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Auditoria I 2016 
 
Prof. Msc. Edilson Citadin Rabelo 
 
1 
 
2016 
 
 
Prof. Msc. Edilson Citadin Rabelo 
FUCAP – Faculdade Capivari 
03/02/2016 
A U D I T O R I A I 
● ● ● 
Direitos autorais reservados 
 Proibida reprodução parcial ou total, sem a prévia 
autorização do professor. 
Edilson.rabelo@gmail.com 
 ● ● ● 
 
Auditoria I 2016 
 
Prof. Msc. Edilson Citadin Rabelo 
 
2 
 
A U D I T O R I A I 
 
 
 
 
 
 
Profº Edilson Citadin Rabelo Profº Edilson Citadin Rabelo Profº Edilson Citadin Rabelo Profº Edilson Citadin Rabelo 
 
 
 
Contador, Especialista em Planejamento Tributário (UNISUL), Mestre em 
Contabilidade Gerencial (UFSC), Professor em Cursos de Graduação e Pós-
graduação, Consultor na área de Custos e Contabilidade Gerencial. Perito e 
Auditor Interno. Sócio proprietário da empresa RC Assessoria e Consultoria Ltda. 
 
 
E-mail: edilson.rabelo@gmail.com 
 
 
 
 
 
Auditoria I 2016 
 
Prof. Msc. Edilson Citadin Rabelo 
 
3 
Capítulo 1 
CONCEITO E APLICAÇÃO DA AUDITORIA 
1.1 – Noções Gerais 
 
1.1.1 – Origem da Auditoria – Desenvolvimento Histórico 
 
A Auditoria é uma das aplicações dos princípios científicos da contabilidade, baseada na 
verificação e confirmação dos registros patrimoniais para observa-lhes a exatidão. 
Entre as diversas áreas de atuação do contador, a auditoria vem experimentando 
excepcional desenvolvimento quer no plano prático, quer no plano teórico. 
Não obstante a origem do termo em português, perfeitamente justificável no latim 
“auditoria”, na realidade a auditoria contábil nos veio do inglês “AUDIT” pois na Inglaterra 
nasceram, segundo se tem notícias, as primeiras manifestações da atividade de profissional 
do auditor contábil. 
A Auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra, dominadora e controladora do comércio 
mundial e a primeira a instituir a taxação do imposto de renda. 
A evolução da auditoria ocorreu paralelamente ao desenvolvimento econômico, 
decorrente da revolução industrial, operada na segunda metade do século XVIII, que gerou 
grandes empresas formada de capital de muitas pessoas, imprimindo novas diretrizes as 
técnicas contábeis. 
A profissão de auditor, data do século XVIII, os profissionais se autonomeavam 
contadores públicos, executando, um trabalho pouco mais aprofundado do que aqueles 
efetuados pelos contadores comuns. 
No século XIX, aparece o denominado perito contador, cuja função básica era de 
descobrir erros e fraudes. 
A partir de 1900, a profissão do auditor tomou maior impulso através do desenvolvimento 
do capitalismo, tornando-se uma profissão propriamente dita. 
Em 1934 – com criação do Security and Exchange comission nos Estados Unidos, a 
profissão de auditor criou novo estímulo, pois as companhias que transacionavam ações na 
bolsa de valores foram obrigadas a utilizar-se dos serviços de auditoria, para maior 
fidedignidade as demonstrações financeiras. 
 
No Brasil o desenvolvimento da auditoria teve influência de: 
 
a) filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras; 
b) financiamento de empresas nacionais através de entidades internacionais; 
c) crescimento das empresas nacionais e necessidades de descentralização e 
diversificação das atividades; 
d) evolução do mercado de capitais 
e) criação das normas de auditorias promulgada pelo Banco em 1972 – resolução 220; 
Auditoria I 2016 
 
Prof. Msc. Edilson Citadin Rabelo 
 
4 
f) formação do Instituto de Auditores do Brasil, reconhecido pela resolução 317 do 
conselho Federal de contabilidade, em 1972 passando a chamar-se Instituto 
Brasileiro de Contadores – IBRACON – a partir de julho de 1982. 
g) criação da Comissão de Valores Mobiliários através da Lei nº 6.385, de 07/12/76. 
h) Lei das Sociedades Anônimas. Lei nº 6.404, de 15/12/76. 
 
1.1.2. Auditoria – Conceito e objetivo 
 
a) Conceito de auditoria 
 
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e 
obtenção de informações e confirmações, internas ou externas, relacionadas com o controle 
do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações 
contábeis decorrentes. 
A auditoria inclui exames que se julgarem necessários, para obter elementos de 
convicção, objetivando comprovar se os registros contábeis foram executados de acordo com 
os princípios de contabilidade geralmente aceitos e se as demonstrações contábeis deles 
decorrentes refletem adequadamente a situação econômico – financeiro do patrimônio, os 
resultados do período administrativos examinados. A auditoria mensura a adequação, 
exatidão e confiabilidades registros e demonstrações contábeis. 
 
Segundo Arthur W. Wolmes 
“A auditoria é o exame de demonstrações e registros administrativos, o auditor observa a 
exatidão, integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos”. 
 Segundo A.Lopes Sá 
“A auditoria é uma técnica contábil do sistemático exame dos registros, visando apresentar 
conclusões, críticas e opiniões sobre as situações patrimoniais e aquelas dos resultados, quer 
formadas, quer em processo de formação”. 
 
 b) Objetivo da auditoria 
 
 O objetivo do exame de auditoria pode ser descrito como sendo o processo pelo qual o 
auditor se certifica da veracidade dos registros e demonstrações contábeis, bem como da 
legitimidade dos atos da administração e de sua sinceridade na defesa dos interesses 
patrimoniais. 
 Sobre esses objetivos a auditoria exerce sua ação preventiva saneadora e moralizadora, 
para confirmar a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de 
opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações 
contábeis, na salvaguarda dos direitos dos proprietários, investidores e do próprio fisco. 
 Por isso, a auditoria dá credibilidade ás demonstrações contábeis, e as informações 
nelas contidas. 
 
 
 
Auditoria I 2016 
 
Prof. Msc. Edilson Citadin Rabelo 
 
5 
 1.1.3. Auditoria: Técnica Contábil 
 
 O objeto da contabilidade é o patrimônio administrado, e a auditoria é um dos meios de 
que ela ( a contabilidade) dispõe para atingir suas finalidades. Logo, a auditoria, sendo um 
dos meios utilizados pela contabilidade, tem o mesmo objeto: O patrimônio especificadamente 
no que tange ao seu controle e as informações sobre estado e variações. 
 Assim, a auditoria completa e valoriza a contabilidade, pois o controle do objeto comum 
– O Patrimônio – confirma a confiabilidade dos meios que ela utiliza – o registro dos fatos e as 
demonstrações contábeis – e aperfeiçoa seus fins – divulgação de informações para fins de 
orientações administrativas e de investidores, cumprimento de obrigações legais e fiscais e 
controle patrimonial -, atestando a adequação dos registros e informações as deficiências 
observadas. 
 A fiscalização, exercida pela auditoria sobre os registros e demonstrações contábeis, dá-
lhe maior consistência e maior veracidade, por várias razões, entre as quais pode-se citar: 
 
a) o profissional que executa os registros o faz com maior atenção e rigor, pelo de saber 
que seu trabalho será examinado e seus erros apontados; 
b) empregados e administradores temem erros e fraudes, na certeza de que poderão ser 
apontados aos poderes superiores: 
c) os titulares do patrimônio prestam contas através de auditoria, a seus credores e ao 
fisco. 
 
1.1.4. Reflexos da Auditoria sobre o Patrimônio 
 
A auditoria oferece à riqueza patrimonial, dando maior segurança e garantia: 
 
a) aos administradores: 
b) aos proprietários ou investidores: 
c) ao fisco: 
d) aos financeiros. 
 
Esta proteção apresenta sob osseguintes aspectos: 
 
a) ADMINISTRAÇÃO : redução de ineficiência, negligência, incapacidade e improbidade ( 
fraude ) dos empregados e administradores; 
b) PATRIMONIAL : melhor controle dos bens, direitos e obrigações; 
c) FISCAL : cumprimento das leis fiscais, evitando multas contra o patrimônio; 
d) TÉCNICO : utilização adequada das contas, eficiência dos serviços contábeis precisão 
das informações e a garantia de que as escrituração e as demonstrações estão de 
acordo com os princípios de contabilidade; 
e) FINANCEIRO: resguarda créditos de terceiros – fornecedores e financiadores; 
f) ECONÔMICO: assegura maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados. 
 
 
 
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1.1.5. Aspectos Administrativos e de Controle da Auditoria 
 
A auditoria é meio indispensável de confirmação de eficiência dos controles e fator de 
maior tranqüilidade para administração e de maior garantia para os investidores, bem para o 
próprio fisco. 
Para a empresa a auditoria oferece as seguintes vantagens: 
 
a) fiscaliza a eficiência dos controles internos; 
b) assegura maior correção dos registros contábeis; 
c) opina sobre a adequação das demonstrações contábeis; 
d) dificulta desvios de bens e pagamento indevidos; 
e) apura omissões nos registros de receitas 
 
Para os investidores, a auditoria oferece as seguintes vantagens; 
 
a) contribui para uma maior exatidão das demonstrações contábeis; 
b) possibilita melhores informações sobre a situação econômica e financeira; 
c) assegura maior exatidão dos resultados apurados 
 
 
Para o fisco, a auditoria oferece as seguintes vantagens; 
 
a) permite maior exatidão das demonstrações contábeis; 
b) assegura maior exatidão dos resultados apurados; 
c) contribui para maior observância das leis fiscais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 2 
PROFISSÃO CONTÁBIL E FUNÇÃO DO AUDITOR 
2.1. Legislação aplicada a função contábil 
 
2.1.1 Evolução profissional 
 
De início, a profissão de contabilista, resumia-se na escrituração de livros contábeis, 
um dos meios ou processos de que a contabilidade utiliza para atingir seu fim. 
 A evolução das atividades econômicas e o crescimento das empresas exigiu o aumento 
de informações necessárias a boa técnica administrativas. 
 Assim, surgiram dessa necessidade outros trabalhos especializados, tais como: 
 
a) organização e supervisão dos serviços contábeis; 
b) análise contábeis; 
c) apropriação de custos; 
d) levantamento de contas; 
e) auditoria e perícia. 
 
