 
diferentemente significativos. Houve tendência (P=0,10) 
de maior massa de folhas (820 vs. 732 kg/MS/ha) para o 
tratamento de 95,47% em relação ao tratamento com 
97,91de IL. 
 
Qualidade da MS produzida 
 
Bueno (2003) avaliou a composição química do 
capim-mombaça submetido aos tratamentos com 95 e 
100% de IL e verificaram teores de PB na massa de 
forragem pré-pastejo de 11,2 e 9,0% respectivamentedurante 1 ano de experimento, devido ao menor intervalo 
entre pastejos (95% de IL) certamente pelo fato de a maior 
frequência de pastejo ter proporcionado a colheita de 
tecidos mais jovens, ao passo que a menor frequência 
favoreceu o declínio dos teores de PB da forragem, 
consequência do processo natural de maturação das 
plantas. Para os teores de fibra insolúvel em detergente 
neutro (FDN) na massa de forragem pré-pastejo foi 
verificado que o tratamento de 95% de IL obteve menores 
valores no período de primavera (67,4%) e outono inverno 
(67,5%) quando comparado ao tratamento 100% de IL 
(68,6 e 68,8% respectivamente). Para fibra insolúvel em 
detergente ácido (FDA) foi observado menores valores no 
tratamento 95% de IL (38,1%) em relação ao tratamento 
100% de IL (39,7%). Esses resultados levaram também a 
uma maior digestibilidade in vitro da matéria orgânica 
(DIVMO) com valores de 58,1% para o tratamento com 
95% de IL e 55% para 100% de IL. 
Voltolini et al., (2010a) observaram no capim-
elefante que os teores de FDN e FDA foram menores no 
tratamento com 95,47% de IL (65,07 e 35,88% 
respectivamente) em comparação ao tratamento com 
97,91% de IL (66,99 e 37,05% respectivamente), não 
ocorrendo entretanto diferenças nos valores de PB. 
Sarmento (2007) encontrou valores de PB em capim-
marandu no pré-pastejo de 9,3 e 8,5% para os tratamentos 
de 95 e 100% de IL respectivamente, entretanto estes 
valores não apresentaram diferença significativa. Em 
relação a FDA foi verificado menores valores no 
tratamento 95% de IL (33,8%) em relação a 100% de IL 
(35,8%). 
De forma geral, os tratamentos com pastejos 
iniciados com 95% de IL pelo dossel forrageiro resultaram 
em forragens com valores mais elevados de proteína e 
digestibilidade em consequência das maiores proporções 
de folhas e menores proporções de hastes e material morto 
na massa de forragem pré-pastejo. 
 
 
 
