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Apostilas com Aulas do Professor Paulo Coen

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CURSO – DELEGADO CIVIL Nº04 
 
DATA – 13/02/2014 
 
DISCIPLINA – MEDICINA LEGAL 
 
PROFESSOR – PAULO COEN 
 
MONITOR – SÍLVIA H. FACCION 
 
AULA 01 
 
 
Paulocoen.adv@gmail.com 
 
 
1. Introdução a Medicina Legal: 
 Conceito (s): 
 A aplicação do conhecimento médico-biológicas na colaboração e execução das leis que 
deles carecem. 
 A medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais. 
 O conjunto dos conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao direito, 
cooperando auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais 
no seu campo de ação de medicina aplica. 
EMENTA: 
Na aula de hoje serão abordados os seguintes pontos: 
1. Introdução a Medicina Legal, conceitos. 
2. Perícias e perito. 
2.1. Classificação das perícias. 
3. Corpo de delito. 
4. Antropologia forense 
4.1. Identidade, identificação e reconhecimento. 
5. Documentos Médico-Legal 
 
 
 Ciência e arte extrajurídica alicerçada em conjunto de conhecimentos médicos 
paramédicos e biológicos destinados a defender os diretos e os interesses dos homens e 
da sociedade. 
Criminalística Criminologia Medicina Legal 
Ciência autônoma Ramo da medicina legal Ciências autônomas 
Estuda vestígios deixados 
no local pelo fato do crime 
Estuda etiologia no delito e o que leva o 
agente a praticar 
Estuda variações biopsicológicas do 
organismo humano vivo ou morto 
Preocupação: 
- Identificação do criminoso 
- Produção de provas 
- Fornecer a justa causa 
Estuda o comportamento do criminoso Estuda o comportamento da pessoa 
humana em geral 
Interpreta os elementos 
encontrados no local do 
crime para avaliar sua 
relevância 
Estuda a personalidade do delinquente e 
as hipóteses de ressocialização 
Estuda a personalidade da pessoa em 
geral 
2. Pericias e Peritos: 
Pericia: é todo exame realizado por profissional não médico, desde que destinado a uso como 
meio de prova em juízo. 
Perícia Médico Legal: todo exame realizado por profissionais da medicina, (clínicos, laboratoriais 
ou necroscópicos) e destinados a uso em juízo. 
Peritos: Profissional de nível superior (art. 159, CPP), especialista em determinada área do 
conhecimento humano e que por designação de autoridade competente, presta serviços à justiça 
ou à polícia a respeito dos fatos, pessoas ou coisas. 
Artigo 159 CPP O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito 
oficial, portador de diploma de curso superior. 
2.1. Classificação das perícias, quanto o (a): 
 Matérias Médicas: 
 Psiquiátrica 
 Necroscópica 
 Traumatologia 
 Sexologia 
 Não médicas: 
 Contábil 
 
 
 Engenharia 
 Física 
 Balística 
 Modo de realização: direta e indireta (é feita por testemunhas, relatam o comportamento 
do agente). 
 Ramo do direito relacionado: criminal/ cível (ex. comoriência)/ trabalhista (ex. acidentes de 
trabalho). 
 Fins: 
 Retratação (narrativa) “percipiendi” (retrato do que viu/ imagem). O perito vai ao local do 
crime e conta na sua descrição, àquilo que ele viu e nada mais. 
 Interpretativa (cientifica) “deduciendi” (identificar se foi homicídio, se foi suicídio); o perito 
além de dar o retrato ele vai dar conclusões de cunho científico, sem nenhuma idéia pré- 
concebida. 
 Opinativa. Além de narrar e explicar ele dá sua opinião científica. 
 Momento da realização: 
 Retrospectivo (já aconteceu o fato). A grande maioria das perícias é retrospectiva. 
 Prospectiva (ex: 755 CPP): Ocorrem em menor número (ex. exame criminológico). 
Nos casos do n
o
 I, a e b, do art. 751, e n
o
 I do art. 752, poderá ser dispensada nova 
audiência do condenado. – Artigo 751 Durante a execução da pena ou durante o tempo em 
que a ela se furtar o condenado, poderá ser imposta medida de segurança, se: I - o juiz ou 
o tribunal, na sentença: a) omitir sua decretação, nos casos de periculosidade presumida; 
b) deixar de aplicá-la ou de excluí-la expressamente; 
2.2. Classificação dos peritos: 
Peritos oficiais: servidores públicos concursados. 
Peritos nomeados: 
 Nomeado pelo juiz quando a instituição não dispõe de serviço para o exame (enquanto 
exerce essa função é caracterizado como servidor público). 
 Artigo 159§ 1°, CPP. 01 perito ou “02 pessoas idôneas”. 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as 
 
 
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela 
Lei nº 11.690, de 2008) 
 Art. 421, CPC e art. 434 CPC (preferência ao perito oficial). 
Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo. 
(Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) 
§ 1o Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do despacho de 
nomeação do perito: 
I - indicar o assistente técnico; 
II - apresentar quesitos. 
Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento, ou 
for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos 
estabelecimentos oficiais especializados. O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como 
do material sujeito a exame, ao diretor do estabelecimento. (Redação dada pela Lei nº 
8.952, de 13.12.1994) 
Parágrafo único. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e firma, o perito 
poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições 
públicas; na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se atribuir a autoria 
do documento, lance em folha de papel, por cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para 
fins de comparação. 
Assistente técnico: Contratados pelas partes e acompanham o exame do perito do Juízo. 
 Elabora quesitos com elementares, pode fazer um laudo paralelo ao laudo do perito oficial 
– artigo 159 § 3º, CPP. 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008). 
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008). 
Número de peritos: 
 Penal, art. 159, CPP. 
 Cível: arts. 421, 434 e 431-B, CPC. 
Art. 431-B. Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais 
de um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 10.358, de 27.12.2001) 
 Trabalho: art. 3º da Lei 5584/70. 
Art. 3º Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo Juiz, que 
fixará o prazo para entrega do laudo. 
Parágrafo único. Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, cuja laudo terá 
que ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser 
desentranhado dos autos. 
 