2.1.2. Regulamento da Profissão Contábil 
 
Assim, temos: pelo Decreto n.º 20.158, de 30-06-1931 o primeiro passo para a 
regulamentação da profissão contábil no Brasil, que basicamente organizou o ensino 
comercial e regulamentou a profissão de contador.As escolas de contabilidade, então 
chamadas Escolas de Comércio, diplomavam duas categorias de profissionais: 
 
a) os guardas – livros (curso de 2 anos ); 
b) os contadores ( curso de 3 anos ) 
 
Pelo Decreto n.º 21.033, de 08-02-1932 – Estabelecia-se novas condições para o 
registro de contadores e guarda-livros e dava outras providências. 
Pelo Decreto – Lei n.º 1.535, de 23-08-1939 – Altera-se a denominação do curso de 
Perito – Contador e dá outras providências. 
Pelo Decreto – Lei n.º 6.141, de 28-12-1943 – cria a lei Orgânica do Ensino Comercial. 
Estabelece as bases de organização e regime do ensino comercial, objetivando formar 
profissionais aptos ao exercício de atividades específicas no comércio e bem como de 
funções auxiliares de caráter administrativos nos negócios públicos particulares. Pelo Decreto 
Lei n.º 7.988, de 22-09-1945 – Dispõe sobre o Ensino Superior de Ciências Econômicas e de 
Ciências Contábeis e atuarias. 
Pela Lei n.º 1.041, de 02-07-1951 – Desdobra-se o Curso de Ciências Contábeis e 
Atuarias. 
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8 
Pelo decreto Lei n.º 9.295, de 27-05-1946 – Cria-se o Conselho Federal de 
Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Técnico em Contabilidade. A criação de 
um órgão oficial de fiscalização da profissão do contabilista da máxima aspiração profissional. 
 
2.2. Legislação Aplicada à função de Auditor 
 
 No Brasil o movimento de arregimentação de auditores iniciou-se em São Paulo, por 
volta de 1960, através do instituto de Contadores Públicos do Brasil. 
 Dando prosseguimento ao movimento, posteriormente surgiram outras instituições pelo 
Brasil. 
 Em 13 de dezembro de 1971, algumas associações se uniram e formou o Instituto de 
Auditores independentes do Brasil, entidade que foi reconhecida pela Resolução n.º 317, do 
Conselho Federal de Contabilidade e que a partir de julho de 1982 pelo IBRACON – Instituto 
Brasileiro de Contabilidade. 
 O Amadurecimento de tais medidas deve-se ao desenvolvimento do Mercado de 
Capitais, reconhecendo-se a necessidade de intervenção do auditor independente em 
atividades públicas ou particulares. 
 Assim a Lei n.º 4.728, de 14-07-1965, é o texto legal pioneiro a mencionar a auditoria e 
o auditor independente. 
 O decreto n.º 67.090, de 20-08-1970, estabelece normas e fixa procedimentos de 
Auditoria para o serviço Público Federal. Dá à auditoria Contábil expressivo realce, 
conceituando os elementos básicos dos seus procedimentos e fixa seus objetivos. 
 O Conselho Federal de Contabilidade, pela resolução n.º 321 de 14-04-1972, oficializou as 
Normas de Auditoria, que posteriormente foram alteradas pelas resoluções CFC 700/91 e 
701/91 que aprovam a NBCT-11. 
 A Resolução n.º 220, de 10-05-1972, do Banco Central do Brasil, instituiu a auditoria 
obrigatória para as Sociedades Anônimas registradas naquele Banco e que tinham ações 
cotadas no Mercado de capitais. 
 A partir da Resolução n.º 220/72 do BCB, institucionalizou-se a Auditoria Independente 
no Brasil, tornando-se necessários a publicações de Normas e Procedimentos de Auditoria. 
 A criação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, pela Lei n.º 6.385, de 07-12-
1976, coube-lhe registrar e fiscalizar os auditores, habilitando-os à auditar. Estabelece 
também a responsabilidade civil dos Auditores Independentes. 
 A Lei das Sociedades Anônimas, Lei n.º 6.404 de 15-12-1976, estabelece a 
obrigatoriedade da Auditoria independente para as companhias abertas e para as 
demonstrações contábeis de grupo de sociedades que inclua companhia aberta. Baixas 
normas contábeis e impões obediência aos princípios contábeis. 
 Com base nas disposições legais antes transcritas, podemos enumerar algumas 
entidades sujeitas à Auditoria obrigatória: 
 
• Fundos em Condomínios; 
• Bolsas de valores; 
• SUDAM E SUDENE; 
• Associações de Poupança e Empréstimos sujeitos ao C.E.F; 
• Sociedade de Distribuidores de Valores e Títulos Mobiliários; 
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• Companhias Abertas e as que emitirem títulos negociáveis no mercado de capitais; 
• Empresas que operem com recursos do Sistema Financeiro de Habitação, 
administrado pelo C.E.F; 
• Sociedade de Investimentos; 
• Sociedades de Economia Mista, Federal, Estadual ou Municipal, sujeitas à 
fiscalização do respectivo Tribunal de Contas; 
• Empresas de Transporte Rodoviário internacional de cargas; 
• Empresas de Leasing ou Arrendamento Mercantil; 
• Sociedades Seguradoras; 
• Entidade de Previdência Privada; 
• Empresas que pretendam o registro como Companhia Aberta. 
 
 
2.3. Exercícios da Profissão Contábil 
 
 As formas de exercícios da profissão contábil podem ser consideradas sob os 
seguintes aspectos: 
 
a) quanto à extensão do trabalhos que podemexecutar; 
b) quanto ao vínculo de contabilista em relação e entidade empregadora; 
c) quanto ao exercício como profissional liberal. 
 
Em relação à extensão dos trabalhos que podem executar, existem duas categorias de 
profissionais de contabilidade, assim distinguidas por lei. 
 
a) Técnico em Contabilidade – Diplomado em Curso médio de contabilidade, 
admitidos nos Conselhos Regionais de Contabilidade – CRCs, na categoria de 
“Técnico em Contabilidade”. 
 
b) Bacharel em Ciências Contábeis – Diplomados em Curso Superior de Ciências 
Contábeis, admitidos para registro no Conselho de Contabilidade – CRCs, na 
categoria de “Contador”. 
 
Aos técnicos em Contabilidade somente é permitido executar uma parte dos trabalhos 
relacionados à técnica contábil, a saber: 
 
a) registro dos fatos contábeis ( escrituração ); 
b) elaboração de demonstrações contábeis; 
c) análise, exame, levantamento e verificações da própria escrituração. 
 
São atribuições privativas dos contadores, aquelas a que se refere, de maneira 
específica, a letra “e” do artigo 25, do decreto n.º 9.295, de 27-05-1946 e as descritas no 
artigo 6º da resolução n.º 7.107, de 13-12-1958 do conselho nacional de contabilidade. 
Podemos destacar, entre essas atribuições, as seguintes, consideradas, mais 
importante: 
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a) Auditoria; 
b) Perícia Judiciais extra judiciais; 
c) Revisão de balanço e contas em geral e revisão permanente e periódica de 
escritas; 
d) Assistência aos Conselhos Fiscais de Sociedade por ações; 
e) Assistência aos Comissários nas Concordatas e aos Sindicatos nas falências; 
f) Todos os demais trabalhos relacionados a contabilidade. 
 
O exercício da atividade contábil como profissional liberal, qualifica o Contador que 
exerce sua função em caráter liberal e independente. 
Por isso, são chamadas de Auditores “Externos” para serem diferenciados dos 
Auditores “Internos”, e “independentes”, por isso não terem vinculação ou subordinação à 
entidade qual prestam serviços. 
 
2.4. Exercícios da Profissão do Auditor 
 
No Brasil, a denominação consagrada de Auditor Independente, designa o Contador 
que se dedica, como profissional liberal e independente, à auditoria externa. 
Quanto às formas de exercícios da atividade do Auditor Independente, distinguimos as 
seguintes: 
 
a) Individualmente – quando o Contador age sob sua responsabilidade e em nome 
individual, mesmo que na execução do trabalho conte com a colaboração de 
Assistentes ou auxiliares; 
b) Em participação com outros profissionais – quando o contador divide a 
responsabilidade com outros colegas participando com eles, em nome de todos, na 
execução de seus trabalhos; 
 c) Com empresas de prestação de serviços – quando em conjunto com outros 
profissionais, constitui o auditor independente uma empresa de prestação de serviços 
profissionais de contabilidade. 
 
