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DIREITOEMPRESQARIALIINTRUDUO 20140821112553 (1)

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DIREITO DE EMPRESA I
Comércio = Latim = Commercium = comprar para vender.
Conceito de Comércio:
“É o complexo de atos de intromissão entre o produtor e o consumidor, que, exercidos habitualmente com fim de lucros, realizam, promovem ou facilitam a circulação dos produtos da natureza e da indústria, para tornar mais fácil e pronta a procura e a oferta.” (Vidari)
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FASES DO DIREITO COMERCIAL NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Fase Subjetivista: “Direito do Comerciante”prevaleceu até o Código Civil Napoleônico – 1804
Fase Objetivista: “Direito dos Atos de Comércio” prevaleceu até o Código Civil Italiano – 1942
Fase Subjetiva Moderna: Direito de Empresa tendência moderna.
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Teoria dos Atos de Comércio 
	Só podem ser comerciantes ou sociedades comerciais aqueles que praticam atos de comércio.
	Os atos de comércio estavam previstos no Regulamento 737/1850. 
	
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Atividades de comércio:
Compra e venda de bens móveis e semoventes; 
câmbio; 
atividade bancária;
transporte de mercadorias; 
fabricação de mercadorias (indústrias em geral); 
espetáculos públicos; 
contratos marítimos; fretamentos de navio 
títulos de créditos. 
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	Essas seriam todas as atividades consideradas de comércio. Assim, por esse Regulamento, prestadoras de serviço e imobiliárias, por exemplo, estariam excluídas das que praticavam atos de comércio.
	Assim, só podiam pedir concordatas os comerciantes ou sociedades comerciais e não as sociedades civis, como as imobiliárias, por exemplo. 
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Revogação parcial do Código Comercial
Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850.
Assim, o Código Comercial foi revogado apenas parcialmente, não tendo sido revogadas as disposições acerca do Comércio Marítimo. 
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TEORIA DA EMPRESA 
O NCC, quando revogou a primeira parte do Código Comercial, também deixou de utilizar a teoria francesa dos atos de comércio, passando a adotar a Teoria da Empresa, que é de origem italiana.
A pessoa física não mais é chamada de comerciante, mas sim de empresário individual. Já a pessoa jurídica passa a ser chamada de empresário coletivo ou sociedade empresária.
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Diretrizes essenciais:
A organização da atividade (empresa) é titularizada por um sujeito de direito (empresário ou sociedade empresária), tendo como instrumento o estabelecimento empresarial (universalidade de fato);
A profissionalidade do exercício;
A condição produtiva ou circulatória de bens ou serviços; e 
O objetivo de lucro.*
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Desta forma a atividade negocial não se caracteriza mais pela prática de atos de comércio (interposição habitual na troca, com o fim de lucro), mas pelo exercício profissional de qualquer atividade econômica organizada, exceto a atividade intelectual, para a produção ou a circulação de bens e serviços.
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CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Art. 966 Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
	Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
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“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção (de bens: fabricação de produtos ou mercadorias. Ex.: donos de montadora de veículos, fábrica de eletrodomésticos, confecção de roupas, etc. de serviços: prestação de serviços. Ex.: banco, seguradora, hospital, escola, etc.) ou a circulação de bens (atividade de intermediação na cadeia de escoamento de mercadorias. Ex.: donos de supermercados, concessionárias de automóveis, lojas de roupas, etc) ou serviços (intermediação da prestação de serviços. Ex: a agência de turismo não presta os serviços de transporte aéreo, traslados e hospedagem, mas, ao montar um pacote de viagem, os intermedeia”. (caput do artigo 966 do Código Civil vigente).
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Conceito de Empresa:
 “Atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens.” (Waldirio Bulgarelli)
 “Atividade econômica desenvolvida pelo empresário em seu estabelecimento para a produção ou circulação de bens e serviços” (Alberto Asquini)
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	A empresa, enquanto atividade organizada, concentra quatro fatores de produção:
1º) Capital – montante em dinheiro necessário ao desenvolvimento da atividade;
2º) Insumos – bens articulados pela empresa;
3º) Mão-de-obra – envolve o auxílio de prepostos do empresário para a consecução de sua atividade;
4º) Tecnologia – o empresário detém as informações necessárias ao desenvolvimento da atividade a que se propôs explorar.
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Conceito de Direito Empresarial 
	Direito Empresarial regula as atividades do empresário no que concerne à atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, para suprir e atender o mercado consumidor. 
	Por conseguinte, o Direito Empresarial é um ramo do Direito Privado que disciplina a atividade da pessoa do empresário (individual ou coletivo), titular da empresa. (Nelson Godoy B. Dower) 
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QUEM PODE SER EMPRESÁRIO
“Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. (art. 972 do Código Civil vigente).
“Sujeito que, em pleno gozo de sua capacidade civil e sem impedimento legal (CC, art. 972), com habitualidade e visando lucro, desempenha atividade organizada destinada a criar riqueza, produzindo e/ou promovendo a circulação de bens, ou realizando serviços”. (Nélson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery – Novo CC e Legislação Extravagante Anotados, São Paulo, RT, 2002, p.343).
