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* Aula 12 RESPONSABILIDADE CIVIL Introdução Prof. Alexandre Guerra * * Responsabilidade civil “Spondeo”: é a vinculação solene do devedor aos contratos formais Toda atividade que traz danos a terceiros enseja a responsabilidade de seu autor “Direito de Danos” Responsabilidade penal, administrativa e civil Restauração da situação anterior à verificada pelo dano causado (“statu quo ante”). * * Responsabilidade jurídica vs. Responsabilidade moral Obrigação vs. responsabilidade (consequência do não cumprimento espontâneo da obrigação pelo devedor) Obrigação sem responsabilidade e responsabilidade sem obrigação RC assenta-se sobre o conceito de causalidade: ação e reação “Neminem laedere” Revolução Industrial. Sociedade de produção em massa. Complexidade das relações sociais. * * Dever jurídico originário (Pressupostos: Violação de dever jurídico e dano?). Código Civil. (Vigência em 12.01.2003), Parte Geral, Livro III - Dos Fatos Jurídicos, Título III - Dos Atos Ilícitos Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. * * Art. 188 - Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. * * Código Civil. (Vigência em 12.01.2003), Parte Especial, Livro I - Do Direito das Obrigações, Título IX - Da Responsabilidade Civil, Capítulo I - Da Obrigação de Indenizar Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. * * DIREITO ROMANO I. Primórdios: VINGANÇA PRIVADA Lei de Talião Responsabilidade coletiva (grupos a grupos) II. PERÍODO DA COMPOSIÇÃO: Desvantagens de vingança. Patrimonialidade. Responsabilidade civil tarifada (escravo, morte de homem livre...) * * III. Teoria clássica: Dano, culpa e nexo causal “LEX AQUILIA” Noção de culpa à RC Violação de dever objetivo a todos impostos de não agir dolosamente (culpa lato sensu) ou sob negligência, imprudência ou imperícia Evolução da RC na contemporaneidade Culpa vs. Risco * * Fundamentos da RC Castigar o autor de comportamento contrário ao Direito (ilícito)? Compensatória/ressarcitória: ressarcir a vítima de dano injusto Função pedagógica Função preventiva da RC Função promocional da RC (sanção positiva) * * IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE CIVIL Livre determinação de vontade é necessária para que somente assim haja a RC? Responsabilidade civil dos amentais? Responsabilidade civil do incapaz? CC, Art. 928 - O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. * * Art. 932 - São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; (...) Art. 933 - As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, AINDA QUE NÃO HAJA CULPA DE SUA PARTE, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Art. 934 - Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. * * Responsabilidade contratual Responsabilidade extracontratual Teoria monista vs. teoria dualista Principais diferenças: 1. Quanto à fonte: violação do dever jurídico decorrente do negócio jurídico vs. violação de cláusula geral de não causar danos a outrem 2. Perdas e danos 3. Ônus da prova * * Responsabilidade com culpa (subjetiva) Responsabilidade sem culpa (objetiva) Culpa: violação de um dever jurídico, por meio de i) negligência, ii) imprudência ou iii) imperícia. RC SEM CULPA: Basta i) dano e ii) nexo causal com a ação (segunda metade do século XIX) * * TEORIA DO RISCO Toda atividade cria um risco: perigo de dano Quem cria o risco (perigo), responde pelo dano Quem causa o dano, deve reparar, ainda que não haja culpa de sua parte Risco proveito Risco criado Risco atividade Existe RC por atos lícitos? Estradas de ferro... * * PRESSUPOSTOS DA RC Ação ou omissão Culpa ou dolo Nexo de causalidade Dano
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