Outro aspecto importante relativamente ao exercício da profissão de Auditor é o da 
responsabilidade civil a que está sujeito na forma da lei. 
Assim, as empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis independentes 
responderão, civilmente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou 
dolo no exercício de suas funções – artigo 26§ 2º da lei n.º 6.385, de 07-12-1976. 
No que tange a capacitação e habilitação profissional do auditor, o Conselho Federal 
de Contabilidade, através da Resolução n.º 321 de 14-14-1972, aprovo as normas relativas à 
pessoa do Auditor, especificadamente quanto a “ Treinamento e competência Técnico 
Profissional” e “Independência”, que estabelecem as condições requeridas e o 
comportamento do auditor no exercício de suas funções. 
Como inerentes aos exercícios da profissão de auditor, cite-se os principais Órgãos de 
classe: 
 
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a) Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade – 
criados pelo Decreto – lei n.º 9.295, de 27-05-1946, cuja finalidade é o registro e a 
fiscalização do exercício da profissão de contabilista. 
b) Comissão de Valores Mobiliários – CVM, instituída pela lei n.º 6.385, de 07-12-1976, 
trata-se de uma entidade autárquica e vinculada ao Ministério da Fazenda. 
 
Funciona como Órgãos fiscalizados do mercado de Capital no Brasil. 
O Auditor externo “Independente” ou Empresas de prestação de serviços profissionais 
de auditoria, para exercerem atividades de valores mobiliários, estão sujeitos a prévio registro 
na Comissão de valores Mobiliários. 
De Conformidade com as Normas Anexas à Instrução CVM n.º 04 de 24-10-1978, o 
registro de Auditor Independente na Comissão de Valores Mobiliários é privativo do Contador 
ou equiparados legalmente e de sociedade Civil constituída exclusivamente para a prestação 
de serviços profissionais de Auditoria e demais serviços de contabilidade inerentes a 
profissão. 
 
Para o registro de “Auditor independente – Pessoa Física”, deverá o interessado 
comprovar cumulativamente: 
 
� - estar registrado em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de 
Contador; 
� - haver exercido atividade de auditoria por período não inferior a cinco anos; 
� - estar exercendo atividade de auditoria, mantendo escritório profissional 
legalizado, em nome próprio, com instalações compatíveis com exercício da 
atividade de auditoria independente. 
 
Para o registro de “Auditor Independente – Pessoa Jurídica”, deverá o interessado 
comprovar cumulativamente: 
 
� - estar inscrito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, sob forma de sociedade 
civil, constituída para a prestação de serviços profissionais de auditoria e 
demais serviços inerentes à profissão de contador: 
� - serem os sócios, exclusivamente, contadores legalmente habilitados ou 
equiparados legais; constar do contrato social, ou do ato constitutivo 
equivalente, cláusula dispondo que a sociedade responsabilizar-se à pela 
reparação de danos que causar a terceiros por culpa ou dolo no exercício da 
atividade profissional, e que os sócios responderão, solidária e ilimitadamente, 
pelas obrigações sociais depois de esgotados os bens da sociedade; 
� - estar registrada em Conselho Regional de Contabilidade, inclusive seus 
sócios, diretores e responsáveis técnicos; 
� - haverem exercido atividade de auditoria, por período não inferior a cinco anos, 
os sócios, diretores e responsáveis técnicos; 
� - manter escritório profissional legalizado, em nome da sociedade, com 
instalações compatíveis com o exercício da atividade de auditoria independente. 
 
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c) Instituto Brasileiro de Contadores – IBRACON, que a partir do mês de julho de 1982 
sucede o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IAIB, fundado a 13-12-1971. 
 
O instituto Brasileiro de Contadores – IBRACON, tem como objetivo básico: 
 
� - Fixar princípios de contabilidade; 
� - elaborar normas e procedimento relacionados com auditoria (interna e externa 
e perícia contábil). 
 
2.5. Condições Relativas à Funções de Auditor 
 
Muitos são as condições exigidas para o exercício da função de auditor, podendo-se 
destacar, entre elas as relativas: 
 
a) à Pessoa do auditor; 
b) à Empresa auditada; 
c) às condições materiais para esse exercício. 
 
2.5.1. Condições Relativas à Pessoa do Auditor: 
 
São varias as condições que o auditor deve preencher para o exercício da profissão, 
destacando-se principalmente as condições culturais e técnicas, que exigem formação 
profissional em nível superior. 
 De um modo geral, as condições relativas à pessoa do auditor classificam-se em: 
 
a) legais 
b) culturais 
c) técnicas 
d) intelectuais 
e) morais 
f) de integraçãoprofissional 
g) de educação e civismo 
h) de ética profissional. 
 
 
 
2.5.1.1. Condições legais 
 
O profissional deverá ser registrado no Conselho Regional de Contabilidade – CRC, na 
categoria de contador. 
 Pra atuar em determinadas áreas regulamentadas, tais como: 
 
- Mercado de Capitais; 
- Companhias abertas; 
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- Sistema segurador; 
- Sociedade de economia mista; 
- Outras mais; 
 
O auditor independente deverá providenciar seu registro junto aos receptivos órgãos 
controladores, principalmente: 
 
- Comissão de Valores Mobiliários – CVM; 
- Caixa Econômica Federal; 
- Repartições Federais, Estaduais e Municipais. 
 
2.5.1.2. Condições Culturais 
 
 O auditor independente deve possuir conhecimentos gerais bastante amplos, incluindo 
noções básicas sobre as seguintes matérias: 
 
a) Língua pátria ( para estudo de redações e relatórios ); 
b) Matemática Financeira; 
c) Legislação Comercial e Fiscal; 
d) Organização e Administração de Empresas; 
e) Economia e Finanças Empresariais; 
f) Processamento de Dados. 
 
2.5.1.3. Condições Técnicas: 
 
O auditor independente deve ser profundo conhecer da matéria fundamental de sua 
profissão, que é a contabilidade, destacando-se: 
 
a) Princípios Fundamental de Contabilidade, que compreendem 
- preceitos fundamentais da ciências contábil; 
- preceitos secundários ( convenções contábeis ); 
- normas disciplinadoras da escrituração; 
- normas disciplinadoras da elaboração de demonstrações 
 
b) Sistemas Contábeis 
 
c) Técnicas contábeis, que compreendem; 
- escrituração ( registros dos fatos ); 
- demonstrações contábeis; 
- auditoria; 
- análise de balanço. 
d) Planificação e Organização Contábil. 
 
 
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2.5.1.4. Condições Intelectuais: 
 
As condições intelectuais são básicas para o desenvolvimento cultural e técnico 
do auditor, sem as quais inexiste praticamente a possibilidade de evolução e êxito 
profissional. 
 O auditor deve reunir as seguintes qualidade intelectuais: 
 
a) Inteligência; 
b) Agilidade e independência mental; 
c) Opinião própria; 
d) Ser estudioso e pesquisador; 
e) Espírito analítico e observador; 
f) Comunicação Objetiva, adequada e Clara; 
g) Criativo; 
h) Raciocínio lógico/ Análise e Síntese. 
 
2.5.1.5. Condições morais: 
 
Para o exercício da função de auditor independente, há diversos requisitos morais a 
serem observados, que são de fundamental significação, dado o caráter de interesse 
público de seu trabalho e a natureza de sua atuação, relacionada a interesses 
econômicos e financeiros da coletividade. 
 Dentre esses requisitos, podemos citar as seguintes: 
 
a) Integridade (inatacável); 
b) Idoneidade; 
c) Caráter ilibado (puro) 
d) Padrão Moral elevado; 
e) Justiça e imparcialidade; 
f) Meticulosidade; 
g) Profissional/Técnico. 
 
2.5.1.6. Condições de integração Profissional: 
 
O auditor deverá ser inteiramente integrado em sua classe e dedicado à sua classe e 
dedicado à sua profissão, ressaltando-se a necessidade de ter: 
 
a) Dignidade profissional; 
b) Vivência na profissão; 
c) Independente profissional; 
d) Filiação a entidade de classe; 
e) Respeito à categoria a que pertence; 
f) Consciência da responsabilidade profissional; 
g) Zelo e disciplina; 
h) Liderança. 
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2.5.1.7. Condições de Educação e Civismo: 
 
A função do auditor, por compreender fiscalização e julgamento de atos de terceiros, 
envolve dedicados problemas de relações humanas, que exigem um comportamento educado 
e compreensivo. 
 O espírito público e o respeito aos direitos de terceiros a às autoridades são 
necessários para reforçar sua isenção de ânimo no julgamento de interesses em choque. 
 
Assim. O auditor deve ser: 
 
a) Educado e compreensivo; 
b) respeitoso com colegas, clientes e funcionários; 
c) habilidoso no trato; 
d) dotado de espírito público; 
e) respeitador dos direitos de terceiros. 
f) Comportamento Verbal. 
 
2.5.1.8. Condições de Ética Profissional. 
 
O auditor, além das normas gerais de ética, deve sujeitar-se a normas específicas, 
próprias de sua profissão e decorrentes da natureza de sua atividade, relacionada com 
interesses econômicos e financeiros de terceiros, algumas vezes em posição antagônicas, 
como é o caso do fisco e do contribuinte, do devedor e do credor, do reclame e do reclamado, 
do acionista majoritário e dos minoritários. 
Assim, além das condições morais de ordem geral, o auditor deve também respeitar a 
ética profissional exigindo-se que: 
 
a) Não disputar clientes com colegas, abster-se de: 
 
- fazer publicidade comercial; 
- elogiar seus negócios próprios serviços; 
- pleitear clientes de colegas; 
- oferecer comissões para agenciamento; 
- aviltar honorários; 
- fazer concorrência desleal. 
 
b) Manter elevado padrão de serviços. 
c) Basear-se somente em elementos seguros de convicção. 
d) Cobrar honorários justos. 
e) Independência profissional. 
f) Sigilo Profissional. 
g) Consideração pela categoria e colegas. 
h) Respeito ao código de ética. 
 