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Capacidade Civil: 
De acordo com o artigo 3º do Código Civil vigente, são absolutamente incapazes para exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
	1. os menores de 16 anos;
	2. os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
	3. o que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
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Emancipação: normalmente uma pessoa adquire a capacidade de exercício quando atinge 18 (dezoito) anos de idade e isto acontece automaticamente, desde que não seja um doente mental. Entretanto, por uma exceção, ao atingir 16 ou 17 anos, pode conseguir essa capacidade através da emancipação. Na conceituação de Clóvis Beviláqua, emancipação é a aquisição da capacidade de exercício antes da idade legal. A pessoa adquire capacidade para exercer pessoalmente direitos e assumir obrigações sem ter completado a maioridade. Portanto, o emancipado não é maior e sim capaz. Uma vez emancipado, jamais retornará à incapacidade, exceto se tornar um doente mental.
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Casos de Emancipação: 
Emancipação por concessão dos pais 
Emancipação por sentença do Juiz:
Emancipação pelo exercício de emprego público efetivo:
Emancipação pela colação de grau em curso de ensino superior:
Emancipação pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, tenha economia própria:
Emancipação pelo casamento: 
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Cessa a incapacidade pela maioridade e pela emancipação. 
Maioridade: a maioridade para o exercício da vida civil e comercial começa quando uma pessoa completa 18 (dezoito) anos. A partir de então, ela passa a ser maior e capaz, podendo praticar todos os atos da vida civil sem qualquer assistência, ou seja, torna-se apta a exercer pessoalmente todos os seus direitos e assumir obrigações, sem necessidade de ser assistida por seu pai, por sua mãe ou por seu tutor.
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Pessoa não considerada empresário (impedimento legal) 
	“Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa”. (art. 966, parágrafo único, do Código Civil vigente). 
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Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
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IMPEDIMENTO LEGAL
AGENTES POLÍTICOS 
	Promotores e Juízes (salvo se acionistas ou cotistas)
	Deputados Federais, Senadores (Não se proíbe o exercício de empresa de forma ampla, mas se restringe seu exercício quando forem proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor de corrente de contrato com pessoa jurídica de direito público(arts.54, II, a, da CF).
	Deputados Estaduais, Vereadores (Art. 29, IX da C.F.)
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SERVIDORES PÚBLICOS
	Visa o bom andamento do serviço público e impede que, de forma abusiva, se faça da repartição pública uma extensão do estabelecimento comercial do próprio servidor, incluindo os funcionários públicos da Fazenda, no território em que exercem suas funções.
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FALIDOS
Vedação decorre da ausência de idoneidade financeira
CONDENADOS POR CRIME PREVISTO NA LEI FALIMENTAR
	Os falidos não processados ou condenados criminalmente por crime falimentar– até que satisfeitas suas obrigações legais ou decorrido o prazo prescricional destas.
	Os falidos processados e condenados criminalmente por crime falimentar somente poderão voltar a exercer suas atividades após o decurso do prazo de 5 anos da data do cumprimento ou da extinção da execução criminal (Art. 181 § 1º da nova Lei de Falências, ou se obtiver sua reabilitação penal – Art 93 a 95 do C.P.)
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PENALMENTE PROIBIDOS
Se sentença criminal condenatória fixar interdição do exercício.
ESTRANGEIROS
Para proceder à pesquisa e à lavra de recursos minerais e ao aproveitamento do potencial de energia hidráulica (art.6,§1º,da Constituição Federal).
b)O estrangeiro não naturalizado e o naturalizado há menos de dez anos, para explorar empresa jornalística, de radio difusão sonora e de sons e imagens (art.222 da Constituição Federal).
c)O estrangeiro com visto de turista é vedado exercer a atividade empresarial, de forma individual, não estando impedido de constituir sociedade empresarial ou dela participar.
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Fontes do Direito Empresarial
PRIMÁRIAS:
1 - Constituição
2 - Código Civil
3 - Código Comercial (parte não revogada)
4 - Leis comerciais em geral
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SECUNDÁRIAS:
1 - Analogia
A analogia pressupõe identidade de relação entre idéias ou objetos distintos.
2 - Usos e Costumes
É um uso considerado juridicamente obrigatório.
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2.1 Requisitos para admissão
a) Devem ser praticados entre os comerciantes,“sem divergência ato dos os casos semelhantes,constante e uniformemente”;
b)“serem conforme aos princípios da boa-fé e às máximas comerciais”;
c)Não serem contrários às disposições da legislação comercial.
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2.2Regras para aplicação dos costumes no Direito Comercial
A aplicação dos costumes , isto é, a forma de provar em juízo, durante a discussão do litígio, encontra regras próprias, tanto na legislação comercial como na processual civil.
Exemplo:Registro de usos e práticas mercantis, regulamentado pelo Decreton.1800/96.
A certidão expedida pela Junta Comercial não faz prova absoluta, cabendo ao juiz, no conjunto das provas e sob o princípio da livre convicção, apreciar seu valor probatório e, eventualmente, aceitar contra prova de quem o fizer.
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3 - Princípios Gerais do Direito
	Exemplo de princípio geral de direito é o da pars conditio creditorum, ou tratamento paritário entre os credores na execução coletiva falimentar.

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