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Resumo sobre SURSIS

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SURSIS - Suspensão Condicional da Execução da Pena
1. Conceito: O que é sursis?
A suspensão condicional da execução da pena (sursis) é um instituto de política criminal que se destina a evitar o recolhimento à prisão do condenado, submetendo-o à observância de certos requisitos legais e condições estabelecidas pelo juiz, durante tempo por ele determinado, findo o qual, se não revogada a concessão, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. O Sursis é um direito subjetivo do réu, desde que preenchidos os requisitos, o juiz tem que concede-lo.
2. Três são sistemas que abordam sobre o estudo do sursis:
2.1 Sistema Anglo-saxão
Sua origem remonta primeira metade do Século XIX. Diz o Professor Luís Cruz de Vasconcelos, inesquecível mestre da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará e articulista do Jornal Diário do Nordeste, em suas tradicionais aulas de Direito Processual Penal: "O sistema anglo-saxão visava beneficiar delinquentes primários, evitando assim, que os mesmos fossem submetidos a um Processo que figurava um delinquente adulto".Tal procedimento estava autorizado pela ‘COMMON LAW’. O sistema obteve bons resultados, a verdade é que em 1879, o procedimento é legalmente reconhecido e o instituto alcança maiores proporções, englobando desta feita os delinquentes adultos, posteriormente, dois anos depois, a medida era encarada como obrigatória. A principal característica do sistema anglo-saxão era a SUSPENSÃO DA AÇÃO PENAL.
2.4 Sursis é medida jurisdicional que determina o sobrestamento da pena preenchidos que sejam certos pressupostos legais e mediante determinadas condições impostas pelo Juiz.
2.5 Espécies de Sursis:
a) Sursis simples art.77 c/c art.78, parag.1º do CP;
b) Sursis especial art.77 c/c art.78, parag. 2º do CP;
c) Sursis etário art.77, parag.2º, do CP;
d) Sursis humanitário art. 77, parag. 2º, in fine do CP.
2.6 O Sursis pode ser revogado
Obrigatoriamente (art. 81, CP) ou Facultativamente (art. 81, parag.1º, CP).
2.7 Revogação vs. Cassação
Revogação pressupõe início do benefício. Já na cassação, o fato é anterior que impede o início do benefício, ou seja, evita o início do Sursis.
3 Livramento Condicional (art. 83, CP)
Como medida de política criminal, o livramento condicional permite que o condenado abrevie sua reinserção no convívio social cumprindo parte da pena em liberdade, desde que presentes os requisitos de ordem subjetiva e objetiva, mediante o cumprimento de determinadas condições. É competente o juiz da execução. Se presente os requisitos é direito subjetivo do condenado a concessão. Pode somar mais de uma pena. Vale para o condenado primário e para o reincidente em crime culposo e em contravenção penal.
4 Anistia
Significa o esquecimento de certas infrações penais. O fim da anistia é o esquecimento do fato ou dos fatos criminosos que o poder público teve dificuldades de punir ou achou prudente não punir. Juridicamente os fatos deixam de existir; o parlamento passa uma esponja sobre eles. Só a história os recolhe.
A anistia possui a seguinte classificação quanto a sua forma:
a) PRÓPRIA - Concedida antes da condenação, porque é constante com a sua finalidade de esquecer o delito cometido.
b) IMPRÓPRIA - Concedida depois da condenação, pois recai sobre a pena.
c) GERAL OU PLENA - Cita fatos e atinge todos os criminosos.
d) PARCIAL OU RESTRITA - Cita fatos, exigindo uma condição pessoal.
e) INCONDICIONADA - A lei não determina qualquer requisito para a sua concessão.
f) CONDICIONADA - A lei exige requisito para a sua concessão.
4.1 Diferenças entre a anistia, graça e o indulto
a) A anistia exclui o crime, rescinde a condenação e extingue totalmente a punibilidade; a graça e o indulto apenas extingue a punibilidade, podendo ser parciais;
b) A anistia, em regra, atinge crimes políticos; a graça e o indulto, crimes comuns;
c) A anistia pode ser concedida pelo poder legislativo; a graça e o indulto são de competência exclusiva do Presidente da República;
d) A anistia pode ser concedida antes da sentença final ou depois da condenação irrecorrível; a graça e o indulto pressupões o trânsito em julgado da sentença condenatória".
4.2 Graça e Indulto
A graça é espécie da indulgência de ordem individual, pois só alcança determinada pessoa. O indulto é medida de caráter coletivo.
4.3 A graça, forma de clemência soberana, destina-se a pessoa determinada e não a fato, sendo também chamado de indulto individual. É tanto que a Lei de Execução Penal passou a trata-la como indulto individual e regula a aplicação do indulto através do Art. 188 a 193.