 
Peritos – legislação: Lei 12.030 de 17 de setembro de 2009. 
Art. 1
o
 Esta Lei estabelece normas gerais para as perícias oficiais de natureza 
criminal. 
Art. 2
o
 No exercício da atividade de perícia oficial de natureza criminal, é 
assegurado autonomia técnica, científica e funcional, exigido concurso público, com 
formação acadêmica específica, para o provimento do cargo de perito oficial. 
Art. 3
o
 Em razãodo exercício das atividades de perícia oficial de natureza criminal, 
os peritos de natureza criminal estão sujeitos a regime especial de trabalho, observada a 
legislação específica de cada ente a que se encontrem vinculados. 
 Art. 4
o
 (VETADO) 
Art. 5
o
 Observado o disposto na legislação específica de cada ente a que o perito se 
encontra vinculado, são peritos de natureza criminal os peritos criminais, peritos médico-
legistas e peritos odontolegistas com formação superior específica detalhada em 
regulamento, de acordo com a necessidade de cada órgão e por área de atuação 
profissional. 
Art. 6
o
 Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação. 
Obs: pela Lei 12.030/09 o perito possui autonomia técnica no seu trabalho, tem regime especial 
de trabalho e a formação superior. 
Escusa à função de perito: 
Obs: o perito pode alegar não ter conhecimento/ não ter habilidade de conhecimento para atuar 
sobre o caso. 
 Justificativa em 05 dias: 
 Intimação. 
 Impedimento superveniente (art. 138, III, CPC). 
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: 
III - ao perito; (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) 
 Não pode ser alegado o art. 146, parágrafo único do CPC. 
 Art. 423 e 146, CPC. 
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, 
empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo 
legítimo. 
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da 
intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a 
alegá-la (art. 423). (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) 
 
 
Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou 
suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz 
nomeará novo perito. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) 
 Art. 277, caput, parágrafo único do CPC. 
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de 
multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. 
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada 
imediatamente: 
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; 
b) não comparecer no dia e local designados para o exame; 
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos 
estabelecidos. 
 Condução coercitiva, art. 278 CPP. 
Art. 278 - No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá 
determinar a sua condução. 
Peritos impedimentos e suspeição: 
Obs: Aos peritos se aplica em relação a impedimento e suspeição, aquilo que se aplica aos 
promotores e juízes. 
 Penal: art. 280, 105, 254 e 256, CPP. Aos peritos se aplica em relação a impedimento e 
suspeição, aquilo que se aplica aos promotores e juízes. 
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos 
juízes. 
Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os 
serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da 
matéria alegada e prova imediata. 
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer 
das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por 
fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, 
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das 
partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o 
juiz ou de propósito der motivo para criá-la 
 
 
 Cível: art. 138, III, 134 e 137, CPC. 
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: 
III - ao perito e assistentes técnicos; 
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: 
I - de que for parte; 
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão 
do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; 
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão; 
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer 
parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; 
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta 
ou, na colateral, até o terceiro grau; 
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. 
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já 
estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no 
processo, a fim de criar o impedimento do juiz. 
Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos juízes de todos os 
tribunais. O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser 
recusado por qualquer das partes (art. 304). 
3. Corpo de delito e exame de corpo de delito (art. 158 a 184 CPP): 
 Corpo de delito: 
 “O próprio crime em sua tipicidade” (Capez). 
 Vestígios no local do fato, no instrumento. Utilizado na prática, nas peças, na pessoa viva 
ou morta. 
 Delicta factis permanentis (ex. buracos de tiro na parede). 
 Delicta factis transeuntes (na pessoa). (visto com mais frequência em crimes sexuais). 
Obs: Violência real – ex. além do ato libidinoso, alguma forma de agressão para garantir o ato 
(não é a grave ameaça). 
 Exame de corpo de delito: o exame realizado: 
 No local dos fatos. 
 Nos instrumentos. 
 Nas pessoas envolvidas. 
Exame de corpo de delito: “Resultado redigido e autuado da perícia, tendo como objetivo 
evidenciar a realidade da infração pena e demonstrar ou não a culpabilidade do agente.” (Croce). 
ECD direto e indireto: 
 
 
 Pode ser direto: persistem os sinais da infração (ex. art. 121, 129 CP), art. 158 CP – 
vestígios, obrigatoriedade. 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 Lugar e hora (art. 161 CPP). Pode ser feito a qualquer hora e lugar, pois quanto antes for 
feito melhor. 
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
 Noite: depende de adequada iluminação. 
 Exceção: necropsia. Deve ser feita após 06 horas do óbito. (Doutrina majoritária entende 
que autópsia e necropsia são sinônimas). 
Obs: se não houver sinais de infração, faltará justa causa. 
 Indireto: não mais existe o nunca existiram, pode ser suprido pela prova testemunhal. 
Recorrente também quando a vítima se recusa a fazer o exame. Ex: crimes sexuais. Art. 
168, CPP – perícia complementar. Prova testemunhal supletiva, art. 167, CPP (nunca vai 
substituir a prova, somente na falta dela). 
Artigo 167: Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária,de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu 
defensor. 
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de 
suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. 
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do 
Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do 
crime. 
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
 