 
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2.5.2. Condições relativas à Empresa Auditada 
 
Para o exercício da auditoria externa, é necessário que a empresa auditada ofereça as 
seguintes condições: 
 
a) escrituração clara e atualizada; 
b) documentação devidamente arquivada; 
c) controles internos eficientes; 
d) acesso a registros, documentos, demonstrações e departamentos da empresa; 
e) liberdade funcional. 
 
 
2.5.3. Condições Materiais para o exercício da Auditoria 
 
Para que o auditor possa exercer sua função é necessário que lhe seja oferecidas as 
seguintes condições materiais: 
 
a) sala reservada, vedada a acesso de terceiros; 
b) local claro, arejado e confortável; 
c) mesas e arquivos modernos; 
d) máquinas de escrever calcular; 
e) papéis e material de escritórios; 
f) honorários adequados e condizentes com o alto grau de responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17
Capítulo 3 
ORGANIZAÇÕES PROFISSIONAIS NA AUDITORIA CONTÁBIL 
3.1. Constituição e funcionamento 
 
 Os auditores independentes poderão exercer sua profissão através da sociedade 
profissional para isso constituídas. 
 Tais sociedades devem preencher determinados requisitos para que possam ser 
constituídas e, conseqüentemente, possam funcionar. 
 São requisitos para a construção e funcionamento de sociedades profissionais: 
 
a) Requisitos Legais; 
b) Requisitos Técnicos; 
c) Requisitos Materiais. 
 
3.1.1. Requisitos Legais 
 
São requisitos legais para construção de uma sociedade de prestação de serviços 
profissionais de contador: 
 
a) elaboração de um contato de constituição de sociedade civil, entre os sócios que a 
comporão ( todos contadores ); 
b) registro do contato no Cartório de Registro de Títulos e Documentos; 
c) registro da sociedade no Conselho Regional de Contabilidade da região em que 
estiver sediada, bem como registro secundário em outros Conselhos das regiões 
onde pretendem exercer atividade; 
d) registro da sociedade e de seus sócios, desde que sejam todos contadores, 
registrado na Comissão de Valores Mobiliários – CVM; 
e) inscrição junto as repartições fiscais e previdenciários competentes. 
 
3.1.2. Requisitos técnicos 
 
Consiste em ter a sociedade capacitada técnico – profissional para o exercício da 
atividade. Presume-se que este requisito é preenchidoquando todos os sócios da 
sociedade sejam contadores e tenham mais de 5 anos de exercício profissional como 
auditores. 
 
3.1.3. Requisitos materiais 
 
As sociedades de auditores devem oferecer as melhores condições materiais de 
trabalho possíveis, incluindo: 
a) escritório amplo, com salas claras, arejadas, bem iluminadas e bem decoradas, com 
sobriedade, mas oferecendo agradáveis condições de trabalhos; 
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b) mobiliários funcional. Adequado escolhido para fins que se tem em vista; 
c) máquinas de escrever, calcular e de contabilidade modernas e eficientes, que 
facilitem o trabalho dos funcionários, tornando-os mais perfeitos e rápidos. 
 
3.2. Vantagens das organizações profissionais 
 
 As organizações que congregam vários contadores trazem algumas vantagens 
em relação aos profissionais que trabalhes individualmente, destacando-se: 
 
a) a reunião de vários profissionais: permite maior divisão do trabalho e a 
formação de especialistas em cada setor de trabalho; 
b) as organizações possuem maiores recursos materiais e técnicos para a 
execução de determinados serviços; 
c) a conjunção de esforços de uma equipe e execução de trabalhos com maior 
rapidez, evitando o retardamento da apuração de certos fatos; 
d) os recursos materiais da sociedade, bem como o número de profissionais 
nela envolvidos, permitem a criação de seminários e cursos de 
aperfeiçoamento e de treinamento para a melhor preparação do pessoal; 
e) a existência de vários profissionais, que podem substituir-se uns aos outros e 
assegura a continuidade dos trabalhos evitando interrupções em caso do 
impedimentos temporários ou definidos; 
f) as organizações possuem profissionais de várias categorias o que permite a 
utilização de auxiliares para a execução de trabalhos menos importantes, 
reduzindo custos. 
 
3.3. Contatos de auditoria 
 
 Antes de formar o contato com cliente, há várias considerações a serem feitas 
pelo auditor, que deverá estabelecer diversos entendimentos no sentido de esclarecer 
convenientemente sobre os serviços que serão executados. 
 Assim, os passos a serem seguidos até a contratação dos serviços são: 
 
a) contato com o cliente; 
b) apresentação de Carta Proposta; 
c) contrato de prestação de serviços. 
 
3.3.1. Contato com o cliente 
 
Em seu primeiro contato com o cliente, deve o auditor: 
 
a) saber se a empresa tem ou teve serviços de auditoria externa; 
b) caso negativo, esclarecer o cliente sobre o alcance da auditoria e suas 
limitações 
c) esclarecer que o Parecer sobre o Balanço somente será emitido se forem 
obtidos elementos de convicção julgados suficientes para formar opinião; 
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19
d) esclarecer sobre as responsabilidade do auditor perante a Lei e a ética 
profissional; 
e) obter esclarecimento sobre: 
 
- natureza do trabalho desejado; 
- fim a que se destina o exame ( avaliação da extensão e 
profundidade ); 
- sistema de escrituração utilizado; 
- segurança dos controles internos. 
 
Feitos os contatos iniciais, quase sempre se impõe um levantamento analítico da 
escrituração e dos controles interno, por isso deve ser tratado: 
a) Procedimento de levantamento antes da apresentação do orçamento, porém 
com enumeração especial, previamente combinada e não inclusa no preço 
orçado para auditoria. 
b) Levantamento feito após a contratação dos serviços, sendo seu custo incluído 
no preço do trabalho orçado. 
 
3.3.2. Carta Proposta 
 
A Carta Proposta tem por vantagem central evitar extensão demasiada do 
instrumento de Contato, por isso devem ficar vinculado ao mesmo, dele fazendo parte 
integrante. Além disto, pela sua própria forma a proposta tem maiores probabilidades 
de extensão e a ampliação, o que nem sempre; e feito com desembaraço nos 
Contatos. 
A proposta deve ter um caráter mais esclarecedor, mesmo de norma que regule 
entre as partes. 
São itens principais da Carta Proposta: 
 
a) objetivo da auditoria das informações contábeis; 
b) responsabilidade da administração pelas informação contábeis; 
c) referencias legais e regulamentos aplicáveis, ou pronunciamento de órgão 
profissionais; 
d) formas de relatórios ou comunicação sobre resultados dos trabalhos executados; 
e) acesso a quaisquer registros, documentos ou informações solicitados relativas a 
auditoria; 
f) o fato de que, devido a profundidade a natureza dos exames, e as limitações a eles 
inerentes, bem como as limitações relativa a quaisquer sistema de controle interno, 
há um risco de que alguma falha relevante nas demonstrações possa não ser 
descoberta. 
 
3.3.3. Contrato de Prestações de Serviços 
 
Os contadores de Prestação de Serviços Profissional de Auditoria são 
decorrentes de um acordo prévio, entre duas partes interessadas: 
 
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a) o auditor ( pessoal natural ou jurídica ); 
b) a empresa ( cliente do auditor ). 
 
De acordo com a situação contratual temos: 
 LOCADOR, que é o auditor; 
 LOCATÁRIA, que é o cliente; 
 
As principais variações que se processem em tais contratos, são: 
 
a) quanto aos limites do objeto ( o objeto é a auditoria ); 
b) prazo de duração do Contrato; 
c) preço ou remuneração do profissional; 
d) formas de pagamento; 
e) relação de trabalho. 
 
O limite do objeto pode variar, pois o auditor poderá prestar: 
 
- auditoria analítica ou detalhada; 
- auditoria do Balanço ( apenas ); 
- auditoria das contas; 
- auditoria especial. 
 
O prazo poderá ser também variável cobrindo: 
 
- um exercício social; 
- um semestre ( apenas ); 
- uma gestão completa de diretoria. 
 
O preço oscila muito e julga-se que deve ter por base o tempo despendido para 
execução e autoridade do trabalho. 
A forma de pagamento também oscila, podendo ser em prestações mensais, 
semestrais, em quotas e data certa. 
 
A relação do trabalho depende de cada caso e dos sistemas de execução do auditor. 
 
 3.4. Organização do Quadro Pessoal 
 
Nas empresas de prestação de serviços de auditoria, podem-se apresentar um quadro 
de pessoal formado, das seguintes funções: 
- Sócios 
- Supervisores e dirigentes ou contador geral 
- Contadores Sênior 
- Assistentes ou sub – contadores 
- Aprendizes ou Técnicos em Contabilidade 
- Auxiliares; 
 Escrituração 
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21
 Digitação 
 Arquivistas 
 Conferentes 
 Estafetas (boy). 
 
- Profissionais assistentes ou especialistas: 
 Advogados 
 Desenhistas 
 Economistas 
 Administradores e outros 
 
 
 3.4.1. Carreira do Profissional de Auditoria 
 
 
 Assim como na auditoria externa, na auditoria interna o auditor pode seguir 
carreira na profissão, uma vez que começa de níveis baixos e vai subindo conforma 
aperfeiçoamento e experiência. 
 
