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Introdução à Química e Tabela Periódica

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Ensino Médio 
2ª Série 
Apostila 2 
2 
 Química Apostila I - CEESVO 
 Caro Aluno: 
 
 Seja bem-vindo ao curso de Química. 
 
 A Química é a ciência que estuda os materiais que constituem a natureza, sua 
composição e preparação, as transformações que sofrem, as energias envolvidas nesses 
processos e a produção de novos materiais. A Química está presente em todas as atividades 
da humanidade. Muitas vezes informações imprecisas, como “este alimento não contém 
química”, ou alarmistas como “a energia nuclear mata”, levam o homem a “ter uma 
visão distorcida” da Química. É necessário, portanto, fazer uma análise dos benefícios e 
malefícios que essa ciência traz. 
 
 É impossível imaginarmos um mundo privado de combustíveis, medicamentos, 
fertilizantes, pigmentos, alimentos, plásticos etc., produtos fabricados em indústria 
química. 
 
 Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses 
produtos, e o homem, como usuário, deve estar consciente de seus atos. Vamos então 
buscar conhecimentos na Química e exercitar o pensar para o melhor aproveitamento 
dessas informações. 
 
 
 Instruções para as Atividades: 
 
 1 - Trace uma meta, seja disciplinado e determine seu objetivo de conclusão do curso; 
 
 2 - Com muita paciência e amor leia atentamente os capítulos das apostilas; 
 
 3 - Anote no caderno as dúvidas e sempre que for necessário consulte o dicionário e o 
glossário no final da apostila; 
 
 4 - Caso tenha dúvidas com o conteúdo da matéria que estiver estudando, consulte 
um dos professores de Química; 
 
 5 - Você poderá acessar as apostilas pelo site www.ceesvo.com.br; 
 
 6 - É obrigatório o cuidado com a apostila, mantendo-a limpa (sem rabiscos a lápis ou 
caneta) e em perfeitas condições de uso. 
 
Deus o abençoe e bons estudos!!! 
 
Equipe de Química e Ciências. 
3 
4 
Capítulo 1 
 
Tabela Periódica: O Estudo da Tabela Periódica. 
 Química Apostila II - CEESVO 
5 
 1 – Histórico 
 
 O ponto de partida para criação da tabela periódica foi a descoberta individual dos 
elementos químicos. Embora os elementos tais como ouro (Au), prata (Ag), estanho (Sn), 
cobre (Cu), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg) fossem conhecidos desde a antiguidade, 
a primeira descoberta científica de um elemento ocorreu somente em 1669, quando o 
alquimista Henning Brand descobriu o fósforo (P). Durante os 200 anos seguintes, 
um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e seus 
compostos foi sendo adquirido pelos químicos e, com o aumento do número de elementos 
descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de como reconhecer as propriedades e 
desenvolver esquemas de classificação. 
 A primeira classificação foi a divisão dos elementos em metais e não-metais. Isso 
possibilitou a antecipação das propriedades de outros elementos, determinando, assim, se 
seriam ou não metálicos, o que não representava grande coisa na realidade. A lista de 
elementos químicos que tinham suas massas atômicas conhecidas foi preparada por John 
Dalton no início do século XIX, mas muitas das massas atômicas adotadas por Dalton 
estavam longe dos valores atuais devido à ocorrência de erros. Os erros foram corrigidos 
por cientistas que, então, possuíam melhores e mais precisos métodos para análises – e o 
desenvolvimento de tabelas dos elementos e suas massas atômicas centralizaram o estudo 
sistemático da química. 
 Os elementos não estavam listados em qualquer arranjo ou modelo periódico, 
mas simplesmente ordenados em ordem crescente de massa atômica cada um com suas 
propriedades e seus compostos. Os químicos, ao estudarem essa lista, concluíram que ela 
não estava muito clara: por exemplo, os elementos cloro (Cl), bromo (Br) e iodo (I) que 
possuem propriedades químicas semelhantes diferiam muito quanto às suas massas 
atômicas, respectivamente 17, 35 e 53, e assim ficavam muito separados. Em 1829, Johann 
W. Doerbereiner teve a primeira idéia, com sucesso parcial, de agrupar os elementos de 
três em três formando as “tríades”; as quais também estavam separadas pelas massas 
atômicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes. A massa atômica do 
elemento central da tríade era, supostamente, a média das massas atômicas do primeiro e 
terceiros membros. Lamentavelmente, muitos dos metais não podiam ser agrupados em 
tríades. 
 Um segundo modelo foi sugerido em 1864 por John A. R. Newlands, um professor de 
química no City College em Londres. Sugeria-o que os elementos fossem arranjados 
num modelo periódico de oitavas, ou grupos de oito na ordem crescente de suas massas 
atômicas. Este modelo, embora agrupasse elementos como o lítio, sódio e potássio não 
atendiam ao grupo dos elementos cloro, bromo e iodo, ou dos metais comuns como o ferro 
e o cobre. A idéia de Newlands foi ridicularizada pela analogia com os sete intervalos 
da escala musical e ele teve recusada a publicação do seu trabalho periódico sobre a perio-
dicidade de metais. Nenhuma regra numérica foi encontrada para que se pudesse 
relacionar, de uma forma consistente, elementos químicos, suas propriedades químicas 
e suas massas atômicas. A base teórica segundo a qual os elementos químicos estão, 
 Química Apostila II - CEESVO 
6 
arranjados atualmente – número atômico e teoria quântica – era completamente desconhe-
cida naquela época. 
 A organização da tabela periódica foi desenvolvida não teoricamente, mas com base 
na observação química de seus compostos, por Dimitri Ivanovich Mendeleyev. 
Por volta de 1860 ainda se conheciam apenas pouco mais de 50 elementos químicos. 
O russo Dimitri Ivanovich Mendeleyev e o alemão Lothar Meyer, trabalhando independen-
temente, descobriram que alguns tinham propriedades químicas e físicas semelhantes. 
Esses elementos de propriedades semelhantes foram colocados no mesmo grupo conforme 
sua massa atômica. Assim, fizeram a primeira tabela periódica. Observe os seguintes 
elementos (hoje agrupados segundo seu número atômico, e não segundo sua massa): 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1869, enquanto escrevia seu livro de química inorgânica, Medeleyev 
organizou os elementos na forma da tabela periódica atual e criou uma carta 
para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do elemento, 
a massa atômica de todas as suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas em 
uma mesa, fez um verdadeiro quebra-cabeça organizando e agrupando os elementos de 
propriedades semelhantes. Formou-se, então, a tabela periódica. A vantagem da tabela 
periódica de Mendeleyev sobre as outras é que esta exibia semelhanças como um todo e 
não apenas em pequenos conjuntos como as tríades. Mostraram-se semelhança numa rede 
de relações vertical, horizontal e diagonal. Analisando estas diversas redes, Mendeleyev 
chegou a prever as propriedades de elementos químicos que nem mesmo tinham sido 
descobertos ainda. Para que não houvesse intromissão sua nos trabalhos alheios, os 
supostos Mendeleyev elementos que deveriam existir com determinadas propriedades 
não recebiam nenhum nome; ao invés disso, ele dava os prefixos sânscritos – eka (um), 
dwi (dois), tri (três) e assim por diante – aos nomes dos elementos análogos inferiores. 
Para se ter uma idéia das previsões de Mendeleyev, a tabela abaixo relaciona 
algumas das propriedades previstas para o Eka - silício(Es), prognosticado em 1871, e as 
propriedades previstas observadas no Germânio (Ge), descoberto em 1836. 
Elementos e MassaAtômica Propriedades 
Li (Lítio) - 3 São metais moles 
Na (Sódio) - 11 Reagem violentamente com água 
K (Potássio) - 19 
Eka - silício ( Es) Germânio (Ge) 
Peso atômico: 73 
Peso específico: 5,5 
Volume atômico: 13 
Peso atômico: 72,6 
Peso específico: 5,47 
Volume atômico: 13,2 
 Química Apostila II - CEESVO 
7 
Mendeleyev não acertou só na previsão do germânio, mas também de outros 
elementos ainda desconhecidos até então. Em 1906, Mendeleyev recebeu o Prêmio Nobel 
por este laborioso trabalho. 
Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley enunciou a “Lei periódica” que diz: 
“As propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas de seus números 
atômicos”. Descobriu que o número de prótons no núcleo de um determinado átomo era 
sempre o mesmo e criou, então, o conceito de “número atômico”, como identidade de 
determinado átomo. Considerando que não existem dois elementos com o mesmo número 
atômico, Moseley rearranjou a tabela de acordo com o número atômico; ordenando-os em 
ordem crescente de número atômico. Com isto, os problemas que ainda existiam na tabela 
de Mendeleyev desapareceram. Devido ao trabalho de Moseley, a tabela periódica moderna 
está baseada no número atômico dos elementos, sem, contudo, abandonar conceitos 
originais. O modelo hoje adaptado inclui as novas descobertas e os novos resultados que 
foram sendo obtidos. 
A última maior alteração sofrida pela tabela periódica resultou do trabalho de 
Glenn Seaborg, na década de 50. A partir da descoberta do plutônio, em 1940, Seaborg 
descobriu todos os elementos transurânicos (elementos de número atômico 94 a 102); 
reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actinídeos abaixo dos lantanídeos. 
 Em 1951, Seaborg recebeu o Prêmio Nobel em química pelo seu trabalho e, em sua 
homenagem, o elemento 106 da tabela periódica recebeu o nome de seaborgium. 
 