 
Desempenho animal e taxa de lotação 
 
No trabalho de Voltolini et al., (2010b) foram 
comparados o desempenho na produção de leite de vacas 
Holandesas nos tratamentos com 95,47 e 97,91% de IL. 
Foi concluído que a produção de leite, a produção de leite 
corrigida para 3,5% de gordura, a composição nutricional 
do leite (gordura, proteína, lactose e sólidos totais), o 
nitrogênio ureico no leite e o nitrogênio ureico no plasma 
não foram influenciados (P>0,05) pelas frequências de 
pastejo. Entretanto, foi relatado que a diferença na 
produção de leite entre as vacas das duas frequências de 
pastejo foi de 2,63 kg/dia ou quase 19% a mais na 
produção de leite. Houve aumento nas taxas de lotação 
(8,27 vs. 5,85 UA/ha) e na produção de leite por área (114 
vs. 75 kg/ha/dia), respectivamente. Hack (2004) observou 
maior média de produção de leite de vacas em capim-
mombaça pastejados com 90 cm (95% de IL; 14 kg/vaca) 
em comparação ao tratamento em que a desfolha se 
iniciava aos 140 cm (10,8 kg/vaca). Carareto (2007) em 
estudo com vacas leiteiras em capim elefante obteve maior 
produção de leite (12,59 vs. 10,94 kg/dia) e leite corrigido 
para 3,5% de gordura (13,46 vs. 11,74 kg/dia) em vacas 
manejadas com tratamento de 95% de IL em relação ao 
manejo fixo de intervalo entre desfolhas com 27 dias. 
Houve também maior produção de leite por ha/dia (84,66 
vs. 59,28) respectivamente para 95% de IL e 27 dias de 
intervalo fixo entre desfolhas. Difante et al., (2010) avaliou 
em capim-tanzânia o desempenho de novilhos Nelore no 
tratamento com 95% de IL e dois resíduos (25 e 50 cm). 
Foi observado menor ganho de peso diário (664 vs. 801 
gramas/dia), maior conversão alimentar (10,3 vs. 8,9 kg 
MS consumida/kg ganho de peso) e maior taxa de lotação 
(6,1 vs. 4,9 animais de 300 kg/ha) respectivamente. Os 
autores mencionaram que o maior ganho de peso dos 
animais submetidos aos pastos manejados com altura de 
resíduo de 50 cm pode ser justificado pelo maior consumo 
diário de forragem (10% superior) em relação aos animais 
submetidos aos pastos manejados com altura de resíduo de 
25 cm e da maior proporção de folhas no estrato acima de 
50 cm, componente morfológico de maior valor nutritivo, 
fato justificado por Carvalho et al., (2001) que ressaltam 
que, quando os animais passam a ter que consumir os 
estratos mais baixos do pasto, a massa do bocado torna-se 
menor, fruto da diminuição da altura das plantas, que 
acarreta menor profundidade do bocado, e da diminuição 
da área do bocado, em resposta ao aumento da densidade 
da forragem, o que pode limitar o consumo de forragem e 
o desempenho dos animais, fato que pode ter ocorrido 
quando o pasto foi manejado com altura de resíduo de 25 
cm. Em contrapartida, pastos manejados com altura de 
resíduo 25 cm apresentaram maior taxa de lotação que 
pastos manejados com altura de resíduo 50 cm, 
consequência da maior intensidade de pastejo e da 
remoção de forragem ocasionadas por esse manejo, 
fazendo com que os animais permanecessem nos piquetes 
até consumir a forragem presente nos estratos acima de 25 
cm. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A pesquisa brasileira sobre manejo de pastagens 
avança no sentido de se conhecer melhor a ecofisiologia 
das plantas forrageiras com o interesse de se entender os 
mecanismos intrínsecos que levam ao incremento no 
conhecimento teórico-prático da interação solo-planta 
animal. De acordo com os estudos realizados até o presente 
momento, a utilização do manejo do pastejo baseado na 
interceptação de 95% da luz incidente, é uma forma eficaz 
de se obter elevadas produções de MS com excelente 
qualidade de forragem (colheita no momento ideal, com 
maior quantidade de folhas e menor de hastes e material 
morto) na qual permite uma maximização tanto no 
desempenho individual quanto por área, resultando desta 
maneira, em alta produtividade animal. Fato interessante 
nesta nova visão sobre manejo do pastejo está na 
simplicidade do sistema, baseado não mais sobre 
calendários fixos de entrada e saída de animais do piquete, 
mas sim por meio da altura do dossel forrageiro. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALLDEN, W. G.; WHITTAKER, A. M. The determinants 
of herbage intake by grazing sheep: the interrelationship of 
factors influencing herbage intake and availability. 
Australian Journal Agricultural Research, v.21, p.755, 
1970. 
 
BARBOSA, R.A. Características morfofisiológicas e 
acúmulo de forragem em capim-tanzânia (Panicum 
maximum jacq. cv. Tanzânia) submetido a freqüências 
e intensidades de pastejo. 2004. 119 f. Tese (Doutorado 
em Zootecnia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 
2004. 
 
BARBOSA, R.A.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; 
EUCLIDES, V.P.B.; DA SILVA, S.C.; ZIMMER, A.H.; 
TORRES JÚNIOR, R.A.A. Capim-tanzânia submetido a 
combinações entre intensidade e freqüência de pastejo. 
Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n.3, p. 
329-340, mar. 2007. 
 
BIRCHAM, J.S.; HODGSON, J. The influence of sward 
condition on rates of herbage growth and senescence in 
mixed swards under continous stocking management, 
Grass and Forage Science, v.38, p.323-331, 1983. 
 
BROUGHAM, R.W. A study in rate of pasture growth 
Australian Journal of Agricultural Research, v. 6, p. 
804-812, 1955. 
 
BROUGHAM, R. W. Effects of intensity cology and 
Mangement of Grazing Systems of defoliation on regrowth 
of pasture. Australian Journal Agricultural Research. 7: 
377-387. 1956. 
 
BROUGHAM, R.W. Pasture growth rate studies in 
relation to grazing management. New Zealand Society of 
Animal Production, 17: 46-55. 1957. 
 
BROUGHAM, R.W. The effects of frequency and 
intensity of grazing on the productivity of productivity of a 
pasture of short-rotation ryegrass and red and white clover. 
New Zealand Journal of Agricultural Resarch, v. 2, p. 
1232-1248, 1959. 
 
