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Auditoria operacional Atividade estruturada parte 2

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Apresentação da Atividade Estruturada da disciplina 
Etapa II
Auditoria Operacional (GST 0077)
Prof.: AranhaCurso: Ciências Contábeis
Aluno: EDEWEIS MAGNUN RIBEIRO DA SILVA MATR. 2015.0240.549-1
II- ETAPA - PESQUISA DE CAMPO (40 horas)
Pesquisa e análise de conceitos relativos à auditoria Governamental e operacional;
Com a investigação teórica pronta, o aluno deverá proceder uma pesquisa decampo, que poderá ser desenvolvida por meio de sites como dos Tribunais deContas dos Estados (TCE), Artigos Científicos, Site da Controladoria Geral da União(CGU).
Os achados da pesquisa deverão fazer parte do relatório final do trabalho(Atividade Estruturada). 
A pesquisa de campo deverá contemplar os seguintes tópicos:
· Pesquisar dentro do conceito de auditoria Governamental, qual é o órgãoresponsável pela fiscalização e auditoria relativas às aplicações do dinheiro público.
· Buscar informações que relatem como acontece o Sistema de Controle Internodentro da administração pública. Demonstrar o que são itens de controle interno,como são aplicados.
· Especificamente com relação à auditoria operacional, fazer um levantamento dosrelatórios de auditoria publicados nos Tribunais de Contas dos Estados e evidenciar,no mínimo, quatro elementos pertencentes tanto à auditoria interna como à externa.Podem ser identificados controles internos, programa de auditoria, questionário deauditoria, parecer de auditoria, entre outros. Por exemplo:
No Relatório de auditoria - Preparação do Projeto Gestão Integrada dosRecursos Hídricos da Bahia PGRH II, podem ser destacados os elementos:· Extensão dos exames, Resultado da auditoria e Parecer da Auditoria comoelementos comuns à Auditoria Independente.· Já o elemento Sistema de Controle interno pode ser observado como um elementopertencente à Auditora Interna.O relatório utilizado para a análise de tais informações está disponível em:http://www.tce.ba.gov.br/files/relatorio_2247.pdf
Conceito de auditoria Governamental
É o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos eresultados gerenciais, e a aplicação de recursos por entidade de direito público eprivado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com umdeterminado critério técnico, operacional ou legal. De acordo com a Instrução Normativan° 1/2001, da Secretaria Federal de Controle.A técnica utilizada é uma importante ferramenta de controle do Estado nabusca da melhor alocação de seus recursos – princípios da economicidade eeficiência, não só atuando para corrigir os desperdícios, a “improbidade”, anegligência e a omissão, mas também e, “principalmente, antecipando-se a essasocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar osimpactos e benefícios sociais advindos” (ARAÚJO, 1998).No território brasileiro, a auditoria governamental encontra seu amparo legalna Lei n° 4.728 de julho de 1965, que veio “normatizar o funcionamento do mercadofinanceiro e criou a obrigatoriedade” da prática da Auditoria Governamental noBrasil, estabelecendo a “comprovação da legalidade das ações pelos órgãos eentidades que compõem a administração pública direta e indireta, abrangendo tantoa esfera Federal, quanto a Estadual e Municipal”.
Órgãos fiscalizadores e de auditoria
Todo aquele que guarde, administre, gerencie, arrecade ou utilize bens evalores públicos, tem o dever constitucional e moral de prestar contas dos recursospúblicos. Essa prestação de contas consiste no envio, aos órgãos responsáveis, doconjunto de documentos e informações, obtidos direta ou indiretamente, quepermitam avaliar a conformidade e o desempenho da gestão dos responsáveis porpolíticas públicas, bens, valores e serviços públicos. Portanto foram criados órgãosfiscalizadores que estão divididos de acordo com a esfera de atuação: 
 Na esfera federal, temos como órgãos fiscalizadores a controladoria-geral daunião (extinta pelo governo provisório Michel Temer e absorvida pelo novoMinistério da transparência), Ministério Público Federal, Poder Judiciário(juízes e tribunais de justiça federais) e o Tribunal de Contas da União. Na esfera estadual, temos as Assembleias Legislativas, o Ministério PúblicoEstadual e o Tribunal de Contas do Estado. Na esfera municipal, temos as Câmaras de Vereadores e os Tribunais deContas do Município.