 
2 – Tabela Periódica: 
 
2.1 - Classificação Periódica dos Elementos Químicos 
 
A tabela periódica organiza os elementos em grupos, que são as colunas e 
períodos, que são as linhas horizontais. O sistema de numeração usada atualmente é 
recomendado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). 
Cada uma das linhas (horizontais) recebe o nome de “Período”. Todos os elementos 
classificados num mesmo período têm o mesmo número de níveis ou camadas eletrônicas 
(K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 32, P = 18 e Q = 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe a tabela na página seguinte. 
Fonte: Estrutura da Matéria / Vera Lúcia D. Novais - Ed. Atual. 
 Química Apostila II - CEESVO 
8 
Os períodos são numerados de acordo com o número de níveis eletrônicos de 1 a 7, 
de cima para baixo. Assim, o hidrogênio (H) e o hélio (He) estão situados no primeiro 
período, enquanto que o frâncio (Fr) está localizado no sétimo período. À exceção 
do primeiro, os períodos começam com um metal e terminam com os gases nobres. Os 
períodos diferem em comprimento, variando de 2 elementos, no primeiro período, o mais 
curto, a 32 elementos no sexto período, o mais longo. 
1º período Até o nível K 
2º período Até o nível L 
3º período Até o nível M 
4º período Até o nível N 
5º período Até o nível P 
6º período Até o nível O 
7º período Até o nível Q 
Cada coluna (na vertical) recebe o nome de “Grupo” ou “Família“, e os elementos 
de uma mesma família apresentam a mesma distribuição eletrônica na camada de valência 
e propriedades químicas semelhantes. 
A numeração dos grupos ou famílias é feita em algarismos arábicos de 1 a 18, 
crescendo da esquerda para a direita. Apesar disso, ainda é comum usar o sistema de 
numeração antigo, onde existiam as famílias A e as famílias B. 
1 Período - K 
2 Período - L 
3 Período - M 
4 Período - N 
5 Período - O 
6 Período - P 
7 Período - Q 
 
Lantanídeos 
Actinídeos 
 Química Apostila II - CEESVO 
9 
 1 18 
K H 2 13 14 15 16 17 He 
L Be B C N O F 
M 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
N Se Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn 
O 
P 
Q 
 
Lantanídeos 
Actinídeos 
Numeração atual das 
famílias ou grupos 
Numeração antiga das 
famílias ou grupos 
Nomes das famílias 
1 1 A ou I A Metais alcalinos 
2 2 A ou II A Metais alcalinos terrosos 
3 3 B ou III B Grupo do Escândio 
4 4 B ou IV B Grupo do Titânio 
5 5B ou V B Grupo do Vanádio 
6 6 B ou VI B Grupo do Cromo 
7 7 B ou VII B Grupo do Manganês 
8 8B ou VIIIB (1ª coluna) Grupo do Ferro 
9 8B ou VIIIB (2ª coluna) Grupo do Cobalto 
10 8B ou VIIIB (3ª coluna) Grupo do Níquel 
11 1 B ou I B Grupo do Cobre 
12 2 B ou II B Grupo do Zinco 
13 3 A ou III A Grupo do Boro 
14 4 A ou IV A Grupo do Carbono 
15 5 A ou V A Grupo do Nitrogênio 
16 6 A ou VI A Calcogênios 
17 7 A ou VII A Halogênios 
18 Zero, 8 A ou VII A Gases Nobres (raros/inertes) 
 Química Apostila II - CEESVO 
10 
Alguns autores consideram a posição do hidrogênio como pertencendo ao grupo 1, 
por apresentar algumas semelhanças com os metais alcalinos, como ter um único elétron 
no nível de valência. Outros o colocaram como se pertencesse ao grupo 17, devido à 
formação de íon H+ (hidretos) e pelo fato de que o hidrogênio não é um metal. O elemento 
encontra-se isolado em algumas tabelas periódicas, não estando situado em nenhum grupo. 
De qualquer forma, na maioria das tabelas, ele está localizado no grupo 1, mas em uma cor 
diferente dos demais desta família. 
Os elementos podem ser: Metais (possuem todas as propriedades metálicas, como o 
brilho característico, tipo de ligação, etc.), Não-metais ou Ametais (elementos que não 
possuem nenhuma semelhança com os metais e, geral, são gasosos), Semi-metais ou 
Metalóides (elementos que possuem propriedades de metais e de não-metais) e Gases 
nobres (gases que, por possuírem o último nível de valência completo, não são capazes de 
estabelecerem ligações químicas com outros elementos, exceto em casos especiais). 
Na tabela periódica há subdivisões, ou subgrupos. Podem-se subdividir os 
elementos de acordo com as famílias ou grupos. Normalmente, cada família recebe um 
nome (de acordo com as propriedades gerais dos elementos que a compõe); quando não 
tem, o grupo em questão é referido de acordo com o primeiro elemento da coluna. 
 
 
 2.2 – Características dos Grupos ou Famílias 
 
A classificação em grupos ou família pode ser assim resumida: 
 
• Grupo 1 - Grupo dos Metais Alcalinos: todos eles, à exceção do hidrogênio, 
reagem com a água formando o hidróxido correspondente. Todos os elementos 
deste grupo tendem a perder o único elétron de seu último nível, tornando-se, 
assim um cátion de carga +1; assim, a configuração eletrônica na camada de 
valência é de 1 elétron. Esse grupo está composto por: Hidrogênio (H), Lítio 
(Li), Sódio (Na), Potássio (K), Rubídio (Rb), Césio (Cs) e Frâncio (Fr). 
 
• Grupo 2 - Grupo dos Metais Alcalino-Terrosos. O nome do grupo data da época 
dos alquimistas medievais, que denominamas substâncias que não se fundiam e 
não sofriam transformações com o calor, com os meios de aquecimento da 
época, de “terrosos”. Todos os elementos deste grupo tendem a perder os dois 
elétrons de seu último nível, tornando-se assim, um cátions de carga +2. A 
configuração eletrônica na camada de valência é de 2 elétrons. Compõe o grupo: 
Berílio (Be), Magnésio (Mg), Cálcio (Ca), Estrôncio (Sr), Bário (Ba) e Rádio 
(Ra). 
 
• Grupos 3 a 12 - Grupos dos Metais de Transição: assim denominados devido ao 
fato de terem o último nível completo, enquanto que o penúltimo fica incomple-
to. 
 Química Apostila II - CEESVO 
11 
• Grupo 13 - Também chamado “subgrupo do boro”, já que este é o primeiro 
elemento do grupo. O boro é o único metalóide existente neste grupo, todos os 
demais são metais. Seus elementos possuem a configuração da camada de valência 
com 3 elétrons. Esse grupo é composto por: Boro (Br), Alumínio (Al), Gálio (Ga), 
Índio (In) e Tálio (Tl). 
 
• Grupo 14 - Também chamado “subgrupo do carbono”. O carbono é um dos 
principais elementos. Devido ao fato dele poder estabelecer um infinito número de 
ligações, ele pode formar milhares (senão milhões) de compostos. Neste grupo, o 
carbono é o único ametal. O silício e o germânio são metalóides, e os demais são 
metais. Os elementos deste grupo possuem a configuração eletrônica com 4 
elétrons na última camada, o que lhes confere a possibilidade de estabelecerem 
quatro ligações ao mesmo tempo. É composto por: Carbono (C), Silício (Si), 
Germânio (Ge), Estanho (Sn) e Chumbo (Pb). 
 
• Grupo 15 - Também chamado “subgrupo do nitrogênio”. Neste grupo, o nitrogênio 
e o fósforo são os únicos ametais, o arsênio é semi - metal e os demais são metais. 
A configuração eletrônica da camada de valência com 5 elétrons. É composto por: 
Nitrogênio (N), Fósforo (P), Arsênico (As), Antimônio (Sb) e Bismuto (Bi). 
 
• Grupo 16 - Grupo dos calcogênios: O nome calcogênio significa “gerador de cal”, 
isso porque se tinha como norma de que, quando se queimava uma substância em 
presença de um calcogênio (que, geralmente, era o oxigênio do ar), gerava-se cal. 
Na verdade, o que acontecia era uma oxidação de substância, se o fizermos em 
presença de enxofre, é muito provável que se forme o sulfeto correspondente. 
Todos os elementos deste grupo são não-metais, e o polônio é o único deles que é 
radioativo. São caracterizados pela configuração eletrônica na camada de valência 
com 6 elétrons. Este grupo é formado por: Oxigênio (O), Enxofre (S), Selênio 
(Se), Telúrio (Te) e Polônio (Po). 
 
• Grupo 17 - Grupo dos Halogênios:. O nome halogênios significa “gerador de sal”, 
posto que os constituintes deste grupo sejam abundantes em sais marinhos. Eles são 
caracterizados pela configuração eletrônica na sua última camada de valência com 
7 elétrons. Este grupo é formado por: Flúor (F), Cloro (Cl), Bromo (Br), Iodo (I) e 
Astato (At). 
 
