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AULA-1-Direito-Constitucional2

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DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO
Origem e conteúdo do Direito Constitucional
Objeto do Direito Constitucional quanto ao foco de investigação
Constituição: noções iniciais, objeto e evolução
Constituição em sentido sociológico, político e jurídico
Constituição em sentido formal e material
1.	Origem e conteúdo do Direito Constitucional
Para falarmos sobre Direito Constitucional, Constituição, devemos conceituar o que é Estado.
Estado: é a organização de um povo sobre um território determinado, dotada de soberania.
Todo Estado, conforme o conceito acima, tem uma Constituição (em sentido amplo). Nessa concepção ampla (ou sociológica), a Constituição é simplesmente a forma de organização do Estado.
O que é o Constitucionalismo?
Um movimento político, jurídico e ideológico que concebeu ou aperfeiçoou a idéia de estruturação racional do Estado e de limitação do exercício de seu poder. Essa idéia só é concretizada com a elaboração de um documento escrito que represente sua lei fundamental e suprema.
Origem do Constitucionalismo
Tem origem na Constituição dos Estados Unidos (1787) e a Constituição da França (1791). São constituições escritas e rígidas, inspiradas nos ideais de racionalidade de Iluminismo (Séc. XVII) e sobretudo na valorização da liberdade formal (laissez faire) e do individualismo.
A filosofia crítica, que é o pano de fundo do Iluminismo, caracteriza-se por três pressupostos básicos: liberdade, individualismo, igualdade jurídica.
Como nasceu a expressão Direito Constitucional?
Nasce com o constitucionalismo, por isso nasceu impregnado dos valores do pensamento liberal. Depois a preocupação maior foi se desvinculando dos ideais puramente liberais e a constituição assume nova feição, protetora dos direitos humanos. 
A Constituição aos poucos vai deixando as feições ideológicas e passa a tratar das regras fundamentais de estruturação, funcionamento e organização do poder (não importa o regime político). 
Modernamente, em razão dos freqüentes conflitos sociais, o direito constitucional atual apresenta marcada feição política e forte conteúdo democrático social. 
Conceito de Direito Constitucional 
É um ramo do direito público, fundamental à organização, ao funcionamento e à configuração política do Estado.
José Afonso da Silva: O direito Constitucional estabelece a estrutura do Estado, a organização de suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e exercício do poder, bem como a limitação desse poder, por meio, especialmente, da previsão dos direitos e garantias fundamentais.
Objeto do Direito Constitucional quanto ao foco de investigação
O Direito Constitucional em sentido amplo se subdivide em Direito Constitucional Especial (interno, particular ou positivo); Direito Constitucional Comparado e Direito Constitucional Geral (comum).
Especial
Tem por objetivo o estudo de uma constituição específica vigente em um Estado. 
Comparado
Tem por fim o estudo comparativo de várias constituições, destacando os contrastes e semelhanças entre elas.
Geral
Tem por fim delinear, sistematizar e dar unidade aos princípios, conceitos e instituições que se acham presentes em vários ordenamentos constitucionais.
Constituição: noções iniciais, objeto e evolução
O que é Constituição?
A constituição, objeto de estudo do Direito Constitucional, é a lei fundamental e suprema de um Estado, que rege a sua organização político-jurídica.
As normas de uma Constituição devem dispor sobre a forma do Estado, dos órgãos que formam a sua estrutura, das competências desses órgãos, da aquisição do poder e de seu exercício. Além disso, devem estabelecer as limitações ao poder do Estado, a separação entre os poderes (sistemas de freios e contrapesos), e a enumeração de direitos e garantias fundamentais.
No estado moderno, de cunho marcadamente social, a doutrina aponta o fenômeno da “expansão do objeto das Constituições” que tem passado a tratar de temas cada vez mais amplos, estabelecendo, por exemplo, finalidades para ação estatal. 
Constituição em sentido sociológico, político e jurídico
 O direito constitucional não se desenvolve isolado de outras ciências de base social, tais como a política, a sociologia e a filosofia.
As concepções para o termo Constituição, como norma básica de um Estado, são três: constituição em sentido sociológico, constituição em sentido político e constituição no sentido jurídico.
Concepção (visão) sociológica
Na visão sociológica, a constituição é vista como fato social, e não propriamente como norma. O texto positivo da constituição seria a realidade social do país, das forças sociais que imperam na sociedade, em determinada conjuntura histórica. 
Representante dessa concepção: Ferdinand Lassalle, segundo o qual a constituição de um país é, em essência, a soma dos fatores reais de poder que regem uma nação, ou seja, as forças reais que mandam no país.
Para Lassalle, existem em um país, paralelamente, duas Constituições: uma real, efetiva, que corresponde à soma dos fatores reais de poder que regem o país e uma constituição escrita, denominada de folha de papel, que só teria validade se correspondesse à constituição real.
Concepção (visão) política
Foi desenvolvida por Karl Schmitt. Para ele a Constituição é uma decisão política fundamental. A validade de uma constituição não se apóia na justiça de suas normas, mas na decisão política que lhe dá existência.
A Constituição é uma decisão política fundamental sobre a definição do perfil primordial do Estado, que teria por objeto, principalmente, a forma e o regime de governo, a forma de Estado e a matriz ideológica da nação; as normas constantes do documento constitucional que não derivem da decisão política fundamental não são “constituição”, mas tão somente leis constitucionais.
Concepção (visão) jurídica
A Constituição é compreendida de uma perspectiva estritamente formal, apresentando-se como pura norma jurídica (paradigma de validade de todo o ordenamento jurídico). 
O pensador mais associado à visão jurídica de Constituição é o austríaco Hans Kelsen, que desenvolveu a Teoria Pura do Direito. 
Para Kelsen, a constituição é considerada como norma, e norma pura, como puro dever-ser, sem qualquer consideração de cunho sociológico, político ou filosófico. 
Constituição em sentido formal e material
A distinção doutrinária entre constituição em sentido material e constituição em sentido formal deriva da concepção política de constituição de Carl Shmitt, ou seja, num mesmo documento escrito, haverá normas de conteúdo propriamente constitucional (normas postas em razão da “decisão política fundamental”) e outras normas de conteúdo diverso, não fundamentais, que foram chamadas de meras “leis constitucionais”.
A evolução dessa noção dá surgimento à consagrada distinção doutrinária entre constituição em sentido formal e material.
Material (ou substancial): é o conjunto de normas cujo conteúdo seja considerado propriamente constitucional, isto é, essencial à estruturação do Estado, à regulação do exercício do poder e ao reconhecimento dos direitos fundamentais dos indivíduos.
Estas normas são chamadas de normas materialmente constitucionais.
Formal: esse conceito diz respeito à existência, em um determinado Estado, de um documento único, escrito por um órgão soberano instituído com essa específica finalidade. Tais normas só podem ser alteradas mediante um processo legislativo mais árduo e com maiores restrições, do que o necessário à aprovação das normas não constitucionais pelos órgãos legislativos constituídos. 
Profª Juliane Vargas
� HYPERLINK "http://www.fortium.edu.br/blog/juliane_vargas" �www.fortium.edu.br/blog/juliane_vargas�

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