 Para que o auditor ingresse em uma empresa de auditoria, além de cumprir com 
os pré - requisitos básicos o auditor passa pela seguinte escala: 
 
 
 Auditor Trainee 
 Auditor Júnior 
 Auditor Sênior ou Pleno 
 Auditor Supervisor ou Coordenador 
 Gerente ou Chefe de Auditoria 
 Gerente Geral ou Diretor de Auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Auditor Trainee Auditor Júnior Auditor Sênior Supervisor de Gerente ou Chefe de 
 Pleno Auditoria Auditoria 
 Gerente Geral ou Diretor 
 de Auditoria 
INSTRUÇÃO 
Curso superior 
em Curso Superior 
Curso superior 
completo 
Curso Superior 
Completo Curso Superior e de 
BÁSICA andamento ou completo 
e se PossívelPós preferência Pós Graduação 
 completo graduação na Área 
INSTRUÇÃO 
Curso de 
Formação 
Curso de 
Formação 
Cursos que 
integram o 
Cursos que 
integram o atendimento de Programas 
ESPECIALIZADA 
básica em 
auditoria, 
específica e 
básica da Plano Básico de plano básico de de certificação de auditor, no 
 ministrado pela Auditoria 
desenvolvimento 
para 
desenvolvimento 
para pais ou no Exterior, quando 
 
empresa ou 
entidade 
Auditor Sênior ou 
Pleno Supervisor de possível 
 
por ela 
reconhecida. 
EXIGÊNCIA 
 Registro no Idem Idem Idem 
LEGAL 
 
Competente 
Conselho 
 
 Profissional 
CONHECIMENTO 
 
Visão Abrangente 
de Visão Abrange de Idem Toda a escala de trabalho, 
ANTERIOR 
 
atuação de 
Auditoria 
atuação de 
Auditoria e a tempo de função e 
 
 empresa modalidade de auditoria 
TEMPO DE 0 a 02 anos 02 a 05 anos 05 a 10 anos 05 a 10 anos Ter Ocupado as funções de 
EXPERIÊNCIA 
NA 
 Supervisor por pelo menos 08 
ÁREA 
 a 10 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23
Para cada uma destas funções são exigidos então os seguintes pré – requisitos. 
 
AUDITOR? 
QUEM É ESSE PROFISSIONAL? 
MAIS UM CUSTO PARA A EMPRESA 
ou 
É MUITO MAIS QUE UM ASSESSOR? 
 
É UM FISCAL 
ou 
TRAZ NOVAS IDÉIAS? 
 
TOMA TEMPO DOS EMPREGADOS 
ou 
ALERTA NO MOMENTO OPORTUNO? 
 
É UMA EXIGÊNCIA LEGAL 
ou 
CONTRIBUI SIGNIFICATIVAMENTE 
PARA 
AUMENTAR O LUCRO DA 
EMPRESA? 
 
TENDE A DESAPARECER 
ou 
ALCANÇA O SUCESSO? 
 
 
3.5. Organização Operacional Técnica 
 
 Operacionalmente a auditoria exige, tecnicamente, distribuições de tarefas, de 
acordo com as fases do trabalho. 
 Evidentemente, tanto mais serão distribuídas as funções, quanto maior a 
quantidade de trabalho a executar. 
 Basicamente as funções assim se distribuem: 
 
1. Planejamento; 
2. Execução dos planos; 
3. Avaliação dos planos; 
4. Relatórios; 
5. Pareceres, conclusões e interpretação. 
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24
 
Cada fase comporta subdivisões constituir-se em autêntico sistema, como por 
exemplo: 
- Contatos e abordagens iniciais 
- Avaliação de controle interno 
- Programa de trabalho 
- Cronograma de execução 
- Distribuição de pessoal. 
 
Os escritórios organizam-se com a finalidade de atender com eficiência e dentro 
dos prazos necessários. As tarefas de planejamento, pareceres, conclusões e 
interpretações, devem ser executadas, pelos profissionais de mais alto nível; as de 
execução podem envolver pessoal de nível médio e de menor nível; as de avaliações e 
relatórios pertencem ao alto nível, mas é indispensável que seja cumprida por 
“altíssimo” grau. 
Poder-se-ia grupar, por importância, a seguinte maneira (ordem decrescente de 
exigência de cultura e de recursos mentais): 
I Grupo – Altíssimo Nível 
- Planejamento 
- Pareceres, conclusões e interpretações. 
II Grupo – Alto nível 
- Avaliação dos planos 
- Relatórios 
III Grupo – Médio Nível 
- Execução dos Planos 
 
Esta ordem de cultura e valor profissional é a que na pratica se faz presente. 
Ela também comprova a possibilidade de um auditor autônomo, isoladamente 
executar grandes tarefas, ficando a seu cargo à parte de planejar, avaliar e concluir, e a 
execução a cargo de pessoal da própria empresa, sob sua supervisão. 
Em números de horas, geralmente, a execução absorve cerca de 80% das 
tarefas. 
Os trabalhos que exigem maior participação cultural são, quase sempre, os de 
menor consumo de tempo. 
Pode-se planejar em um dia o que se leva um mês para executar; e o que se 
executou pode ser avaliado e relatado em mais de dois dias, por exemplo. 
 
 
 
 
 
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25
Capítulo 4 
NORMAS USUAIS DE AUDITORIA 
 4.1. Conceito e Origem das Normas de Auditoria 
 
Por normas de Auditoria são entendidas as regras estabelecidas pelos órgãos 
reguladores da profissão contábil, objetivando regulamentar o exercício da função de auditor 
independente, estabelecendo orientação e diretrizes para o exercício de suas funções. 
Elas estabelecem conceitos básicos sobre as exigências em relação à pessoa do 
auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá ser por ele emitido. 
As normas dizem respeito não apenas a qualidades profissionais do auditor, mas 
também à sua avaliação pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido. 
À medida que as necessidades determinam a aplicação de novas normas, que são 
aceitas pela profissão, elas passam a ser designadas Normas Usuais de Auditoria ou Normas 
de Auditoria Geralmente Aceitas. 
Como é perfeitamente compreensível, o país mais economicamente evoluído e, 
conseqüentemente mais adiantados do ponto de vista profissional foram os primeiros a 
estabelecer normas de auditoria. 
Assim, as primeiras normas de auditoria surgiram nos Estados Unidos da América e 
foram sendo aperfeiçoadas no decorrer dos tempos por dezenas de pronunciamentos, 
periodicamente consolidados através de novos pronunciamentos. 
No Brasil, as primeiras normas de auditoria foram compiladas em 1972, com base na 
experiência de outros países mais adiantados. 
Esse trabalho foi elaborado pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (atual 
IBRACON), e as normas foram oficializadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, por 
meio da Resolução n. º 321/72 e confirmadas pela resolução n. º 220, de 15-05-72 do Banco 
Central do Brasil, posteriormente revogada pelas resoluções 700/91 e 701/91. 
As normas usuais de auditoria, reconhecidas e aprovadas na forma da Resolução CRC 
700/91, do Conselho Federal de Contabilidades com as geralmente aceitam são: 
 
a) Normas Relativas à Pessoa do Auditor 
b) Normas Relativas à Execução do Trabalho, 
c) Normas Relativas ao Parecer. 
 
 
4.2. Normas Relativas a Execução dos trabalhos 
 
As Normas Relativas à execução dos trabalhos são as diretrizes que os auditores 
devem ter em mente durante a realização dos seus trabalhos. Serão vistas com mais 
profundidades em capítulo específico. 
 
 
 
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26
4.3. Normas Relativas ao Parecer 
 
 São as regras que deverão ser seguidas durante a elaboração do Parecer. Serão 
vistas com mais profundidade em Capítulo Específica. 
 
4.4. Parecer dos Auditores independentes 
 
 De Acordo com a Resolução CFC n. 820/97, o Parecer dos Auditores Independentes é 
um documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião, de forma clara e objetiva, 
sobre as demonstrações contábeis nele indicadas. 
Se não houver declaração em contrário, constante no próprio parecer, entende-se que 
o auditor considera adequadas e suficientes, para o entendimento dos usuários, as 
informações divulgadas nas demonstrações contábeis, tanto em termos de conteúdo quanto 
de forma. Na falta de indicação no parecer, considera-se que a opinião do auditor é relativa a 
todas as demonstrações que a entidade está obrigada a elaborar. 
Como o auditor assume, por meio do parecer, responsabilidade técnico-profissional 
definida, inclusive de ordem pública, é indispensável que o parecer obedeça às características 
estabelecidas nas normas do Conselho Federal de Contabilidade. 
Entretanto, se as conclusões do auditor se mostrarem inadequadas, ele estará sujeito a 
responder administrativa e judicialmente pelas incorreções que tenha cometido na execução 
dos trabalhos de auditoria. Esse é um dos principais motivos que levam o auditor a 
fundamentar seu trabalho em papeis de trabalho, de forma a poderdemonstrar os 
procedimentos adotados em cada uma das fases da auditoria e as conclusões apresentadas 
no parecer. Em geral o parecer é relativo ao exercício encerrado e ao exercício imediatamente 
anterior. De acordo com a resolução CFC n. 820/97, o parecer deve ser datado e assinado 
pelo contador responsável pelos trabalhos e conter seu numero de registro no Conselho 
Federal de Contabilidade. 
O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações contábeis 
auditadas, em todos os aspectos mais relevantes, na opinião do auditor, estão 
adequadamente representando ou não a situação do patrimônio e as suas modificações no 
período considerado, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, as 
Normas Brasileiras de Contabilidade e, se for o caso, a Legislação específica que rege as 
atividades da entidade. 
 