• Grupo 18 - Grupo dos Gases Nobres. Eles são caracterizados pela configuração 
eletrônica na camada de valência com 8 elétrons com exceção do hélio que tem 2 
elétrons. Como possuem a última camada totalmente preenchida de elétrons, estes 
elementos são quimicamente inertes. Estes elementos são encontrados na natureza 
como gases monoatômicos, não reativos. O grupo dos gases nobres ou raros, ou 
ainda, inertes, é formado pelos elementos: Hélio (He), Neônio (Ne), Argônio (Ar), 
Criptônio (Kr), Xenônio (Xe) e Radônio (Rn). 
 Química Apostila II - CEESVO 
12 
• Série dos Lantanídeos e Série dos Actinídeos: Estes grupos de elementos estão 
localizados no grupo 3; os nomes desses dois grupos derivam dos primeiros 
elementos de cada um (lantânio e actínio). Devido às suas características, eles são 
dispostos à parte na tabela. 
 
 O elemento de número atômico 92 (urânio) é o elemento de maior número 
atômico encontrado na natureza; com o auxílio de reações nucleares, podem ser obtidos, 
artificialmente, elementos de números atômicos superiores a 92. Estes elementos, que 
são artificiais, ao contrário dos demais são chamados elementos transurânicos e os 
elementos artificiais com número atômico (Z) menor que o do elemento urânio (Z = 92) 
são chamados de elementos cisurânicos. 
 Resumindo, a classificação periódica estabelece, então, a classificação dos elementos 
em: 
 
• Metais: bons condutores de calor e eletricidade, sólidos em temperatura ambiente, 
com exceção do mercúrio, que é líquido. 
• Não-metais ou Ametais: maus condutores de calor e eletricidade, exceto o carbono 
na forma de grafite. Sólidos, líquidos ou gasosos na temperatura ambiente. 
• Semi-metais: apresentam propriedades de metais e ametais. 
• Gases nobres: apresentam reatividade muito pequena, sendo considerados inertes 
até pouco tempo atrás. 
 1 18 
K 2 13 14 15 16 17 
L 
M 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
N 
O 
P 
Q 
 
Lantanídeos 
Actinídeos 
 
 Metais Ametais Semi metais Gases nobres 
 Química Apostila II - CEESVO 
13 
Capítulo 2 
 
Ligações Químicas: Ligação iônica, ligação covalente e ligação 
metálica. 
 Química Apostila II - CEESVO 
14 
 1 - Introdução 
 
 Você já sabe que as substâncias são formadas por átomos de elementos químicos, 
eles se unem por ligações químicas. Na realidade, as ligações químicas são associações 
existentes entre átomos iguais ou diferentes. Os átomos ligam-se uns aos outros para 
aumentar a estabilidade química. 
 Vamos analisar a composição da substância água: é formada pela ligação entre dois 
átomos do elemento químico hidrogênio (H) e um átomo do elemento químico oxigênio
(O). A união dos dois átomos de hidrogênio (H) com um átomo de oxigênio (O) forma a 
molécula da água (H2O),que aumenta a estabilidade do sistema. Muitas moléculas de água 
(H2O) juntas denominamos substância água. 
 
 
 
 
 
 As únicas substâncias formadas por átomos isolados são os gases nobres. Já que 
eles não necessitam de ligações químicas entre seus átomos, pois são consideradas 
quimicamente estáveis por natureza. Então, enquanto um conjunto formado por átomo 
de qualquer gás nobre é estável, um conjunto formado por átomos de quaisquer outros 
elementos químicos é instável e adquire estabilidade através de ligações químicas, cuja 
natureza vai depender da sua configuração eletrônica (distribuição eletrônica). 
 Vamos observar na tabela abaixo, a configuração eletrônica dos gases 
nobres. 
 Lembrem-se que são as únicas substâncias formadas por átomos isolados! 
ELEMENTO NÚMERO CAMADAS ELETRÔNICAS 
QUÍMICO ATÔMICO K L M N O P 
Hélio (He) 2 2 
Neônio (Ne) 10 2 8 
Argônio (Ar) 18 2 8 8 
Criptônio (Kr) 36 2 8 18 8 
Xenônio (Xe) 54 2 8 18 18 8 
Radônio (Rn) 86 2 8 18 32 18 8 
O H H 
 Química Apostila II - CEESVO 
15 
 Buscando a razão da estabilidade dos gases nobres, observou-se que somente eles 
apresentavam oito elétrons na camada de valência (camada mais externa da distribuição 
eletrônica). Assim, a estabilidade química desses elementos químicos estão relacionados 
com a quantidade de elétrons que eles possuem na camada de valência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O elemento químico Hélio (He) é o único gás nobre que apresentaapenas dois elétrons 
na sua camada de valência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Já os demais elementos químicos da família dos gases nobres tem oito elétrons 
na camada de valência (como mostra a tabela da página 13). Logo, a camada mais externa 
da distribuição eletrônica está relacionada à estabilidade química. 
 Todos os demais elementos químicos têm menos de oito elétrons na camada de 
valência (como mostram as tabelas na página 15 e 16), o que deve estar relacionado ao fato 
de adquirirem a sua estabilidade garantida, apenas após efetuarem ligações químicas. 
 Portanto, para terem uma configuração eletrônica estável, isto é, com oito elétrons na 
última camada poderá ser através do compartilhamento de elétrons entre átomos ou da 
transferência de elétrons de um átomo para outro, isso estabelece a ligações entre os 
átomos. 
 Esta constatação foi proposta em 1916 pelos cientistas Kossel, Lewis e Langmer 
dando origem a Teoria do Octeto. 
 
 
 
 
 Teoria do Octeto: 
 Todos os elementos buscam formas de adquirir configurações 
eletrônicas (distribuição eletrônica) iguais às dos gases nobres para conseguir 
estabilidade química. 
He 
K 
K 
L 
Ne 
 Química Apostila II - CEESVO 
16 
 Observe a tabela com as configurações eletrônicas dos elementos químicos que 
pertencem as famílias ou grupos 1, 2, 3, 13, 14, 15, 16, 17 e 18. 
 Química Apostila II - CEESVO 
17 
 2 - Ligação Covalente e Ligação Iônica 
 
 2.1 - Ligação Covalente 
 
 Vamos analisar o elemento químico oxigênio (O). 
 Este elemento possui Z = 8 (número atômico igual a 8, ou seja possui 8 prótons e 
como todo elemento químico da Tabela Periódica está eletricamente neutro, portanto a 
quantidade de prótons é igual a de elétrons) assim sabemos que há 8 elétrons no oxigênio. 
Logo, sua configuração eletrônica é K = 2 e L = 6, então, na sua camada de valência ele 
possui 6 elétrons ou 3 pares de elétrons. Observe a ilustração abaixo. 
 Para ficar com estabilidade 
química terá que se ligar a outro 
elemento oxigênio. Observe a 
ilustração ao lado. 
 De maneira que ambos 
estão compartilhando 1 par de 
elétrons. Observe a ilustração ao 
lado. 
1 par de elétrons1 par de elétrons1 par de elétrons1 par de elétrons 
OOOO 
OOOO OOOO 
 Química Apostila II - CEESVO 
18 
 Assim, ambos os átomos de oxigênio (O), se ligam compartilhando elétrons da 
camada de valência formando a substância gás oxigênio, onde sua representação química 
(fórmula) é O2. É um gás incolor, inodoro e insípido. Não é tóxico. É também levemente 
magnético. Pode ser condensado em um líquido azul-pálido e comprimido a um sólido 
azul-pálido. Nas formas líquida e sólida, ele é fortemente magnético. Prontamente forma 
compostos com quase todos os elementos e possui ponto de fusão (P.F.) a -218,79 0C e 
ponto de ebulição (P.E.) -182,97 0C. É um gás comburente, ou seja, é ele que alimenta a 
combustão (queima) da matéria, sem ele não há queima. 
 O oxigênio (O) é o elemento mais abundante na Terra formando 47,4% da crosta 
terrestre e 21% do volume da atmosfera. Praticamente todas as formas de vida requerem 
oxigênio, que forma a maior porcentagem dos tecidos de organismos vivos. 
 Observem outros exemplos! 
 Procure na tabela da página 15 e 16 onde estão os elementos químicos hidrogênio 
(H), cloro (Cl), flúor (F) e o nitrogênio (N) e observe as camadas eletrônicas destes 
elementos. 
 Química Apostila II - CEESVO 
 Gás hidrogênio – H2 (Z=1) 
 K = 1 
H H 
 Gás nitrogênio – N2 (Z = 7) 
 K = 2 
 L = 5 
 N N 
Cl 
Gás cloro – Cl2 (Z = 17) 
K = 2 
L = 8 
M = 7 
Cl 
Gás flúor – F2 (Z = 9) 
K = 2 
L = 7 
F F 
19 
 As ligações que ocorrem entre os átomos de hidrogênio, cloro, nitrogênio e flúor são 
ligações covalentes, isto é, compartilham elétrons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2.2 - Ligação Iônica 
 
 Para adquirir estabilidade química um átomo perde elétron e o outro recebe, denomi-
namos de ligação iônica. 
 Numa ligação iônica o número total de elétrons cedidos (doados) é sempre igual 
ao número total de elétrons recebidos, isto ocorre na camada de valência que é a última 
camada da distribuição eletrônica. 
 Vamos juntos analisar a substância cloreto de sódio com sua fórmula NaCl, o famoso 
componente do sal de cozinha. 
 
• Primeiramente, o cloreto de sódio é constituído por dois elementos químicos o 
cloro (Cl) e o sódio (Na). 
 
• O cloro é uma elemento químico que se localiza na família (17) dos halogênios 
sendo um ametal (não-metal) que possui 17 elétrons. Já o sódio (Na) se encontra 
na família (1) dos metais alcalinos que possui 11 elétrons. 
 