 Causa de absolvição, art. 386, II, CPP (ausência de prova da existência do fato): 
 Ex. jurisprudência: RT 457:445 – aplicável ao art. 129 CP. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que 
reconheça: 
II - não haver prova da existência do fato; 
ECD direto – Necropsia: 
 
 
 Morte violenta; 
 Necessidade (interna): perito, art. 162, parágrafo único, CPP. 
 Momento, art. 162, caput. O artigo 162 é relativo, pois no caso de morte evidente (ex. 
desastres de avião) poderá ser feita a necropsia antes de 06 horas do óbito. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, 
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que 
declararão no auto. 
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do 
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas 
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a 
verificação de alguma circunstância relevante. 
 Material de laboratório: excesso, art. 170 CPP. Deve ser recolhido material em excesso 
para o caso de serem necessários exames futuros. 
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
Questões: 
-Nas questões de trabalho: obrigatória? A pessoa pode não ter sofrido o acidente no local de 
trabalho, pode ser nas horas “in itininere”. Em 100% dos casos deve ser feita a necropsia para 
afastar toda e qualquer hipótese entre a morte e a atividade laborativa. 
-Pode ser repetida/ recomeçada? Iniciada a necropsia não pode reiniciar nem parar, uma vez 
realizado dever ir até o fim. 
ECD Laudo: 
 Prazos para a entrega: 
 Peritos, art. 160 parágrafo único, CPP. 
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que 
examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 
28.3.1994) 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação 
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
 Assistentes técnicos, art. 433 parágrafo único, CPC (parecer em 10 dias após intimação da 
entrega do laudo oficial). 
Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 
(vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 
24.8.1992) 
 
 
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de 10 
(dez) dias, após intimadas as partes da apresentação do laudo.(Redação dada pela Lei nº 
10.358, de 27.12.2001) 
 Prazo extra, art. 160 parágrafo único CPP. A critério do juiz. 
 Divergência entre peritos, art. 180, CPP (o juiz pode e deve nomear terceiro perito, com 
fins de buscar a verdade real dos fatos). 
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as 
declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu 
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá 
mandar proceder a novo exame por outros peritos. 
Falsa perícia: 
 Oficiar o que não é verdadeiro, negar ou silenciar; 
 Influência do laudo sobre o julgamento 
 Crime falso testemunho/ falsa perícia/ reclusão de 02 a 04 anos + multa (artigo 342 CP) 
Não é somente mentir, mas é negar o que é verdadeiro e silenciar sobre fatos que tem 
conhecimento. 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, 
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou 
em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. (Vide Lei nº 12.850, de 2.013) (Vigência) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.850, 
de 2013) (Vigência) 
§ 1º - Se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em 
processo penal: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se o crime é praticado mediante suborno. 
§ 3º - O fato deixa de ser punível, se, antes da sentença, o agente se retrata ou declara a 
verdade. 
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante 
suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo 
penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou 
indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) 
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o 
ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 
28.8.2001) 
 Art. 147 CPC – inabilitação por 02 anos (consequência na esfera cível). 
Art. 147 - O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá 
pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em 
outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer. 
 
 
 Para fins penais peritos nomeados são servidores públicos – (artigo 327 CP). Pode 
responder por peculato, prevaricação, entre outros. 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou 
função em entidade paraestatal. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal. (Parágrafo único renumerado pela Lei 
nº 6.799, de 1980) 
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em 
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou 
conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei 
nº 9.983, de 2000) 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste 
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou 
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa 
pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) 
Objeto da perícia 
 Pessoas; 
 Cadáver – realidade, aspecto intra vitam e post mortem. Seja para dizer os motivos das 
lesões ou a causa da morte. 
 Animais; 
 Objetos – (artigo 175 CPP) – ausência de perícia: afastada a nulidade (RT 453:358). 
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a 
fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência. 
Atuação do Perito: 
 Informa hic et nunc/ aqui e agora (e mais breve) “visum et repertum”/ Ver com os olhos de 
especialista e repete com discurso jurídico para que possa ser compreendido. 
 O perito não “julga”. 
4. Antropologia forense:Conceito: Ramo da medicina legal, que utilizando-se de conhecimentos de antropologia geral, 
ocupa-se principalmente com as questões relativas a IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO. 
 
 
 
 
 
4.1. Identidade x Identificação x Reconhecimento: 
Identidade: 
 Conjunto de caracteres próprios e exclusivo das pessoas, animais, coisas, objetos; soma 
de sinais, marcas de caracteres positivos ou negativos que, no conjunto individualizam o 
ser humano ou uma coisa, distinguindo-os dos demais. (Delton). 
Identificação: 
 Processo pelo qual se determina a identidade de pessoas ou coisa de forma técnica 
científica, executada por perito relevante para o Direito. 
Reconhecimento: 
 Processo empírico, feito por leigo e com baixo grau de precisão. 
Requisitos técnicos dos métodos de identificação: 
 Unicidade: os elementos para identificação devem permitir uma distinção, precisa e clara, 
entre o identificado e os demais; 
 Imutabilidade: elemento escolhido. Não podem mudar com o passar do tempo (foto); 
 Perenidade: os dados escolhidos não podem se perder com o tempo (ex. dentes são 
imutáveis, mas são perenes, número. 02 definições ao longo do tempo). 
 Praticabilidade: método deve permitir bom grau de segurança e confiabilidade; não 
constranger aos identificados. 
 Classificabilidade: método deve permitir a comparação de dados de forma sistemática e 
precisa, apontar rapidamente o identificado em uma população. 
Requisitos técnicos dos métodos de identificação: 
Baseia-se nos 05 requisitos acima. 
Pode recair tanto no vivo quanto no cadáver 
Nem todos os processos de identificação necessitam de presença do medico legista (ex. 
fotografia). 
Características que podem ser usadas para identificação: 
 Gerais: de 01 grupo de indivíduos: 
 