Controladoria-Geral da União (CGU)– o papel da CGU é verificar se o recursofederal está sendo usado adequadamente ou se está sendo desviado para outrasfinalidades. A Controladoria, que não atua sozinha no controle do uso de dinheiro
público, recebe e apura denúncias que envolvem servidor federal ou órgão ouentidade do Governo Federal. 
Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas– fiscalizam as prefeituras eos governos estaduais, recebem e apuram denúncias e podem até afastaradministradores envolvidos em corrupção (prefeitos, governadores, secretários etc.) 
Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal(MPF) – osPromotores de Justiça e os Procuradores da República, integrantes do MinistérioPúblico, defendem os interesses da sociedade, portanto também recebem einvestigam denúncias de desvios de dinheiro público e propõem ações judiciaisvisando à punição dos envolvidos e ao ressarcimento dos recursos desviados. Adiferença entre os dois é o âmbito de atuação: o MPF atua nos casos que envolvemrecursos federais e o MPE, quando os recursos forem estaduais e municipais. 
Poder Judiciário (Juízes e Tribunais de Justiça)– são eles que dão a últimapalavra: decidem quem vai ou não ser punido, quem deve ou não ir para a cadeia,quem perde ou não o mandato etc. Mas eles só podem agir se forem acionados poralguém: pelo promotor de Justiça, por exemplo, ou por qualquer pessoa, mas nestecaso, é necessário a assistência de um advogado. 
Tribunal de Contas da União (TCU) – julga a boa e regular aplicação dos recursospúblicos federais e auxilia o Congresso Nacional no controle externo daAdministração Pública Federal e no julgamento das contas do Presidente daRepública. 
Tribunais de Contas dos Estados (TCE) – existem em todos os estados. Fazemfiscalizações e auditorias, por iniciativa própria ou por proposta do Ministério Público,além de examinar e julgar a regularidade das contas dos gestores públicosestaduais e municipais (nos estados onde não existem Tribunais de Contas deMunicípios). Esses gestores podem ser governadores, prefeitos, secretáriosestaduais e municipais, ordenadores de despesas e dirigentes de autarquias,fundações, empresas públicas ou sociedades de economia mista. 
Tribunais de Contas dos Municípios (TCM) – existem apenas em quatro estados(Bahia, Ceará, Goiás e Pará) e em dois municípios específicos (Rio de Janeiro eSão Paulo). Analisam e julgam anualmente as contas das prefeituras. 
Sistema de Controle Interno
A Controladoria-Geral da União (CGU), por meio de sua Secretaria Federal deControle Interno (SFC), exerce as atividades de órgão central do Sistema deControle Interno do Poder Executivo Federal. Nesse sentido, cabe à CGU avaliar aexecução de programas de governo; comprovar a legalidade e avaliar os resultados,quanto a eficácia e eficiência, da gestão dos administradores públicos federais;exercer o controle das operações de crédito e, também, exercer atividades de apoioao controle externo, em cumprimento ao disposto no artigo 74 da ConstituiçãoFederal. Durante a realização das atividades, a CGU, com o auxílio de suasUnidades Regionais, mantém o foco no aprimoramento da gestão e da execuçãodas políticas públicas, visando à melhoria da prestação de serviços públicos.
Comissão de Coordenação de Controle Interno (CCCI)
A Comissão de Coordenação de Controle Interno (CCCI) é um órgãocolegiadode função consultiva do Sistema de Controle Interno do Poder ExecutivoFederal. A comissão foi instituída pelo art. 23 da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de2001, e regulamentada pelo Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000.
A CCCI é presidida pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União e tema finalidade de efetuar análises, formular propostas e sugerir procedimentos paraavaliação e aperfeiçoamento do controle interno no âmbito do GovernoFederal. Nesta seção, consulte as atas de reunião, deliberações e saiba mais sobreo trabalho da comissão.