• A configuração eletrônica por camada do cloro (Cl) é K = 2, L = 8 e M = 7, e sua 
camada de valência (a última camada da configuração) é a M = 7 elétrons. Porém 
a configuração eletrônica do elemento sódio (Na) é K = 2, L = 8 e M = 1, onde sua 
camada de valência é a M = 1 elétron. 
 Sempre que houver necessidade consulte as tabelas da página 15 ou 16 
onde estão a distribuição eletrônica de alguns elementos e suas camadas de 
valência. 
 Podemos considerar de uma forma bem simples que os elementos 
químicos ametais (não-metais) quando se ligam com ametais (não-metais), 
formam ligações químicas covalentes. 
 Química Apostila II - CEESVO 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando esses átomos se unem formando a molécula - NaCl - muitas moléculas juntas 
originam a substância cloreto de sódio. 
 Química Apostila II - CEESVO 
• Quando o átomo é neutro eletricamente Z = p = e, 
logo o cloro (Cl) possui: 
• Número atômico (Z): 17 
• Prótons (p):17 
• Elétrons (e): 17 
 K = 2 
 L = 8 
 M = 7 
Cl 
K 
L 
M 
• Quando o átomo é neutro eletricamente Z = p = e, 
logo o sódio (Na) possui: 
• Número atômico (Z): 11 
• Prótons (p):11 
• Elétrons (e): 11 
K = 2 
L = 8 
M = 1 
K 
L 
M 
Na 
Cl 
K 
L 
M 
O sódio cede um elétron 
para o cloro, assim perden-
do a camada de valência 
(M = 1) e ficando eletro 
positivo (p > e). 
O cloro recebe um elétron 
na sua camada de valência, 
assim completando oito 
elétrons (M = 7 + 1 = 8) 
e ficando eletronegativo 
(p < e). 
Na 
K 
L 
M 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antes Depois 
 
( Eletricamente neutro p = e) (Adquirindo estabilidade p≠ e) 
Elemento 
p e p e 
Representação 
Químico Química 
Sódio 11 11 11 10 Na+ 
Cloro 17 17 17 18 Cl - 
 Química Apostila II - CEESVO 
 Resumindo: 
 
• Os elementos químicos metais que possuem 1, 2 e 3 elétrons na 
camada de valência perderão esses elétrons tornando-se íons cátion, 
ou seja, um átomo eletropositivo. 
 
• Os elementos químicos ametais que possuem 5, 6 e 7 elétrons na 
camada de valência receberão o suficiente para completar 8 elé-
trons, tornando-se íons ânion, ou seja, uma átomo eletronegativo. 
 Regra geral de formulação dos compostos iônicos: 
 
 
 
 
A 
y + x - 
y x 
B 
Sabendo que: 
A - íons cátion; 
B - íons ânion; 
y+ - quantidade de elétrons que perdeu; 
x- - quantidade de elétrons que o átomo 
necessita para adquirir estabilidade química 
 Veja alguns exemplos abaixo: 
N
1+ 1 - 
1 1 
Cl → Na Cl 
22 
A
3+ 2 - 
3 2 
o2 → Al2O3 
óxido de alumínio 
H 
1+ 1 - 
1 1 
Cl → HCl 
ácido clorídricoQuímica Apostila II - CEESVO 
 Um átomo é considerado: 
 
• Monovalente quando o átomo necessita doar ou receber um elétron na camada de 
valência; 
 
• Bivalente quando o átomo necessita doar ou receber dois elétrons na camada de 
valência; 
 
• Trivalente quando o átomo necessita doar ou receber três elétrons na camada de 
valência. 
 
 O fato de um átomo perder ou receber elétrons na camada de valência é denominada 
íons, por isso, ligação iônica. 
 O elemento químico que perde elétrons, podendo ser monovalente, bivalente e 
trivalente será chamado de íons cátions, pois ficará eletricamente mais positivo 
(quantidade de prótons será maior que a de elétrons). Já os elementos que recebem 
elétrons podendo ser monovalente, bivalente e trivalente serão chamados de íons ânions, 
pois ficarão eletricamente mais negativo (quantidade de prótons será menor que a de 
elétrons). 
 Observe a tabela abaixo onde estão a representação química dos íons cátions e ânions. 
 Monovalente Bivalente Trivalente 
Íons cátion Na+, K+, Li+ Mg 2+,Ca 2+,Sr 2+ B3+,Al3+,Ga3+ 
Íons ânion F -, Cl- ,Br- O 2-, S 2-, Se 2- N 3-, P 3-,As 3- 
23 
 Resumindo: 
 
 Na ligação iônica ocorre a transferência de elétrons de um átomo 
para outro, geralmente entre elementos metais e não-metais (ametais). 
Os elementos metais perdem elétrons para os elementos ametais 
devido ao grau de diferença da eletronegatividade. Esta ligação 
caracteriza-se pela formação de íons positivos (cátions) e íons negativo 
(ânions), que se atraem mutuamente, formando compostos de alta 
estabilidade química. 
 Química Apostila II - CEESVO 
 3 - Ligação Metálica 
 
 Os metais constituem o grupo mais numeroso de elementos químicos, que podem ser 
observados na Tabela Periódica. 
 Como já foi enfatizado na Apostila I, os elementos metais tiveram grande importância 
na evolução da humanidade, marcando período, como idade do cobre, idade do bronze, 
idade do ferro. 
 Alguns metais, como sódio (Na) e potássio (K), estão dissolvidos na água do mar. Os 
demais precisam ser extraídos de jazidas que se encontram acima ou abaixo da superfície 
terrestre, em depósitos. Alguns são tão pouco reativos que é possível encontrá-los em 
estado puro, como a prata (Ag), o ouro (Au) e a platina (Pt). 
 Já em 3000 a.C., os Sumérios sabiam obter cobre e ligá-lo ao estanho, produzindo o 
bronze. Assim, substituíram armas e utensílios de pedra por metal. Posteriormente, o 
bronze, foi sendo substituído pelo ferro. As flechas de ferro deram muito eficiência a caça, 
o uso do ferro no arado, em 1000 a.C., mudou de forma espetacular a agricultura, enquanto 
que ferradura e aros de metais em rodas melhoraram os primeiros meios de transportes 
terrestres. 
 Ferramentas de ferro, tais como martelos, serrotes, plainas e pregos implementaram a 
construção civil. Isso sem falar dos utensílios domésticos, das armas, etc. 
 A descoberta de que a adição do carbono ao ferro seria capaz de melhorar ainda mais 
suas propriedades, levou o aço a representar um novo salto na utilização dos metais. 
 Outra propriedade dos metais é sua capacidade de conduzir a corrente elétrica de um 
ponto a outro, foi amplamente usada em cabos de cobre, sem os quais não teria sido 
possível eletrificar cidades e povoados. 
 Outros metais importantes são os chamados metais preciosos, como o ouro e a prata, 
usados desde a antiguidade na fabricação de jóias e moedas. Há uma variedade de outros 
metais, cada um com propriedades específicas, usados para fins especiais: 
 
• Alumínio: usado em veículos e esquadrias (janelas) devido à sua baixa resistência 
à corrosão; 
24 
• Sódio e o mercúrio: usados em lâmpadas incandescentes a vapor; 
 
• Zinco, o cádmio e o mercúrio: usados nas pilhas elétricas; 
 
• Chumbo: usado em placas e paredes graças à sua propriedade de bloquear 
radiações; 
 
• Cálcio: muito usado na neutralização da acidez do solo, além de ser um constituin-
te de ossos e dentes. 
 