DATA DO PARECER ���� A data do parecer deve corresponder ao dia do encerramento 
dos trabalhos de auditoria na entidade. Ainda que o parecer seja redigido em data posterior, 
nele o auditor fará constar o dia de encerramento das atividades na entidade auditada. 
 
RESPONSABILIDADE DO AUDITOR E DA ADMINISTRAÇÃO DA ENTIDADE ���� O 
auditor deve mencionar no parecer as suas responsabilidades e as das administração, 
evidenciando que: 
 
a) A administração é responsável pela preparação e pelo conteúdo das 
demonstrações contábeis (O contabilista que as tem responsabilidade técnica); 
b) O auditor é responsável pela opinião que expressa sobre as demonstrações 
objeto dos seus exames. 
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27
 
ESTRUTURA DO PARECER ���� O parecer do auditor é composto, basicamente, de 3 
parágrafos: 
 
1) O relativo à identificação das demonstrações contábeis e dos períodos auditados e 
à definição das responsabilidades da administração e dos auditores; 
2) O relativo à extensão dos trabalhos; 
3) O que expressa a opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PARECER ���� De acordo com a natureza a opinião que contém, o 
parecer pode ser: 
1) sem ressalva 
2) com ressalva 
3) adverso 
4) com abstenção de opinião 
 
O parecer não deve ser confundido com atestado ou certificado. Na realidade o auditor 
nada atesta ou certifica, apenas apresenta sua opinião. O auditor tem o dever de efetuar 
sugestões para o aprimoramento do sistema contábil e de controles internos da entidade.O 
parecer é de exclusiva responsabilidade de contador registrado no CRC, denominado auditor 
independente ou auditor externo. A auditoria independente, a auditoria interna e a perícia 
contábil são as únicas exceções que o técnico contábil não poderá exercer, sendo somente o 
Contador graduado que poderá exercer estas funções. 
 
 
ENTREGAR O MATERIAL COMPLEMENTAR AOS ALUNOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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28
Capítulo 5 
FORMAS DE AUDITORIA 
5.1. Auditoria de acordo com a Extensão do trabalho 
 
De acordo com a extensão do trabalho, a auditoria pode ser: 
 
a) Auditoria geral, 
b) Auditoria específica ou parcial 
c) Revisão limitada 
 
5.1.1 Auditoria Geral 
 
É aquela exercida sobre todos os elementos componentes de patrimônio, bem 
como sobre todas as operações de um exercício. 
Por esse motivo, a auditoria geral e integral é a mais completa, pois atinge o 
máximo de extensão e profundidade nos exames. 
 
5.1.2 Auditoria Específica 
 
É aquela feita em apenas uma ou algumas das demonstrações contábeis, ou de 
livros, ou atos de gestão e como objetivos especiais. 
Ex: Apurar a situação econômica –Financeiro 
 Conferir custos 
 Apurar desvios e malversações do Patrimônio. 
 
5.1.3. Revisão limitada 
 
É o exame do conjunto de demonstrações contábeis de um período sem, no 
entanto, aplicar todos os procedimentos de auditoria requeridos na auditoria 
convencional, com a extensão e profundidade necessária. 
Na revisão limitada, a investigação está voltada para assegurar-se da existência 
de violações evidentes dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
O Princípio de Contabilidade, Geralmente Aceita foram determinados pelo 
Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC n. º 530, de 23 de 
outubro de 1981, e hoje são chamados de Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
conforme resolução n. º 750-93 do CFC que são: 
 
5.2. Auditoria de Acordo com a Profundidade dos Exames 
 
 De acordo com a profundidade dos exames a auditoria pode ser: 
a) Auditoria integral; 
b) Auditoria por testes (amostragem); 
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29
c) Revisão Analítica. 
 
5.2.1. Auditoria Integral 
 
Compreende o exame de todos os registros contábeis de todos os documentos e 
controles da entidade. 
 Esse tipo de auditoria nem sempre é aconselhável por seu elevado custo, além 
de exigir a quase permanência do auditor na empresa, por tempo integral. 
 É, entretanto, viável em caso de auditoria interna, quando há equipe organizada 
para esse fim. 
 O auditor externo não precisa proceder à revisão integral para obter elementos 
de convicção quando a confiabilidade dos registros contábeis de uma entidade, 
principalmente quando ela possui eficientes controles internos. 
 A auditoria parcial, entretanto, quando tem por objetivo apurar erros e fraudes, 
geralmente deve ser integral, pois somente assim ela poderá alcançar seus objetivos. 
 
5.2.2. Auditoria por testes 
 
Compreende o exame de determinada porcentagem dos registros dos 
documentos ou dos controles, considerando suficiente para que o auditor faça seu juízo 
sobre exatidão e a legitimidade dos elementos examinados. 
 A profundidade da auditoria é determinada pelo próprio auditor considerado: 
a) Os fins a que se destina a auditoria; 
b) O grau de confiança que merece os controles internos. 
Quando a empresa possui auditoria interna e bons controles, o auditor pode 
optar por reduzida porcentagem de testes sobre o total das operações, desde que 
julgue serem eles suficientes para lhe assegurar os elementos de convicção de que 
necessita. 
 No julgamento da profundidade, com que deve ser realizado o exame, o auditor 
deve levar em conta os seguintes fatores: 
 
a) Relevância – é o elemento ou fato de maior importância ou influência em 
relação ao objetivo do exame; 
b) Risco Provável – é a carência ou deficiência de comprovação dos fatos ou 
elementos prováveis; 
c) Relatividade – é o item de maior ou menor risco que se pode incorrer em face 
da deficiência ou imaterialidade em relação ao objetivo do exame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.2.3. Revisão analítica 
 
Consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo dos controles internos 
para verificar se são deficientes e se estão sendo rigorosamente obedecidos e de 
exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano. 
Assim, constatada a existência de deficiência nos controles internos ou 
detectados erros nos registros ou na documentação em que eles se apóiam, o auditor 
deve aprofundar seus exames para obter elementos de convicção que o autorizem a 
emitir sua opinião. 
O exame do fluxo do controle interno deve abranger vários casos de cada um 
dos tipos de operações da entidade. 
 
Exemplo: Compra Entrada / almoxarifado 
 Venda Recebimentos / Produto da Venda 
 
Através da revisão analítica, portanto, verificamos e conferimos flutuações 
significativas e itens incomuns, mediante análise e comparação de coeficientes, 
quocientes e índices, buscando explicações plausíveis para tais flutuações. 
Como resultadode tal revisão, o auditor poderá obter informações que ele julgue 
necessárias para formar sua opinião sobre a adequabilidade ou não das 
demonstrações contábeis. 
 
5.3. Auditoria de Acordo com a sua Natureza 
 
De acordo com a natureza, a auditoria pode ser: 
a) Auditoria permanente: 
� Continuada; 
� Periódica 
b) Auditoria eventual ou especial; 
c) Auditoria de balanço com fins específicos 
 
5.3.1 Auditoria Permanente 
 
 É a auditoria exercida em caráter permanente. 
 A auditoria permanente traz muitas vantagens para a empresa aditada, e para o 
próprio auditor, como veremos: 
Vantagens para a empresa aditada: 
 
a) O auditor faz uma só vez o levantamento do sistema de organização e controle internos 
da empresa, para sua avaliação e conseqüentemente programação da auditoria. 
b) Conhecidas as falhas e deficiências da organização e dos controles da empresa, o 
auditor não somente aponta essas anormalidades, mas também tem interesse em sua 
regularização. 
c) A familiarização do auditor com a organização e as operações da empresa torna mais 
eficiente seu trabalho, o que reduz o tempo de execução. 
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d) Permite ao auditor dar á empresa, também em caractere permanente, eficiente 
assessoramentoem assuntos contábeis e físicas. 
 
Vantagens para o auditor: 
 
a) Realiza os levantamentos prévios, para programação da auditoria, apenas uma vez, 
limitando-se a fazer modificações futuras no programa, somente em caso de alterações 
nas condições iniciais das organizações e controles internos da empresa. 
b) A familiarização com as operações os controles e a organização da empresa 
simplificam seus trabalhos, permitindo –lhe maior grau de segurança nos elementos de 
convicção que recolhe para julgamento. 
c) A existência de clientes em caráter permanente facilita a programação dos trabalhos e 
permite a manutenção de equipe estável de assistente e auxiliar. 
d) O cliente permanente assegura ao auditor um rendimento certo, com o qual ele pode 
contar para atender as suas despesas fixas. 
 
5.3.1.1. Auditoria Continuada 
É continuada quando o programa de trabalho visa ao exame permanente e contínuo 
das operações registradas e dos controles internos. A auditoria continuada traz para a 
empresa a vantagem de fiscalização constante, pelo auditor, cuja presença freqüente na 
empresa pode auxiliar na resolução de problemas contábeis que surgirem. 
 
5.3.1.2. Auditoria Periódica 
 
É periódica quando o programa prevê visitas periódicas do auditor, cada trimestre, e 
semestre, ano ou outro período. 
Esse tipo de auditoria traz vantagens para auditor, relativas à execução de trabalho, 
pois poderá ser programada para execução após os trabalhos trimestrais, semestrais, ou 
anuais de entidade. 
Traz o inconveniente do acúmulo de trabalho nos períodos imediatamente anteriores e 
posteriores ao encerramento dos balanços da entidade. 
Para as empresas, a auditoria periódica é, geralmente, menos onerosa que a 
continuada. 
 