 
 Idade. 
 Raça. 
 Sexo. 
 Particulares: 
 Físicas: 
 Naturais: peso conformação, estatura, sinais particulares, grupos sanguíneos, impressões 
papilares, DNA. 
 Adquiridas: cicatrizes, mutilações, tatuagem. 
 Psicológicas: a voz. 
Identidade médico legal: (são consideradas as seguintes características): 
 Identidade médico- legal: 
 Raça. 
 Sexo. 
 Estatura (base do pé até a cabaça - figuras). 
 Idade. 
 Peso e conformação. 
 Mas formações. 
 Sinais profissionais. 
 Sinais individuais. 
 Tipo sanguíneo. 
 Tatuagens. 
 Dinâmica funcional (ex como caminha). 
 Características psíquicas. 
 Prosopografia (imagem da face). 
Identidade policial ou judiciária (são consideradas as seguintes características): 
 Bertillonagem: 
 Antropometria. 
 Retrato falado. 
 Fotográfica sinaléptica (fotografia onde tira medidas do crânio para saber se pertencia a 
alguém de determinada foto). 
 Impressões digitais ou papilares. 
 
 
 Dactiloscópico/ Papiloscopia: 
 É a técnica a partis das impressões digitais. 
2a parte da aula 
Elementos utilizados para caracterização da raça: 
 Subdivisão de uma mesma espécie, no caso, a humana. 
 Classificação mais utilizada de Salvatore Ortolenghi. 
 Tipo caucásico: 
 Pele branca ou amarela 
 Cabelos lisos ou crespos, castanhos ou loiros 
 Rosto ovado 
 Perfil racial ortognata (ângulo da face quase totalmente reto) e levemente prognata 
(mandíbula proeminente). 
 Tipo mongólico (oriental): 
 Pele amarela 
 Cabelos lisos e castanhos 
 Face achatada de frente para traz 
 Nariz curto e longo 
 Olhos amendoados 
 Maxilares pequenos e salientares. 
 Tipo negroide: 
 Pela castanha escura 
 Cabelos crespos 
 Crânio dolicocéfalo: alongado com diâmetro transversal menor 
 Prognatismo acentuado (mandíbula para frente) 
 Nariz curto e longo. 
 Tipo indiano: 
 Pele avermelhada 
 Estatura alta 
 Cabelos pretos e lisos 
 Obs: DNA não 
difere grupos 
étnicos 
 
 
 Íris castanhas 
 Ausência de barba e bigode 
 Crânio mesocéfalo 
 Supercílios grossos. 
 Fronte saliente, longo e estreito. 
 Nariz saliente. 
 Orelhas pequenas. 
 Tipo australóide (aborígenes, existentes na Austrália): 
 Estatura curta 
 Pele trigueira 
 Cabelos pretos ondulados 
 Fronte estreita 
 Nariz curto e alongado 
 Bacia estreita 
 Cintura escapular larga 
Sexo médico- legal: 
 Determinação do sexo no vivo ou no cadáver; 
 Dificuldades: mutilações, estado de putrefação avançada; 
 Crânio e tórax: propiciam elementos de presunção apenas; 
 Útero às vezes persiste mesmo após graves incêndios; 
 Caráter diferencial mais importante: Bacia (a bacia feminina é mais redonda, para 
possibilitar o parto). 
 Pelo DNA também dá para saber se é masculino ou feminino. 
Estatura: 
 Altura do indivíduo varia com: raça, idade, sexo, desenvolvimento, influência hormonal; 
 No vivo mede-se em pé; 
 Na criança e cadáver mede-se de decúbito dorsal deitado de costas. (decúbito ventral= 
deitado de barriga); 
 Cadáver particularidades: cadáver encolhe, diminui seu tamanho de quando vivo e. 
 Deduzir até 16 mm da altura total, achatamento natural dos discos intervertebrados; 
(encontrada ossada, a base é a coluna para verificar altura). 
 No esqueleto aumentar 60 mm (destruição das partes moles) 
 
 
 Para fragmentos ou ossos isolados pode-se utilizar tabelas para se determinar, pelos 
ossos longos, qual era a altura do indivíduo. 
 Por pedaços de osso é possível dizer a estatura da pessoa viva, principalmente, se for 
ossos longos, insere os tamanhos na Tábua osteométrica de Broca e tabela de Étienne – 
Rollet. 
 Tábua osteométrica de Broca: multiplica-se o comprimento do osso longo pelos números 
da tabela. 
 Tabela de Étienne Rollet: permite aferir a estatura do indivíduo a partir da medida 
individual de ossos longos. 
Idade: 
 Imprescindível tanto no foro cível quanto no criminal 
 Determinação: quando não possível pelo aspecto exterior é feita pelo tamanho e 
desenvolvimento dos ossos. 
 Da concepção ate 03 meses de gravidez = embrião 
 De 03 meses até o parto = Feto 
 Nascido que não recebeu cuidados higiênicos = infante nascido (corte do cordão umbilical) 
 Nascido que já recebeu cuidados higiênicos = recém-nascido 
 Até 07 anos =1a infância 
 7 a 12 anos = 2a infância 
 12 a 18 anos = adolescente 
 18 a 21 anos = mocidade 
 22 a 59 anos = adulto 
 60 a 80 anos = velhice (aplica-se o estatuto do idoso) 
 80 anos senilidade 
 O estudo radiológico pode determinar a idade a partir da aplicação de tabelas visando os: 
 Pontos de ossificação primitivos (POP)- determinam idade fetal/ embrionária. 
 Pontos de ossificação complementares (POC) – idade extrauterina. 
 Válido para quaisquer ossos, não somente os longos. 
 Aplica-se também aos dentes (odontolegista). O legista sabe dizer se o dente permite é 
humano ou não. Os dentes se desgastam com o tempo, a conclusão quanto a idade é 
aproximada (pode sofrer influência de maus hábitos). 
 O estudo radiológico de punho e da mão é de grande utilidade para esclarecer a faixa 
etária. Serve para estimativa de idade, e para os médicos para saber se a criança se 
desenvolve de acordo com a idade. Utiliza a tabela de punho e da mão de Sarno. 
 