 Agora sob o ponto de vista da configuração eletrônica, todos os metais têm poucos 
elétrons na camada de valência, o que determina uma grande facilidade desses elétrons se 
moverem na camada quase vazia. Isto provoca em cada átomo um certo afastamento dos 
elétrons na camada de valência. 
 Uma das principais características da ligação metálica é o deslocamento dos elétrons 
na camada de valência que enfatiza os metais serem bons condutores de eletricidade, como 
também sua maleabilidade, isto é, deformação sem ruptura. 
Na substância metálica a atração entre os átomos é muito forte, o que dificulta sua 
dissociação (separação dos átomos), por isso chamados de metais pesados. É por esse 
motivo que os metais se acumulam nos diferentes níveis tróficos (cadeia alimentar – 
vegetais, herbívoros e carnívoros) do ecossistema, justamente pela facilidade que 
estes átomos ligados têm de deslocar-se sem romper o cristal (sua estrutura molecular), 
tornando-se tóxico e cumulativo no organismo. 
 Os metais pesados, como qualquer outro elemento, não podem ser destruídos e são 
altamente reativos do ponto de vista químico, o que explica a dificuldade de encontrá-los 
em seu estado puro na natureza. Normalmente apresentam-se em concentrações muito 
pequenas, associados a outros elementos químicos formando minerais em rochas. 
 Química Apostila II - CEESVO 
Fonte: Série Atlas Visuais - A Terra; Ed. Ática 
25 
 Agora, quando lançados na água como resíduos industriais, podem ser absorvidos 
pelos tecidos animais e vegetais. Já que deságuam no mar,estes poluentes podem alcançar 
as águas salgadas e, em parte, depositar-se no leito oceânico. Além disso, os contidos nos 
tecidos dos organismos vivos que habitam os mares acabam também se depositando, cedo 
ou tarde, nos sedimentos, representando um estoque permanente de contaminação para a 
fauna e flora aquáticas. Os metais pesados podem se acumular em todos os organismos que 
constituem a cadeia alimentar do homem. As pessoas que residem próximo a locais de 
indústrias ou incineradores correm maiores riscos de contaminação. 
 Apesar de não ser um elemento comum nas águas naturais, o chumbo (Pb) tem sido 
responsável por sérios problemas de intoxicação, devido ao fato de que é introduzido 
facilmente no meio ambiente a partir de uma série de processos e produtos humanos, tais 
como: encanamentos e soldas, plásticos, tintas, pigmentos e metalurgia. Há países que o 
chumbo tetraetila é adicionado à gasolina, esta é uma das principais fontes de poluição 
por este elemento. É um metal que tem efeito cumulativo no organismo, provocando uma 
doença crônica chamada saturnismo, hoje mais comum em trabalhadores que estão 
expostos à contaminação. 
 No passado, a taxa de intoxicação era muito elevada devido ao uso de canecas e 
vasilhames de chumbo. Os sintomas da intoxicação por chumbo são: tontura, irritabilidade, 
dor de cabeça e perda de memória. 
 A intoxicação aguda caracteriza-se pela sede intensa, sabor metálico na boca, 
inflamação gastrointestinal, vômitos e diarréias. 
 Em crianças o chumbo provoca retardamento físico e mental, perda da concentração 
e diminuição da capacidade cognitiva. Em adultos, são comuns problemas nos rins e 
aumento de pressão arterial. 
 Análises realizadas em amostras de cabelo de Beethoven, o grande compositor 
alemão, detectaram chumbo em níveis 60 vezes superiores ao comum. Alguns pesquisado-
res acreditam que uma intoxicação aguda por chumbo pode explicar muitas das dores que 
Beethoven sentia e do seu comportamento irritadiço e solitário. 
 Química Apostila II - CEESVO 
Leitura complementarDesde a antiguidade, o envenenamento por chumbo, denominado saturnismo ou 
plumbismo, tem afligido milhões de pessoas em nações ricas e pobres, especialmente 
trabalhadores expostos ocupacionalmente a este metal e crianças residentes em comunida-
des carentes. Além de ser encontrado no ar, poeira, água, solo e alimentos, o chumbo pode 
estar presente em materiais aparentemente "inocentes", como utensílios de cerâmica 
pintada, selos metálicos de garrafas de vinho, extratos fitoterápicos, maquiagem facial, 
brinquedos antigos, mamadeiras de vidro, alimentos enlatados e suplementos de cálcio. 
Mas as fontes principais de contaminação por chumbo, estudadas por vários autores, são 
mais óbvias: tintas, baterias de automóveis, soldas, gasolina aditivada com tetraetilchumbo 
26 
(banida desde 1982) e emissão industriais. 
 Sabe-se hoje que o chumbo afeta múltiplos órgãos e tecidos, principalmente cérebro, 
sangue, fígado, rins, testículos, esperma, sistema imunológico e pulmões. Em crianças, 
à medida que aumenta o grau de contaminação (acima de 10 µg/dL), agravam-se os 
sintomas: dificuldades de aprendizagem e atenção, apatia, dores de cabeça e convulsões, 
diminuição de QI, perda de audição, comportamento agressivo, retardamento mental, dores 
abdominais e nas juntas, nefropatia, anemia e, eventualmente, morte. Em adultos, são 
relatados na literatura médica, progressivamente: hipertensão, desordens do sistema 
nervoso, perda de memória, irritabilidade, dores de cabeça, encefalopatia, esterilidade e 
impotência, nefropatia, anemia e diminuição da longevidade. 
 O termo "saturnismo" é uma referência ao deus Saturno, idolatrado na Roma 
antiga. Os romanos acreditavam que o chumbo, "o metal mais antigo", foi um presente 
que Saturno lhes deu e com ele construíam aquedutos e produziam acetato de chumbo, 
utilizado pelos aristocratas da época para adocicar o vinho. Acredita-se que essa mistura 
bombástica e a conseqüente intoxicação por ela provocada seria a causa da imbecilidade, 
perversidade e esterilidade reconhecidas de imperadores como Nero, Calígula, Caracala e 
Domiciano, este último construtor de fontes que jorravam vinho "chumbado" nos jardins 
de seus palácios. O mundo das artes também inclui vítimas famosas do chumbo, entre eles 
os pintores Van Gogh e Portinari (fonte: tintas), o vitralista Dirk Vellert (fonte: vidros 
coloridos) e o compositor Beethoven (fonte provável: tipografia das partituras). 
 
Fonte: http://www.crq4.org.br/informativo/fevereiro_2004/pagina06.php. 
 
 
 
 4 - Importância biológica dos metais 
 
 Pequena quantidade de metais das famílias 1 e 2 são necessárias, nos organismos 
vivos, principalmente para equilibrar as cargas elétricas associadas com macromoléculas 
orgânicas de carga negativa existentes na célula - e também para conservar a pressão 
osmótica dentro da célula, mantê-la dilatada e impedindo o seu colapso. Dentro da célula 
ocorre o transporte de íons, chamado de “bomba de sódio”, que envolve tanto a expulsão 
do Na+ como a entrada do K+. Em células animais, a concentração de K+ é de cerca de 
0,15M, e a concentração de Na+ é de cerca de 0,01M. Nos fluídos corpóreos (sangue e 
linfa), a concentração de K+ e Na+ é de cerca de 0,003M e 0,15M, respectivamente. 
O transporte de íons requer energia, sendo obtida da hidrólise do ATP. A hidrólise de uma 
molécula de ATP e ADP fornece energia suficiente para remover três íons de sódio (Na+) 
para fora da célula e dois íons de potássio (K+) e um íon de hidrogênio (H+) para dentro da 
célula. O mecanismo para o transporte de íons envolve poliésteres naturais dos organismos. 
 A diferença de íons sódio e íons potássio dentro e fora da célula produz um potencial 
elétrico através da membrana celular, essencial para o funcionamento de células nervosas e 
musculares. 
 Química Apostila II - CEESVO 
27 
 A entrada de glicose na célula está associada ao íon sódio, eles penetram juntos 
na célula. Isso é favorecido por uma grande variação de concentração. Os íons sódio 
que penetram na célula desse modo serão expulsos. O movimento de aminoácidos é 
semelhante. Íons de potássio (K+)do interior da célula são essenciais para o metabolismo da 
glicose, a síntese de proteínas e a ativação de algumas enzimas. 
 Observação: 
 
• ATP (Trifosfato de adenosina) é um composto de alta importância para 
a célula como reservatório de energia. 
 
• ADP (Difosfato de adenosina) é uma reserva de energia encontrado no 
citoplasma. O ADP quando reage com o ácido fosfórico se transforma 
em APT. 
 Química Apostila II - CEESVO 
28 
Capítulo 3 
 
 Funções Inorgânicas: Ácido, base. 
 Química Apostila II - CEESVO 
29 
 Apesar da diferença entre os dois grupos orgânicos e inorgânicos há 
compostos inorgânicos que possuem carbono, como é o caso do: CO2, CO, 
HCN e Na2CO3. Toda regra tem exceção! 
QUÍMICAQUÍMICAQUÍMICAQUÍMICA 
ORGÂNICA 
 
Compostos que 
possuem átomos de 
carbono. 
INORGÂNICA 
 
Compostos que não 
possuem átomos de 
carbono. 
 1 - Introdução: 
 
 Para racionalizar o estudo de milhões de substâncias, a Química foi dividida em dois 
grandes grupos: Química Orgânica e a Química Inorgânica. 
 O critério central para essa divisão, foi a composição do composto a partir do 
elemento carbono, observe o esquema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na química, de modo geral, todas as substâncias são classificadas em funções 
químicas. A função química é um grupo de substâncias com propriedades químicas 
semelhantes chamadas de propriedades funcionais. 
 Assim vamos dar início aos estudos das funções inorgânicas, observe o esquema: 
 
Química Função inorgânica 
Ácidos 
Bases 
Sais 
Óxidos 
 Química Apostila II - CEESVO 
30 
 Em nosso dia-a-dia usamos substâncias que apresentam sabor azedo, como limão e o 
vinagre. O sabor azedo é uma característica de substâncias dos grupo dos ácidos. 
 No entanto, ficar provando substâncias para identificar se é azeda ou não é um 
procedimento muito perigoso, que jamais deve ser feito, pois há muitas substâncias azedas 
que não são comestíveis. Os químicos do passado perceberam que substância de sabor 
azedo, os ácidos, quando misturadas ao suco de uva ou de amora, deixam esses materiais 
avermelhados. 
 Há substâncias que apresentam sabor adstringente, ou seja, que “amarram” a boca. É 
o caso da banana, do caju e do caqui quando não estão amadurecidos, e também do leite de 
magnésia. Essas substâncias são características do grupo das bases. 
 Nas substâncias de sabor adstringente, as bases deixam o suco de uva e o de amora 
azulados. Além disso as bases deixam a pele escorregadia, como se estivesse com sabão. 
Isso acontece porque elas reagem com substâncias presentes na pele, destruindo-as e 
provocando lesões. Assim podemos concluir que: 
 
 
 
 
 
 
 
 Ambas as definições foram fundamentadas apenas em observações experimentais, 
sem envolver uma teoria microscópica. Assim, os sucos de uva e amora como a fenolftaleí-
na e o repolho roxo são indicadores de substâncias ácido-base. 
 
