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Modalidades, Tipos e Fases da Licitação Módulo III

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Módulo III - Pregão e Registro de Preços 
 
Ao final deste Módulo, você será capaz de: 
Definir pregão; 
Analisar aspectos referentes ao pregão pertinente a Lei nº. 10.520; e 
Reconhecer a importância do papel do pregoeiro na realização das sessões. 
 
 
 
 
Introdução ao Módulo III 
Introdução 
 
Você já sabe que a Administração ao adquirir bens e serviços firma o acordo 
por intermédio de cláusulas enumeradas e que especificam as condições para 
sua execução na forma de um contrato administrativo. 
 
Sabe também que as cláusulas que compõem o contrato deverão estar em 
consonância com o ato convocatório da licitação. Em caso de dispensa ou 
inexigibilidade de licitação a redação do contrato deverá considerar a proposta 
do contratado e o ato de autorização da contratação sem licitação. Mas, talvez, 
ainda não saiba o procedimento formal da Administração Pública para 
acompanhar e fiscalizar os contratos firmados. 
 
Indo mais fundo no estudo da Lei nº. 8.666/93, nesta aula você estudará sobre 
o papel do gestor de contratos na Administração Pública. 
 
 
Unidade 1 - Licitações e Contratos: Novos Rumos - Pregão 
 
 
Pregão, em sentido dicionarizado, corresponde ao ato de pregoar. Significa, 
proclamação pública. Na esfera do direito processual civil é o ato de anunciar, 
em voz alta a realização de um fato judicial. É o anúncio de viva voz que faz 
um funcionário da justiça chamando as Unidades e seus advogados para uma 
audiência judicial ou que faz o porteiro dos auditórios ao submeter bens à 
praça (cf., Leib Soibelman - "Enciclopédia do Advogado" - Rio de Janeiro: 
Editora Rio, 1978 - p. 284, apud, NÓBREGA, - 2000, s/p). 
 
 
No âmbito da Lei 10.520 de 2002 o pregão é uma modalidade de licitação em 
que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é realizada em 
sessão pública, por meio de propostas escritas e lances verbais. 
 
O pregão pode ser realizado em duas formas: eletrônica (Decreto 5.450 de 
2005) ou presencial (Decreto 3.555 de 2000). Ambas serão estudadas nesta 
aula. 
 
Nesta aula você estudará sobre a modalidade de licitação Pregão e a Lei 
complementar 123/2006 que estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de 
pequeno porte. Observação: Não é necessário dizer aqui o que o aluno 
estudará na próxima aula. 
 
 
 
Pág. 2 
Pregão Eletrônico 
 
Definição 
 
Como vimos no módulo anterior outra modalidade de licitação é o Pregão, 
instituído pela Lei nº. 10.520 de 17 de julho de 2002. O Pregão deve ser 
utilizado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios para a aquisição de 
bens ou serviços considerados comuns. No âmbito da União, o Pregão recebeu 
regulamentação na forma presencial por meio do Decreto nº 3.555 de 2000 e 
na forma eletrônica através do Decreto nº 5.450 de 31 de maio de 2005. 
Sempre que possível, o pregão deverá ser realizado na sua forma eletrônica. 
 
 
 
 
Lei nº 10.520/02 
Art. 1º. (...) 
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e 
efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações 
usuais no mercado. 
 
 
 
 
 
Pág. 3 
São exemplos de bens comuns: 
Espécies: canetas, papéis, mesas, cadeiras, veículos, aparelhos eletrônicos, 
pneus, algemas etc. 
Serviços: confecção de chaves, manutenção de veículos e aparelhos, 
contratação de mão de obra para manutenção predial, limpeza, vigilância e etc. 
No Pregão as propostas de preço dos licitantes são apresentadas por escrito e 
por lances. Os lances podem ser verbais, no caso do Pregão Presencial, ou 
pela Internet, quando o Pregão for realizado em sua forma Eletrônica. O pregão 
não está relacionado a valores e sim ao objeto. Mas é importante destacar que 
mesmo não estando relacionado a valores, o julgamento deve ser feito sempre 
pelo menor preço ou maior desconto. 
 
