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DIREITO PENAL (Prof: Ricardo Galvão) Aula 4 CRIME (sen�do analí�co) TEORIAS DO CRIME TJ-PE ON LINE (2015) FATO TÍPICO FATO ILÍCITO (an�jurídico) FATO/AGENTE CULPÁVEL a) conduta b) resultado c) nexo causal d) �picidade (formal+material) A) Conduta Conduta relevante para o Direito Penal: Ação ou Omissão pra�cadas com consciência e vontade + Ex: Sonambulismo/hipnose - falta de consciência Atos reflexos/coação �sica - falta de votade Atenção! Coação �sica X Coação moral Envolve força �sica Envolve ameaça Os crimes na legislação brasileira são tratados em Normas Incriminadoras: Preceito (Tipo) + Sanção (Pena). Sendo os Preceitos de 2 Tipos: Proibi�vos ou Impera�vos. PROIBITIVO proíbe a prá�ca de uma conduta CRIMES COMISSIVOS IMPERATIVO (Mandamental) determina a prá�ca de uma conduta CRIMES OMISSIVOS (próprios ou puros) PRA SER VIOLADO, PRECISA DE UMA: Ação (Conduta A�va) Omissão (Conduta Omissiva) PRECEITO: + - + - Preceito Conduta PRA VIOLAR: Perceba: Não admitem tenta�va, pois são crimes que não exigem qualquer resultado, basta a omissão. Ex: Art 135, CP - Prestar socorro/omissão de socorro Art 269, CP - Omissão de no�ficação de Saúde Não interessa o resultado! Basta que o agente se omita. A lei censura a mera omissão. Atenção! É possível uma norma de preceito proibi�vo ser violada através de uma omissão? Sim! Através dos Crimes Omissivos Impróprios ou chamados de Crimes Comissivos Omissivos ou simplesmente Crimes comissivos por omissão. VEJA NO ESQUEMA A SEGUIR. Pg 01 TJ-PE ON LINE (2015) DIREITO PENAL (Prof: Ricardo Galvão) - AULA 4 PRECEITO PROIBITIVO PRECEITO IMPERATIVO Violado por: AÇÃO OMISSÃO Crime comissivo impróprio - praticados pelo Garante (que tem o dever legal de agir) o Ex: Art 13, § 2 , CP - DECORAR! O crime de Homicídio (norma incriminadora de preceito proibi�vo) pode ser causado por omissão. Ex: Uma mãe que deseja matar o filho, ao invés de fazê-lo de forma posi�va (ação - a�rar), escolhe se omi�r e deixa de alimentar a criança recém-nascida até que venha a óbito. Responderá por homicídio? Sim! Crime Comissivo Impróprio ou Comissivo Omissivo. Cuidado! Só deve-se falar em Crime Comissivo Impróprio quando envolver a figura do garante (salva-vidas, pais, agentes públicos). A figura do Garante também existe no âmbito par�cular*, é quando envolve contrato, por exemplo: babá, cuidador de idoso, salva-vidas par�culares, guias de alpinistas, etc. A omissão será penalmente relevante quando o agente DEVIA E PODIA agir para evitar o resultado. o (Art 13, § 2 , CP) PM X 1 Bandidos fortemente armados 8 Deve agir, mas não pode! * Vínculo voluntário o No Art 13, § 2 , CP: c) quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de produção do resultado. Situação conhecida por INGERÊNCIA. Ex: A (que é salva-vidas) - “Já atravessei este rio, dá pra passar, vamos”. A B A B A B Pg 02 TJ-PE ON LINE (2015) DIREITO PENAL (Prof: Ricardo Galvão) - AULA 4 Pg 03 CONDUTA DOLOSA Elementos do DOLO (leia dólo e não dôlo) consciência + vontade na prá�ca de fato �pico penal Fases momento cognoci�vo/intelectual - cogitação momento voli�vo - vontade/execução da vontade Espécies básicas (art 18, I, CP): Direto Indireto (eventual) A Doutrina divide o Dolo Indireto em - Eventual - Alterna�vo QUER LESIONAR OU MATAR, TANTO FAZ QUER MATAR “A”, MAS ASSUME O RISCO DE MATAR OUTROS A B C D DOLO ALTERNATIVO DOLO EVENTUAL = aceitação de resultado diverso previsto DOLO DIRETO = culpa consciente CONDUTA CULPOSA Elementos: 1) Conduta - Ação ou Omissão 2) Ofensa a um dever de cuidado obje�vo - diretamente ligado a negligência / imperícia / imprudência 3) Resultado INVOLUNTÁRIO 4) Previsibilidade 5) Previsão legal (excepcionalidade do crime culposo - art 18, parágrafo único, CP) Ofensa a um dever de cuidado obje�vo - quando se vive em sociedade, nossa liberdade termina quando a do outra começa. Todos têm, por obrigação, o dever de tomar cuidados para evitar acidentes. Por isso, este elemento da Culpa está diretamente relacionado aos cuidados que devemos ter em não sermos negligentes, imperitos ou imprudentes. Falta de conhecimento/habilidade/experiência para realizar a�vidade que envolva certo risco. Não tem a ver com documento de comprovação como a habilitação para dirigir, por exemplo. Imprudência X Negligência Imperícia Ambos agem sem cautela! Agente “afoito, precipitado” Agente “desleixado, displicente”. Ação Omissão Ex: Dirige a mais de 180 Km/k Ex: Deixa de fazer revisão nos freios do veículo TJ-PE ON LINE (2015) DIREITO PENAL (Prof: Ricardo Galvão) - AULA 4 Pg 04 O crime culposo exige resultado não desejado pelo agente (involuntário), resultante de conduta imperita/negligente/imprudente. O resultado previsível é o centro do crime culposo. Ex: Dirigir a mais de 180 Km/h - é previsível que se cause um acidente. Logo, conduta sem cautela. Previsibilidade É a possibilidade de se constatar que a prá�ca de uma conduta poderá causar danos a terceiros. Atenção! Crime culposo é exceção. Só existe Crime Culposo se �ver previsão legal (isto é, es�ver previsto em lei). Pode exis�r: conduta + ofensa a dever de cuidado + resultado involuntário + previsibilidade; Se não exis�r previsão legal, nada disso importa! - Não exis�rá crime. Ex: o Homicídio culposo está previsto no Art 121, § 3 , CP Aborto - não existe nenhuma referência à culpa. Logo, não existe crime de Aborto na forma culposa. Regra: Crime doloso. - Exceção: Crime culposo Previsibilidade - É a culpa inconsciente. Previsão - É a culpa consciente. Previsibilidade Culpa inconsciente Previsão Culpa consciente Assunção de risco (aceitação) Dolo indireto Intenção Dolo direto Crimes qualificados pelo resultado: a pena será mais grave em decorrência do resultado. Ex: Lesão Corporal - dependendo do resultado - Leve / Grave ou gravíssima Latrocínio é o crime de roubo (Art 157) agravado pelo resultado morte = aumento da pena DOLO CULPA quer causar resultado X causa resultado X + 1 (mais grave) Início: Resultado: DOLO CULPA quer causar resultado X-1 (menor) causa resultado X + 1 (mais grave) CRIME DOLOSO agravado pelo resultado CRIME PRETERDOLOSO (quis o menos grave mas o resultado foi mais grave) + + Ex: O agente quer lesionar um indivíduo, mas este acaba morrendo (bate a cabeça no meio-fio, por ex). Ex: Médico que ao cometer aborto em uma mãe, por erro (culpa) mata ambos.
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