 
 2 - Indicadores ácido-base 
 
 
 
 A fenolftaleína é um composto (substância) indicador de ácido-base mais utilizado 
em laboratório. Também é muito empregado o tornassol, material extraído de certos 
líquens (são associações de algas e fungos). 
 O tornassol é conhecido pelos cientistas há bastante tempo. Como mostra a tabela, ele 
adquire cor vermelha em meio ácido e cor azul em meio básico. Pode-se adquiri-lo (nas 
lojas de produtos químicos) em duas versões: o papel de tornassol azul e o papelde 
tornassol vermelho. Ambos consistem em tirinhas de papel contendo tornassol. Esse 
material é muito utilizado em laboratório para indicar se uma substância é ácido ou base. 
Como já foi dito nem tudo é comestível, logo essa técnica é segura e precisa. 
Os ácidos avermelham o suco de uva ou de amora. 
As bases azulam o suco de uva ou de amora. 
 Indicador ácido-base é uma substância que apresenta uma determinada 
coloração em meio ácido e outra em meio básico. 
 Química Apostila II - CEESVO 
31 
Material Fenolftaleína Extrato de repolho roxo 
Vinho tinto ou 
suco de uva 
Suco de amora 
Vinagre Incolor Avermelhado Avermelhado Avermelhado 
Suco de limão Incolor Avermelhado Avermelhado Avermelhado 
Coca-cola Incolor Avermelhado Avermelhado Avermelhado 
Líquido de 
bateria 
Incolor Avermelhado Avermelhado Avermelhado 
Ácido 
muriático 
Incolor Avermelhado Avermelhado Avermelhado 
Limpador 
com amoníaco 
Rósea Verde Azulado Azulado 
Leite de 
magnésia 
Rósea Verde Azulado Azulado 
Sabonete Rósea Verde Azulado Azulado 
Limpa - forno Rósea Verde Azulado Azulado 
 ATENÇÃO: Ao fazer a experiência pode se constatar a cor amarelada 
em vez do verde, dependendo da quantidade de material usado. 
 Vamos observar várias substâncias presentes no nosso cotidiano, e que ao ser 
misturadas com fenolftaleína, extrato de repolho roxo, vinho ou suco de amora, apresentam 
tais características: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Observando os dados da tabela, podemos separar em dois grupos de acordo com seu 
efeito sobre as cores: 
 
• O vinagre, o suco de limão, a coca-cola, o líquido de bateria e o ácido muriático 
formam o primeiro grupo, que são substâncias ácidas. 
 
• O limpador com amoníaco, o leite de magnésia, o sabonete e o limpa-forno 
constituem o segundo grupo, que são substâncias de bases ou alcalinas. 
 Química Apostila II - CEESVO 
32 
 3 - Os ácidos no nosso dia-a-dia 
 
 Como os ácidos atuam na nossa vida? 
 Alguns ácidos são extremamente perigosos por serem corrosivos, como o ácido 
sulfúrico e vários outros. Muitos deles são largamente utilizados na composição de 
produtos de limpeza. 
 Os ácidos podem causar queimaduras externas, por contato, e internas, por ingestão. 
Em caso de acidente com substâncias ácidas deve-se buscar auxílio médico imediatamente. 
Entretanto, algumas medidas emergenciais devem ser tomadas de imediato: 
 
• Queimaduras externas devem ser lavadas com bastante água e sabão ou água 
bicarbonatada; 
 
• Caso o ácido atinja os olhos, estes devem ser lavados demoradamente em água 
corrente; 
 
• Ingestão acidental, recomenda-se ingerir bebidas alcalinas (básicas), como leite de 
magnésia ou qualquer antiácido comum, como sal de frutas ou bicarbonato de 
sódio dissolvido em água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produtos com “caráter” ácido. 
 
Fonte: http://www.google.com.br 
 Química Apostila II - CEESVO 
33 
 4 - As bases no nosso dia-a-dia 
 
 Como as bases atuam na nossa vida? 
 Os hidróxidos, como a soda cáustica, tal como os ácidos podem ser corrosivos, 
provocando queimaduras externas e internas. No caso de queimaduras, enquanto aguarda 
auxílio médico, deve-se tomar algumas medidas de emergência: 
 
• No caso de queimaduras externas, lavar demoradamente a pele em água corrente; 
 
• Em ingestão acidental, deve-se ingerir ácidos diluídos, tais como suco de limão ou 
vinagre diluído, na proporção de uma parte do ácido para três partes de água 
(1:3). É conveniente tomar leite mas não se deve provocar vômito. Lavar a boca e 
fazer gargarejos com ácido diluído, como esta relatado acima. 
Produtos com caráter alcalino 
(hidróxido - base). 
 
Fonte: http://www.google.com.br 
 Química Apostila II - CEESVO 
34 
 Saiba mais: 
 
 Para facilitar a identificação das substâncias quanto a ser ácida ou básica, criou-se a 
escala de pH, que varia de zero (soluções muito ácidas) até 14 (soluções muito básicas), 
passando pH 7 que caracteriza uma solução neutra (nem ácida e nem básica). 
 
 
 
ESCALA DE ACIDEZ - BASICIDADE 
AUMENTO DA ACIDEZ 
 
 
AUMENTO DA BASICIDADE 
 
pHpHpHpH 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 
 
 ÁCIDO BÁSICO 
 Química Apostila II - CEESVO 
NEUTRO 
35 
Capítulo 4 
 
 Funções Inorgânicas: Sais e óxidos. 
 Química Apostila II - CEESVO 
36 
 1 - Sais 
 
 O mar é uma solução aquosa de vários sais. Os principais são: 
 
• Cloreto de sódio - NaCl; 
• Cloreto de magnésio - MgCl2; 
• Sulfato de magnésio - MgSO4; 
• Sulfato de cálcio - CaSO4; 
• Cloreto de potássio - KCl 
• Carbonato de cálcio - CaCO3; 
• Brometo de potássio - KBr. 
 Vamos considerar dois copos com água. Num deles iremos dissolver HCl (ácido 
clorídrico) e no outro, igual quantidade de NaOH (hidróxido de sódio). 
 
 
 
 
HCl(aq) 
NaOH(aq) 
 Agora vamos misturar ambas as soluções e observar a reação química! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao misturarmos as duas soluções, ocorre uma reação entre os íons H + e OH -, 
formando água. Essa reação é chamada de neutralização. 
H+ + OH- → H2O 
HCl(aq) + NaOH(aq) Na
+
(aq) + Cl
-
(aq) + H2O(l) 
H+(aq) + Cl
-
(aq) + Na
+
(aq) + OH
-
(aq) Na
+
(aq) + Cl
-
(aq) + H2O(l) 
 Química Apostila II - CEESVO 
Solução aquosa 
(aq), ou seja, em 
água. 
37 
 A neutralização faz com que os íons H+ e OH - presentes em uma solução se transfor-
mem em água e, dessa forma, permanecem na solução apenas os íons Na+ e Cl -. 
 A reação em estudo pode ser representada por meio da seguinte equação química: 
 
 
 
 
 Depois de misturar as soluções e provocarmos a evaporação completa da água, 
restará no fundo do recipiente um pó branco, que é o cloreto de sódio - NaCl(S). Esse 
composto pertence ao grupo de substâncias químicas chamadas sais. 
 
 
 Ao nosso redor existem vários sais que fazem parte da constituição de diversos 
materiais, tais como: 
 
• Carbonato de cálcio - CaCO3, que é encontrado nas cascas de ovos, na pérola e 
nos recifes de coral, também é um dos sais mais espalhados na crosta terrestre. O 
solo calcário é rico em carbonato de cálcio (CaCO3) o mármore é uma variedade 
natural desse mineral, onde é utilizado em monumentos, pias, escadas, etc. Temos 
que lembrar que é uma substância muito importante na fabricação da cal virgem 
(CaO2), da qual se obtém a cal hidratada - Ca(OH)2 , para esse fim se utiliza o 
calcário. 
 
 Observe a reação química: 
 
 CaCO3(s) → CaO2(s) + CO2(g) 
 
 aquecimento 
 
 Percebam que na reação química, onde o reagente carbonato de cálcio - CaCO3 
através do aquecimento é transformado nos produtos cal virgem ou óxido de cálcio - CaO2 
e dióxido de carbono ou gás carbônico - CO2. Agora quando a cal virgem - CaO2 reage 
com a água - H2O se transforma na cal hidratada ou hidróxido de cálcio - Ca(OH)2. 
Observe a reação química da para a obtenção da cal hidratada. 
 
CaO2(s) + H2O(l) → Ca(OH)2(s) 
HCl(aq) + NaOH(aq) NaCl(aq) + H2O(l) 
 Sal é um composto iônico que contêm um cátion (Na+) que proveniente 
da base (hidróxido de sódio - NaOH) e um ânion proveniente de um ácido 
(ácido clorídrico - HCl) 
 Química Apostila II - CEESVOAtenção: Cal é uma 
palavra feminina. 
38 
 Na nossa região, temos duas indústrias que fazem a extração calcária para a produção 
de cal e cimento, que são a Votoran e a Minercal. 
 
• Cloreto de sódio (NaCl) ou o sal, além de ser usado para dar sabor à comida, tem 
a importância na conservação de alimentos (carne-seca, bacalhau, etc.), na compo-
sição do soro fisiológico medicamento que é usado para combater a desidratação. 
 