Pág. 4 
O pregão é uma modalidade obrigatória no âmbito da União para aquisição de 
bens e serviços comuns e também no âmbito dos estados, municípios e Distrito 
Federal, se as contratações estiverem sendo feitas por conta de recursos 
repassados pela União (Decreto 5.504/05). 
 
O pregão caracteriza-se como sendo a forma mais dinâmica de contratação, 
apresenta custos mais reduzidos do que as demais modalidades e também 
uma economicidade mais significativa no que tange aos custos da 
administração. Sua fase externa inicia-se, diferentemente das demais 
modalidades, pela apresentação de preços e possíveis lances que reduzam os 
valores iniciais apresentados. E ainda há a possibilidade de negociação para 
redução dos preços, mesmo após a etapa de lances. 
 
 
Unidade 2 - Fases do Pregão 
Assim como as outras modalidades de licitação o pregão também possui duas 
fases: interna e externa. A fase interna é regulamentada pelo Art. 3º da Lei nº. 
10.520 e assim se apresenta: 
Lei nº 10.520 
 
Art. 3º. A fase preparatória do pregão observará o seguinte: 
 
I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá 
o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação 
das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, 
inclusive com fixação dos prazos para fornecimento; 
 
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas 
especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a 
competição; 
 
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições 
referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre 
os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão 
ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; e 
 
IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou 
entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja 
atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a 
análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a 
adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor. 
 
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores 
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente 
pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do 
evento. 
 
§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro 
da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares. 
 
 
 
 
Pág. 2 
Princípios básicos do pregão: 
 
 
 
 
Legalidade 
 
 
Publicidade 
 
Igualdade 
 
Impessoalidade 
 
Moralidade 
 
 
Legalidade – A atuação do gestor público e a realização da licitação devem 
ser processadas na forma da lei. 
 
Publicidade – Transparência do processo licitatório, com ampla divulgação, 
podendo ser acompanhado simultaneamente de qualquer lugar por qualquer 
pessoa. 
 
Igualdade – Possui cláusulas abrangentes e não restritivas. 
 
Impessoalidade – Dispensa tratamento igual a todos. Os licitantes ao 
participarem do pregão eletrônico utilizam de chave de acesso própria e 
exclusiva, somente vindo a ser identificado pela administração após a fase de 
lances. 
 
Moralidade – A licitação é realizada em estrito cumprimento dos princípios 
morais. 
 
 
 
Pág. 3 
 
Probidade administrativa 
Vinculação ao instrumento 
convocatório 
Julgamento objetivoProbidade administrativa – O gestor deve apresentar um comprometimento 
em cumprir todos os deveres que lhe são atribuídos, ficando restrito aos 
deveres impostos por força de legislação. 
 
 
Vinculação ao instrumento convocatório – A administração bem como os 
licitantes ficam obrigados a cumprir os termos do edital que deve possuir total 
relação com a legislação. 
 
 
Julgamento objetivo – Levando em consideração o preço, a qualidade de 
rendimento, a durabilidade, a eficiência, em suma a vinculação ao objeto 
licitado. 
 
 
Também temos os seguintes princípios correlatos: celeridade, finalidade, 
razoabilidade, proporcionalidade, competitividade, justo preço, seletividade e 
comparação objetiva das propostas. 
 
 
 
Vantagens do Pregão: 
 
 
Agilidade nas compras, procedimentos simplificados, desburocratização, 
transparência, competição e ampliação de participação. 
 
 
 
 
Pág. 4 
Fase externa do pregão 
 
A fase externa é regulamentada por vinte e três incisos descritos no Art. 4º da 
Lei nº. 10.520 . 
 
A primeira etapa da fase externa é a constituída pela publicação do edital, que 
deve preceder a realização da sessão pública no mínimo em 8 dias úteis. Na 
contagem dos dias exclui-se o primeiro dia e inclui-se o último. Durante este 
período qualquer pessoa poderá solicitar esclarecimentos, providências ou 
impugnar o ato convocatório do pregão em até dois dias úteis antes da data 
fixada para recebimento das propostas. Cabe ao pregoeiro decidir sobre a 
petição no prazo de vinte e quatro horas, tornando pública sua decisão a todos 
os interessados. 
 
