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Ensaio de Tração

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MEC – UTFPR – Campus Pato Branco 
CURSOS DE ENGENHARIA 
Coordenação do Curso de Engenharia 
Mecânica 
PROCEDIMENTO PRÁTICA DE ENSAIOS 
Disciplina: Ensaio dos Materiais 
Código: EM25MC 
Sala: H005 
Profª Silvana Verona 
 Aluno: Marcelo Miguel Tibes Peluso 
Prática: Ensaio de Tração 
Objetivo: Demonstrar o comportamento de corpos de prova durante um ensaio de tração. 
Materiais: Máquina Universal de Ensaios – EMIC 
Corpos de provas a serem ensaiados. 
Paquímetro 
Tinta de marcação 
Norma de referência: Para o referente relatório, foi utilizada a Norma para materiais metálicos - Ensaio 
de tração a temperatura ambiente, NBR 6152-1992. 
Procedimento e Resultados: 
Sabendo que o ensaio de tração consiste em submeter o corpo de prova a uma carga axial que tende a alonga-
lo até a ruptura, deformando-o por alongamento constituindo em um ensaio destrutivo, conhecendo também 
seus objetivos, parâmetros e a finalidade do ensaio, afim de conhecer as propriedades mecânicas dos materiais 
obtido de um gráfico, tensão-deformação. Adotamos inicialmente 3 corpos de prova padronizados por normas 
técnicas, medidos com o auxílio do paquímetro, sendo de Aço 1020, Alumínio e Aço inoxidável. 
Os Corpos de prova foram confeccionados e preparados de acordo com as determinações dos padrões 
existentes na norma (ISO 377). Os corpos ensaiados foram do tipo retangular. 
 
 
Figura 1. Exemplo de Corpo de prova do ensaio 
 
O paquímetro foi utilizado para determinar as dimensões dos corpos de prova. 
Obs: foi usado o processo de lixamento para o acabamento superficial da peça, afim de retirar a rebarba. 
 
Os corpos de prova após sua a pintura e medição foram marcados em uma distância de 50 mm, igualmente 
espaçados em 10 mm 
 
Figura 2. Demarcações no corpo de prova 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Paquímetro com incerteza de 0,005mm 
 
Para realização deste experimento foi utilizada a máquina universal de ensaios da marca EMIC modelo WDW-
100E, CLASSE 0,5. Sendo controlada por um software de ensaios, instalado em um computador. A seguir, 
podemos observar as características técnicas desta máquina: 
 Capacidade: de 10000 Kgf em ambos sentidos (tração ou compressão). 
 Acionamento: eletromecânico por motor de velocidade variável e fuso de esfera. 
 Faixa de medição de deformação: 10mm- 800mm 
 Faixa de velocidades: 10 mm/min. 
 Peso aproximado; 400 kgf. 
 Última calibração do equipamento: Fevereiro de 2011. 
 
 
Figura 4 - Máquina Universal de ensaio 
 
Condições de operação: Segundo a Norma 06152 o ensaio deve ser realizado a temperatura ambiente, entre 
10ºC e 35ºC. 
Após finalizado o Ensaio na máquina, notamos o rompimento dos CP’s. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5. Corpos de prova rompidos 
 
Com o auxílio de um paquímetro, foram retiradas as dimensões dos corpos de prova, junto com as suas áreas 
de seção transversal, que são mostradas na tabela abaixo: 
 
 
Tabela 1– Dimensões dos corpos de prova. 
 
Os resultados obtidos através do ensaio de tração são “plotados” (fornecidos pela própria máquina de ensaio) 
 
Figura 6. Gráfico do material aço 1020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7. Gráfico do alumínio 
 
 
 
Figura 8. Gráfico aço inox. 
 
 
Com o auxílio dos gráficos confeccionados pelo Software da Máquina Universal, tomando a ajuda de outro 
Software, o Office Excel, o qual foi usado para a realização de todos os cálculos. 
 
 
 
Tabela 2 –valores obtidos para cada corpo de prova no padrão do SI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 3 –valores obtidos para cada corpo de prova 
 
 
 
Tabela 4 –valores obtidos para cada corpo de prova 
 
 
Através dos valores obtidos nos gráficos, é possível, através das conhecidas fórmulas calcular os valores dos 
módulos de elasticidade, resiliência, tenacidade e ductilidade. 
 
 
Tabela 5 –valores obtidos para cada corpo de prova 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: 
A prática teve como objetivo expor os conhecimentos teóricos referentes ao ensaio destrutivo de tração, 
conhecendo os matérias pré-selecionados. Fazendo todo o procedimento de ensaio de acordo com a NBR 
6152, conseguimos obter os valores das propriedades mecânicas dos materiais através dos gráficos e cálculos 
feitos a partir destes, como resiliência, ductilidade, tenacidade e módulo de elasticidade, limite de escoamento, 
tensão de ruptura, sendo os matérias referentes aos corpos de provas de aço, alumínio e aço inoxidável. 
Comparando os corpos de prova com seus matérias puros, encontramos uma variação dos valores, talvez pelo 
fato dos CP’s utilizados não consistirem em seu material puro, podendo existir uma composição química 
misturada com o próprio material. 
O erro acontece ao mesmo tempo pelas incertezas dos resultados, como incertezas nos parâmetros 
metrológicos e nas medições. Também houve incerteza pela preparação do corpo de prova, parâmetros do 
material e do ensaio, Maquina Universal não estar devidamente aferida e calibrada, velocidade do ensaio e 
outras técnicas de análise não eficientes. Para um resultado mais qualificado, a repetição de no mínimo 5 vezes 
cada ensaio seria mais apropriada, para diminuir as dúvidas extremas de cada ensaio. 
Analisando os gráficos obtidos pelo ensaio, é nítido o comportamento elástico, representado pela curva linear. 
Em seguida temos o comportamento plástico/escoamento, e o comportamento plástico, onde o material passa a 
se deformar, nesta etapa se observa a redução rápida do diâmetro do corpo de prova. E por último, observamos 
o momento da ruptura total do material. 
Por fim o ensaio obteve sucesso e demonstrou de forma objetiva e didática a ruptura dos matérias que são 
encontrados em diversas áreas não só do setor mecânico, mas também de muitos campos em geral. 
Comprovando a real importância de escolher, pesquisa e utilizar determinado material para cada peça, 
estrutura, afim de escolher o material mais adequado para cada tipo de projeto, por exemplo. 
Não pode ser esquecido, e os resultados demonstram isso, a real seriedade de utilizar a norma, com o intuito de 
deixar as incertezas menores, e fazer uma maior verificação dos detalhes práticos, pois cada incógnita deve ser 
tratada com sua devida importância. 
 
Referências: 
1. Projeto NBR 6152-1992. Materiais metálicos — Ensaio de Tração Parte 1: Método de ensaio à 
temperatura ambiente. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
2. Ciência e Engenharia de Materiais Uma Introdução. William D. Callister, Jr.- Sétima Edição 
3. Ensaios dos Materiais. Amauri Garcia. Jaime Alvares Spim. Carlos Alexandre dos Santos. 2000. 
4. ROSE, TANARA P.R., Ensaio de tração. 2008. 10 f. Instituto de Engenharia Mecânica, Universidade Federal 
de Itajubá – UNIFEI, Itajubá – MG, 2008. 
5. SIQUEIRA, F. M. A. Et al. Relatório de ensaio de tração. 2006. 15 f. Escola Politécnica, universidade de São 
Paulo, São Paulo – SP, 2006.

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