• Carbonato de sódio (Na2CO3), também conhecido como barrilha ou soda, é 
empregado no tratamento de água para o consumo da população, no tratamento da 
água da piscina (para evitar que a água fique muito ácida) e na fabricação de vidro 
comum. 
 
barrilha + calcário + areia → vidro comum 
 ∆ 
 
• Sulfato de cálcio (CaSO4) está presente no gesso e no giz, por exemplo. 
 
 Alguns sais possuem aplicações relevantes em medicina (veja exemplos na tabela). 
 O ser humano precisa ingerir diariamente pequena quantidade de sais adequados, que 
estão presentes em muitos alimentos, pois fornecem íons necessários ao bom funciona-
mento de nosso organismo. Alguns exemplos desses íons e de suas funções biológicas no 
corpo humano são mostrados no esquema a seguir. 
Fonte: PERRUZZO, Tito Miragaia e CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem do Cotidiano.1a. Edição, Edito-
ra Moderna, São Paulo, 1999. 
 Química Apostila II - CEESVO 
39 
Aplicação médica de alguns sais 
Nome Fórmula Aplicação 
Bicarbonato de sódio NaHCO3 Antiácido 
Carbonato de amônio (NH4)2CO3 Expectorante 
Carbonato de lítio Li2CO3 Antidepressivo 
Cloreto de Amônio NH4Cl Acidificante do tubo digestivo 
Cloreto de sódio NaCl Soro fisiológico 
Fluoreto de estanho II SnF2 Fortalecimento do esmalte dental 
Iodeto de sódio ou potás-
sio 
NaI ou KI Fonte de iodo para tireóide 
Nitrato de potássio KNO3 Diurético 
Nitrato de prata AgNO3 
Germicida usado nos olhos de re-
cém-nascidos 
Permanganato de potássio K2MnO4 Antimicótico 
Sulfato de bário BaSO4 Contraste em radiografia intestinal 
Sulfato de cálcio CaSO4 Gesso para fraturas 
Sulfato de ferro II FeSO4 Fonte de ferro para anêmicos 
Sulfato de Magnésio MgSO4 Laxante 
 
 Química Apostila II - CEESVO 
40 
 Química Apostila II - CEESVO 
 2 - Óxido 
 
 
 Assim teremos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O dióxido de carbono (CO2) é um gás extremamente tóxico e pode causar desde 
ligeira dor de cabeça até a morte, dependendo da quantidade inalada. Ele não tem cheiro 
nem cor. 
 Uma das principais impurezas que existem nos derivados de petróleo (gasolina, óleo 
diesel, etc.) e no carvão mineral quando sofrem a combustão é o enxofre (S2). Quando 
esses combustíveis são utilizados, a queima produz o dióxido de enxofre (SO2), um óxido 
ácido de cheiro irritante. 
 Na atmosfera, o dióxido de enxofre (SO2) reage com o oxigênio (O2)e se transforma 
lentamente em trióxido de enxofre (SO3), outro óxido ácido. O trióxido de enxofre (SO3)
formado reage com a água da chuva, produzindo ácido sulfúrico (H2SO4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dentro do motor dos automóveis ocorre a entrada de ar (O2 - gás oxigênio) para que 
ocorra a combustão (gás comburente - O2). Só que junto com ele entram outros gases que 
compõem o ar atmosférico, que não deveriam tomar parte da combustão, mas não temos 
como evitar. Devido à alta temperatura do motor internamente acaba ocorrendo a reação 
entre o dois componentes mais abundantes do ar, o gás nitrogênio (N2) e o gás oxigênio 
Metal + oxigênio = óxido molecular 
 Numa visão simples, óxido é todo composto químico formado pelo 
elemento químico oxigênio ligado a um elemento metal ou ametal. 
 Uma vez que o oxigênio é um 
ametal se combinando a outro 
elemento ametal, forma-se um óxido 
molecular (lembre-se de que os 
compostos moleculares são formados 
por átomos de ametais unidos por 
ligações covalentes, ou seja comparti-
lhamento de elétrons). 
S(g) + O2(g) → SO2(g) 
 
2SO2 (g) + ½ O2 (g) → 2SO3 (g) 
 
SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(l)))) 
41 
 Uma vez na atmosfera, o nitrogênio (N2) reage com o oxigênio (O2) do ar e se 
transforma em dióxido de nitrogênio (NO2). 
 
 
 
 
 Este que ao reagir com a água da chuva (H2O) produz o ácido nítrico (HNO3) e 
ácido nitroso (HNO2). O ácido nítrico é um ácido forte. 
 
 
 
 
 O ácido nítrico é um ácido forte como o ácido sulfúrico, assim ambos são responsá-
veis pelo fenômeno da chuva ácida. Ela é responsável por inúmeros problemas, dentre os 
quais destacamos: 
 
• Causa prejuízo para a agricultura, pois torna o solo ácido e o dióxido de enxofre 
(SO2) destrói as folhas dos vegetais; 
 
• Torna ácida as águas dos rios e lagos e, conseqüentemente, imprópria à vida dos 
peixes; 
 
• Provoca corrosão do mármore, do ferro e de outros materiais usados em monumen-
tos e construções. 
 
2NO2(g) + H2O(l) → HNO3(l) + HNO2(l) 
 Química Apostila II - CEESVO 
N2(g) + 2O2(g) → 2NO2(g) 
42 
 Química Apostila II - CEESVO 
 O gráfico mostra em porcentagem a eliminação de óxidos na atmosfera. 
43 
 Química Apostila II - CEESVO 
Glossário 
• Alotropia - fenômeno pelo qual um mesmo tipo de elemento químico pode ocorrer 
sob formas diferentes, denominadas variedades alotrópicas ou, simplesmente, 
estados alotrópicos, que diferem entre si na estrutura cristalina e na atomicidade. 
Os casos mais comuns são os do carbono - sob a forma de carvão, diamante e 
grafite, como também o oxigênio (gás oxigênio e o ozônio) e o fósforo branco e o 
fósforo vermelho. 
 
• Amido - polímero natural. É um polissacarídeo de reserva vegetal abundante em 
sementes, como cereais e raízes tuberosas, como a mandioca, produzido pela 
condensação de n moléculas de glicose. 
 
• Análise - ver reação de análise ou decomposição. 
 
• Ânion - é um íon negativo, formado quando o átomo, ou grupos de átomos ganha 
um ou mais elétrons. 
 
• Atomicidade - denomina-se atomicidade o número de átomos de cada unidade 
elementar, ou molécula, de uma substância. 
 
• Átomo - é a menor partícula que representa um elemento químico. 
 
• Balanceamento de equação química - acertar os coeficientes dos reagentes e dos 
produtos. Baseia-se no princípio de que o número total de átomos dos reagentes é 
igual ao número total de átomos dos produtos. 
 
• Camada de valência - camada ou órbita onde se movem os elétrons de nível 
energético mais alto. Camada eletrônica mais externa do átomo. 
 
• Cátion - é um íon positivo, formado quando o átomo ou o grupo de átomos 
perdem um ou mais elétrons. 
 
• Chuva ácida - o termo refere-se às águas da chuva, assim como a geada, neve e 
neblina, carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. A queima de carvão e de 
combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de 
nitrogênio na atmosfera, que se combinam com o hidrogênio presente na atmosfe-
ra. 
 
44 
 Química Apostila II - CEESVO 
• CNTP - Condições normais de temperatura e pressão, onde T = 273K e P = 1 atm 
ou 760mmHg. 
 
• Combustíveis fósseis - combustíveis que demoram milhões de anos para se 
formar, ou seja, combustíveis que são extraídos por meio de extrativismo mineral. 
Exemplos: petróleo e carvão mineral. 
 
• Compostos iônicos - formam-se pela atração eletrostática entre seus íons constitu-
intes. São frágeis, cristalinos, conduzema corrente elétrica quando fundidos ou em 
solução aquosa. 
 
• Compostos moleculares - formam-se pelo compartilhamento de elétrons entre 
seus átomos. Encontram-se nas condições normais de temperatura e pressão em 
forma de gases, líquidos e sólidos. São insolúveis em água, solúveis em benzeno 
e outros solventes apolares. Mesmo no estado se solução não conduzem corrente 
elétrica. Suas moléculas resistem a temperaturas elevadas sem sofrerem decompo-
sição. 
 
• Concentração de uma solução - massa do solvente dissolvida em determinado 
volume do soluto. 
 
• Configuração eletrônica - é a quantidade de elétrons na camada de valência. 
 
• Corpo - uma porção limitada da matéria. 
 
• Densidade - relação entre uma determinada massa e o volume ocupado por ela 
(expressa matematicamente, d = m/V). 
 
• Destilação - processo físico de separação de um líquido de uma substância não 
volátil, por exemplo um sólido ou outro líquido, baseado na diferença de seus 
pontos de ebulição. 
 
• Efeito estufa - é um aumento de temperatura da atmosfera em conseqüência do 
aumento da quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o que leva 
maior quantidade de radiações infravermelhas absorvida, reduzindo o escape do 
calor para o espaço. 
 
• Elemento químico - é o conjunto de átomos quimicamente semelhantes. 
 
 
45 
 Química Apostila II - CEESVO 
• Eletrólise - reação de decomposição de uma substância em outras pela passagem 
decorrente elétrica; processo de decomposição de uma substância composta através 
da passagem da corrente elétrica. 
 
• Elétron - partícula subatômica de carga elétrica negativa, representada por e. 
 
• Eletrosfera - região menos densa do átomo e praticamente vazia, que envolve 
o núcleo, onde os elétrons se movimentam rapidamente em orbitais formando 
nuvens eletrônicas. 
 