A segunda etapa da fase externa é a sessão do pregão, onde primeiramente 
ocorre a apresentação da proposta inicial sucedida pela apresentação de 
lances sucessivos e inferiores ao último apresentado pelo próprio licitante. O 
menor lance apresentado é o que será aceito para posterior habilitação. 
Encerrada a fase de lances, ainda é possível a redução de preços mediante 
negociação entre a administração e o licitante vencedor. 
 
Pág. 5 
Aceita e habilitada a melhor proposta, o pregão será adjudicado pelo pregoeiro 
e homologado pela autoridade competente, após o que será realizada a 
respectiva contratação. 
 
Após realizada a habilitação e declarado o vencedor, qualquer licitante poderá 
manifestar imediata e motivadamente a intenção de interpor recurso, 
registrando em ata a síntese das suas razões, devendo os interessados juntar 
memoriais no prazo de 03 (três) dias úteis. A falta de manifestação imediata e 
motivada importará na decadência do direito de recurso. 
 
Essa manifestação poderá ser avaliada pelo pregoeiro que poderá aceitá-la ou 
não. Se aceitar, os demais licitantes poderão apresentar contra-razões em 
igual período de dias. A decisão sobre o recurso será instruída por parecer do 
Pregoeiro e homologada pela Autoridade Competente, que irá então adjudicar 
o objeto da licitação e homologar o certame licitatório, convocando o 
adjudicatário para assinar contrato (se for o caso) dentro do período definido no 
edital. 
 
Além dos benefícios já citados, o pregão se destaca também pela figura do 
pregoeiro. Quem é este profissional? 
 
 
 
 
Pág. 6 
 
O Pregoeiro 
 
O pregoeiro é o servidor público encarregado de conduzir o pregão desde o 
credenciamento dos licitantes até a indicação dos vencedores da sessão 
pública. No caso de órgãos militares, o pregoeiro poderá ser um militar. 
Somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha realizado 
capacitação específica para exercer a atribuição. 
 
Ao contrário do que ocorre na licitação convencional, em que as 
responsabilidades das decisões são divididas entre os membros das 
comissões de licitações, no pregão um só agente decide, apesar de existir uma 
equipe de apoio. O pregoeiro coordena a equipe, mas decide sozinho. 
 
 
O perfil do pregoeiro 
 
Exige-se do pregoeiro alguns princípios essenciais como honestidade, 
integridade e responsabilidade dentre outros, para que o mesmo possa 
desenvolver as suas atividades, maximizando resultados em termos de custos, 
prazos e qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 3 - A Lei complementar 123/2006 e as Licitações 
 
Definição 
A Lei Complementar nº 123 de 2006, que institui o Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, estabelece normas gerais 
relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às 
microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Os arts. 42 e 43 
desta Lei Complementar apresentam importantes mudanças nas aquisições 
públicas regidas pela Lei nº 8.666/93, que iremos transcrever. 
 
 
 
Das Aquisições Públicas: 
Lei Complementar nº 123 
 
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das 
microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para 
efeito de assinatura do contrato. 
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da 
participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a 
documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, 
mesmo que esta apresente alguma restrição. 
 
§ 1º Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será 
assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao 
momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, 
prorrogáveis por igual período, a critério da Administração Pública, para a 
regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e 
emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão 
negativa. 
 
§ 2º A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1º deste 
artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das 
sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo 
facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de 
classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação. 
 
 
 
 
 
Pág. 2 
 
Lei Complementar nº 123 
 
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, 
preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno 
porte. 
 
§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas 
apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam 
iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem 
classificada. 
 
§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º 
deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. 
 
 
Pág. 3 
Lei Complementar nº 123 de 2006 
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo 
o empate, proceder-se-á da seguinte forma: 
I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada 
poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora 
do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; 
 
II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno 
porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as 
remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do 
art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do 
mesmo direito; 
 
III – no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e 
empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos 
nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar,será realizado sorteio entre 
elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor 
oferta. 
 
§ 1º Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste 
artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente 
vencedora do certame. 
§ 2º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial 
não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte. 
§ 3º No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais 
bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo 
máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de 
preclusão. 
 