 
 
 
 
 
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5.3.1.3. Auditoria Eventual ou Especial 
 
É aquela que se realiza com fins específicos, sem caráter permanente, podendo 
ser geral ou parcial, integral ou para testes. 
O auditor poderá ser chamado a executar a auditoria geral com o fim especial de 
opinar sobre a exatidão das contas e atos da gestão daquele período. 
De acordo com as condições peculiares da empresa e seus controles internos, o 
auditor julgará se deve proceder a exames integrais ou por testes (amostragem). 
A auditoria para a qual ele está sendo contratado poderá, entretanto, não ter 
caráter geral, mas sim parcial e específico, como a de exame de determinadas contas 
patrimoniais ou de resultado, ou de certos atos de gestão. 
 
5.3.1.4 Auditoria de Balanço com fim Específico 
 
 Poderá ter por objetivo apenas as demonstrações contábeis periódicas (balanço 
patrimonial e outras demonstrações, com o fim de): 
a) Acautelar interesses de acionistas e investidores; 
b) Controle administrativo; 
c) Concessão de crédito; 
d) Atender a exigência legal; 
e) Apurar o valor real do patrimônio líquido da entidade. 
De acordo com o fim a que se destina o parecer sobre o balanço, o auditor 
poderá dosar a extensão e a profundidade do exame, de forma que obtenha elementos 
convincentes de prova que o autorizem a dar o parecer, destinado a fim específico. 
 
5.4. Auditoria de acordo com os Fins a que se Destina 
 
 De acordo com os fins a que se destina, a auditoria pode ser realizada com as 
seguintes finalidades: 
 
a) Acautelar interesses de acionistas e investidores; 
b) Controle administrativo; 
c) Apura erros e fraudes; 
d) Concessão de créditos; 
e) Atender a exigências legais; 
f) Apurar o valor real do patrimônio líquido; 
 
 
 
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5.4.1. Acautelar Interesses de Acionistas e Investidores 
 
Quando os acionistas e demais investidores não tomam parte na administração 
da empresa, é natural que desejam acautelar seus interesses, exigindo auditoria geral 
e permanente de todos os atos da administração, para que se certifiquem da lisura de 
seu procedimento. 
A auditoria para esse fim abrange as demonstrações contábeis que encerram a 
prestação final de contas dos administradores e sobre as quais o auditor dá seu 
parecer final. 
 
 5.4.2. Controle Administrativo 
 
 Em países economicamente desenvolvidos, é a auditoria para fins de controle 
administrativos a que adquire maior relevância. 
 Para fins administrativos, a mais eficiente é a auditoria geral e permanente, ou 
poderá ser parcial (específica), seja interna ou externa, pois ela age psicologicamente sobre 
todos os funcionários que administram valores, os quais se sentem permanentemente 
controlados, dificultando assim muitos erros e fraudes. 
 
5.4.3. Apurar Erros e Fraudes 
 
 Já disseram que a auditoria legal e permanente dificulta a ocorrência de erros e 
fraudes, mas também dissemos que não se deve levar ao exagerado a interpretação das 
possibilidades de sua total eliminação, pois isso somente seria possível com fiscalização 
integral e constante de todos os registros contábeis, bem como de todos os atos de 
administradores e funcionários. 
 A auditoria para apurar erros e fraudes, entretanto é aquela contratada por 
empresas que não mantém auditores e que os procuram somente nos momentos em que o 
erro ou fraude se manifesta. 
 Nessa hipótese, a administração sabe que há alcance em caixa, ou desvio de 
mercadorias dos estoques, ou fala de prestação de contas de cobradores e responsáveis 
pelos valores e receber, mas desconhece a causa da irregularidade, bem como seu volume e 
seu autor. 
 Esse é o caso característico da auditoria específica, integral e eventual, visando 
ao exame dos registros e controles relativos a determinado elemento patrimonial. 
 
 5.4.4. Concessão de Crédito 
 
 A auditoria para fins de concessão de crédito geralmente é exigida pelo 
financiador em perspectiva, que deseja conhecer a realidade do estado econômico e 
financeiro da empresa para a qual vais conceder crédito. 
 Poderá tratar-se de auditoria geral, com conseqüente emissão de parecer sobre 
as demonstrações contábeis, ou simplesmente de auditoria parcial, com o fim de verificar a 
situação de liquidez e de rentabilidade da empresa. 
 
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 5.4.5. Atender a Exigências Legais 
 
 Esta pode ser considerada com mais recente finalidade da auditoria, pois ela 
nasceu no Brasil com o advento da Lei n. º 4.728 de 14/07/1965, que institui o mercado decapitais, consagrando a auditoria independente. Destaque-se ainda a Lei n. º 6.404, de 
15/12/1976 (Lei das Sociedades por Ações). 
 
5.4.6. Apurar o valor Real do Patrimônio Líquido 
 
 Este trabalho é de real importância e responsabilidade e se destina, geralmente, 
a determinação do valor do patrimônio líquido, para efeito de: 
 
a) Retirada ou admissão de sócios ou acionistas; 
b) Colocação de ações no mercado, com ágio; 
c) Venda da empresa, ou seu controle acionário; 
d) Fusão, incorporação e cisão da sociedade; 
e) Liquidação da sociedade. 
 
O processo exige a avaliação atualizada dos valores patrimoniais. Esta avaliação nem 
sempre pode ser feita pelo auditor, que deve contar, para isso, com o concurso de avaliadores 
especializados em cada um dos elementos que compões o patrimônio. 
Ao auditor compete, neste caso: 
 
a) Conferir e Confirmar a existência dos bens; 
b) Corrigir o balanço patrimonial, substituindo os valores históricos pelos valores 
atualizados; 
c) Apurar o valor do patrimônio líquido atualizado 
 
5.5. Auditoria de Acordo com a Relação do Auditor com a Entidade Auditada 
 
 De acordo com a relação do auditor com a entidade aditada, a auditoria pode ser: 
a) Auditoria interna; 
b) Auditoria externa; 
 
5.5.1. Auditoria Interna 
 
É aquele realizado por profissionais habilitados legalmente funcionário da 
empresa, em caráter permanente. 
A auditoria interna tem por objetivo verificar os dados contábeis, revisar o sistema 
contábil e de controle interno, aconselhar e auxiliar administração. 
O auditor interno deve exerce sua função com total obediência a norma de auditoria e 
ao vínculo de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois sua subordinação 
à administração da empresa deve ser apenas sob aspecto funcional. 
 
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Pelo fato de permanecerem em tempo integral na empresa os auditores internos 
podem programar uma auditoria geral e contínua, com revisão integral de todos os registros 
contábeis e verificações periódicas das existências físicas – estoques, títulos, dinheiro ativo 
fixo, etc. 
A auditoria interna geralmente não objetiva a emissão de parecer sobre as 
demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos internos do que 
para prestação de contas de terceiros. 
A vantagem da auditoria interna é a existência dentro da própria organização de um 
departamento que exerce permanente controle – antecedente, concomitante e conseqüente – 
de todos os atos da administração. 
A desvantagens da auditoria interna e o risco de que os funcionários do departamento 
de auditoria sejam envolvidos pela rotina de trabalho e só examinem aquilo que lhes é 
oferecido para o exame. 
 
5.5.2. Auditoria Externa 
 
É aquela realizada por profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de 
emprego, o qual poderá ser contratado para a auditoria independente ou eventual. 
 Atendendo para o fim a que se destina a auditoria, o auditor independente 
realiza-a com seus próprios métodos e conveniência, desde que obedeça a norma usual de 
auditoria e obtenha os elementos de convicção com os quais possa dar parecer sobre a 
matéria examinada. 
 A independência do auditor externo deve ser absoluta e jamais poderá aceitar 
imposições da empresa quanto ao procedimento que deverá adotar para a realização da 
auditoria, nem quanto ás conclusões a que deve chegar. 
 Somente, o auditor deve julgar a extensão e a profundidade que deverá dar ao 
exame, bem como a procedência e validade das provas, para tirar suas conclusões e oferecer 
deram parecer final sobre a matéria examinada. 
 Essa independência do auditor externo exige grande preparo cultural e técnico 
bem como sólida formação moral. 
 