• Emulsão - é um sistema heterogêneo constituído de uma mistura de dois líquidos 
não miscíveis, como, por exemplo, o óleo e a água. 
 
• Enzimas - são proteínas complexas, que atuam como catalisadores biológicos 
presentes nas células. As enzimas também atuam in vitro, em condições adequadas 
de pH, temperatura e concentração e dos substratos. 
 
• Equação química - representação gráfica da reação química por meio de fórmu-
las dos reagentes e produtos. 
 
• Fissão nuclear - é o nome que se dá ao processo pelo qual, bombardeando-se um 
núcleo grande com uma partícula acelerada, ocorre divisão desse núcleo em outros 
menores, estáveis, com liberação de uma quantidade muito grande de energia, 
chamada energia nuclear. 
 
• Fusão nuclear - consiste na junção de núcleos pequenos, originando núcleos 
maiores e mais estáveis, acompanhada de emissão de uma quantidade muito 
grande de energia. 
 
• Hidrólise - reação de decomposição de uma substância em duas outras pela 
incorporação de uma molécula de água. 
 
• Indicadores - é uma substância que reage com o meio ácido ou básico, indicando 
uma coloração específica para a substância em análise. 
 
• Íon - é um átomo ou grupo de átomos eletrizados ou ionizados, isto é, que apresen-
tam um desequilíbrio de cargas elétricas. 
 
• Macromoléculas - são moléculas constituídas por milhares de átomos, resultantes 
da condensação de unidades menores que se repetem. Podemos citar as proteínas, 
formadas a partir de aminoácidos, os polissacarídeos, polímeros da glicose, etc. 
46 
 Química Apostila II - CEESVO 
• Matéria - tudo que existe, tem massa e volume, isto é, ocupa lugar no espaço e 
pode ser medido. 
 
• Mineral - qualquer substância simples ou composta, formada por processos 
inorgânicos, com composição química definida, estrutura cristalina e ocorrência 
natural. 
 
• Minério - o mineral do qual se extraem substâncias de forma economicamente 
viável. 
 
• Mistura - é um material constituído por duas ou mais substâncias puras, apresen-
tando propriedades físicas e químicas variáveis. Como exemplo, pode-se citar o 
ar atmosférico, uma mistura de nitrogênio, oxigênio, vapor d’água, gases raros, 
ozônio, dióxido de carbono, poeira, óxidos de nitrogênios e outros. 
 
• Mistura heterogênea - apresenta vários aspectos (polifásica - várias fases num 
mesmo sistema), sendo possível distinguir os seus componentes, às vezes apenas 
com o uso do microscópio. 
 
• Mistura homogênea ou solução - é uma mistura que apresenta sempre as 
mesmas características em toda sua extensão; apresenta um único aspecto 
(monofásico - única fase), não sendo possível distinguir os seus componentes nem 
por meio do mais potente microscópio. 
 
• Molécula - agregado de dois ou mais átomos ligados entre si, que constituem a 
unidade da substância. Exemplo: H2O, molécula de água. 
 
• Nêutron - partícula subatômica encontrada no núcleo representado pela letra n, 
sua massa é igual a 1,0u, e carga elétrica nula. 
 
• Núcleo - região mais densa do átomo, onde se agrupam prótons e nêutrons. 
 
• Número atômico (Z) - número de prótons existentes no núcleo do átomo. 
 
• Número de massa (A) - corresponde à soma entre o número de prótons (Z) e o 
número de nêutrons (n). O número de massa é representado por A = Z + n. 
 
• Números quânticos - são números que indicam a posição energética do elétron 
em relação ao núcleo. 
 
47 
 Química Apostila II - CEESVO 
• Propriedade periódica - aquela cujos valores para diversos elementos crescem e 
decrescem sucessivamente, em função do número atômico crescente, de tal manei-
ra que, na seqüência dos elementos em ordem crescente de seus números atômicos, 
repetem-se valores baixos, médios e elevados para a referida propriedade. 
 
• Próton - partícula subatômica integrante do núcleo, de massa igual a 1,0u e carga 
elétrica positiva, representado por p. 
 
• Química - ramo da Ciência que estuda os materiais, sua composição e as transfor-
mações que se processam com esses materiais. 
 
• Radiação - forma de emissão não particulada, constituída de ondas eletromagnéti-
cas provenientes de núcleos radioativos, com comprimento de onda, com efeito 
fotoelétrico, altíssimo poder de penetração, chegando a atravessar placas de chum-
bo de 60mm de espessura. 
 
• Radioatividade - é a emissão espontânea, invisível, de energia ou de partículas 
por núcleos de certos átomos instáveis denominados radioisótopos, independente 
de fatores externos, como pressão e temperatura. Alguns elementos químicos, 
como o urânio, são naturalmente radioativo. 
 
• Reação endotérmica - aquela que, para ocorrer, retira calor do meio ambiente. 
 
• Reação exotérmica - aquela que libera calor para o meio. 
 
• Reação química - processo no qual ocorre transformação de substâncias em 
outras substâncias, com propriedades completamente diferentes, acompanhado de 
transformação de energia. As substâncias originais são denominadas reagentes, e 
as que são originadas na reação de produtos. 
 
• Substância puras - são substâncias que possuem pontos de fusão e ebulição 
constante. 
 
• Substância composta - quando submetida a um agente físico, sua molécula se 
decompõe em dois ou mais tipos de átomos. 
 
• Substância simples - que apresenta o conjunto de unidades elementares 
(moléculas) quimicamente iguais, isto é, mesmo elemento químico, ou que subme-
tida a agentes físicos, não se decompõe. 
 
48 
 Química Apostila II - CEESVO 
• Tabela periódica - a tabela de classificação periódica organiza os elementos na 
ordem crescente do seu número de prótons, em grupos ou famílias, que são linhas 
verticais, de acordo com suas semelhanças químicas, que são linhas verticais, deacordo com suas semelhanças químicas, e em períodos horizontais, de acordo com 
o número de camadas ou níveis de energia de seus elétrons. O número do grupo ou 
família refere-se ao número de elétrons na camada de valência dos átomos dos 
elementos a ele pertencentes. As linhas horizontais ou períodos abrangem os 
elementos cujos átomos têm o mesmo número de órbitas eletrônicas, dado pelo 
número de cada período. 
 
• Teoria do octeto - determinação segundo a qual todos os átomos buscam adquirir 
uma configuração eletrônica estável ou a configuração dos gases nobres, 8 elétrons 
na última camada, seja através de compartilhamento de elétrons entre átomos ou da 
sua transferência de um átomo para outro. 
 
• Valência - é a camada mais externa da distribuição eletrônica de qualquer átomo, 
ou seja, onde os átomos compartilham ou doam e recebem elétrons para adquiri-
rem estabilidade química. 
 
 
49 
 Química Apostila II - CEESVO 
Bibliografia 
 Livros: 
 
 AMARAL, Luciano. A Química - 50 palavras. Editora Loyola, São Paulo, 1995. 
 
 CHIACHIA, Maria Aparecida e CHIARADIA, Adelheide. Minimanual de Pesquisa - 
 Química. 2a.Edição, Claranto Editora, Uberaba - 2004 . 
 
 FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 3a. Edição, Editora Modera, São Paulo, 
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 MARCONDES, Ayrton César e SARIEGO, José Carlos. Ciências - Química e 
 Física. 2a.Edição, Editora Scipione, São Paulo, 2001. 
 
 NOBREGA, Oliveira Salgado, SILVA, Eduardo Roberto e SILVA, Ruth Hashimoto. 
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 NOVAIS,Vera Lúcia Duarte de. Estrutura da Matéria, 2a. Edição, Editora Atual, São 
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 PERRUZZO, Francisco Miragaia, CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem 
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 PERRUZZO, Tito Miragaia e CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem do
 Cotidiano.1a. Edição, Editora Moderna, São Paulo, 1999. 
 
 SANTOS FILHO, P.F. Estrutura Atômica & Ligação Química. 1a. Edição, Campinas, 
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 SARDELLA, Antônio. Química, 5a. Edição, Editora Ática, São Paulo,2000. 
 
 VANIN, José Atílio. Alquimistas e Químicos: O passado, o presente e o futuro, 16a. 
 Edição, Editora Moderna, São Paulo , 2001. 
 
 
 Sites: 
 
 http://www.google.com 
 http://www.institutodopvc.org 
 http://www.klickeducacao.com.br 
 http://www.plastivida.org.br 
 
50 
 Química Apostila II - CEESVO 
ESTA APOSTILA FOI ELABORADA PELA 
 
 
EQUIPE DE QUÍMICA DO CEESVO 
 
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPLETIVA 
DE VOTORANTIM 
 
 
PROFESSORES: ALEXANDRE JOSÉ FLAUZINO 
 MARIA GIOCONDA PERUGINI 
 
COORDENAÇÃO: NEIVA APARECIDA FERRAZ NUNES 
 
 
DIREÇÃO: 
 
ELISABETE MARINONI GOMES 
MARIA ISABEL R. DE C. KUPPER 
 
 
VOTORANTIM, 2007. 
 
 
OBSERVAÇÃO 
 
MATERIAL ELABORADO PARA USO 
EXCLUSIVO DO CEESVO, 
SENDO PROIBIDA A SUA COMERCIALIZAÇÃO. 
 
APOIO 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE VOTORANTIM 
JORNAL FOLHA DE VOTORANTIM

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