 
Identificação pelos dentes/ arcada dentaria/ abóbada palatina (céu da boca): 
 Permite diferenciar dentes humano e de animais; 
 Identificar faixa etária; 
 Indivíduos, pela marca das impressões dentárias em objetos e alimentos; 
 Estudo pode ser: 
 Direito (nos suportes onde foi deixada a marca); 
 Descrição 
 Desenho 
 Fotografia 
 Radiografia 
 As rugosidades e dimensões da arcada dentária e da abóbada palatina também permitem 
identificação; Algumas profissões e hábitos podem ser percebidos por esse estudo e permitir 
identificação: desgastes característicos em: 
 Sopradores de vidro 
 Sapateiros 
 Músicos (instrumento de sopro) 
 Fumantes de cachimbo 
Malformações 
 De acordo com a incidência são valiosas para a identificação. Ex: lábio leporino, 
malformações genitais, vícios ósseos, polidactilia, bradidactilia. 
Características físicas: 
 Naturais: 
 Forma e implantação das orelhas 
 Nevus, discromias, cáries 
 Características da língua 
 Impressões papilares 
 Tipo sanguíneo (critério de exclusão de identidade) 
 DNA 
 Adquiridas: 
 Mutilações 
 Deformidades 
 Cicatrizes 
 Tatuagens 
 
 
Características psíquicas: A maioria delas não serve para individualização por ausência dos 
requisitos técnicos de método e, principalmente, imutabilidade e praticabilidade. 
Prosopografia: 
 Descrição da face 
 Superposição de fotografias tiradas em vida sobre as do crânio 
 Grande valor médico-legal e investigativo 
 Exame prosopométrico: mensuração das regiões e ponto anatômicos da face; 
 Retrato falado não é prova: é tão somente um importante método para auxiliar nas 
investigações policiais (não é prova em juízo). 
Identidade policial ou judiciária: 
 Identificação: aspectos históricos – Antiguidade até sec. XIX: 
 Confunde-se com a punição; 
 Utilizados para assinalar criminosos, sobretudo reincidentes; 
 Cód. De Hammurabi: amputação como forma de identificação; 
 Aplicação do ferrete; 
 Ablação da língua. 
Métodos de identificação relevantes ao longo da historia: 
 Assinalamento sucinto ou sumário; 
 Anotação das principais características do identificado (estatura, idade, cabelo, tatuagens, 
sinais particulares). 
 Ainda usado no boletim de identificação criminal. 
 Sistema dermográfico de Bentham: 
 Preconizado pelo jurista inglês Benjamin Bentham. 
 Identificação pela tatuagem de todas as pessoas no nascimento. 
 Sistema de Icard: 
 Injeção de parafina em determinadas regiões não visíveis do corpo, para criar pequenos 
tumores perceptíveis ao tato. 
 Se retirados, restaria a cicatriz cirúrgica que também identificaria. 
 Sistema craniográfico de Afonsso: Tomada de medidas padronizadas do crânio; 
 
 
 Sistema otométrico de Frigério: Identificação pelos desenhos e medidas dos pavilhões 
auriculares; 
 Sistema oftométrico de Capdeville: identificação pela coloração e medidas dos olhos. Ex: 
curvaturas das córneas - distância entre pupilas; 
 Sistema oftalmoscópico de Levinsohn: identificação na comparação de fotografias no 
fundo do olho. 
 Sistema radiológico de Levinsohn: identificação na medida dos ossos do carpo por 
imagens de raio x. 
 Sistema onfalográfico de Bert e Viamay: identificação pelo formato da cicatriz umbilical; 
 Sistema palmar de Stockes e Wild: identificação pelos sulcos palmares. 
 Sistema flebográfico de Tamassia: identificação pelos desenhos formados pelas veias no 
dorso das mãos; 
 Sistema flebográfico de Ameuille: identificação pelos desenhos formados pelas veias da 
fronte. 
 Sistema antropométrico de Bertillon: identificação na tomada de 11 sinais particulares e 
algumas medidas prefixadas, além da fotografia que eram classificadas e arquivadas para 
posterior comparação dos dados. Ex. diâmetro ântero- posterior da cabeça, comprimento 
do antebraço, estatura. 
 Sistema odontológico de Amoedo: identificação da arcada dentaria (obs.: derivações desse 
método ainda são utilizados. Ex: vítimas de desastres – necessário descobrir quem era o 
dentista do indivíduo, mas é útil quando tem a lista das vítimas). 
 Sistema geométrico de Matheios: pouco utilizado, era de prosopofrafia comparação de 
fotos anteriores e atuais do identificado; 
 Sistema poroscópio de Locard: identificação pelo desenho e imutabilidade dos poros da 
pele; 
 Sistema dactiloscópico de Vucetich: ainda utilizado até hoje. 
Métodos mais recentes: 
 Fotografia: apresenta como inconveniente as modificações decorrentes do tempo e a 
existência de sósias 
 Fotografias sinaléptica (de Bertillon): fotografias de frente e perfil, sempre do mesmo 
tamanho para posterior comparação. 
 Retrato falado: reprodução artística da face dos criminosos baseada em descrições das 
vitimas/testemunhas; há transparências que auxiliam o desenhista. 
 Prosopografia: método crânio-foto-comparativo ou de Fiocentino; superposição por 
transparência de imagens tiradas em vida sobre o crânio á procura de correspondências 
que levem a identificação. 
 