 5.5.3. Diferença entre a Auditoria Interna e a Externa 
De forma global, o trabalho executado pela auditoria interna é plenamente idêntico 
aquele executado pela auditoria externa. 
Ambas realizam seus trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas da auditoria; ambas 
têm sua atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e 
formulam sugestões de melhoria para as deficiências encontradas, e ambas modificam a 
extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiências dos sistemas 
contábeis e de controle interno existentes. 
Entretanto, os trabalho executados pelos auditores internos e externos tem suas 
diferenças básicas caracterizadas como exposto no quadro a seguir: 
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AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA 
A auditoria é realizada por um funcionário 
da empresa 
1 A auditoria é realizada através da contratação de 
um profissional independente 
O objetivo principal é atender as 
necessidades da administração 
2 O objetivo é atender as necessidades de terceiros 
no que diz respeito á fidedignidade das 
informações financeiras 
A revisão das operações e do controle 
interno é principalmente realizada para 
desenvolver aperfeiçoamento e para 
induzir ao cumprimento de políticas e 
normas sem estar restrito aos assuntos 
financeiros 
3 A revisão das operações e do controle interno é 
principalmente realizada para determinar a 
extensão do exame e a fidedignidade das 
demonstrações financeiras 
O trabalho é subdividido em relação as 
áreas operacionais e as linhas de 
responsabilidade administrativa 
4 O trabalho é subdividido em relação as principais 
contas do balanço patrimonial e das 
demonstrações do resultado 
O auditor diretamente se preocupa com a 
intercepção e prevenção de fraude 
5 O auditor incidentalmente se preocupa com a 
intercepção e prevenção de fraudes, a não ser 
que haja possibilidades de substancialmente 
afetar as demonstrações financeiras 
O auditor deve ser independente em 
relação às pessoas cujo trabalho ele 
examina, porém subordinado as 
necessidades e desejos da alta 
administração 
6 O auditor deve ser independente em relação à 
administração, de fato a de atitude mental 
A revisão das atividades da empresa é 
continuada 
7 O exame das informações comprobatórias das 
demonstrações financeiras é periódicas, 
geralmente anual. 
5.5.4. Auditoria Operacional 
 
O termo Auditoria Op. Surgiu em 1947 a partir da “Declaração de 
Responsabilidade do Auditor Interno” por afirmar que o auditor além de lidar com a matéria 
contábil, lida com assuntos de natureza operacional. Com base nisto a “Auditoria Operacional” 
passa a ser Auditoria não contábil. 
A auditoria operacional é tipicamente exercida pelas pessoas da auditoria de 
gestão, acrescentando-se ainda os administradores; gerentes; e os economistas. 
O objetivo deste tipo de auditoria é ode “vigiar as transações sob a ótica da 
economicidade, eficiência e eficácia e das causas e dos efeitos decorrentes, verificar a 
efetividade de programas específicos diante do posicionamento da empresa em seu ambiente 
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37
te atuação e o significado do desempenho obtido diante de metas-desafios estabelecidos nos 
vários campos de resultados maximizadores do valor da entidade”. 
Por isso esta auditoria também é conhecida como auditoria dos 3 E’s ( 
Economia, Eficiência, Eficácia ). 
Esta auditoria tende a certificar a efetividade dos controles internos e apontar 
soluções alternativas para que o desempenho operacional possa ser melhorado. Bem como 
também medir o grau de entendimento das necessidades dos clientes e acompanhar, 
mediante indicadores do nível de eficiência, o desvio em relação ao desafio – padrão. 
Com isso pode-se afirmar qual o objetivo Geral da Auditoria Operacional é a de 
assessorar a administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades. 
Algumastécnicas utilizadas pela auditoria operacional seriam: a seleção de 
amostras para determinadas; a apreciação dos desvios reais ou potenciais; avaliação da 
informação financeira relacionada, prova de verificação e confirmação das evidências; testes 
sobre resultados desejados X resultados obtidos, etc... 
Analisando estas informações Cruz conclui que com relação ao nível de 
relacionamento envolvido, a auditoria de gestão, “ apresenta a características de manter o 
auditado distante na fase de elaboração, uma vez que utiliza dados e informações 
publicadas’’. E na Auditoria Operacional ‘’é comum que o auditado tenha vista do relatório e 
sobre o mesmo emita pontos de concordância e divergência. Além disto, nos limites 
adequados e de conformidade com técnicas apropriadas,podem haver consultas ao auditado 
durante a análise.’’ 
 
5.5.5. Auditoria de Gestão 
 
A auditoria de gestão é exercida por “auditores independentes; auditores 
independentes; contadores das financeiras e gerencial; gerentes de operações;. Técnicos de 
controle externo; funcionários do controle governamental sobre instituições financeiras; 
empresas financiadas ou de atividade controlada ; auditores internos das empresas em geral.’’ 
Esse tipo de atividade tem com o objetivo segundo cruz o de ‘’vigiar a produção 
e avaliar os resultados alcançados diante de objetivos e metas fixados para um determinado 
período dentro da tipicidade própria .’’ 
Dizem também que o resultado a ser alcançado com este tipo de auditoria é o de 
identificar possíveis desvios quais atividades e ou departamentos que não estão atingindo o 
padrão. 
A auditoria de gestão utiliza como principais recursos técnicos à adequação ao 
curso padrão; teste de efetividade; indicadores de desempenho; circularização de informações 
sobre existências; recomendações punitivas, saneadores ou estimuladoras. 
Esta Auditoria tende a auxiliar a administração quanto ao planejamento 
estratégico e tático no processo decisório, informando se estes são adequados, eficientes e 
eficazes, entre outros assuntos que dizem respeito ao gerenciamento das empresas. 
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38
 
Esta Auditoria também vai avaliar e examinar: 
Os sistemas políticos, critérios de procedimentos utilizados pela empresa na sua 
área de planejamento estratégico, tático e no processo decisório; e qualidade da estrutura de 
controle interno e sua observância. 
 
5.5.6. Auditoria de Sistemas Informatizados 
 
Este tipo de auditoria tem como objetivo informar sobre: 
a) Adequação, eficácia, eficiência e desenvolvimento dos sistemas e respectivos 
procedimento de segurança; 
 b) Custo relativo e economicidade no uso dos investimentos despendidos em 
Processamento de Dados. 
 A auditoria de sistemas Informatizado ira avaliar e examinar: 
 
a) Processo planejamento, desenvolvimento, teste e aplicação de Sistemas; 
b) Estrutura lógica, física, ambiental, organizacional de controle, segurança e 
proteção dos ativos específicos; sistemas e documentações, software e informações; 
c) Qualidade da estrutura de Controle Interno sistêmico e de sua 
observância em todos os níveis gerenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39
Capítulo 6 
ORGANIZAÇÃO DE FIRMA DE AUDITORIA INDEPENDENTE 
6. ORGANIZAÇÃO DE FIRMA DE AUDITORIA INDEPENDENTE 
 
6.1. Formas de exercício da atividade de Auditor Independente 
 
Quanto às formas de exercícios da atividade do auditor independente, 
distinguem-se as seguintes: 
 
• Individualmente: O Contador age sob sua responsabilidade e em nome 
individual, mesmo que na execução do trabalho conte com a colaboração de outros colegas, 
como assistentes ou auxiliares. 
• Em participação com outros profissionais: O contador devide a 
responsabilidade com outros colegas, participando, com eles, em nome de todos, na 
execução de seus trabalhos. 
• Por meio de organização que congregue vários profissionais, operando 
sob denominação social ou firma em nome coletivo: Neste o auditor terá que constituir uma 
empresa de prestação de serviços. 
 
Podendo prestar outros tipos de serviços: 
 
• Serviços de assessoria tributária; 
• Serviços de consultoria de organização: desenvolvimento e instalação de 
sistemas de contabilidade de custos, assessoria em elaboração de orçamentos e análise de 
variações, assessoria em projeto de sistemas e equipamentos para processamento eletrônico 
de dados, etc.; 
• Serviços a empresas de pequeno porte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 7 
ORIGEM, EVOLUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA AUDITORIA 
7.1. Causas do surgimento da Auditoria interna 
 
A administração da empresa, com a expansão dos negócios, sentiu a 
necessidade de dar maior ênfase às normas ou procedimentos internos, devido ao fato de que 
o administrador, ou em alguns casos o proprietário da empresa, não poderia supervisionar 
pessoalmente todas as suas atividades. Entretanto, de nada valia a implantação desses 
procedimentos internos sem que houvesse um acompanhamento, no sentido de verificar se 
estes estavam sendo seguidos pelos empregados da empresa. O auditor externo ou 
independente, além de sua opinião ou parecer sobre as demonstrações contábeis, passou a 
emitir um relatório comentário, no qual apresentava sugestões para solucionar os problemas 
da empresa, que chegaram a seu conhecimento no curso normal de seu trabalho de auditoria. 
Entretanto, o auditor externo passara um período de tempo muito curto na empresa e seu 
trabalho estava totalmente direcionado para o exame das demonstrações contábeis. 
Para atender a administração da empresa seria necessário uma auditoria 
periódica, surgindo assim o auditor interno, como uma ramificação da profissão de auditor 
externo, e, consequentemente, do contador. O auditor interno é um empregado da empresa, e 
dentro de uma organização ele não deve estar subordinado aqueles cujo trabalho examina. 
Alem disso, o auditor interno não deve desenvolver atividades que ele possa vir um dia a 
examinar (como por exemplo, elaborar lançamentos contábeis), para que não interfira em sua 
independência. 
 
7.2. Fatores que exigem atualmente a atuação do auditor, de modo especial no 
Brasil. 
 
Como a auditoria é a técnica contábil por meio da qual são confirmados os 
registros realizados pela contabilidade, sua atuação interessa principalmente às seguintes 
pessoas e/ ou órgãos: 
• Executivos e empresas, que não podem fiscalizar todos os atos de seus 
subordinados; 
• Investidores que não tomam parte ativa na administração de uma sociedade 
(é o caso dos acionistas em sociedades abertas); 
• Financiadores e fornecedores que desejam ver confirmada a possibilidade 
de liquidação de seus créditos; 
• O fisco, que tem na auditoria idônea uma colaboração útil para orientação 
dos contribuintes e para evitar sonegação de impostos; 
• O poder público, quando se trata de empresas ou entidades de interesse 
coletivo que devem sofrer controles e fiscalização do Estado. 
 
O surgimento e o progresso da auditoria verificaram-se, em todos os países do 
mundo, como conseqüência dos seguintes fatores: 
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• O crescimento de empresas, cuja complexidade e ramificações tornam 
impossível aos administradores controlarem todos os atos de seus subordinados; 
• O aparecimento cada vez em maior número, das sociedades abertas; 
• A utilização, sempre crescente, de capitais de terceiros por parte das 
empresas, principalmente de financiamentos de entidades particulares e empréstimos junto

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