4.4 O indulto coletivo abrange sempre um grupo de sentenciados e normalmente inclui os beneficiários tendo em visto a duração das penas que lhe foram aplicadas, embora se exijam certos requisitos subjetivos(primariedade, etc.) e objetivos(cumprimento de parte da pena, exclusão dos autores da prática de algumas espécies de crimes, etc.)
4.5 A graça e o indulto podem ser:
a) PLENOS: Quando a punibilidade é extinta por completo.
b) PARCIAIS: Quando é concedida a diminuição da pena ou sua comutação. A graça é total (ou pena), quando alcança todas as sanções impostas ao condenado e é parcial, quando ocorre a redução ou substituição da sanção, resultando na comutação. O indulto coletivo pode também ser total, quando extingue as penas, ou parcial, quando estas são diminuídas ou substituídas por outra de menor gravidade.
4.6 Efeitos da Graça e do Indulto
A graça e o indulto "somente extinguem a punibilidade, substituindo o crime, a condenação irrecorrível e seus efeitos secundários(sobre o caso de indulto ser concedido antes do trânsito em julgado da sentença notória). Assim, vindo o sujeito agradecido ou indultado a cometer novo crime, será considerado reincidente". Desse modo, "extinguem-se somente as sanções mencionadas nos respectivos decretos, permanecendo os demais efeitos da sentença condenatória, sejam penais ou civis.
Portanto, a graça e o indulto excluem apenas a punibilidade e não o crime. Além disso, não afastam a reincidência, se já houve sentença com trânsito em julgado.
REVOGAÇÃO
O condenado deverá cumprir as condições impostas sob pena de perder o benefício, vindo a cumprir integralmente a pena que se encontrava suspensa. As causas que dão origem a revogação podem ser obrigatória ou facultativa. As causas obrigatórias de revogação são determinadas pela lei, quanto as causas facultativas, fica a critério do juiz. As primeiras são ditadas pelo art. 81 do CP:
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1.o do art. 78 deste Código.
No que se refere o primeiro inciso, não importa o momento em que tenha sido cometido o crime, será revogado, mesmo sendo condenado durante o gozo do sursis, por prática de crime anterior ao crime que possibilitou a concessão do sursis. Lembrando que somente será revogado se condenado irrecorrivelmente por prática de crime doloso ou preterdoloso, como ensina o professor Damásio. Tendo como base ainda, a obra do referido autor, vemos que se a condenação por crime for proferida por sentença estrangeira, não será revogado o sursis, pois o diploma legal não prevê a hipótese. Tratando-se de norma que permite restrição ao direito penal de liberdade do condenado, não pode ser empregada a analogia nem a interpretação extensiva. No segundo inciso, revoga-se quando, podendo pagar a multa, o sentenciado não o faz por fraude. Antes da revogação, porém, deverá ser feita a prévia notificação do condenado para o pagamento da multa e tentada a execução judicial para sua cobrança (arts. 164 ss da LEP).A Lei de Execução Penal prevê mais um caso de revogação obrigatória. Nos termos do art. 161, se, intimado pessoalmente ou por edital com prazode 20 dias, o réu não comparecer à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será executada imediatamente a pena, salvo prova de justo impedimento.
Revoga-se, também, o sursis, obrigatoriamente, se o condenado deixar de cumprir as condições impostas pelo § 1.o do art. 78 do CP (prestação de serviço a comunidade ou limitação de final de semana).
Quanto aos casos de revogação facultativa, diz o parágrafo primeiro do artigo 78:
§ 1.o - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
Cabe ao juiz analisar se é o caso de revogação ou de prorrogação do período de prova até o máximo, se este não foi o fixado (art. 81, § 3.o).
PRORROGAÇÃO
Se o condenado vier a cometer infração, antes ou durante o período de prova, e vier a ser processado no gozo do sursis, prorroga-se o prazo da suspensão até o julgamento definitivo, ou seja, até que transite em julgado a sentença em relação ao segundo crime, como dita o parágrafo segundo do artigo 81:
§ 2.o - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo.
Neste caso, o período de prova pode ultrapassar o limite máximo permitido pelo caput do artigo 77 ou seu parágrafo segundo, no caso do sursis etário.
EXTINÇÃO DA PENA
Terminado o prazo estipulado pelo juiz para o cumprimento das condições impostas pelo mesmo sem que haja revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade na data do término do período de prova, como dita o artigo 82:
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.
Trata-se de sentença declaratória de extinção parcial da punibilidade, não de natureza constitutiva.

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