 
 Impressão genética do DNA: em questões judiciais relacionadas principalmente com 
paternidade e identificação: Análise: manchas de fluídos orgânicos, anexos cutâneos, 
partes dos cadáveres. 
 Biometria: método automatizado de reconhecimento de padrões que busca a identidade de 
uma pessoa por algumas de suas características: físicas e comportamentais. 
Biometria: 
Características dos sistemas: 
 Dos métodos de identificação em geral: 
 Unicidade 
 Mutabilidade 
 Perenidade 
 Praticabilidade 
 Classificabilidade 
 Específicos: 
 Performance 
 Precisão 
 Velocidade 
 Robustez 
 Confiabilidade 
 Universalidade: 
 Característica – características comuns todos, permitindo comparação 
 Aceitação: 
 Privacidade/grau de intrusão 
 Segurança: 
 Dificuldade para burlar. 
Obs: os mais utilizados ainda hoje, a impressão papilar/ digital e o DNA com suas peculiaridades. 
 
Sistema dactiloscópico de Vucetich: 
 
 
 Criado por Juan Vucetich (1858-1925) em 1891. 
 Estuda: impressões digitais, vestígios deixados pelas polpas dos dedos nos suportes. 
 Características: praticidade, simplicidade, eficiência, segurança; 
 Perenidade (a partir do 6/7° mês de vida intra-uterina); 
 Imutabilidade (recompõe-se mesmo após abrasão ou queimaduras até 2° grau); 
 Variedade (não há 02 iguais). 
 Adotado no Brasil desde 1903. 
Sistema dactiloscópico de Vucetich: terminologia: 
 Papiloscopia e dactiloscopia: 
 Não são apenas as pontas dos dedos que apresentam desenhos característicos (linhas e 
sulcos) 
 Há também impressões palmares (mãos) e plantares (pés) 
 Pesquisador papiloscópico: 
 Levantamento de impressões papilares nos locais de crime 
 Tomada de fichas datiloscópicas quando de identificação civil ou criminal; 
 Papiloscopista: 
 Comparação e classificação dos dados; 
 Elaboração de laudos 
 Desenho papilar: (na epiderme) sulcos e cristas; 
 Impressão papilar: (reverso do desenho) 
 Impressões papilares de acordo com o suporte: 
 Impressões latentes/ visíveis: 
 Podem ser visualizadas a olho nu e fotografadas diretamente; 
 Deixadas com pigmento, sangue, etc. 
 Moldadas ou modeladas: 
 Deixadas sobre suporte com plasticidade. 
 Sulcos correspondem as cristas e vice-versa (ex. sabão, massa de vidraceiro). 
 Impressões papilares de acordo com o suporte: 
 
 
 Impressões latentes: 
 Não podem ser visualizadas a olho nu. 
 Geralmente descobertas após incidir facho de luz oblíquo sobre o suporte. 
 Necessitam do uso de reveladores que variam de acordo com o suporte. 
 Tomada de impressões papilares: vivo 
 Utiliza-se tinta/rolo/suporte 
 Produção de identificação civil/criminal (boletim de identificação criminal). 
 Digitofotograma: impressão produzida sobre chapas radiográficas veladas pelos dedos 
embebidos em revelador radiológico. 
 Tomadas de impressões papilares: cadáver: óbito recente procedimento equivalente ao do 
vivo; 
 Dificuldades decorrentes do tempo: 
 Rigidez cadavérica, apenas dificulta execução; Amolecimento excessivo dos tecidos; 
 Ex afogados. Limpeza com álcool antes de aplicar a tinta. Casos mais avançados: injeção 
subdérmica de parafina ou glicerina 
 Inicio de putrefação (retirada da luva cadavérica). 
Elementos da impressão digital: 
 Cristas papilares 
 Sulcos papilares 
 Linhas albodactiloscópicas: 
 Transversais 
 Não acompanham as cristas papilares 
 Alterações patológicas do desenho digital 
 Geralmente relacionadas a atividades profissionais (ex digitadores) 
 Não são perenes pode surgir ou desparecer durante a vida 
 Não servem como elemento de classificação. 
Elementos da impressão digital: 
 Poros 
 Aberturas dos canais; 
 
 
 94/cm2 
 Deltas: 
 Triângulos formados pelas peles cristais papilares; 
 A partir deles são definidos os sistemas de linhas do dactilograma (sistema, marginal, 
basilar, nuclear). 
 