Itens de Controle internos
Item de Controle é um indicador numérico que avalia ou mede a qualidadedos produtos ou serviços. Um processo pode ser definido como um conjunto decausas que geram um determinado efeito, que são seus serviços. Portanto,denomina-se itens de controle a um conjunto de características mensuráveis dosefeitos de um processo. Para gerenciarmos um processo, precisamos ter autoridadesobre as causas para que seja cobrada a responsabilidade pelo resultado dotrabalho executado. O gerenciamento de um processo, fazemos através domonitoramento de seus itens de controles, permitindo controlar a qualidade doserviço.
APLICAÇÃO DOS ITENS DE CONTROLE INTERNO
De acordo com o Apêndice III (itens de controle do TCU), os itens sãoaplicados na avaliação do desempenho dos órgãos públicos visando a eficiência,eficácia e economicidade dos programas que recebem verba da União, dos Estadose Municípios. São distribuídos da seguinte forma:
COMPONENTE L1 PESSOAS E COMPETÊNCIAS
Prática L1.1. Estabelecer e dar transparência ao processo de seleção de membrosde conselho de administração ou equivalente e da alta administração. 
Prática L1.2. Assegurar a adequada capacitação dos membros da altaadministração. 
Prática L1.3. Estabelecer sistema de avaliação de desempenho de membros da altaadministração. 
Prática L1.4. Garantir que o conjunto de benefícios, caso exista, de membros deconselho de administração ou equivalente e da alta administração seja transparentee adequado para atrair bons profissionais e estimulá-los a se manterem focados nosresultados organizacionais. 
COMPONENTE L2 PRINCÍPIOS E COMPORTAMENTOS 
Prática L2.1. Adotar código de ética e conduta que defina padrões decomportamento dos membros do conselho de administração ou equivalente e da altaadministração. 
Prática L2.2. Estabelecer mecanismos de controle para evitar que preconceitos,vieses ou conflitos de interesse influenciem as decisões e as ações de membros doconselho de administração ou equivalente e da alta administração. 
Prática L2.3. Estabelecer mecanismos para garantir que a alta administração atuede acordo com padrões de comportamento baseados nos valores e princípiosconstitucionais, legais e organizacionais e no código de ética e conduta adotado. 
COMPONENTE L3 LIDERANÇA ORGANIZACIONAL 
Prática L3.1. Avaliar, direcionar e monitorar a gestão da organização, especialmentequanto ao alcance de metas organizacionais. 
Prática L3.2. Responsabilizar-se pelo estabelecimento de políticas e diretrizes para agestão da organização e pelo alcance dos resultados previstos. 
Prática L3.3. Assegurar, por meio de política de delegação e reserva de poderes, acapacidade das instâncias internas de governança de avaliar, direcionar e monitorara organização. 
Prática L3.4. Responsabilizar-se pela gestão de riscos e controle interno. 
Prática L3.5. Avaliar os resultados das atividades de controle e dos trabalhos deauditoria e, se necessário, determinar que sejam adotadas providências. 
COMPONENTE L4 SISTEMA DE GOVERNANÇA 
Prática L4.1. Estabelecer as instâncias internas de governança da organização. 
Prática L4.2. Garantir o balanceamento de poder e a segregação de funções críticas.
Prática L4.3. Estabelecer o sistema de governança da organização e divulgá-lo paraas partes interessadas. 
COMPONENTE E1 RELACIONAMENTO COM PARTES INTERESSADAS 
Prática E1.1. Estabelecer e divulgar canais de comunicação com as diferentespartes interessadas e assegurar sua efetividade, consideradas as características epossibilidades de acesso de cada público-alvo. 
Prática E1.2. Promover a participação social, com envolvimento dos usuários, dasociedade e das demais partes interessadas na governança da organização. 
Prática E1.3. Estabelecer relação objetiva e profissional com a mídia, com outrasorganizações e com auditores. 
Prática E1.4. Assegurar que decisões, estratégias, políticas, programas, planos,ações, serviços e produtos de responsabilidade da organização atendam ao maiornúmero possível de partes interessadas, de modo balanceado, sem permitir apredominância dos interesses de pessoas ou grupos. 
Prática E2.1. Estabelecer modelo de gestão da estratégia que considere aspectoscomo transparência e envolvimento das partes interessadas. 
Prática E2.2. Estabelecer a estratégia da organização. 