BROUGHAM, R.W. The effects of frequent hard grazing 
at different times of the year on the productivityand 
species yields of a grass-clover pastures. New Zealand 
Journal of Agricultural Research, v. 3, p.125-136, 1960. 
 
BUENO, A.A.O. Características estruturais do dossel 
forrageiro, valor nutritivo e produção de forragem em 
pastos de capim-mombaça submetidos a regimes de 
lotação intermitente. 2003. 124 f. Dissertação (Mestrado 
em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de 
Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003. 
 
CARARETO, R. Uso de uréia de liberação lenta para 
vacas alimentadas com silagem de milho ou pastagens 
de capim Elefante manejadas com intervalos fixos ou 
variáveis de desfolhas. 2007. 113 f. Dissertação 
(Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de 
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, 
Piracicaba, 2007. 
 
CARNEVALLI, R.A. Dinâmica da rebrotação de pastos 
de capim-mombaça submetidos a regimes de 
desfolhação intermitentes. 2003. 136 f. Tese (Doutorado 
em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de 
Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003. 
 
CARNEVALLI, R.A. Uso de metas de pasto para a 
realização do manejo do pastejo. In: INTENSIFICAÇÃO 
DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTO, 
25., 2009, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Simpósio sobre 
Manejo da Pastagem, 2009. p. 95-116. 
 
CARVALHO, P.C; RIBEIRO FILHO, H.M.N, POLI, 
C.H.E.C. Importância da estrutura da pastagem na ingestão 
e seleção de dietas pelo animal em pastejo. In: REUNIÃO 
DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA. 
Anais... Piracicaba: FEALQ, 2001. p. 853-871. 
 
CHACON, E.; STOBBS, T.H. Influence of progressive 
defoliation of a grass sward on the eating behaviour of 
cattle. Australian Journal of Agricultural Research, 27: 
709-727. 1976. 
 
CHAPMAN, D. F.; LEMAIRE, G. Morphogenetic and 
structural determinants of plant regrowth after defoliation. 
In: BAKER, M. J. (Ed.). Grasslands for Our World. SIR 
Publishing, Wellington, p.55-64, 1993. 
 
CORSI, M. Produção e qualidade de forragens tropicais. 
In: MOURA, J.C. (Ed.). Pastagens. Sociedade Brasileira 
de Zootecnia, Piracicaba, SP, p. 69-85, 1990. 
 
DA SILVA, S.C. Understanding the dynamics of herbage 
accumulation in tropical grass species: the basis for 
planning efficient grazing management practices. 
Proceedings of Symposium on Grassland Ecophysiology 
and Grazing Ecology, UFPR, Curitiba, Brazil, 2004. 2 
(compact disc). 
 
DA SILVA, S.C.; NASCIMENTO JR., D.; 
MONTAGNER, D.B. Desafios da produção intensiva de 
bovinos de corte em pastagens. In: SIMPÓSIO SOBRE 
DESAFIOS E NOVAS TECNOLOGIAS NA 
BOVINOCULTURA DE CORTE, 2005, Brasília. Anais... 
Brasília: UPIS, 2005. Disponível em 
www.forragicultura.com.br. 
 
DA SILVA, S.C.; NASCIMENTO JR., D. Sistema 
Intensivo de Produção de Pastagens. II Congresso 
Latino-Americano de Nutrição Animal (II CLANA). 
Manejo e Nutrição de Ruminantes. Palestra Técnica. 
Realização: CBNA – AMENA - 10 a 13 de abril de 2006 – 
São Paulo, SP. 
 
DA SILVA, S.C. Conceitos básicos sobre sistemas de 
produção animal em pasto. In: INTENSIFICAÇÃO DE 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTO, 25., 
2009, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Simpósio sobre 
Manejo da Pastagem, 2009. p. 7-36. 
 
DIFANTE, G.S.; EUCLIDES, V.P.B.; NASCIMENTO 
JÚNIOR, D.; DA SILVA, S.C.; BARBOSA, R.A.; 
TORRES JÚNIOR, R.A.A. Desempenho e conversão 
alimentar de novilhos de corte em capim tanzânia 
submetido a duas intensidades de pastejo sob lotação 
rotativa. Revista Brasileira de Zootecnia, Brasília, v. 39, 
n. 1, p. 33-41, 2010. 
 
DONALD, C.M. Competition for light in crops and 
pastures. In:. Milthorpe, F.L. Mechanisms in biological 
competition. University Press, Cambrigde, p. 283-313. 
1961. (Symposium of the Society for Experimental 
Biology, 15). 
 
EUCLIDES, V.P.B. Valor alimentício de espécies 
forrageiras do gênero Panicum. In: SIMPÓSIO SOBRE 
MANEJO DAS PASTAGENS. 12, 1995, Piracicaba, 
Anais... Piracicaba: FEALQ, 1995. p. 245-274. 
 
