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NÚCLEO DE EXAME DE ORDEM _____________________________________________________________________________ ORIENTAÇÕES PARA RECURSOS DA PROVA DE 2ª FASE DA OAB – PROF. MICHEL KNOLSEISEN 1. No caso de ausência de fundamentos que justifiquem a alteração do gabarito apresentado pela banca examinadora, o candidato deve fazer uma busca minuciosa dos erros materiais cometidos pela banca. Erros materiais são erros que ocorrem quando o candidato apresenta a resposta exigida pela banca e indica os artigos de lei que fundamentam a resposta, mas, contudo, não recebe a pontuação devida pela resposta. 3. O candidato que verificar a ocorrência de erros materiais, deve apontar, no recurso, as linhas em que a resposta está de acordo com o que foi consignado no espelho de prova, de modo a demonstrar que a resposta considerada correta pela banca foi apresentada, contudo, não pontuada. 4. As especificações feitas acima servem também para o pleito de reconhecimento de pontuação parcial. Ou seja, caso o candidato tenha acertado parte da questão e este acerto parcial não tenha sido considerado, é possível fazer o pedido de reconhecimento para o fim de atribuição de nota parcial para o quesito. 5. O candidato recorrente deve prestar atenção nas especificações para a interposição do recurso (limitação de caracteres por item do gabarito, prazo e interposição do recurso exclusivamente pela via eletrônica). 5. O texto do recurso deve ser conciso e direto. Afinal, há limitação de caracteres para cada item do gabarito. 6. O candidato deve formular seu recurso com antecedência e revisar o texto antes de protocolizá-lo. Além disso, para evitar o “congestionamento do site” recomenda-se que o candidato protocolize o recurso com antecedência, ou seja, não deixa para a “última hora” para apresentar o recurso. 7. Segue abaixo um modelo de recurso para os casos de erros materiais cometidos pela banca corretora. É importante lembrar que se trata de um modelo utilizado em um recurso referente a um exame passado na área de Direito Penal. NÚCLEO DE EXAME DE ORDEM _____________________________________________________________________________ Portanto, não se aplica ao atual exame. É importante ressaltar, também, que, em relação aos erros materiais, o recurso é bem pessoal, pois cada candidato tem sua própria peculiaridade. De qualquer forma, é um modelo que serve para qualquer área e sua disponibilização, certamente, trará grande contribuição aos alunos. Afinal, a partir deste modelo, independente da prática escolhida pelo aluno, ele poderá ter um norteamento na forma de elaboração do recurso. 8. Boa sorte a todos. Contem sempre com o Curso Jurídico. Peça O corretor cometeu vários equívocos. Nas linhas 41/54, a candidata desenvolveu a tese de incompetência da justiça estadual para julgamento da ação penal, trazendo o fundamento constitucional que sustentaria esta tese e os elementos fáticos demonstrativos da incompetência argüida. Deste modo, tendo em vista que a recorrente não teve nenhuma nota atribuída por este quesito, a pontuação deve ser revista, de modo a se atribuir pela tese desenvolvida, no mínimo, a nota parcial. Nas linhas 57/71, a recorrente trouxe os elementos probatórios indicadores da não ocorrência do crime previsto no artigo 239, parágrafo único, da Lei 8.069/90. Considerou-se como tese correta a atipicidade da conduta pela ausência de dolo. Contudo, com o devido respeito, de acordo com o que foi exposto, é notória a falta de prova da configuração do tipo objetivo. Logo, se ausente o tipo objetivo, torna-se desnecessário fazer qualquer espécie de análise do tipo subjetivo. Portanto, a candidata merece atribuição, no mínimo, de nota parcial neste quesito. Nas linhas 73/84, a recorrente desenvolveu a tese de ausência de justa causa. Note-se que a tese foi desenvolvida fazendo ligação com os aspectos fáticos trazidos pelo enunciado que indicariam a falta de lastro probatório mínimo capaz de sustentar a acusação penal em juízo. Neste contexto, deve haver reforma da pontuação no sentido de se atribuir à recorrente, no mínimo, a nota parcial prevista no quesito. NÚCLEO DE EXAME DE ORDEM _____________________________________________________________________________ Questão 3 A recorrente deve ter sua nota revista, porque expressamente consignou em sua resposta que “não foi o disparo da arma que contribui para o evento morte”(linhas 12/17) e citou o artigo 13, caput, do Código Penal. Como se vê, ainda que parcialmente, a recorrente apresentou resposta de acordo com o gabarito oficial. Por conseqüência, não se justifica a atribuição de nota zero pela resposta apresentada. A reforma é medida que se impõe. Questão 4 No gabarito comentado, exigia-se que o candidato, em sua resposta, trouxesse o disposto no artigo 20, §3º, do Código Penal. Nas linhas 1/3, a recorrente tratou do erro sobre a pessoa, previsto no artigo 20, §3º, do CP. Além disso, nas linhas 8/10 a candidata consignou expressamente que nesta espécie de erro, não são consideradas as características das vítimas, mas sim da pessoa que, com a conduta, se pretendia atingir. A nota, portanto, deve ser reformada, de modo a ser atribuída, no mínimo, a nota parcial prevista pela questão. Questão 5 Na parte concernente ao fundamento jurídico apresentado, percebe-se que a candidata, nas linhas 4/15, apresentou a motivação concernente ao exigido no gabarito. Afinal, se a recorrente sustentou na resposta que o magistrado terá que observar a inconstitucionalidade da proibição da progressão de regime contida na Lei 8.072/1990, ficou claro que está contido na resposta que não se aplica à progressão de regime narrada no enunciado os dispositivos contidos na Lei 11.464/2007. Assim, diante de tudo o que foi exposto, a nota pela questão deve ser reformada, de modo a ser atribuída à recorrente a pontuação integral.
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