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Direito Constitucional 01

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02/09/2015
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Prof. Cristiano Lopes
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
• A Constituição é a norma de maior hierarquia
em um ordenamento jurídico, que organiza,
estrutura e constitui o Estado e os direitos e
garantias individuais.
• É certo que o Direito Constitucional se
desenvolve interrelacionado a outras ciências,
principalmente a sociologia, a filosofia e a
política. Em virtude disso, existem diversos
sentidos para se conceituar a Constituição:
• Sentido sociológico de constituição – Desenvolvido
por Ferdinand Lassalle. Ele defende que umaConstituição só seria legítima se representasse a vontade
popular, refletindo as forças sociais que constituem o
poder. Caso isso não aconteça, a Constituição não
passaria de uma ‘folha de papel’.
• Sentido jurídico de constituição – Desenvolvido porHans Kelsen. Para ele, a Constituição estaria no
mundo do dever ser, e não no mundo do ser,caracterizando-a como fruto da vontade racional do
homem, e não das leis naturais. A Constituição seria,
assim, um sistema de normas jurídicas. Segundo Kelsen,a Constituição é considerada como norma pura, sem
qualquer consideração de cunho sociológico, político ou
filosófico. Em consequência, a validade da norma écompletamente independente de sua aceitação pelo
sistema de valores sociais vigentes em uma comunidade.
• Sentido político de constituição –
Desenvolvido por Carl Schmitt. Ele conceitua
Constituição como a decisão políticafundamental. Segundo Schmitt, a validade de uma
Constituição não se apoia na justiça de suas normas,
mas na decisão política que lhe dá existência.
• Sentido culturalista de constituição:
Desenvolvido por J.H. Meirelles Teixeira. Para
ele, a Constituição é produto de um fato cultural,
produzido pela sociedade e que sobre ela pode
influir.
• A concepção culturalista levaria ao conceito deConstituição Total, por apresentar na sua
complexidade intrínseca, aspectos econômicos,
sociológicos, jurídicos e filosóficos.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
CONSTITUCIONAL
• Conceito de constituição
• Objeto da Constituição
• Conceito de Direito constitucional
• Supremacia da Constituição
1.Teoria da pirâmide
2.Teoria do trapézio
CLASSIFICAÇÃO DAS
CONSTITUIÇÕES
 Quanto ao conteúdo: Materiais e Formais
 Quanto à forma: Escrita e Não escrita
 Quanto ao modo de elaboração:
Dogmática e Histórica
 Quanto à origem: Promulgada e outorgada
 Quanto à estabilidade: Imutáveis, rígidas,
flexível, semi-rígida
 Quanto à extensão: Analítica e Sintética
APLICABILIDADE DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS
Normas Constitucionais
de eficácia plena
São auto-aplicáveis (não dependem de lei) e não
podem se reduzidas
Ex.:CF, art. 2°
Normas Constitucionais
de eficácia contida
São auto-aplicáveis e podem ter sua eficácia
reduzida pelo legislador infraconstitucional.
Ex.: OAB, CF, art. 37, I
Normas Constitucionais
de eficácia limitada
Não são auto-aplicáveis, dependendo de ato
infraconstitucional posterior para inteira
aplicabilidade.
Ex.: CF, art. 224
Normas Constitucionais
de eficácia programática
São aquelas que veiculam programas a serem
implementadas pelo Estado visando o a
realização de fins sociais.
Ex.: CF, art. 205
Aplicabilidade
das Normas
Constitucionais
Aplicabilidade
das Normas
Constitucionais
Eficácia
Plena
Eficácia
Plena
Eficácia
Contida
Eficácia
Contida
Eficácia
Limitadas
Eficácia
Limitadas
Programáticas
CF, art. 21, IX; 23,
Programáticas
CF, art. 21, IX; 23,
Institutivas ou
organizatórias
CF, art. 134, 1º
Institutivas ou
organizatórias
CF, art. 134, 1º
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PODER
CONSTITUINTE
Poder
constituinte
originário
Poder de criar
uma nova
constituição
Poder
constituinte
derivado
Reformador
Emendas
Constitucionais
(CF, art. 60)
Revisão
(ADCT, art. 3
Decorrente ou
Poder
Constituinte
Estadual
Institucionaliza
dor
(cria a CE)
Reforma a CE
LIMITES DO PODER CONSTITUINTE
DERIVADO REFORMADOR
PODER
CONSTITUINTE
REFORMADOR
LIMITES PROCESSUAIS
PEC (Mais rigoroso)
LIMITES
CIRCUNSTANCIAIS
(intervenção federal, estado
de defesa e estado de sítio)
LIMITAÇÕES
MATERIAIS
CF, art. 60, § 4°
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um
Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como
valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de
Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.
5. PRINCÍPIOS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
Art. 1°. A República Federativa do Brasil, formadapela união indissolúvel dos Estados e Municípios e doDistrito Federal, constitui-se em Estado Democráticode Direito e tem como FUNDAMENTOS:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos oudiretamente, nos termos desta Constituição.
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DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
Art. 2°. São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
 ○ Poder Legislativo – tem a função de legislar (criar leis) e
fiscalizar (fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Poder Executivo). É exercido, no
âmbito da União, pelos Deputados Federais e pelos Senadores.
 ○ Poder Executivo – tem a função de governar o país
cumprindo as leis criadas pelos Poder Legislativo. É exercido,
no âmbito da União, pelo Presidente da República, auxiliado
pelos Ministros de Estado.
 ○ Poder Judiciário – tem a função de julgar os processos
judiciais aplicando as normas aos casos concretos (exerce o
poder jurisdicional). É exercido pelos magistrados (juízes).
DOS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
Art. 3°. Constituem OBJETIVOS fundamentais da
República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Art. 4° A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
Direitos
Fundamentai
s
1ª
geração/di
mensão
Liberdade:
Direitos civis e
políticos
2ª
geração/di
mensão
Igualdade:
Direitos socias,
economicos e
culturais
3ª
geração/di
mensão
Solidariedade:
Direitos à paz, ao
desenvolvimento,
direitos difusos
4ª
geração/di
mensão
Direito a
informação,
democracia e
pluralismo
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Característica
s dos Direitos
Fundamentais
Historicidade
Imprescritibilidade
Irrenunciabilidade
Inalienabilidade
Relatividade
Universalidade
Aplicação Imediata
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