FREITAS, T.M.S. Dinâmica da produção de forragem, 
comportamento ingestivo e produção de ovelhas Île de 
France em pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum 
Lam.) em resposta a doses de nitrogênio. Dissertação de 
Mestrado. UFRGS. 2003. 
 
HACK, E. Variações estruturais e produção de leite na 
pastagem de capim-mombaça. 2004. Dissertação 
(Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal do 
Paraná, Curitiba, 2004. 
 
HODGSON, J. The significance of sward characteristics in 
the management of temperate sown pastures. In: 
INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 15., 
Kyoto, 1985. Proceedings. Nishi-Nasuno: Japanese 
Society of Grassland Science, 1985. p. 63-67. 
 
HODGSON, J. 1990. Grazing Management: Science into 
practice. New York: John Wiley & Sons. 203p 
 
HODGSON, J.; Da SILVA, S.C. Options in tropical 
pasture management. In: A.M.V. Batista, S.B.P. Barbosa, 
M.V.F. Santos & L.M.C. Ferreira (eds.) Proceedings of the 
39th Annual Meeting of Sociedade Brasileira de Zootecnia 
(Brazilian Society of Animal Production), Recife, Brazil, 
2002, p.180-202 (invited papers publication). 
 
MATTHEWS, P.N.P.; HARRINGTON, K.C.; 
HAMPTON, J.G. Management of grazing systems. In: 
WHITE, J. and HODGSON, J. (editors) New Zealand 
Pasture and Crop Science. Oxford University Press, 
Auckland, p.153-174, 1999. 
 
MOORE, J.E.; MOTT, G.O. Structural inhibitors of quality 
in tropical grasses. In: MATCHES, A.G. Aty quality 
components of forage. Madison: CSSA, 1973, n.4, p. 53-
98. (Special Publication). 
 
MOORE, J.E. Forage, quality, evaluation and utilization. 
In: NACIONAL CONFERENCE ON FORAGE 
QUALITY, EVALUATION AND UTILIZATION. 1994. 
Linconl. Proceendings… Linconl: University of Nebraska, 
1994, p.967-998: cap 24: Forage Quality Indices: 
Development and application. 
 
MOTT, G.O. Evaluacion de La produccion de forajes. In: 
HUGHES, H.D.; HEATH, M.E.; METCALFE, D.S. 
Forajes la ciencia de la agricultura baseada en la 
produccion de pastos. México: CECSA, 1970. p. 131-141 
 
NABINGER, C.; CARVALHO, P.C.F; DALL’AGNOL, 
M. Pastagens no ecossistema de clima subtropical. In.: 
Pedroso, A.A. (eds). A produção animal e o foco no 
Agronegócio. 42ª Reunião Anual da SBZ, 2005. Anais... 
Goiânia, 2005. 
 
NASCIMENTO Jr., D.; GARCEZ NETO, A.F.; 
BARBOSA, R.A.; et al. Fundamentos para o manejo de 
pastagens: evolução e atualidade. In: OBEID, J.A., 
PEREIRA, O.G., FONSECA, D.M., NASCIMENTO Jr., 
D. (Eds.). Simpósio sobre Manejo Estratégico da 
Pastagem, 1, Viçosa, 2002. Anais... Viçosa: UFV, 2002, 
p.149-196. 
 
NASCIMENTO Jr., D.; DA SILVA, S.; ADESE, B. 
Perspectivas futuras do uso de gramíneas em pastejo. In: 
Medeiros, S.P., et. al, (Eds.) Simpósio sobre forrageiras e 
produção em pastagens, 41ª, Reunião Anual da SBZ, 2004. 
Anais... Campo Grande : Embrapa Gado de Corte, 2004, 
p.130-141. 
 
NUSSIO, L.G.; MANZANO, R.P.; PEDREIRA, C.G.S. 
Valor nutritivo em plantas do gênero Cynodon. In: 
SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DAS PASTAGENS. 14, 
1998, Piracicaba, Anais... Piracicaba: FEALQ, 1998. p. 
203-242. 
 
PARSONS, A. J.; JOHNSON, I. R.; WILLIAMS, J. H. H. 
Idade da folha, estrutura e fotossíntese do pasto em sistema 
de pastejo rotacionado e contínuo. Grass and Forage 
Science 43, 01–14. 1988. 
 
PARSONS, A.J.; PENNING, P.D. The effect of the 
duration of regrowth on photosynthesis, leaf death and the 
average rate of growth in a rotationally grazed sward. 
Grass and Forage Science, v.43, n.1, p.15-27, 1988. 
 