 
 
 Linhas diretrizes prolongamentos imaginários ou reais do delta delimitando os 3 sistemas: 
 
 
 
 
 Tipos fundamentais classificação de Vucetich das impressões digitais a partir dos deltas: 
 Verticilo = dois deltas 
 Presilha externa = delta à esquerda 
 Presilha interna = delta à direita 
 Arco = delta ausente. 
Elementos da impressão digital: formula dactiloscópica 
 Formula dactiloscópica: 
 Para as figuras ou tipos fundamentais dos polegares associa-se uma letra; 
 Para os demais dedos um número; 
 Amputações são indicadas com 0 
 Dedos defeituosos e cicatrizes com “X” 
Tipo fundamental Polegar Demais dedos 
Verticilo X 4 
Presilha externa E 3 
Presilha interna I 2 
Arco A 1 
 
 
Dedos defeituosos X X 
Amputações 0 0 
Elementos da impressão digital = formula datiloscópica 
 Analisam-se os dedos de ambas as mãos 
 Exprimem-se os tipos fundamentais sob a forma de frações 
 Numerador: dedos da mão D 
 Denominador: dedos da mão E 
 Há 1.048.576 combinações possíveis 
 Há mais comuns: 
 
 
Ex: 
E 2 3 3 3 E 2 3 3 3 
I 2 2 2 2 I 3 2 2 2 
 
E 3 3 3 3 V 4 4 4 3 
E 3 2 2 2 V 4 4 4 2 
 
Elementos da impressão digital comparação: 
 Comparação: Pontos característicos: acidentes presente no desenho digital que 
estabelecem identidade quando encontrados. 
 Na mesma posição 
 Mesmo sentido 
 Numero significativo 
 Em fragmentos ou impressões integras; 
 Para estabelecer ou confirmar a identificação = Legitimação; 
 Denominação desses pontos varia de autor para autor´. 
Técnica: 
 Papiloscopista amplia a imagem (mínimo 5 X); 
 “varre” o campo de pesquisa no sentindo horário; 
 Assinala os pontos mais representativos; 
 
 
 12 pontos característicos coincidentes estabelecem identidade no Brasil 
 Faltando (em fragmentos) pontos característicos para estabelecer a identidade o técnico 
pode recorrer a poroscopia; 
 Cada uma das linhas do desenho o n° e localização dos poros é imutável. 
Impressões palmares e plantares: 
 Não costumam ser utilizados para identificação; 
 Não confundir impressões plantares com pegadas; 
 Impressões plantares são obrigatórias apenas na identificação de recém-nascido de 
acordo com o artigo 10 e 229 do ECA Lei 8.069/90. 
5. Documentos médico- legais: 
Conceito: Exposição verbal e os instrumentos escritos por médicos que visam elucidar questões 
de relevância policial ou judicial, servindo como meio de prova (Croce). 
 Espécies: Os documentos médico-legais, portanto podem ser escritos ou verbais e são de 
5 espécies: 
 Notificações 
 Atestado 
 Atestados de óbito 
 Relatório M.L 
 Parecer M.L 
 Notificações: 
 Comunicações compulsórias as autoridades competentes de uma ocorrência medica de 
relevância jurídica ou de saúde pública; 
 Geralmente relacionadas à detecção de doenças infectocontagiosas e doenças laborais; 
 Artigo 269/CP: pune o médico que deixa de praticar a notificação com pena de detenção 
de 06 meses a 2 anos e multa. 
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é 
compulsória: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal 
 Não poderá alegar artigo 154 CP: Sigilo profissional como justificativa dessa omissão: o 
sigilo não é absoluto. 
 
 
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de 
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
 Na notificação não há dolo de exposição da vítima, nesses casos o médico cumpre dever 
legal estrito ou mesmo em exercício regular de direito. 
 O medico é também protegido pelo artigo 146 § 3° do CP, não é constrangimento ilegal. 
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe 
haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a 
lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou 
multa (...) § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: I - a intervenção médica 
ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada 
por iminente perigo de vida; 
Obs: o artigo 8° da Lei 6.259/75 estendeu essa obrigatoriedade a outros profissionais de saúde 
além do médico bem como aos responsáveis de saúde e ensino. Mas a figura criminal é restrita 
ao médico. 
 Atestado: afirmação escrita de um fato médico e de suas consequências. 
 Podem ser classificados em: 
 Oficiosos: solicitados pelos pacientes como justificativa necessária de ausências de suas 
atividades; 
 Administrativos: requeridos pelo serviço público para concessão de licenças, 
aposentadorias; 
 Judiciários: aqueles que interessam à Justiça. Requisitados pelas autoridades judiciarias. 
São apenas esses considerados documentos médico-legais. 
 Atestado de óbito: documento imprescindível a constatação da morte e liberação para 
inumação/cremação. 
 Disciplinado a partir da resolução 1.290/89 do Conselho Federal de Medicina; 
Artigo 1°: o médico somente poderá atestar o óbito após tê-lo verificado pessoalmente; 
Artigo 2°: obriga-se o médico a atestar o óbito de pessoa a que vinha prestando assistência, 
mesmo que a morte se dê fora do ambiente hospitalar. 
Obs: MAS o médico não pode atestar “automaticamente” a morte de alguém sem ter presenciado 
a situação do óbito, apenas por se tratar de seu paciente. 
 