Prática E2.3. Monitorar e avaliar a execução da estratégia, os principais indicadorese o desempenho da organização. 
Prática E3.1. Estabelecer mecanismos de atuação conjunta com vistas aformulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas transversais edescentralizadas. 
COMPONENTE C1 GESTÃO DE RISCOS E CONTROLE INTERNO Prática C1.1. Estabelecer sistema de gestão de riscos e controle interno. 
Prática C1.2. Monitorar e avaliar o sistema de gestão de riscos e controle interno, afim de assegurar que seja eficaz e contribua para a melhoria do desempenhoorganizacional. 
COMPONENTE C2 AUDITORIA INTERNA 
Prática C2.1. Estabelecer a função de auditoria interna. 
Prática C2.2. Prover condições para que a auditoria interna seja independente eproficiente. 
Prática C2.3. Assegurar que a auditoria interna adicione valor à organização. 
COMPONENTE C3 ACCOUNTABILITY E TRANSPARÊNCIA 
Prática C3.1. Dar transparência da organização às partes interessadas, admitindo-seo sigilo, como exceção, nos termos da lei. 
Prática C3.2. Prestar contas da implementação e dos resultados dos sistemas degovernança e de gestão, de acordo com a legislação vigente e com o princípio deaccountability. 
Prática C3.3. Avaliar a imagem da organização e a satisfação das partesinteressadas com seus serviços e produtos. 
Prática C3.4. Garantir que sejam apurados, de ofício, indícios de irregularidades,promovendo a responsabilização em caso de comprovação. 
Levantamento de Relatório de Auditoria publicado
 Para levantamento de relatório de auditoria publicado foi escolhido oRelatório de Auditoria Anual de contas:
Unidade Auditada: SUPERINT REG DO TRAB E EMPREGO/RN Exercício: 2014 Município: Natal-RN Relatório nº: 201503471 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dosTrabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados
de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo,assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade aoTribunal de Contas da União – TCU. 
Foram efetuadas as seguintes análises: 
 Conformidade das peças de processo de contas;  Avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão;  Avaliação dos indicadores instituídos para aferição do desempenho dagestão;  Avaliação da gestão de pessoas quanto a: adequabilidade da força detrabalho, observância da legislação quanto à remuneração e acumulação decargos, consistência dos controles internos administrativos e substituição deterceirizados irregulares; e  Avaliação da política de acessibilidade.
No relatório são evidenciados os seguintes elementos:
 Achados da Auditoria (fatos);
 Avaliação dos resultados (Efetividade dos resultados operacionais);
 Controles externos (Controlesda gestão);
 Controles internos (Auditoria de processos de contas);
 Manifestação da Unidade Examinada;
 Certificado de Auditoria Anual de contas; e
 Parecer do Dirigente do controle interno.
Os elementos, Achados de Auditoria (fatos), Avaliação de resultados(Efetividade dos resultados operacionais), Controle interno (Auditoria de processosde contas), Manifestação da Unidade examinada, Certificado de Auditoria Anual decontas e Parecer do Dirigente são comuns à Auditoria interna e Independente;Já o elemento Controles Externos (Controles da Gestão) pode ser observadocomo um elemento pertencente apenas à Auditora Independente.
Concluindo, ao final da análise dos conceitos de Auditoria governamental,verifica-se que há um norte bem definido pelo TCU e pelas NBC T do CFC, quantoaos itens e procedimentos e a serem avaliados para a realização de uma boaauditoria. Porém, na amostragem do Relatório escolhido, consideráveis limitaçõessão encontradas, uma delas foi a dificuldade da entidade auditada em fornecer asinformações necessárias para dar embasamento ao parecer do Auditor.
Referências: http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/43740/conceito-de-auditoria-governamental#ixzz4ANRqVitX
http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/OrgaosFiscalizacao.asp
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t12.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1135_2008.htm
Apendice III (Tribunal de contas da união);
NBC T 12 – Da Auditoria Interna;
NBC T 16.8 - Controle Interno;
Relatório de Auditoria Anual de contas (SUPERINT REG DO TRAB EEMPREGO/RN) Relatório nº: 201503471 UCI CONTROLADORIA REGIONAL DAUNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, Exercício: 2014, Município:Natal-RN;

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