PEDREIRA, J.V.S. Crescimento estacional dos capins 
Colonião Panicum maximum Jacq., Gordura Melinis 
minutiflora Pal de Beauv, Jaraguá Hyparrhenia rufa (Ness) 
Stapf e Pangola de Taiwan A-24 Digitaria pentzii Stent 
[Seasonal growth of the grasses: “Colonião” Panicum 
maximum Jacq., “Gordura” Melinis minutiflora Pal de 
Beauv, “Jaraguá” Hyparrhenia rufa (Ness) Stapf e 
“Pangola de Taiwan” Digitaria pentzii Stent].Boletim de 
Indústria Animal, 30, 59-145. 1973. 
 
PEDREIRA, J.V.S.; MATTOS, H.B. Crescimento 
estacional de vinte e cinco espécies ou variedades de 
capins [Seasonal growth of twenty five grasses varieties]. 
Boletim da Indústria Animal, 38, 117-143. 1981. 
 
PEDREIRA, B.C. Interceptação de luz, arquitetura e 
assimilação de carbono em dosséis de capim Xaraés 
[Brachiaria brizantha (A.Rich.) Stapf cv. Xaraés] 
submetidos a estratégias de pastejo rotacionado. 2006. 
Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade de 
São Paulo, Piracicaba, 2006. 
 
PEDREIRA, B.C.; PEDREIRA, C.G.S.; DA SILVA, S.C. 
Acúmulo de forragem durante a rebrotação de capim-
xaraés submetido a três estratégias de desfolhação. Revista 
Brasileira de Zootecnia, Brasília, v. 38, n. 4, p. 618-625, 
2009. 
 
SARMENTO, D.O.L. Produção, composição 
morfológica e valor nutritivo da forragem em pastos de 
Brachiaria brizantha (Hochst ex A. Rich) Stapf cv 
Marandu submetidos a estratégias de pastejo rotativo 
por bovinos de corte. 144 f. Tese (Doutorado em 
Agronomia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de 
Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2007. 
 
SBRISSIA, A.F.; DA SILVA, S.C. O ecossistema de 
pastagens e a produção animal In: REUNIÃO ANUAL DA 
SOCIDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 38, 
Piracicaba, 2001. Anais... Piracicaba : SBZ, 2001, p.731-
754. 
 
SOUZA JÚNIOR, S.J. Estrutura do dossel, 
interceptação de luz e acúmulo de forragem em pastos 
de capim-marandu submetidos a estratégias de pastejo 
rotativo por bovinos de corte. 122 f. Dissertação 
(Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de 
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, 
Piracicaba, 2007. 
 
STOBBS, T.H. The effect of plant structure on the intake 
of tropical pastures. 1. Variation in the bite size of grazing 
cattle. Australian Journal of Agricultural Research, 24: 
809-819. 1973a. 
 
STOBBS, T.H. The effect of plant structure on the intake 
of tropical pastures. 2. Differences in sward structure, 
nutritive value, and bite size of animals grazing Setaria 
anceps and Chloris gayana at various stages of growth. 
Australian Journal of Agricultural Research, 24: 821-
829. 1973b. 
 
UEBELE, M.C. Padrões demográficos de perfilhamento 
e produção de forragem em pastos de capim-mombaça 
submetidos a regimes de lotação intermitentes. 83 f. 
Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Escola Superior 
de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São 
Paulo, Piracicaba, 2002. 
 
VOLTOLINI, T.V.; SANTOS, F.A.P; MARTINEZ, J.C.; 
CLARINDO, R.L.; PENATI, M.A.; IMAIZUMI, H. 
Características produtivas e qualitativas do capim-elefante 
pastejado em intervalo fixo ou variável de acordo com a 
interceptação da radiação fotossinteticamente ativa. 
Revista Brasileira de Zootecnia, Brasília, v. 39, n. 5, p. 
1002-1010, 2010a. 
 
VOLTOLINI, T.V.; SANTOS, F.A.P; MARTINEZ, J.C.; 
CLARINDO, R.L.; PENATI, M.A.; IMAIZUMI, H. 
Produção e composição do leite de vacas mantidas em 
pastagens de capim-elefante submetidas a duas frequências 
de pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia, Brasília, v. 
39, n. 1, p. 121-127, 2010b. 
 
WILSON, D.B.; McGUIRE, W.S. Effects of clipping and 
nitrogen on competition between three pasture species. 
Canadian Journal of Plant Science, v. 41, p. 631-642, 
1961.

Outros materiais