 
Artigo 3° se a morte ocorrer em ambiente hospitalar, o atestado caberá ao médico 
responsável pelo tratamento do paciente até aquela data ou, em seu impedimento, ao 
medico de plantão. 
 Se, entretanto, a morte for decorrente de violência, confirmada ou suspeita então impõe-se 
o encaminhamento do cadáver ao médico-legista, sendo vedado ao médico assistente 
atestar o óbito. 
 Relatório: escrito dos fatos pertinentes a uma perícia medica requisitada por autoridades 
competente. 
 “AUTO”: se esse relato for ditado a um escrivão perante testemunhas (não ocorre muito na 
prática); 
 “LAUDO”: Se firmado posteriormente as diligencias necessárias e regido pelo Perito. 
 Composto de 07 partes: 
 Preâmbulo: registro da qualificação dos peritos da autoridade que requereu a perícia, 
além da finalidade e data e hora em que o procedimento foi realizado. 
 Quesitos: normalmente já consta do formulário impresso do órgão oficial; podem ser 
acrescidos de outros encaminhados pelas “partes”; obs.: se processo civil ou de perícia 
psiquiátrica: não há os “quesitos padrão”: todoseles formulados para o caso concreto. 
 Comemorativo: histórico de todas as informações colhidas a partir dos envolvidos; de 
responsabilidade exclusiva dos declarantes e não do perito. 
 Descrição contendo o visum et repertum (vê com olhos técnicos e dá uma visão 
jurídica): perito não “julga” dá opinião ou impressão técnica; registro daquilo que lhe foi 
trazido à análise sem ideias preconcebidas ou hipóteses. 
 Discussão: perito externa sua opinião técnica; afastando todas as outras hipóteses 
possíveis; conduz a um diagnóstico lógico com justificativas racionais. 
 Conclusões: síntese do diagnóstico, deduzido a partir da descrição e discussão. 
 Respostas a quesitos: todos os quesitos propostos dever ser respondidos; Exceções: 
 Os que não se atenham a matéria ou não exijam o conhecimento especializado do expert. 
 Respostas explicativas (não lacônicas, nem podem se resumir a “sim” ou “não”). 
 Quesito “prejudicado”: que não pode ser respondido por não guardar relação com os fatos. 
 Parecer médico-legal: esclarecimento prestado por outro especialista que não tenha 
participado da perícia oficial diante de laudo que suscite dúvidas. 
Devido a duvidas verificadas no relatório. 
 
 
Solicitado a profissional medico ou a uma comissão cientifica. 
Fundamento: artigo 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no 
todo ou em parte. Livre valoração (fundamentada) das provas. 
 
Documentos médico-legais nos crimes praticados com violência contra hipossuficientes: 
 Crimes contra a mulher: Lei 10.778/03: obrigatoriedade da notificação compulsória da 
prática de violência sexual contra a mulher constatada em atendimento de serviços de 
saúde (públicos e privados) 
 Crimes contra a criança: artigo 13 do E.C.A (lei 8069/90: suspeita de maus-tratos a criança 
ou adolescente deve ser comunicada ao Conselho Tutelar da Comarca). 
 Artigo 245 do E.C.A: sanção administrativa ao servidor público que se omitir nessa 
comunicação. 
 Crimes contra o idoso: artigo 1° da lei 10.741/03 obrigatória aos profissionais de saúde a 
comunicação de casos de maus-tratos a idoso. 
 Artigo 19/E.I Comunicação feita á autoridade policial ou ao MP, ou ainda aos conselhos 
Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso. 
 Quesitos: nos casos de lesões corporais artigo 129 CP: Ofender a integridade corporal ou a 
saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Quesitos “padrão” para verificar a existência de materialidade, ou seja, a ocorrência de 
dano à integridade corporal ou a saúde do paciente – distinção. 
 Quesitos para investigar emprego de meios insidioso ou cruéis. 
 Se resultou em perigo a vida ou em incapacitação, seja para as atividades usuais ou 
laborais e se por tempo superior 30 dias. 
 Se houve aceleração do parto ou aborto. 
 Se houve perda ou inutilização permanente de membro, sentindo ou função. 
 Nos casos de mortes: 
 Confirma as causas do óbito 
 Os meios pelos quais ele foi produzido 
 A constatação ou não do uso de meios insidiosos, cruéis para produzi-la. 
 Mesmo raciocínio é aplicado nos casos de infanticídio do artigo 123 CP. 
 Nos casos de aborto (artigo 124 a 128 CP): dois procedimentos: 
 O exame cadavérico: 
 Materialidade e causas da morte ou destruição do concepto. 
 
 
 Em caso de morte também da gestante, se essa se deu em virtude do aborto ou do meio 
empregado para sua promoção. 
 O exame de corpo de delito na gestante: 
 Aferir vestígios de provocação do aborto e os meios utilizados para tal. 
 Aferir se o procedimento deixou a gestante incapacitada para as ocupações usuais por 
prazo superior a 30 dias ou: 
 Se resultou em perigo de vida, debilidade permanente ou perda de membro, sentido ou 
função. 
 Se lhe causou deformidade permanente ou enfermidade incurável. 
 Aferir se a gestante é doente mental (alienada). 
 Nos casos de “aborto terapêutico” do artigo 128, I do CP, se não havia outro modo de 
salvar a vida da gestante. 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante 
ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
 
 Nos crimes contra a dignidade sexual: 
 Provas periciais devem ser voltadas a constatar a existência de vestígio do ato libidinoso e 
o meio empregado para pratica-lo 
 Incapacidade da vitima para suas ocupações gerais ou funções por período superior a 30 
dias 
 Estado mental da vitima, para se saber se é alienada ou não. 
 Se houve alguma forma que lhe impossibilitasse oferecer resistência, em especial doença 
física ou mental; 
 Se vulnerável por ser menor de 14 anos; 
 Se houve aceleração do parto ou aborto. 
 Exame de “conjunção carnal”. 
 Presença ou não de virgindade; 
 Vestígios de desvirginamento; 
 Outros vestígios de conjunção carnal recente, inclusive com coleta de material genético; 
 Se houver pratica de violência consumar o ato libidinoso, qual a espécie e eventuais 
sequelas (nos mesmos termos do artigo 129 CP).

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