 
 
 
Pág. 4 
Lei Complementar nº 123 de 2006 
Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte titular de direitos 
creditórios decorrentes de empenhos liquidados por órgãos e entidades da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios não pagos em até 30 (trinta) dias 
contados da data de liquidação poderão emitir cédula de crédito 
microempresarial. 
 
Parágrafo único. A cédula de crédito microempresarial é título de crédito 
regido, subsidiariamente, pela legislação prevista para as cédulas de crédito 
comercial, tendo como lastro o empenho do poder público, cabendo ao Poder 
Executivo sua regulamentação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar 
da publicação desta Lei Complementar. 
 
 
Pág. 5 
Lei Complementar nº 123 de 2006 
Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, 
poderá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as 
microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do 
desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a 
ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação 
tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo 
ente. 
 
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a 
administração pública poderá realizar processo licitatório: 
 
I – destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de 
pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta 
mil reais); 
 
II – em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou 
de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser 
subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado; 
 
III – em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto 
para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte, em 
certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível. 
 
§ 1º O valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exceder a 
25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada ano civil. 
§ 2º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e 
pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão ser 
destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte 
subcontratadas. 
 
 
 
 
 
Pág. 6 
Lei Complementar nº 123 de 2006 
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar 
quando: 
 
I – os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as 
microempresas e empresas de pequeno porte não forem expressamente 
previstos no instrumento convocatório; 
 
II – não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados 
como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou 
regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no 
instrumento convocatório; 
 
III – o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e 
empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou 
representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; 
 
IV – a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da 
Lei nº. 8.666, de 21 de junho de 1993. 
 
 
 
Pág. 7 
Fase de Lances e habilitação do Pregão Eletrônico após a Lei 
Complementar 123/06 
 
 
No pregão eletrônico, se a licitante que apresentar o melhor preço não for 
microempresa ou empresa de pequeno porte, consideram-se empatadas as 
ME ou EPP cujas propostas situam-se no intervalo de até 5% (cinco por cento) 
superior ao melhor preço apresentado na fase de lances de forma geral. Nesta 
situação, as ME ou EPP classificadas serão convocadas para apresentar novas 
propostas no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos 
lances, sob pena de preclusão. 
 
É respeitada a mesma regra para cada vez que houver uma desclassificação 
da melhor proposta, na fase de habilitação. 
 
 
Pág. 8 
Resumo 
 
Pregão é a modalidade de licitação instituída pela Lei nº. 10.520/02 para a 
aquisição de bens ou serviços considerados comuns, que é realizada em 
sessão pública. Podendo ser feita de forma presencial (Decreto 3.555 de 2000) 
ou de forma eletrônica (Decreto 5.450 de 2005). 
 
Nesta modalidade de licitação, as propostas de preço dos licitantes são 
apresentadas por escrito e por lances. Os lances podem ser verbais ou na 
forma eletrônica (Internet) independentemente do valor estimado para 
contratação. O pregão não está relacionado a valores e sim ao objeto. 
 
 
 
Pág. 9 
O pregão é uma modalidade obrigatória no âmbito da União para aquisição de 
bens e serviços comuns. Após o Decreto 5.504/05 passou a ser obrigatório 
também para os entes públicos e privados que executem convênios ou 
instrumentos congêneres. 
 
Assim como as outras modalidades de licitação, o pregão também possui duas 
fases: interna e externa. 
 
O pregoeiro é o servidor encarregado de conduzir o pregão do credenciamento 
dos licitantes à indicação dos vencedores da sessão pública. 
 
Para atuar como pregoeiro o servidor deverá realizar um curso de capacitação 
profissional. 
 
Em relação a outras modalidades, o pregão oferece como benefícios a 
celeridade do processo e a redução do custo. 
 
A Lei Complementar 123/06 estabeleceu normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de 
pequeno porte em todas as modalidades de licitação. 
 
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo III de estudo do curso Modalidades, 
Tipos e Fases da Licitação. 
 
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma 
releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não 
influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu 
domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a 
correção imediata das suas respostas!

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